A formalística – Adélia Prado
O poeta cerebral tomou café sem açúcare foi pro gabinete concentrar-se.Seu lápis é um bisturique ele afia na pedra,na pedra calcinada das palavras,imagem que elegeu porque ama a dificuldade,o efeito respeitoso que produzseu trato com o dicionário.Faz três horas que já estuma as musas.O dia arde. Seu prepúcio coça. Adélia Prado Autor: Adélia Prado