Estilo Musical: Forró

A palavra “forró” refere-se tanto a um gênero musical como a um estilo de dança, e além disso, o próprio local onde o estilos é tocado é chamado de “Forró”. O estilo musical faz parte da cultura da região nordeste do Brasil e abrange uma série de tipos de dança, bem como uma variedade de subgêneros musicais. A dança e a música de origem nordestina ganhou popularidade em muitas regiões do Brasil ao longo das décadas, sendo tocado especialmente durante as festividades juninas que ocorrem todo ano em todo o país.

O forró iniciou-se nas fazendas de todo o nordeste, mas principalmente no Ceará, onde trabalhadores rurais cantavam para os animais, ou enquanto colhiam produtos como café, milho e cana-de-açúcar. A partir do talentosos músicos locais, as músicas começaram a se popularizar em encontros e festividades locais, ocorrendo competições usando a improvisação junto de uma viola (violão). 

Aos poucos alguns outros instrumentos foram incorporados, como a zabumba e o triângulo de metal, sendo inicialmente os três instrumentos que caracterizavam o forró clássico. Posteriormente, o acordeão foi adotado pelas bandas devido a influencias francesas na região e é utilizado até hoje. 

O termo “forró” é utilizado principalmente na região nordeste, sendo “Ir ao forró”, um termo frequentemente usado significando ir a uma festa, mesmo que não tenha o gênero musical ou a dança no local da festividade. As composições se alteraram com o tempo, hoje a música deixou de ser um gênero exclusivamente nordestino para se tornar popular em todo território nacional. O forró do Nordeste é diferente do forró do Norte e do Sudeste, pois a cultura popular está sempre em mudança e isso torna a dança diferente de acordo com a região.

Tradicionalmente, as canções contam sobre a vida rural na região, além de outros temas nordestinos. Entre os assuntos recorrentes estão a preocupação com a seca, migração em busca de trabalho e saudades da antiga terra. A mais emblemática canção do gênero “Asa Branca”, de Luiz Gonzaga, que ficou conhecida, na década de 1940, em todo o Brasil. A canção aborda a saída da zona rural do Sertão por causa da seca, e a respeito da esperança de conseguir retornar quando a chuva cair novamente na terra árida do Sertão. 

O forró, referindo-se à música, engloba hoje vários estilos musicais distintos. O forró popularizado por Luiz Gonzaga, também conhecido como forró pé-de-serra, é tocado por um trio combinando um acordeão, uma zabumba e um triângulo, sendo o papel do triângulo manter uma pulsação contínua, enquanto a zabumba rege os diferentes ritmos ao longo da música.

Antes de Luiz Gonzaga, outras combinações eram utilizadas, mas foi esta combinação de instrumentos que definiu a base do forró no passado. Também usado em outros estilos, como na música cajun americana, a combinação do triângulo com o acordeão já existia também na música folk europeia. No fim da década de 80, instrumentos como baixo, bateria e guitarra elétrica já eram introduzidos nas gravações por cantores como Dominguinhos e o Trio Nordestino. Entre os principais artistas do forró estão Elba Ramalho, Alceu Valença, Carmélia Alves, Aviões do Forró e Falamansa.

Deixa o homem se virar

Mulher que não consente seu marido passearE por qualquer besteira pega logo a reclamarÉ bom ficar em casa pras crianças balançarChega pra lá, deixa o homem se virarChega pra lá, deixa o homem se virar Homem em casa o dia inteiro só faz atrapalharE mulher que muito andaSempre dá o que falar

Bate Coração

Bate, bate, bate, coração Dentro desse velho peito Você já está acostumado A ser maltratado, a não ter direitos Bate, bate, bate, coração Não ligue, deixe quem quiser falar, ah! Porque o que se leva dessa vida, coração É o amor que a gente tem pra dar (x2) Oi, tum, tum, bate coração Oi, tum, …

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Mulher Rendeira

Olê muié rendera Olê muié rendá Tu me ensina a fazê renda Que eu te ensino a namorá Lampião desceu a serra Deu um baile em Cajazeira Botou as moças donzelas Pra cantá muié rendera As moças de Vila Bela Não têm mais ocupação Se que fica na janela Namorando Lampião

Cana Caiana

Pernambuco da cana caiana Do verde imburana Do cajá do mel Se destina vida severina A moer na usina o amargor do fel Pernambucano dos olhos de holanda Do negro luanda cheirando a bangüê Se destina vida severina A moer na usina, remoer, moer No remoer de sol a sol Para mover velho bangüê Remoer …

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