Rolando Boldrin

Rolando Boldrin é um cantor, compositor, ator e apresentador de televisão brasileiro, conhecido por seu trabalho na preservação e difusão da cultura popular do país. Nascido em São Joaquim da Barra, interior de São Paulo, Boldrin começou sua carreira na música ainda na década de 1960, influenciado pela música caipira e pelas modas de viola. Nos anos 1980, ele se tornou um dos principais apresentadores do programa “Som Brasil”, da TV Globo, e desde então vem se dedicando à apresentação de programas de TV e de rádio que valorizam a música e a cultura popular brasileira. Com mais de 50 anos de carreira, Boldrin é considerado uma referência na música e na cultura brasileira.

Violeiro triste

Canta, canta bentivi Pra mim ouvir Canta, canta sabiá Pra me consolá Que a tristeza e a sodade Tão me fazendo chorar. Tem uma viola Que nas noite de luar Quando pego a pontear Chora inté os passarinhos E quando a lua, lá no céu Me vê sozinho Põe a sua luz prateada Clareando o

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Provérbios

Muita verdade se esconde Entre o céu e a terra Cão que ladra não morde Bom cabrito não berra Minha terra tem curíntias Onde canta o curió Não tem nada mais gostoso Que o pastel da minha vó Pergunte ao velho colombo Que também usava franja Se galinha velha é boa Ou é melhor sua

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Flor do cafezal

Meu cafezal em flor! Quanta flor, meu cafezal! Meu cafezal em flor! Quanta flor, meu cafezal! Ai, menina, meu amor! Minha flor do cafezal! Ai, menina, meu amor! Branca flor do cafezal! Era a florada Lindo véu de branca renda Se estendeu sobre a fazenda Qual um manto nupcial! E de mâos dadas Fomos juntos

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Pitoco

Pitoco era um cachorrinho Qu’eu ganhei do meu padrinho Numa noite de natá- Era esperto, muito ativo, Tinha dois zóio bem vivo, Sartando pra-cá, pra-lá. Bem cedo me levantava. Pitoco que me acordava C’os latido, sem pará, Me fazia tanta festa, Lambia na minha testa, Quiria inté me bejá. Nos dumingo, bem cedinho, Pegava meu

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Futebol da bicharada

Lá no arraiá das coruja formaro dois cumbinado, O time do quebra-dedo, e o time do pé-rapado. A bicharada reuniu, formaro logo seu quadro, Nóis fumo vê esse jogo, por sê um jogo faladu. A bicharada pediu pro jogo sê irradiadu, Na estação du lugá, PRJ-Bichadu, O “ispriqui” era o jumento, rapaizinho apreparadu, As quinze

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Seresta

Meu violão em seresta à luz de um luar A natureza em festa, tudo parece cantar Só eu tristonho na rua, sozinho, sem ninguém Vivo cantando pra lua a canção que é só tua meu querido bem Vivo cantando pra lua a canção que é só tua meu querido bem Porque não vens, não vens

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Eu, a viola e Deus

Eu vim-me embora E na hora cantou um passarinho Porque eu vim sozinho Eu, a viola e Deus Vim parando assustado, espantado Com as pedras do caminho Cheguei bem cedinho A viola, eu e Deus Esperando encontrar o amor Que é das velhas toadas canções Feito as modas da gente cantar Nas quebradas dos grandes

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Vide vida marvada

Corre um boato aqui donde eu moro Que as mágoas que eu choro são mal ponteadas Que no capim mascado do meu boi A baba sempre foi santa e purificada Diz que eu rumino desde menininho Fraco e mirradinho a ração da estrada Vou mastigando o mundo e ruminando E assim vou tocando essa vida

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