Skip to main content

Um Grito de Socorro

Naipe de mendigo, garrafa de pinga
6 meses observando a mansão da vitima
Os empregados quem pode ser corrompido
Avaliação dos bens frequencia de amigos
Sócio majoritário de, hipermercado
Sai as 8 com os vigia num passati blindado
Às 10 a mulher vai pro balé com os diamante
A noite no álibi do restaurante, vai dar pro amante
13 horas um segurança leva o pivete pra escola
Pra não chamar atenção, cola com gol bola
Só, com uma pistola, segundo o motorista
Colabora porque uma usi ameaça sua familia
Entre a puta ou o filho, filho é mais provavel
Vamô de 7 galo, e um vectra turbinado
Avenida ibirapuera, perto do shopping
Colo o vendedor do meio da flor um revolver
O segurança quis vazar mas fechei fui ninja
Morreu tipo cinema com a cabeça na buzina
Pedestre abaixado, gravida desmaiada
Refém no porta-malas caminho aberto a granada
Que merda era pm o cu, vendendo drops
Tiro no capacete do truta morte instantanea num poste
10 minutos depois, rua deserta um carro novo
Alô prepara o cativeiro tá chegando o pote de ouro

[refrão]: tem um grito de socorro lá no cativeiro (4x)

Um mano morto na missão mó guela deixou pista
Se tiver com identidade, sujou a fita
Gambé filho da puta quem pode prever
Vo beber dar um rolê ver as noticias da tv
Do pré-pago, primeiro contato idéia firme
500 mil e nem vem com história triste
Segue a instrução pra não ter missa de 7º dia
É sem contra-oferta e não envolve a policia
Pra mim é só negócio, não tenho coração
Desacredita e ganha um lego pra montar e por no caixão
Se pa divisão anti-sequestro tá no caso
Pra boy vem até, o governador de 4
Vão por chipe na grana tipo fbi
Ou vão catar o resgate pra eles e se matar pra dividir
O muleque tá mal no quarto empoerado
Tem bronquite, fica, sem ar amarrado
Me deixa ir pra casa por favor
Papai paga é disneylandia se não tem noites do terror
Segundo contato e o banco não liberou a quantia
Desconfiaram e acionaram a policia
Mas pra esse ramo não tem não
Já amolamos a faca no chão
Vão tirar dinheiro do cu
Quando ver um dedo da mão
Foi de sedex 10 alá ritual satanico
E a familia entendeu que ninguém tá brincando

[refrão]: tem um grito de socorro lá no cativeiro (4x)

O muleque dava dó mas negócio é negócio
Eu nem tenho essa maldade só que, tem outros sócios
O que ria, lambendo, o sangue da faca
Não chora que seu pai paga cirurgia plástica
Fiz curativo pra não dar germe
Ele só esquecia a dor assistindo tom & jerry
É amanhã no frango frito, na via anhanguera
Vem sozinho sem putaria que isso aqui não é novela
Espera na lanchonete, com todo dinheiro
Se eu ver policia a 1km pode fazer outro herdeiro
No dia foi um truta encarregado da missão
Estilo cliente filmou do teto até o chão
Achou que tava limpo, pediu a mochila
Do copeiro ao caixa todo mundo era policia
Bastou psicológico chute nas costas
E tava ele e os gambé na cro-cro batendo na porta
Toc-toc sou eu, tá limpo pode abrir
A voz estranha cachorro latindo engatilhei percebi
Catei o refém fui pra janela negociar
Atirador em ponto estratégico não dá pra escapar
13 horas de idéia nenhum pedido atendido
Os caras se entregaram abraçando o que o juiz tinha prometido
Eu tô ligado que se eu saio, não chego no distrito
Então boy dá tchau pro seu filho eu fui pro inferno ele foi
Comigo

Refrão
Tem um grito de socorro lá no cativeiro

Um Gole de Veneno

Hediondo premeditado nem sei o artigo
só sei que eu tô feliz vendo meu pai ali caido
prometi pra coroa o fim, do olho Roxo
da agressão verbal ematomas no corpo
cansei do garoto propaganda da Ipioca
escravizando ela exigindo posição erótica
era foda ser o filho da piada do bairro
tomando Alcool Zulu pé de cana graduado
toda madrugada duas três horas
vizinha acendendo a luz com ele, chutando a porta
quebrando a casa corte no supercílio
mexia com a mulher dos outros era socado pelos maridos
no começo eu até comprava, saia com revolver
vi que eu tava sendo loque
deixei esse cu trombar a morte
toda mão alguém descolava um emprego
só que quem passa a noite bêbado não acorda cedo
quando eu trazia ele do bar vomitando pelo corpo
como eu queria tá morto ter ido no aborto
dava vontade de esmagar o crânio dele na guia
e deixar no meio da rua pro caminhão passar por cima
cuzão eu só queria você sóbrio sem ressaca
pra não ter mais bituca apagada, na minha cara
como você não foi homem trocou sua familia pela garrafa
morreu com o mesmo Oitão que me dava coronhada

[REFRÃO]: De bar em bar, mais um gole de veneno, no duelo entre o copo e a vida, o Alcool acabou vencendo (2X)

Domingo cedo e ninguém tá indo pra missa
a velha com a biblia tá indo buscar o marido na delegacia
queria fiado, só que bebeu primeiro
tomou uma pá de garrafada e acordô preso
cliente preferencial do Garra
de vez em quando a injeção de Glicose, era no Pau de Arara
café amargo comigo só no meio da cara
pra queimar o globo ocular pra não ver mais a cachaça
preferia nem colar, no banho gelado
se não na privada eu matava ele afogado
foi na época de escola que ele mais me batia
puta sol de manga comprida escondendo as feridas
até que um dia por mais que fosse constrangedor
mostrei os machucados pro professor
na esperança que alguém me livrasse do purgatório
que o juiz tomasse a guarda e eu fosse pro reformatório
reunião dos pais espectativa não pegou nada
chaveco bla bla bla abraçaram as lágrimas falsas
não esperei a proxima surra, fugi de casa
queria uma noite sem caco de vidro louça quebrada
mas me senti covarde, deixei minha mãe sozinha
abri precedente pra ela ser queimada viva
fugiu um menino inofencivo voltou um homem agressivo
convicto quero um duelo e só um saia vivo

[REFRÃO]: De bar em bar, mais um gole de veneno, no duelo entre o copo e a vida, o Alcool acabou vencendo (2X)

7 Horas acordei pra ir pro trampo
precentimento ruim clima pesado estranho
tchau mãe, catei a bolsa com a marmita
meu pai no chão da cozinha, passei por cima
outro dia ficou doente parecia até um sonho
no hospital falou dos alcoolicos anonimos
mas bastou receber alta ver, que não era grave
pra ele ir pro balcão encher o cu de Conhaque
nada difere o fabricante de bebida do de arma
os dois vende velório na caixa, lucram com a sua desgraça
vejo o denarq prender o vendedor de Cocaina
e deixar livre o de Ferrari que te mata com pinga
cheguei feliz do trampo, até abrir a porta
foi quando eu vi no sofá minha coroa quase morta
pra catar o dinheiro da luz bateu com tijolo
fez um buraco na testa de uns trinta pontos
me acalmei liguei um vizinho com Voyage
pra enfermeira dei o àlibi, caiu da lage
voltei passei Kaol no Oitão com a flanela
pus 6 no tambor esperei na janela
chegou de madrugada pediu perdão pra mim
cuspi na cara tirei e ri quando vi ele cair
mesmo indo pra cadeia sinto um puta alivio
aí se teu pai te trocou pelo Alcool abre o peito dele com um tiro

[REFRÃO]: De bar em bar, mais um gole de veneno, no duelo entre o copo e a vida, o Alcool acabou vencendo (4X)

Sei que os porcos querem meu caixão

[Eduardo]:
O boy queria que eu tivesse traficando,
Gritando assalto com uma nove pro caixa do banco.
Queimando a cara de um refém com cigarro,
Dá a senha filho da puta anda desgraçado.
O brasil não aceita pobre revolucionário,
O marginalizado defensor do favelado.
Fugi do controle quebrei a algema,
Expandi meu veneno meu ódio minha crença.
Contaminei o corpo revolta incurável,
Terrorista verbal discurso implacável.
Pega seu dinheiro e enfia no cu,
E caráter lapidado no sangue da zona sul.
Implantaram a liberdade de expressão assistida,
Pra rima agressiva do rapper homicida.
Desprendido de mídia público do shopping,
Cuspo na sua TV na sua porra de ibope.
Ativista aqui sou o próximo da lista,
Foda-se a censura represalha da polícia.
Se tiver que morrer, aí fazer o que?
Ameaça não intimida Eduardo não faz tremer.
Fala mal de mim rimador da alegria,
Pelo menos não sou puta não vendi minha ideologia.
Não trai a minha história minha raiz no cortiço,
Prossigo minha missão pra multi sou nocivo.
Invadi a mansão igual um rolo compressor,
O playboy se borrou com a verdade no televisor.
Denunciei sem medo a guerra civil brasileira,
Obrigado favela pelo FC na camiseta.
Oficial de justiça não apreendeu meu cérebro,
Dentro e fora da cadeia locutor do inferno.
Sou periferia em cada célula do corpo,
Por isso uma par de porco tá me querendo morto.

[refrão 2x]
Sei que os porcos querem meu caixão,
“Era a brecha que o sistema queria”.
Sei que os porcos querem meu caixão,
“Avisa o IML chegou o grande dia”.

[Dum Dum]:
O preto favelado aterrorizou,
Chocou apavorou escandalizou.
O verso sanguinário conseguiu abalar,
Vem pagar um pau mídia vem me entrevistar.
Vou enfiar no teu rabo meu estereotipo de ladrão,
Um careca de jaqueta aqui é rapper facção.
Não vai te dar notícia com o sangue da vaca rica,
Filma o maloqueiro pedindo paz na periferia.
Surgiu uma par de herói querendo meu sangue minha caveira,
Querendo flash na minha aba se tornar estrela.
Cuzão não entendeu rap não é campeonato,
Pra vender CD não precisa do meu fracasso.
Faço meu papel honro meu compromisso,
Semeio o ódio contra quem me faz roubar o executivo.
Aqui é só outro mano sem boné sem estudo,
Sem currículo curso talvez sem futuro.
Entendeu dono do iate o apoio da favela,
Faço parte dela sou fruto da cela.
Não deram faculdade pra eu me formar doutor,
Então a rua me transformou no demônio rimador.
Enquanto meu corpo não virar carniça,
Eu to no rádio no vídeo lançando minha ofensiva.
Nem cherokee nem piscina nem modelo vadia,
Compram a atitude do mano do quarto e cozinha.
A traca verbal é um dois pra acionar,
É só o menino faminto chorar pro dum dum descarregar.
Programado pra rimar buscar a igualdade,
Pra ser a ameaça pra sociedade.
Oficial de justiça não apreendeu meu cérebro,
Dentro e fora da cadeia locutor do inferno.
Sou periferia em cada célula do corpo,
Por isso uma par de porco tá me querendo morto.

[refrão 2x]
Sei que os porcos querem meu caixão,
“Era a brecha que o sistema queria”.
Sei que os porcos querem meu caixão,
“Avisa o IML chegou o grande dia”.

A boca só se cala quando o tiro acerta
“Se é isso que eles querem então vem me mata”

“e pros filhos da puta que querem jogar
Minha cabeça pros porco aí, tenta a sorte mano”.

São Paulo – Awshvitiz Versão Brasileira

[Eduardo]:
Aqui é Facção direto do Campo De Extermínio
Testemunha da carnificina em baixo da chuva de tiro
Amor impossível diabo guia o destino
Me põem no latrocínio da puta de conversível
Pro porco de farda me abate igual um rato
Troca meu corpo decapitado por um abono no salário
Pra me ver na frente do jurado de joelho
Ouvindo o veredito de 15 sem apelo
Não tem chance o filho da tia que se mata no tanque
O número 1 do ranking tem um AP em Miami
Se você não tem mansão com cerca eletrificada
Pode amarra o motorista catar a carreta e a carga
Mandei minha mina toma Citotec pra aborta
Mata feto pro sistema o homem não mata
Um a menos com a caixa de isopor no farol
Sendo olhado com nojo enquanto oferece Skol
Sou condenado a vender brinquedo do Paraguai
No máximo ser piruero, ta vazia quem vai vai
Quero a jóia da caixa econômica do centro
No seqüestrador de fusca com cartão do Bradesco
Vejo os truta no metrô por 70 conto ou por 10 passe
Matando o cobrador do ônibus, implorando pra ta no obituário da carceragem
Seu corpo de órgão vendido e cheio de serragem
Vai pro conrad dentro do milionário apostar no caça níquel
Em forma de rim traficado , amanheceu e a cena é preservada
Pela PM enquadraram viram que era policia , adeus tenente
Fita na comb, da Marlboro, burguesa enterrada viva
Chacina na escolta do caminhão das Casas Bahia
Não tem poder aquisitivo enfia no cú seu distintivo
Pra SP Aushwitz nem blindagem sexto nível

[Refrão 4x]:
Em baixo da chuva de tiro testemunha do genocídio
Aqui é Facção Direto Do Campo De Extermínio

[Dum Dum]:
Solta o rojão que os carniceiro tão subindo o morro
Herói na busca do ladrão
Mulher em casa dando pra outro
Todo bombado, inchado tipo Pitbull
Vem com oitão contra AR-15 vai tomar no cú
Mora na favela seca farda escondido
Vítima do mesmo holocausto mais lambe o saco do executivo
Sonha comigo no sistema carcerário brasileiro
Que só fica preso quem não tem arma nem dinheiro
100 mil reais e o carcereiro se envolve
Inventa doença e no trajeto do PS você foge
Ou de repente um helicóptero seqüestrado
Sem levar um tiro te resgata do pátio
Tipo filme do Al Pacino mini-série da Globo
Alô delegado tó na água de coco vem me prender de novo
O fuzil que atira e mata seqüestrado
É o gambé que traz pra vender no porta mala
50 mil de recompensa pela quadrilha
Pro prefeito iniciativa mais pau no seu cú se é da sua família
Pra pistola israelense não tem cara exposta na revista
Por um tris não foi pro inferno o Show Do Milhão,a Casa Dos Artistas
Queria ser terrorista com o apetite do Bin Laden
Pra joga no congresso 6 aviões da Varig
E me vinga pelas crianças sem escola em São Paulo
Os velho no lixão disputando comida com rato
Aqui pra ter a cesta biológica básica
Só caindo do avião da ONU tipo na África
Dão motivo pra dispara
Ak no banqueiro pra no ano ter 300 no cativeiro
Enquanto o casal de Pajero paga 80 no camarão
A mãe poe a filha no puteiro pra trazer a refeição
Só no B.O falsificado diminui os homicídio pra SP Auschwitz Nem blindagem sexto nível

[Refrão 4x]:
Em baixo da chuva de tiro testemunha do genocídio
Aqui é Facção Direto Do Campo De Extermínio

Direto Do Campo De Extermínio
Direto Do Campo De Extermínio…

Prisineiro do Passado

Clareou meu alvará de soltura não vou sair num caixão de lata ou de fuga, não precisei esfaquear o estuprador e nem matar o maldito diretor, não fiz refém a liberdade chegou hei carcereiro abre as grades faz favor, não quero mais jumbo consegui a transferência sem triagem sem audiência 157 flagrante inafiançável, revolver, dólar, carro na bunda do advogado.
Mas ta limpo hoje é festa de um homem só, que entrou ser humano saiu monstro sem dó o sistema carcerário é fracassado e incompetente, transforma o réu primeiro em reincidente, só que comigo não. Vou ser diferente fodasse seu banco gerente, agora eu to livre que Deus me livre do preconceito sei o preço dueu e o tratamento pra ex-detento no Brasil uma vez no sistema carcerário pra sempre presidiário.

Sou prisioneiro do Passado, eu tenho rotulo na testa presidiário.

Acordei era tipo quatro e meia da madrugada, comprei jornal preenchi ficha e nada faxineiro, ajudante geral, o que vier por um salário por mês to rezando com fé sou ex-detento é cumpri pena o boy não deixa nem limpar o chão da empresa, talvez não saiba esfregar uma privada direito sai da cela, mas não fuji do preconceito e que se foda se meu filho ta com fome. A vaga foi preenchida, mas deixa ai seu telefone, sou ser humano só que também reduzido a número pro estado a resto no lixo, candidato a mendigo do viaduto, bêbado jogado num bar doente e sujo, depois a madame chora com a faca no pescoço É que não o filho morto, emprego e confiança ninguém dá pra você depois é, por favor, não quero morrer no Brasil uma vez no sistema carcerário pra sempre presidiário.

Sou prisioneiro do Passado, eu tenho rotulo na testa presidiário.

Vou fazer o que o sistema quer roubar um carro importador a bolsa de uma mulher, ser outro preso com a camisa na cabeça, enfiando um estilete no refém sem pena invadindo a mansão dando soco na vadia, cadê o cofre 1, 2,3 é corpo na piscina. Ninguém vê quando a luz de Deus brilha no processo sem estudo profissão é sem sucesso.
Queria um trampo recuperar o tempo perdido, mas esfregaram na minha cara meu artigo, deram motivo preu ficar pior pra meter BO descarregar sem dó.
Madame quando eu estiver matando o seu parente por uma merda de relógio se lembre que aqui se cumpre penas em distritos, que em cela de 10 vive 40 indivíduos. Não tem cursos que nos reempreguem a sociedade, só triplicamos maldade atrás das grades madame ajoelha, reze é adeus cadeia não regenere o problema é seu.

Sou prisioneiro do Passado, eu tenho rotulo na testa presidiário.

Pavilhão dos Esquecidos

a faxina ficou da hora
ta tudo limpo pra visita daqui umas horas
tanto faz se vem cigarro sem novidade
o que cada preso quer é matar sua saudade
sentir a liberdade por uns minutos
sonhar com um mundo depois dos muros
esquecer o dia da audiência
o fórum a hora da sentença
juiz implacável advogado desinteressado
porta de cadeia alimentada prostituta do estado
estilo piranha sem dinheiro sem resultado
tem maluco aqui que cumpre pena tipo diretoria
he status na farinha
dinheiro compra tudo na cadeia na favela
mais não tira o esquecimento da cela
a solidão no domingo de visita
olha eu de canto sonhado com uma família
sem sorriso do domingo é velório
olho pros muros explode o meu ódio
e ai que sai treta eu me transformo em capeta
na falta de carinho violência é receita
eu to sem jumbo parente sem ninguém
sou candidato a faca que mata o refém
sou eu que jogo o 213 do telhado
eu jogo pedra em cima jogo telha no safado
feliz aniversario foi no mês passado
o bolo era um defunto e os parabéns foi pro diabo
ai ladrão feliz domingo
infelizmente só colou tristeza mas ta limpo
eu vou tentar continuar sobrevivendo
solitário esquecido no pavilhão do esquecimento
3x sou mais um detento
cumprindo pela no pavilhão do esquecimento
abandonado solitário
outro presidiário
outro domingo na detenção
sem futebol sem criança sem parque de diversão
na nossa televisão o filme é impróprio
o sangue na faca é o cartaz do ódio
ainda me lembro da quebrada
tiger moto cawazaki mil cilindradas
só de agasalho piranha do lado
s10 velocímetro zerado
qualquer armamento era comigo
banco carro forte parceiro preferido
tinha mãe irmãos vários manos
e uma vadia no carango dizendo te amo
mas num estalo de dedos um passe de mágica
pulso algemado conseqüência drástica
fim de carango fim de artigo
hoje tenho uma cela com vinte no presídio
olho pra cruz na parede e peço proteção
que deus de vida pra eu manda uns quatro pro caixão
me sinto tipo uma doença um cachorro sarnento
mais podre do que bosta no papel higiênico
o sistema carcerário não tem dó
o coração é de pedra foda-se seu b.o.
seu carango seu fuzil não valem aqui
aqui é só outro numero tentando fugir
tiazinha visita o seu filho
ai fulana vai ver o seu marido
um monstro na noticia da televisão
que te mata sem dó descarrega um oitão
é o mesmo que domingo chora só no pavilhlão
que tenta o suicídio pra fugir da solidão
ai ladrão feliz domingo
infelizmente só colou tristeza
no pavilhão dos esquecidos
3x sou mais um detento
cumprindo pela no pavilhão do esquecimento
abandonado solitário
outro presidiário.

O Menino do Morro

Zona sul são paulo hospital em santo amaro
No prontuário um menino discrito como mulato,
Parto normal sem pai pra visitá
Outro cu que pra pagá pensão só com dna,
Filho da empregada do executivo, porco fritando
Filé mignon pros outros, zé arrotando ovo,
Filho do bebum em zigue zague no bar
Serrando pinga,ficha de bilhar,
Sem anti-concepcional plano e escolaridade
Eu fui o oitavo a fugir do controle de natalidade,
Sem olho azul distante do padrão da globo,
Não nasci pra ser um ator viado das oito,
De agasalho adidas soltando as faixas,
A pé no barro uma hora da classe pra casa,
Tudo indicava catador de ferro
Ouvindo do porteiro não rasga o lixo do prédio,
Até que numa tarde lá no barateiro,
Foi pro short meu herói de brinquedo,
Voltei pro morro assustado mas de nariz empinado,
Orgulhoso com os muleques me abraçando admirado,
Fui rei por um momento sem choro sem lenço,
Sem ouviu não tenho dinheiro pra essa buceta de brinquedo,
Com 9 vi quem implora não honra o próprio saco,
Que vitória é resgate pago e seqüestrado embalsamado,

(refrão 2x)
O menino do morro virou deus, o poderoso chefão, a majestade
O teste da guerra ele venceu
Subiu uma escada de sangue pra primeira classe. (2x)

na word tênis o mais caro da vitrine
Consto a fita no dolero êxito no crime,
Aqualand,compra no porta mala,
A brasília enferrujada fico rebaixada
Só que de,aventura só vive indiana jones,
Mansão assalto a banco, sempre vai na mão dos home,
Nasci pra ser estrela não pra ser medalha,
No arrombado que por trafico dá o cu e a farda,
Na bunda do chevete um arsenal de polícia,
Seis mil na mini-uzi, dinheiro à vista,
Com 15 precisei de decisão na vida,
Comprei um quilo de farinha, tomei a biqueira de cima
Um alemão de 12, três muleque de oitão,
Filmando o movimento da rua no portão,
Pus um capuz tipo hollywood, fui na sede,
Só faltou o oscar pra minha sexta-feira 13,
Truta tisoraram a fuga do tal alemão,
Morreu que nem puta gritando “mãe” no chão,
Chacina consumada,sem baixa sem revide
A custodia da boca é nossa tem esfiha no habib’s,
Com truta comecei comandar de celular,
Fui pra piso de granito,moveis do interlar
Tudo certo menos a contabilidade do sócio
Subiu na 51,com racumim no copo.

(refrão 2x)

O comando foi seco na bolsa da nike,
Na cagoetagem, três quilo de crack
Foi um cu que trampando pra mim compro um barraco
Outro dia a mãe passou mal eu socorri no meu carro,
Traição, ingratidão, vai pro colo do diabo
Depois grita cada pingo de plástico queimado,
Em respeito ao pai crente sem emprego,
Banquei a porra do enterro.
Com senador me infiltrei na alta-sociedade,
Ascensão, revendas, apriensões do denarc
Dono de joalheria, deputado federal
Artista, modelo do domingo legal
Todos queriam, meu veneno na corrente sanguínea
Em troca restaurante chique,bebida fina,
Chera esgoto atrás da champanhe francesa,
No castelo de caras é podre a realeza
No glamur do coquetel negócio firmado,
Droga pro empresário é meu serviço de jato,
As bailarina do programa, sempre afim de um programa,
Perna aberta na cama, por 5 grama,
Lancei umas firma quente pra lavar o capital,
No farejador no que é meu que não tem cheiro
É o acerto com a federal,
No copacabana palace, tipo mega star no rio
O menino do morro já era uns dos donos do brasil.

(refrão2x)

Bom tempo que eu não vejo minha mãe, minha família,
Pela merda da religião, me abomina,
Um dos filho que eu assumi saiu de casa,
Quer ser o pai com AR15, lançador de granada,
Filhos de algumas das puta sem caráter sem moral
Que por crack chupava meu pau,
De vez em quando a tonelada pra civil por na tevê,
Pro secretario de segurança se aparecê
Um preso pra ser resgatado de sig sauer e fal,
Pra sair pelo portão com o diretor dando tchau,
Dou risada de quem acredita na justiça,
Mais fácil camelo na agulha do que eu na delegacia
Sou traficante intocavel pro tribunal
Que no foguete da nasa faz safári sideral,
To na lista vip dos cassino clandestino,
Quer ser presidente traz a campanha que eu financio,
Sou poderoso chefão mais invisível como aço,
Igual o pastor da universal atrás do altar,
O apresentador que te dá casa com mobília,
O sertanejo de cd de platina,
Vai vê seu time tem meu logo na camiseta
Você compra no meu shopping, voa pela minha empresa,
Eu sou uma história de sucesso tipo aristóteles onassis
Só que subi uma escada de sangue pra primeira classe.

(refrão 2x)

No Fim Não Existem Rosas

Outro dia um tiozinho, com a lata de cimento
decepcionado com a vida dividia seus lamentos
em vez de tá na cadeira de balanço com charuto
tá com um carrinho de pedreiro cheio de entulho
foi o chamado pião que o patrão escraviza
sem férias, registro, aposentadoria
outro tenis que usaram até gastar a sola
igual papel higienico usado jogaram fora
falou com ódio dos 3 filhos
era bem me quer mal me quer pra me ver num asilo
vim de caçamba, do norte, pedindo carona
pus rango no cu deles que eu nem senti o aroma
cabelo grisalho pele enrrugada não trás comoção
reumatismo nem garante lugar no busão
rezo pra no Inverno, termomêtro não ir a zero
pra eu não trocar o frio da rua, pelo frio do necroterio

[REFRÃO]: No fim não existem Rosas, não existem Rosas
no fim não existem Rosas, não tem vitória, no fim da prova não (2X)

Devia ter tentado de AR-15 baby
não ia ter que fazer curativo nos calos, com Band-Aid
tocar a campainha, bom dia senhora
dá uma moeda que eu capino sua porta
olhei, do alto da ponte lá no chão
pensei vo pular dar fim na minha missão
quem não vai deixar herança não tem parente perto
nem direito a ouvir vovô do seu neto
hoje eu queria tá encomendando Stinger, no celular
pelo menos ia ter bens pro estado leiloar
pra que, que eu fui honesto pra durmir no concreto
morrer no chão do PS sonhando com um médico
não adianta fazer ficha depois, dos 40
você não passa nem no quezito boa aparencia
os muleques que trocam a escola, pela balada
vão ver o efeito quando tiver se equilibrando na bengala

[REFRÃO]: No fim não existem Rosas, não existem Rosas
no fim não existem Rosas, não tem vitória, no fim da prova não (2X)

Forma a fila que a Kombi do doutor chegou
tá cheia de agasalho sopa e cobertor
é importante pra quem mora num cachote de feira
que o único aquecimento, vem da fogueira
iguais a mim uma pá achou que um dia ia conseguir
mas percebeu a ilusão tarde de mais pra reagir
diplomas usados de lençol no chão
pai que deixou filho em cesta no portão, da mansão
uns atrás da tal cóta, pra deficiente
sem a mão que a maquina roubou, no acidente
velhice deficiencia final assustador
carro de rolemã, esmola no metrô
eu não queria ser Silvio Santos nem Bill Gates
só um profissional com nome na parede
alguém que não precisasse de papelão ou metal
pra jantar num restaurante de 1 real

[REFRÃO]: No fim não existem Rosas, não existem Rosas
no fim não existem Rosas, não tem vitória, no fim da prova não (2X)

O tempo voa e com ele vai minha saude
na minha história não tem fonte, da juventude
é só Quimeoterapia, seção de Hemodialise
e uma fila pro transplante, quem sabe
penso no suor no lixo, das 7 às 7
pra terminar beliche no Alberg
adolecencia faixa etaria, mais perigosa
porque velho tá de muleta ou de cadeira de roda
acampar pra marcar consulta, 80 horas
é curso pra frasco com bola de gude e polvora
liga o tio na praça, cordenação falha
pra não trocarem fralda expulsaram de casa
o homem que você quer morto e manda, tomar no cu
no seu parto chorou soltou vários caramuru
não importa a sua conta o carro que você dirija
se o cabelo embranquecer vira peso pra familia

[REFRÃO]: No fim não existem Rosas, não existem Rosas
no fim não existem Rosas, não tem vitória, no fim da prova não (6X)

Justiça com as Própria Mãos

De joelhos aos meus pés ta inofensivo,nem parece o monstro do horário político
que com a dor do indefeso
compra a mercedes,coloca obra
de arte valiosa na parede
eu to aqui defendendo o interesse da favela que quer
teu sangue p/preencher o vazio
da panela,vim fazer vingança buscar indenização p/seu crime
ediondo justiça com as próprias mãos.
Ta aberta a seção,começa o julgamento tenho provas contundentes pro seu sepultamento oitão na cabeça
fica quieta vadia,transformou
o muleque do pipa num sanguinário homicida,pôs a menina de 10 anos fazendo ponto sem estudo anal,oral por 15 conto, na porta da escola deu crack p/estudante a boca dele jorrou sangue na dívida com o traficante,cadê
a verba do menor infrator queimando na tv?suficiente p/a maldita fgv,invés d faculdade p/meu filho,abre seu
crânio com uma M-16 30 tiros
faz uma pá d futuro promissor feliz ta no banco dos réus ouvindo a sentença do juiz,quantas facadas merece 1 porco que faz o macarrão do
lixo ser meu almoço?
Pelo sangue da guerra civil,
Pela criança dormindo no frio
pow,pow,pow,pow vai p/puta que
paril.
Pelo nóia morto do rio ,invés
de escola me deu 1 fuzil pow,
pow,pow,pow vai p/puta que
paril.
Pelo sangue da guerra civil,
Pela criança dormindo no frio
pow,pow,pow,pow vai p/puta que
paril.
Pelo nóia morto do rio ,invés
de escola me deu 1 fuzil pow,
pow,pow,pow vai p/puta que
paril.
Agora chora igual nenêm sem
mamadeira faminto a cada soco
na cara por favor me deixa
vivo,vou dar choque com a frieza do investigador,
arrancar sua unha igual no dp
doutor vamu ver se corre sangue azul na veia do rico,
quebrar seu dente tipo choque
no presídio,eu não sou louco se pá é muito pouco,tinha é que com uma .40 arrancar seu
olho,p/vc sentir o que u meu
truta sentiu quando sua guerra
mandou meu rosto p/puta que paril não se preocupa a tortura é so 1 método usado,
p/investigar ,reprimir no sistema carcerário.
O choque no saco que ti faz tremer,faz parte do currículo de quem não tem o que comer,
também algema sem flagrante,
cuspe na cara,civil pisando no
pescoço querendo granada
vc treinou sua polícia p/ser minha inimiga,p/servir e proteger só a cadela rica
acabou a curtição na noite de
Paris,sua torre eifel agora é
coronhada no nariz,financiou suas férias,diversão no carnaval com aposentado doente
sem leito no hospital fez quem
sonha com arroz,pagar etilista
p/seu terno só vejo 1 condenação..a morte no seu processo.
Pelo sangue da guerra civil,
Pela criança dormindo no frio
pow,pow,pow,pow vai p/puta que
paril.
Pelo nóia morto do rio ,invés
de escola me deu 1 fuzil pow,
pow,pow,pow vai p/puta que
paril.
Pelo sangue da guerra civil,
Pela criança dormindo no frio
pow,pow,pow,pow vai p/puta que
paril.
Pelo nóia morto do rio ,invés
de escola me deu 1 fuzil pow,
pow,pow,pow vai p/puta que
paril.
U prego do condomínio tem que
entender que si tem pânico em
Alphaville é porque vc deu a
PT que u mano armado de 12 é
só um fantoche,programado p/matar pelo dono do porche
que também tem um jato q vai p/gali noite e dia p/abastecer d farinha toda periferia,u boy acha que quem
merece a morte é u que grita
assalto,u que grita da a chave
sai do carro,não o branco articulado e bem vestido que
não saca o cano ,mas roubam ate nos EUA,cuzão na tv diz que urna não é pinico,que voto
consciente muda o cenário político,que é preciso investigar antes de votar ,mas
cadê biblioteca ,escola p/eu me informar?
quem põe o almoço embaixo da
blusa do mercado ,não tem p/ler jornal nem 50 centavos ,só tem u palanque
e u horário gratuito p/adivinhar q sigla tem menos
ladrão no partido,réu vc banhou de lágrimas seu mandato
me deu u crack e uma 12 cano cerrado,como pena vou explodir sua cabeça com ela autor intelectual do massacre na favela,seu corpo vai ser exposto em praça pública e servirá de exemplo p/engravatados filhos da puta
aí p/político porco o veredicto é esse aqui mano…
pow,pow
Pelo sangue da guerra civil,
Pela criança dormindo no frio
pow,pow,pow,pow vai p/puta que
paril.
Pelo nóia morto do rio ,invés
de escola me deu 1 fuzil pow,
pow,pow,pow vai p/puta que
paril.
Pelo sangue da guerra civil,
Pela criança dormindo no frio
pow,pow,pow,pow vai p/puta que
paril.
Pelo nóia morto do rio ,invés
de escola me deu 1 fuzil pow,
pow,pow,pow vai p/puta que
paril.
pow,pow,pow,pow

Isso Aqui é uma Guerra

[Dum Dum]:
É uma guerra onde só sobrevive quem atira
Quem enquadra a mansão quem trafica
Infelizmente o livro não resolve
O brasil só me respeita com um revolver ae
O juiz ajoelha o executivo chora
Pra não sentir o calibre da pistola
Se eu quero roupa comida alguém tem que sangrar
Vou enquadrar uma burguesa e atirar pra matar
Vou fumar seus bens e ficar bem loco
Seqüestrar alguém no caixa eletrônico
A minha quinta séria só adianta
Se eu tiver um refém com meu cano na garganta
Ai não tem gambé pra negociar
Liberta a vítima vamos conversar
Vai se ferrar é hora de me vingar
A fome virou ódio e alguém tem que chorar
Não queria cela nem o seu dinheiro
Nem boy torturado no cativeiro
Não queira um futuro com conforto
Esfaqueando alguém pela corrente no pescoço
Mais três cinco sete é o que o brasil me da
Sem emprego quando um prego de audi passa
Aperta o entra cuzão e digita
Esvazia a conta agiliza não grita
Não tem deus nem milagre esquece o crucifixo
É só uma vadia chorando pelo marido
É o cofre vs a escola sem professor
Se for pra ser mendigo doutor
Eu prefiro uma glock com silenciador
Comer seu lixo não é comigo moro
Desce do carro se não tá morto
Essa é a lei da daqui a lei do demônio
Isso aqui é uma guerra

[Eduardo]:
Não chora vadia que eu não tenho dó
Da bolsa na moral não resiste o b.o.
Aqui é outro brasileiro transformado em mostro
Semi-analfabeto armado e perigoso
Querendo sua corrente de ouro
Atacando seu pulso atacando seu bolso
Pronto pra atirar e pronto pra matar
Vai se foder descarrega essa pt
Mato o filho do boy como o brasil quer ver
Esfrega na cara sua panela vazia
Exibe seus direitos com o sangue da vadia
É lei da natureza quem tem fome mata
Na selva é o animal na rua é empresário inconseqüente
Insano doente
O brasil me estimula a atirar no gerente
Aqui não é novela não tem amor na tela
A cena é triste é solidão na cela
Nem policia pega boi deita escrivão
Abre a cela carcereiro liberta o ladrão
É M10 de alvará pra liberdade
Seu oitão é uma piada gambé covarde
Cala a boca e aplaude o resgate
He cala a boca e aplaude
Foi quem te protege do oitão na cabeça
Sua policia no chão do dp sem defesa
Rezando pro ladrão ter pena que pena
Seu herói pede socorro nessa cena
Quer seu filho indo pra escola e não voltando morto
Então meta a mão no cofre e ajude nosso povo
Ou veja sua mulher agonizando até morrer
Por que alguém precisava comer
Isso aqui é uma guerra

Eu Não Pedi Pra Nascer

Minha mão pequena bate no vidro do carro
No braço se destacam as queimaduras de cigarro
A chuva forte ensopa a camisa, o short
Qualquer dia a pneumonia me faz tossir até a morte
Uma moeda, um passe me livra do inferno,
Me faz chegar em casa e não apanhar de fio de ferro
O meu playground não tem balança, escorregador
Só mãe vadia perguntando quanto você ganhou
Jogando na cara que tentou me abortar
Que tomou umas cinco injeções pra me tirar
Quando eu era nenê tento me vender uma pá de vez
Quase fui criado por um casal inglês
Olho roxo, escoriação, porra, que foi que eu fiz?
Pra em vez de tá brincando tá colecionando cicatriz
Porque não pensou antes de abrir as pernas,
Filho não nasce pra sofrer, não pede pra vir pra Terra.

(Refrão 2x)
O seu papel devia ser cuidar de mim, cuidar de mim, cuidar de mim
Não me espancar, torturar, machucar, me bater, eu não pedi pra nascer

Minha goma é suja, louça sem lavar,
Seringa usada, camisinha em todo lugar
Cabelo despenteado, bafo de aguardente `
É raro quando ela escova os dentes
Várias armas dos outros muquiadas no teto
Na pia mosquitos, baratas, disputam os restos
Cenário ideal pra chocar a UNICEF,
Habitat natural onde os assassinos crescem
Eu não queria Playstation, nem bicicleta
Só ouvir a palavra “filho” da boca dela
Ouvir o grito da janela “A comida tá pronta”,
Não ser espancado pra ficar no farol a noite toda
Qualquer um ora pra Deus pra pedir que ele ajude
A ter dinheiro, felicidade, saúde
Eu oro pra pedir coragem e ódio em dobro
Pra amarrar minha mãe na cama, pôr querosene e meter fogo

(Refrão 2x)

Outro dia a infância dominou meu coração,
Gastei o dinheiro que eu ganhei com um album do Timão
Queria ser criança normal que ninguém pune,
Que pula amarelinha, joga bolinha de gude
Cansei de só olhar o parquinho ali perto,
Senti inveja dos moleque fazendo castelo
Foda-se se eu vou morrer por isso,
Obrigado meu Deus por um dia de sorriso
À noite as costas arderam no couro da cinta,
Tacou minha cabeça no chão
Batia, Batia, me fez engolir figurinha por figurinha
Espetou meu corpo inteiro com uma faca de cozinha
Olhei pro teto e vi as armas num pacote,
Subi na mesa, catei logo a Glock
Mãe, devia te matar, mas não sou igual você,
Em vez de me sujar com seu sangue eu prefiro morrer….

(Refrão)

Estrada da Dor 666

Na minha infância quis um kart
Tão tive nenhum,só boy vira piloto de fórmula 1
Todo pivete quer ser bombeiro ,eu tinha outro sonho
Catar o vigia da preserva e recarregando o caixa eletrônico
Não usei minha inteligência em pról de nenhuma
Empresa só pra por microcâmera pra gravar sua senha
Deixar a vítima surpresa, no telefone
Seu saldo disponível é zero perfeição no clone
Detonei a dona da joalheria com explosivo,
Fiquei dois anos aguardando julgamento no distrito
Pra ver que não dá lucro magnata viúvo,
Chorando de búlgare, óculos escuro,
Não valeu perder os dentes no taco de beisebol, choque no pinto, matar por um banho de sol
Ser quase estorquido pelo bolo podre da carceragem que inventa dívida pra te matar na crocodilagem
É raro ter um no crime no sítio no bairro elegante
Com esconderijo subterrâneo,com foguete anti-tanque, no crime o
Prêmio é ser mais um difunto apodrecido,outro relatório na
Prancheta do perito,nao quero parente no iml,atrás de mim,nem
Minha mãe vendo meu caixão e achando que foi melhor assim,tô
Pendurado a carabina e a granada holandesa,tirei meu carro da
Estrada da dor 666

Refrão: na estrada da dor é só caixão descendo nas cordas,na
Estrada da dor é só necrópcia,rota sangue e vítima morta. 2x

Ninguém mete um b.o. e se regenera com lucro,termina com um
Pm vigiando no muro o ciclo vicioso corrói sua alma,quanto
Mais dinheiro entra mais eu compro arma,sempre pensando na
Planta do plano seguinte,se a porta do cofre cai no massarico ou
Na dinamite,a banca quer é pro baile no pião do sábado,virou uma
Caixa de sapato de santinho guardado,devia ser exemplo o papelão
Do caixão preto,o trator te levando pra cova de qualquer jeito,mas sempre
A gente pensa,na nossa vez é diferente,eu vou entrar matar o
Gerente e sair livremente,queria imitar o michael j. fox no de
Volta pro futuro,voltar no tempo e evitar muita dor e luto,campo
Minado de ato covarde,outro paraplégico por um par de nike no
Passado baralho banco imobiliário,hoje é recurso pra segunda
Instância no judiciário na rua não quer ser a mão-de-obra
Barata,pra no x não ser a mão que faz bola de graça,que que
Adianta seu fuzil,relógio de platina,se nem por milagre chega a
Vinte e cinco de vida,mesmo rico pedindo punhal cravado na
Cabeça vou pro desvio da estrada dor 666.

Refrão: na estrada da dor é só caixão descendo nas cordas,na
Estrada da dor é só necrópcia,rota sangue e vítima morta. 2x

Quanto vale seu honda civic equipado na garagem do seu
Advogado,dinheiro de crime é maldito fruto de desgraça,vem com a
Cara do diabo na marca d’agua que porra de quadrilha,que mano
Lado a lado,ó seu parceiro no tático com dedo apontado,ó sua
Coroa no ponto sozinha,pedindo carona pro motorista pra te fazer
Visita quando seu corpo tiver se decompondo no matagal,não espara
Se quer um cu te cobrindo com jornal,vão correndo dar os pêsames
Para sua viúva,pra chavecar armar bombeta,morto não usa blusa de
Mustang e metson,32 tiros,todas as vacas dão o rabo pegam senha
Pra ser seu amigo,mas na uti tubado,cadê a sua gangue nem a
Puta que falou “te amo” vai doar sangue,o jogo é claro
Sanguinário objetivo,ou vou ser escravo de um patrão ou número
No presídio,a única coisa de valor é a sua liberdade,não deixa
Pra ver,tomando facada atrás das grades,não tem preço ver as
Crianças brincando na praça por mais humilde que seja poder
Voltar pra sua casa,o crime é a estrada da dor 666,é um filme de
Terror dirigido pelo capeta

Refrão : na estrada da dor é só caixão descendo nas cordas,na
Estrada da dor é só necrópcia,rota sangue e vítima morta. 4x

Enterro de um Santo

AÍ GAMBÉ SACA LOGO ESSE OITÃO E MATA
O DEMÔNIO É MEU GUIA A GLOCK É MINHA ARMA
O SANGUE DO PLAYBOY É MEU VENENO QUE ESCORRE
SEU FILHO É O REFÉM QUE EU MATO PELO COFRE
EU SOFRO SOU ALGEMADO UM HOMEM NA CELA DO X
QUE REIVINDICA QUE MATA O CARCEREIRO COM UMA FACA
QUE TE FAZ FELIZ
QUE ENGATILHA O OITÃO NA CARA DA PIRANHA NO SINAL
QUE NO ESTALO DE DEDOS PÁ TA NO INSTITUTO MÉDICO LEGAL
SERVINDO O CORPO PRO CUSÃO DA FACULDADE DE MEDICINA
OLHA O CORPO DE LADRÃO É PROMOÇÃO NO CARTÃO
OU CHEQUE PRA 30 DIAS
DÁ RISADA EMPRESÁRIO EXECUTIVO DO CARALHO
TIRA A BLINDAGEM DA MERCEDES E É AMÉM É CAIXÃO LACRADO É
TIRA A BUNDA DA CADEIRA DO ESCRITÓRIO
E O FAVELADO QUE NÃO É PROBLEMA SEU
ESTUPRA TUA MULHER ANTECIPA O TEU VELÓRIO
É ISSO AÍ BATE PALMA PRO MEU PRATO VAZIO
COSPE NA MÃO QUE TE PEDE ESMOLA
E É CORPO BOIANDO NA BEIRA DO RIO
PODE ATIRAR E ATIRA PRA MATAR
O SANTO FOI COM A ORAÇÃO QUE DEUS NÃO QUIS ESCUTAR
CANSEI DE SER UM POBRE INÚTIL HOMEM FAVELADO
AGORA EU SOU O LADRÃO QUE COM O REVÓLVER NA MÃO
DEIXA SUA CABEÇA EM PEDAÇOS
QUERIA LEITE PRO NENÉM
COMIDA NA PANELA UM CADERNO PRA ESCOLA
ME DERAM UMA SEMI-AUTOMÁTICA DE 13 TIROS NO PENTE
ENTÃO QUE DEUS ILUMINE A MINHA NOVA TRAJETÓRIA
NÃO SONHO MAIS COM SEU EMPREGO
NÃO QUERO MAIS A SUA MERDA DE ESMOLA
VOU ATIRAR NO SEU PEITO PLAYBOY PRA ROUBAR SUA JÓIA
VOU ENQUADRAR SUA MERCEDES TE AMARRAR E JOGÁ FOGO MORO
TE APRESENTAR O SANTO QUE A SUA SOCIEDADE ENTERROU
PODE ATIRAR E ATIRA PRA MATAR
O SANTO FOI COM A ORAÇÃO QUE DEUS NÃO QUIS ESCUTAR
CANSEI DE SER UM POBRE INÚTIL HOMEM FAVELADO
“AÍ GAMBÉ O LADRÃO AQUI É SÓ OUTRO HUMILDE BRASILEIRO
TRANSFORMADO EM MONSTRO MORO”
AMANHÃ OU DEPOIS O CORPO EMBAIXO DO JORNAL VAI SER O MEU
NA VELA ACESA O FOGO DO INFERNO QUE O SISTEMA ACENDEU
NO CHÃO O SANGUE QUE NÃO EMOCIONA QUE NÃO DÁ IBOPE
NA DÁ TV NÃO DÁ JORNAL NÃO VÊ REVISTA
QUE SE FODA O MEU PEITO ABERTO COM 5 DE 9 HÉ!
NÃO TEM REPÓRTER
SÓ UMA MULHER CHORANDO COM UMA PAR DE FILHO
QUE NO FUTURO ESTARÃO NO MESMO LUGAR
SE TRANSFORMANDO EM CARNIÇA COM VÁRIOS TIROS
PORRA MANO É FODA DÓI NA ALMA
NÃO DÁ PRA SER SANTO VIVENDO COMO LIXO A FOME MATA CALMA
O QUE OLHO VÊ O CORAÇÃO SENTE
É NATAL ANIVERSÁRIO PAI CADÊ MEU PRESENTE??
OUTRO DIA O MOLEQUE DEU RISADA
OLHA LÁ O MALOQUEIRO UMA SEMANA COM A MESMA CALÇA
EU ADIANTO MEU VELÓRIO TROCO TIRO FAÇO O NECESSÁRIO
PRA NÃO VER A MINHA FILHA SE VENDENDO NA ESQUINA
OU MEU FILHO TRANCAFIADO
DO AP DO HOTEL DE LUXO É DIFÍCIL ENTENDER
DÁ PRA MANDÁ SE FODÊ “PODÊ CRE”
NUM MERGULHO DE PISCINA
É FÁCIL JULGAR LADRÃO TEM QUE MORRER
INFELIZMENTE DEUS NÃO ME DEU CARRO
DÓLAR COBERTURA EU SÓ OUTRO FILHA DA PUTA
QUE TRÁS SEU ALMOÇO DO MERCADO EMBAIXO DA BLUSA
“EMBAIXO DA BLUSA”
AQUI A PALAVRA DA BÍBLIA NÃO TEM VALOR
A MINHA CRENÇA SÃO SEIS DENTRO DO TAMBOR
QUANDO O OITÃO TIVER NA BOCA DO SEU FILHO
NÃO GRITA SOCORRO
EU DESCONHEÇO O QUE É DÓ AMOR O MONSTRO QUE VOCÊ CRIOU
VAI MATAR O CUSÃO IGUAL SE MATA UM CACHORRO
QUERIA SER OUTRO HUMILDE BRASILEIRO MAS CANSEI DE SONHAR
ENTÃO GAMBÉ PODE ATIRAR HÉ E ATIRA PRA MATAR
PODE ATIRAR E ATIRA PRA MATAR
O SANTO FOI COM A ORAÇÃO QUE DEUS NÃO QUIS ESCUTAR
CANSEI DE SER UM POBRE INÚTIL HOMEM FAVELADO
“AÍ GAMBÉ QUERIA PAZ MAS ME DERAM O CRACK E UMA 357”
EU VOU ENTRAR NA TUA CASA NO SEU RESTAURANTE
EU VOU MATAR SUA MULHER PEGÁ O VÍDEO DA SUA ESTANTE
EU VOU ROUBAR SUA JÓIA QUERER SUA ALIANÇA
SE NÃO TIVER DINHEIRO EU CORTO A SUA GARGANTA
É ISSO AÍ FECHA O VIDRO NA CARA DO MOLEQUE PLAYBOY
BATE PALMA PRO DEFUNTO
QUE FOI MEDALHA NO PEITO DO GAMBÉ DO GOE
TIRA MÉDICO REMÉDIO DO NOSSO HOSPITAL
TIRA O PROFESSOR DA ESCOLA
JOGA ARMA CRACK ÁLCOOL AÍ TA LEGAL
JOGA UM HOMEM NUM BARRACO DE 2 METROS QUADRADOS
CONSTRUÍDO DE MADERITE COLCHÃO DE BARRO MUITA GAMBIARRA
GOTEIRA NA BRASILIT
O RESULTADO JORRA COMO SANGUE DE DEFUNTO
50 60 NO X O D.P.
POLÍCIA DESCARREGANDO TIAZINHA DE LUTO
VOCÊ DE MÃO AMARRA NO PORTA-MALA DO SEU TEMPRA 2.0
E ALGUÉM LIGANDO PRA SUA CASA:
“AÍ PIRANHA SEU MARIDO VAI MORRE
EU QUERO TANTO DE RESGATE NO SEQÜESTRO”
É TOMÁ LÁ DÁ CÁ NO JOGO DO INFERNO
VAI MONTA O SEU PALANQUE NA PUTA QUE O PARIU
PMDB PTB VÃO SE FODER
ACABOU O SHOW DE MARIONETE OUVIU
SEM ENSINO ALIMENTOS SAÚDE MORADIA É REVOLVER NA MÃO
MIOLO VOANDO E O SANTO SENDO ENTERRADO
A CADA SEGUNDO CADA MINUTO TODO DIA
AÍ GAMBÉ DÊ-ME O MOTIVO A MINHA EXPLICAÇÃO
HONRA SEU DISTINTIVO E MATA LOGO OUTRO HUMILDE BRASILEIRO
QUE A SUA SOCIEDADE TRANSFORMOU EM LADRÃO
PODE ATIRAR E ATIRA PRA MATAR
O SANTO FOI COM A ORAÇÃO QUE DEUS NÃO QUIS ESCUTAR
PODE ATIRAR E ATIRA PRA MATAR
O SANTO FOI COM A ORAÇÃO QUE DEUS NÃO QUIS ESCUTAR
“AÍ GAMBÉ! NÃO TEM HONESTIDADE SEM EMPREGO
COM O FILHO MORRENDO DE FOME
É FODA”

Discurso ou Revólver

A igualdade social é só em conto de fadas, felicidade é só em
Sonho, só em mágica. Acredito na palavra ou na metralhadora,
Revolução verbal ou aterrorizadora. Vamos queimar constituição
Com coquetel molotov, carro bomba no congresso, tic tac explode,
Suplicar pro gambé derrubando sua porta não bater na sua mulher
Não atirar nas suas costas.

Até quando comer resto, lavar banheiro abrir o boy no meio na
Ilusão de dinheiro, ser exterminado como judeu em Auschwitz,
Mostrar pra globo o que é viver no limite. a custa atlanta
Queimando na sua frente, a SS agora veste o cinza da PM, de
Braço cruzado é só miolo espalhado no chão, discurso ou
Revólver, tá na hora da revolução.

(2x)
Tá na hora de parar de mofar no presídio, de estar no necrotério
Com uma par de tiros, de ser o analfabeto comendo resto viciado que
O denarc manda pro inferno.

Fizeram da sua rua filial do vietnã, deram rifles pras crianças
Estupraram sua irmã, exilaram na favela o cidadão na teoria
Oprimido, censurado no país da democracia. te dão crack, fuzil,
Cachaça no buteco esse é o campo de concentração moderno.

Hitler, fhc, capitão do mato, bacharelo em carnificina, mestrado
Em holocausto, chega de bater palma tomando tiro, facada, de
Prato vazio, vendo o boy suar na sauna o sistema te quer no viaduto com água na boca com a garrafa cortada na mão esperando a
Kombi trazer sopa no chiqueiro do navio negreiro consertar na
Porta, morto pelo senhor do engenho com farda e pistola, que só
Em cabeça de pobre descarrega sua munição, discurso ou revólver
Ta na hora da revolução.

(2x)
Tá na hora de parar de mofar no presídio, de estar no necrotério
Com uma par de tiros, de ser o analfabeto comendo resto viciado que
O denarc manda pro inferno.

Prevejo o mercado saqueado bala de borracha, escudo do choque
Tomando pedrada, guerra civil em praça pública socorro professor
Com sangue no rosto, mordida de cachorro, sem teto, sem terra,
Sem prespectiva, sem estudo, sem emprego, sem comida, o pavil da
Dinamite ta aceso, qual será o preço pra eu ter os meus direitos.
Sequestrar, tirar, queimar pneu na avenida, invadir a fazenda
Improdutiva, só jogamo ovo por isso nada mudou, quem sabe o
Presidente na mira do atirador. Em são paulo 35 por dia chega,
Tolerância zero, ou cavar trincheira, serial killer do planalto
Continua em ação, discurso ou revólver ta na hora da revolução.

(2x)
Tá na hora de parar de mofar no presídio, de estar no necrotério
Com uma par de tiros, de ser o analfabeto comendo resto, viciado que
O denarc manda pro inferno.

A favor do inimigo repressão desinformação, o domínio dos dois
Caminhos pra revolução. caminho um a voz do povo aqui não é a
Voz de deus, se tua casa é de caxote de feira problema seu,
Tanto faz sua filha no motel ganhando trocado, tanto faz seu
Filho com a doze matando vigia no assalto. se vier pro asfalto
Fazer passeata, aí o pm te mata, te faz engolir bandeira e
Faixa. caminho dois desconhecendo cenário político, onde jogar
Granada, quem é o nosso inimigo entendeu por que não tem, escola
Pra você toma uzi e me diz quem tem que morrer, não adianta ser
Milhões se não somos um, ação coletiva, objetivo comum, discurso
Ou revólver não interessa a opção sem união é impossível a
Revolução.

(2x)
Tá na hora de parar de mofar no presídio, de estar no necrotério
Com uma par de tiros, de ser o analfabeto comendo resto viciado que
O denarc manda pro inferno.

Pro inferno.

Dias Melhores Não Virão

Fuga, pelo telhado, tem mega blitz
Querem o colar da água marinha do B.O. da tyfani Desativa a
central, Telefonica clandestina
Todos os rato tão aqui mesmo sem o flaustista
Dona Maria guarda o filho e fecha a porta
Êxito na operação, criança alvejada nas costas
Tão de escudo, capacete, colete
Pedindo pra deitar no mausoléu da PM
É repressão pra quem não ta no sofá contente
Vendo na TV o que não pode ter, e abrindo os dentes
O Brasil só me quer na mansão, no apartamento
Com a lata de tinta cheia de cimento
Chega, de ser escravo no palácio do engenheiro
Da tortura psicológica entre os dois extremos
Melustre e Torelli, móveis da Europa
Sem luz com a privada entupida, cheia de bosta
Madame de olho azul, cliente da Daslu
Lançando bolsa que vale, minha goma na sul
Cansei de 10%, com dinheiro monopólio
Eu também quero entrar pra festa, ter meu poço de petróleo, tenho
Credencial de pente cheio na agulha
Aval da justiça pra destroça sua nuca
Que juiz não tem moral pra condenar o Eduardo
Pro político matando o povo magistrado fica de quatro

(Refrão 4x) Tem mina terrestre em cada palmo do chão
Dias melhores não virão

Onde uma pa foi dormir num parente distante
Pro filho não morre com foguete anti-tanque
Tiro no transformador, a luz acabo
O céu fica estilo golfo, da fuga morador
Quem fica, quantos furo aparecendo na parede
Embaixo da cama reza um terço, enquanto ouço o treme
Guerra no trafico virei perito no assunto
A Taurus multiplico, lucro incerto divide defunto
Não julga não cuzão, com meu grau de instrução
Não sou apto nem, a joga lixo no caminhão
Seu eu não fosse suicida, meio Talibã
Um Brasil tirava o direito de eu sonhar com o amanhã
Amanhã vou faze, blitz falsa, ver
Se o motorista do Roberto Marinho abraça
Eu sou a Previdência que aposenta meu velho
Que com 50 de trampo, não tem uma caixa de remédio
25% é a chance de eu ser assassinado
Dado que ao fronte de batalha é comparado
De noite a farda pisca, não passa nem vento
Ai o Sherlock Holmes não pede meu documento
A firma quer informática, e eu nem sei o que é monitor
Governador sai com traveco, a verba do computador
AR15 dum-dum-dum, pro boy é familiar
Foi comprada com dinheiro que ele usa pra cheirar

(Refrão 4x) Tem mina terrestre em cada palmo do chão
Dias melhores não virão

352 no coco, é o esquema do jogo
na preleção o plano das barra de ouro
Faço jus a falta de musica, e arte cênica
Mobilizando a policia a mostrar serviço pra imprensa
Dêem emprego pra 500 mil, segurança
Terno preto, HT, a moderna visão panorâmica
To fugindo da nave mãe comunitária
Sorrir na tela e na real, deforma a sua cara
Abraça dono de mercado, beija o comerciante
Pra ganhar café, coxinha, refrigerante
E o poder paralelo diz a hora de ir pra rua
Fecha a escola, capota a Blazer, metralha a prefeitura
No comercio informal, variedade de produto
Dente de ouro de defunto, imagem de santo de túmulos
Todo pivete sabe, como é lá dentro
Cresce com a certeza de um dia ser detento
final certo igual na maquina de fliper da esquina
Até te dá vida, mas no fim te liquida
Outro despedido, porque chegou atrasado
Tinha greve por mais um motorista assassinado
Nosso médico no açougue, aprendeu só medicina
Se quebro o pé volto com, bisturi na barriga
No chão mais distante do aparelho doestado
Repórter vem com a câmera e acaba carbonizado

(Refrão 8x) Tem mina terrestre em cada palmo do chão
Dias melhores não virão

Dia dos Finados

Eu vou fazer uma Marcha Fúnebre pro Passado
Hoje é 2 De Novembro Feliz Dia Dos Finados
Binho 100 dólares, o acerto
A Rota quer dinheiro não tem é, enterro
Lá no bar, ah 5 era bola entra ai paria par
Mini mini três nas costas
Colou um Justiceiro de Madrugada
Massame seu irmão sangrando na calçada
Um até respirava vi que agonizava
Pedi Socorro pro Otário que passava
Só que o Boy do Uno não parou pra socorrer
Sepá já ta Morto o que que eu posso fazer
Comprou passagem pra bahia, tava pedido
Amanheceu desfigurado era uma vez rockinho, dois tiro
Tony, saudade de você, caiu da rd maldito DSV
No Maverick Branco, acelera Nino
E leva pro Hospital, morto Edinho
Me da uma Noticia lá da Detenção
O Beisola tava lá agora é só na Oração
Eu me lembro do Choro do desespero da Tiazinha
Um Tiro na Perna mane toca-fitas
Por essas Merda eu já tanto, Fulano morto
Lembro do Lula na sua goma, com um tiro no olho
Sirene pé na porta não teve socorro
Pesão no chão subiu até o cachorro
São Flores pro Pascoal Chiquinho Dólar
Homenagem Póstuma uma Oração em Memória
Vou Acender uma Vela e Orar em Silêncio
Por um Futuro Menos Sangrento
Pra eu não ser outro Cadáver sem reconhecimento
Feliz Dia 2 de Novembro

4x (vou citar alguns nome pra vocês acreditarem)
É dia dos finados

Por um Tiger Velho Tênis da Moda
Quatro tiros no Flavinho, Cadeira de Rodas
O tempo passa e morreu sozinho
Só que a Justiça deus fez com seu Assassino
Contraiu HIV Mosquitinho
Sofreu até Morrer igual o Flavinho
Encosta na parede é Policia não se move
Engoliu varias G Petróleo foi de Overdose
É Dinheiro de Playboy a Lei de Lúcifer
Um tiro na testa Adeus André
É glicério vem logo o Resgate
No chão tem um corpo e é o do rodarque
Rua São Paulo curioso Vela no chão
Explodiram a Cabeça do Camburão
Requinte de Crueldade todo desfigurado
O Defunto do rio é mesmo o Zóio De Gato
Desarmado com suas Filhas posto de gasolina
Nicolau gol de placa pro Demônio de cinza
Graças a Deus não tem Grampo no meu pulso
Por mim ninguém ficou de Luto
Sobrevivi a tudo fugi do Assalto do Furto
Não fui ah Mancha de Sangue no Asfalto
E nem a vela acesa no Dia Dos Finados

4x (vou citar alguns nome pra vocês acreditarem)
É dia dos finados

Poderia ter ido como Guzula foi um dia
Vários tiros, depois atropelaram de brasília
Escuta a sirene do carro funerário
Vem da baixada é o corpo do Fábio
Ai Peterson ah casa caiu
Na correria o Chinês ganhou atirou, da padaria
Monza colou a Rota vamo troca
Cute e takau não deu tempo de pensar
Na foto da revista tipo atração
Adelson dois tiros p a nove detenção
O alarme ta tocando é ligação direta
Meu carro não ladrão Arthur já era
Na cadeia é sem remédio sem tratamento
O estado aplaude o sangue de qualquer detento
Foi assim com o Bolão apagado mó pó
Estado terminal o sistema não tem dó
Numa favela apareceu morto Natanael nem pistas
Só outro corpo
Nó Heliópolis um morto, ahm Arapinha
Nem sei qual foi a fita se pa foi farinha
Noventa e nove a mesma história nada muda
Tem olho fora do rosto no meio da rua
Mano Eder um ponto quarenta a queima roupa
Perto das Crianças que porra
Eu vou pedir um bom lugar pra quem partiu
Agradecer que a polícia não conseguiu
Não fui a mancha de sangue no asfalto
E nem o tumulo com flores
No dia dos finados

Detenção Sem Muro

Ei carcereiro faz favor
Vou te explicar meu veneno, o meu artigo
A banca que me condenou, a minha casa já caiu faz um tempo
Uns 20 anos pode crê maluco pelo menos
Quem falha nasce pobre, presidiário
Na detenção sem muro
No nosso único sistema, o carcerário
Acorrentado às drogas, vitima da cocaína
Encarcerado num caminho sem perspectiva
Eu nasci nisso, vivo nisso e vou morrer aqui
E até mesmo no inferno essa prisão imaginaria vai me perseguir
Se liga aí, bate meu DVC,
To pedindo não interessa o lugar, vim de lá sou fugitivo,
É marca de nascença, é um passado que não se apaga,
Fim do revolver, cocaína, parte pobre.
Minha detenção, a lei ainda vale infelizmente
Tenho um rótulo na testa presidiário,
Um rebelado sem refém aliado, um pulso algemado, homicidacriado
Ingrediente pra enterrar ou pra ser enterrado
Não vejo grades nem portões de ferro,
Por mais que eu corra nem chego nos muros,
Algo me prende aqui a fuga é impossível,
Que porra detenção sem muro, meu maldito mundo
Alta periculosidade, segurança máxima, armada até os dentesvárias no pente
Revoltado, caralho, vou dar meus tiros tou trepado,
Vou dar motivo pra ser condenado,
Não quero que nenhum gambé me mate, eu to a pampa de cadeiacraque.
Quero estudo, escola pra todos os manos
Eu quero pra parte pobre dignidade, um tratamento humano
(“prisão perpétua pra esse fulano”)
Pode crê, descarreguei , sentei o dedo
E aí mano qual é minha pena
Então juiz, quantos anos, pena máxima de ponta a ponta
Regime trancado, martelo batido, caso seguinte
(“Caiu a casa Eduardo”)
O tratamento é rígido existe leis e regras,
Tiro, DP, velório, assim a gente se regenera
Foda-se escolas, formação, uma goma, respeito
Detento daqui só tem direito a enterro, cachimbo de craque acessoa maldade,
Revolver a vontade, droga, álcool, por toda parte
Não vejo grades, mas sei que é meu pavilhão
Eu to cercado por guardas armados, sem liberdade, malditadetenção,
Nasci do inferno me transformando em diabo
De cada dez daqui, cinco na cadeia cinco finados
Ei carcereiro faz um tempo, que eu vou nessa,
Toque de recolher na seqüência a gente troca outra idéia
Detenção sem muro, quero fugir daqui.

(Refrão)
Detenção sem muro, quero fugir daqui
(“Defesa aqui é foda”)
Fugir daqui (2X)
Detenção sem muro, quero fugir daqui
(“Defesa aqui é foda”)
Fugir daqui (2X)
Pode crê mano, quero fugir daqui.

Me imagino entre grades e muros,
Arames farpados, rotwailer, pastor alemão, escopetaengatilhada,
E eu no pátio do pavilhão,
Ei carcereiro minha cela ta lotada, vários doentes, aids, variasalmas
desorientadas
No crucifixo meu único mano,
O aliado de todas as horas, só ele que não me deixou falando
Conto os dias pra fugir daqui, e to ligado que não posso ir
Olha o Dundum ali, estirado no chão, três tiros no peito,um nacabeça
Rota sem perdão, nossa única escolha, a própria morte,
Ladrão na mão da policia, pobre morre como pobre
Num barraco semiconstruído, orgulho destruído
IML, caixão doado, que final fudido, é impossível me livrardisso
Me recordo quantas fugas deram em nada,
Detento armado no crime, cabeça premiada
Mão algemada, sangue, finado na barca,
Destino incerto rumo ao inferno, a próxima parada,
Forço a mente mas não lembro mano que deu fuga,
Algum fulano até tentou mas fracassou na PT de um filho daputa,
O sol daqui não é quadrado em forma de caixão
Não existe grades, mas sepultura daqui da detenção
Não há distinção de idade, sexo, cor,
Preto, branco, pivete, sejam bem vindos ao nosso corredor,
Eu vou botar fogo no colchão, eu vou buscar refém
Quero a presença de um juiz aqui tenho direitos também,
Rebelião na minha mente, sangue e ódio
Ou cumprem a risca minhas exigências ou prepara a lista dosóbitos
Numero um, recuperação aos detentos das grades de ferro,
Numero dois, chega de cadáver, eu quero um breque no cemitério,
Numero três, eu quero usufruir dos dez direitos humanos,
Numero quatro, gambé desarmado bem longe dos manos,
Ei carcereiro até a próxima pode crê ,
Se eu não der fuga na noitada, amanhã a gente se vê.

(Refrão)
Detenção sem muro, quero fugir daqui
Defesa aqui é foda
Fugir daqui (2X)
Detenção sem muro, quero fugir daqui
Defesa aqui é foda
Fugir daqui (2X)
Pode crê mano, quero fugir daqui.

Desculpa Mãe

Mãe, não dei valor pro teu sonho, sua luta
Diploma na minha mão, sorriso, formatura
Não fui seu orgulho, diretor de empresa
Virei o ladrão com a faca que mata com frieza
Não mereci sua lágrima no rosto
Quando chorava vendo a panela sem almoço
Vendo a lage cheia de goteira
Ou a fruta podre que era obrigada a catar na feira
Enquanto você ajuntava aposentadoria esmola pra não ter despesa
Eu tava no bar jogando bilhar
Bebendo conhaque
Bêbado eu era o ladrão de traca a escopeta
Com a mãe implorando comida na porta da igreja
Todo natal você sozinha eu na balada
Bancando vinho, farinha pras mina da quebrada
Desculpa mãe pela dor de me ver fumando pedra
Pela glock na gaveta pelo gambé pulando a janela

(2x)
(desculpa mãe) por te impedir de sorrir
(desculpa mãe) por tantas noites em claro triste sem dormir
(desculpa mãe) pra te pedir perdão infelizmente é tarde
(desculpa mãe) só restou a lágrima e a dor da saudade

Quantas vezes no presídio me visitou
No domingo, bolacha, cigarro nunca faltou
Vinha de madrugada, sacola pesada
Pra ser revistada pelos porcos na entrada
Rebelião, você no portão, temendo minha morte
Sendo pisoteada pelos cavalos do choque
Eu prometi que dessa vez tomava jeito
Tô regenerado, ouvi seus conselhos
Uma semana depois, eu na cocaína
Cala a boca velha, sai da minha vida
Eu vou cheirar, roubar, seqüestrar
Não atravessa meu caminho, se não vou te matar
Sai pra enquadrar o mercado da esquina
Troquei com o segurança, tomei um na barriga
A Polícia me perseguindo, eu quase pra morrer
Só tua porta se abriu pra eu me esconder

(2x)
(desculpa mãe) por te impedir de sorrir
(desculpa mãe) por tantas noites em claro triste sem dormir
(desculpa mãe) pra te pedir perdão infelizmente é tarde
(desculpa mãe) só restou a lágrima e a dor da saudade

Os gambé vigiando o pronto-socorro
Eu na cama delirando, quase morto
Ferimento ardendo, coçando, infeccionado
A solução foi o farmacêutico do bairro
Que só veio por você, com certeza
A heroína que pediu esmola no busão, com a receita
Deu comida na boca, comprou todos remédios
Sonhou com emprego mas o diabo me quis descarregando ferro
Ai eu dei soco, chute, bati com tanto ódio
“- Preciso fumar, vai, mãe, dá o relógio”
Velha, doente, desafiando a madrugada
De porta em porta: “- Alguém viu meu filho, tô preocupada”
Fim de semana foi farinha, curtição
Só cheguei hoje e de prêmio te trombei nesse caixão
Um vizinho ligou, que foi ataque cardíaco
Morreu na rua atrás da merda do seu filho

(2x)
(desculpa mãe) por te impedir de sorrir
(desculpa mãe) por tantas noite em claro triste sem dormir
(desculpa mãe) pra te pedir perdão infelizmente é tarde
(desculpa mãe) só restou a lágrima e a dor da saudade

Conversando com os Mortos

Seu caixão no SP – TV teve aplausos do doutor
Churrasco, bossa-nova, smoking, licor.
No DP teve surto de alegria das vitimas
Com seu carro metralhado pela policia
Se abraçaram tipo gol de final de campeonato
Orgasmo vendo seus parentes humilhados pelo delegado
Diazepan, calmante, mulher desmaiada, filho gritando.
Vizinho trazendo copo d’água, pai e mãe sem um real sequer pro busão, no corre atraz do seu corpo da liberação.
Puta humilhação acendeu o estopim do ódio
O seu caixão foi doado não teve direito a velório
Nos BO bem sucedido pro cê pô sua pá de amigo
Pro seu enterro nenhuma flor, só sorriso, nenhum níquel.
Na TV o gambé simulou igual puta de boate
Forjou um arsenal pra dá autenticidade
25 tiros de advertência nenhum no pneu
Apuração não aconteceu só você se fodeu
O cusão que te estourou como se fosse um cachorro
Essas horas tá olhando o menu na Hadoc Lobo.
E agora quem dá leite pro seu filho de colo
Qual é a resposta quando perguntam se o papai volta logo
30 segundos de jornal não valeu seu atestado de óbito
Infelizmente é Facção conversando com os mortos

Refrão:
Não acredito que você deixou o crime te vencer
O Cão de farda ser condecorado porque metralhou você
Tem um buffet na mansão dos porcos pra festejar o seu velório
Seu filho que herdou só um santinho com foto
Com pique de próximo atestado de óbito
(2x)

Sua mina descobriu que você morreu quando ligou no seu celular e um gambé atendeu
O abutre carniceiro foi frio e perverso, seu marido foi vê o ponto.
de nylon do necrotério
Queria passar com carro nele ida e volta até morrer, mas confesso tô com mais raiva de você
Não quis dá um breque nessa porra de vida
Foi mais fraco que os 10 toca – cds na mochila
Foi suicida sabia como a policia investiga
Primeiro descarrega depois levanta a ficha
Esqueceu da cartilha da dor, do Daca
Trombô uma pá de rebelião quase morreu de apanha
Na enfermaria doente mesmo sem nenhum postal
Não viu que o crime não dá Hollywood nem Água e Sal
Não leu com atenção as instruções da vida
O Audi TT isntiga, mas é jazigo em forma de vitima.
Atraz do poste fica o sniper esperando a chance
Pra te vê cuspir sangue levando o carro pro desmanche
Umas mil vezes pra que? na garupa da CG
Pará o carro vai pro banco de traz pra não morrer
Não pos no quarto e cozinha um azulejo
Só alegrou traficante que quis o seu cachimbo aceso
Você mesmo imprimiu santinho com a sua foto
Infelizmente é Facção conversando com os mortos

Refrão

Foi morte sem comercio de porta baixada
Não subiu nenhum balão com sua foto estampada
Não teve salva de tiro dos cadetes
Mais um caixão sem cobertura da bandeira verde
Te juro já cansei de tragédia
No sábado mano no show na segunda entre quatro velas
Olhou, esbarrou, só pisou no meu mizuno.
Já vem pra festa vira ringue de vale-tudo
Jogador de ferias no Caribe e nóis jogando bomba
em quem torce pro outro time
Toda semana eu escuto: porra você viu?
fulano morreu na paulada ta inchado boiando no rio
A policia é a raposa caçando o coelho
Vi enquadrar dois que desapareceram
Tiraram o direito de outra mãe velar seu filho
Vai pro tumulo com a duvida morreu ou ta vivo
Periferia é campo fértil pra brota historia trágica
Biografia da desgraça infinita em paginas
Que seus órfãos não rumem pra metralhadora
Não usem a herança da Taurus moqueada no guarda-roupa
Descanse em paz acabou o barulho da sirene
As mordidas do pastor alemão da PM
Em três anos da mesma forma o substituto pro seus ossos
Infelizmente é Facção conversando com os mortos

Refrão

CNN Periférica

Oriente Médio pra mim é jogo War da Grow
Manda a Times aqui fotografar o que é terror
O que inspira a Fox pra filme de guerra
No ar Facção potência bélica da favela
CNN periférica contra a bomba de Hiroxima
Aplicada lentamente pra dizimar minha etnia
Tô no corredor da morte porque tenho atitude
Mercedez, flat cusão não me ilude
Sô mais um palco sem retorno com microfonia
Com os que tiram da comida pra comprar minha camisa
Letra terrorista o boy escuta e treme
Lado a lado com quem invade a adega do presidente
Tira o clipe do ar não toca o psicopata
Soro incherto mata não agita o cu da playboysada
Não quero tá na coleção de cd do tio Patinhas
Massageia o ego a sintonia do radinho à pilha
Tô na missaõ pra te vê de Toyota
Ó o documento gambé o carro é meu sai fora
De samoa na mesa do restaurante fino
Traz o mais caro do menu e a carta de vinho
Ninguém nasceu pra queima ônibus
Trocá com o choque
Protagonizá o medo como Hitchcock
Tô em cartaz pra tirá sono de rico
Adaptação de Sarajevo de ouvido a ouvido

REFRÃO

Eduardo em cartaz pra vê boy perdendo sono
Narro a vida da trincheira aqui é a CNN do morro
Dum-Dum em cartaz pra vê boy perdendo sono
Narro a vida da trincheira aqui é a CNN do morro
(2x)

Imagina você amarrado no trilho conhecendo a CPTM
Suando frio
Rezando, contando com um milagre que evite que
o maquinista te divida em varias partes
Ia senti quanto faz falta um professor no morro
A minha panela repleta no fogo
Quem mete a mão na guela do vira-lata
Pra roubar osso e dividir com os filhos em casa
É graduado pra enfiar no cu da tropa o escudo
Arranca olho de turista de cruzeiro de luxo
Ninguem é cachorro pra ficar feliz só com a ração
Quero apertar o botão pra abrir o portão da mansão
A Tv impõe que o bom tem jóia e Marea
Então porque que eu vou rir de Brasília na favela
Não se conforma em troca o saco da lixeira
Com a goma de madeira o nenê sem mamadeira
Tem um porco no seu cargo na multinacional
Torrando o kit livraria do crime bacanal
Pode dá choque no cronista que ele não maqueia o drama
O boy te quer na reportagem da cracolandia
Ou sonhando com cem pra passagem de volta
Porque não mando um real pra família na roça
SP inventou a apolice de seguro anti-sequestro
Aqui é sangue fundido em concreto

REFRÃO

Eduardo em cartaz pra vê boy perdendo sono
Narro a vida da trincheira aqui é a CNN do morro
Dum-Dum em cartaz pra vê boy perdendo sono
Narro a vida da trincheira aqui é a CNN do morro
(2x)

FC canta rap pra não vê você com tiro nas costas
Na reabilitação da AACD
Pra não te vê de modelo em extrato de tomate
Com a foto de desaparecido na embalagem
A PM se equipou com .40 e tá loca pra testa na sua cabeça
Eliot Ness tem coração de pedra
Igual a vaca que por milho prende a doméstica
Nem o exorcista tira o diabo que ele plantou na minha alma
Eu com a cara de antrax zero o fim dessa raça
Não me comovo com a Barbie sangrando na ambulancia
Quem arremata o Van Gogh ta porque quer atraz da lança
Indenização pro povo nos direitos humanos
Reparo de ordem moral pra cada furo no cranio
As vezes descordo de Deus tudo é sem sentido
Uns comprando uma ilha outros rasgando lixo
Com 98 mil dolares quantos livros na escola
Foi o que o boy pagô pra ficar em orbita
Depois chora ajoelhado oferece o rabo
Fica coberto com plastico qte morre asfixiado
Não sou mãe Dinah mas prevejo a sequela
Questão de dias pra vê que vigia é mitologia moderna
Sua munição anti-aerea CNN Periferica
Mais contudente que qualquer ancorada

Chico Xavier do Gueto

Prepare as algemas, forme o inquérito, abra o processo que eles
estão de volta sem freio na língua, sem meia verdade, história
engraçada ou frase bonita.
Facção Central, Chico Xavier do Gueto, pondo no papel o que Deus
manda, no palco da noite é a munição traçante.
O soldado que prefere ser morto do que ser o soldado que
municia o inimigo.
Não é letra violenta não, cuzão, é a música cantada com o
coração.
Facção não faz rap pra você, boy, grupo invejoso, Zé povinho,
estamos cagando e andando pra opinião de vocês.
Extremista célula terrorista, enquanto Deus por ar nos pulmões
vamos ser o avião fazendo estrago de ouvido a ouvido.
Vitória não é carro, dinheiro e vagabunda.Injetar ódio no
cérebro do conformado, informação no desinformado e auto-estima
no derrotado.
Vive muito boy, não gosto de você, mas não quero seu sangue
derramado com as nossas mãos, não quero um dos meus vencendo
através do seu cadáver.
Vive muito pra um dia ver a favela vencer. Eu acredito muito
nisso, pra quem tem fé e persistência tudo é possível.
Aí, tinha dois moleques lá no cortiço do centro, que ninguém
dava uma moeda e mesmo assim eles derrubaram as portas,
sobreviveram ao teste, as coronhadas da policia, fome, e hoje,
acredita se quiser, tão aqui tirando seu sono.Passaram de quinta
série de escolaridade a PHD em vida, Eduardo e Dum Dum doença que
contagia as almas sem voz, certificado de atitude concedido pela
favela.
Aí, desempregado, doente, órfão, faminto, mendigo, detento,
viciado, menor de rua, iludido ou sem ilusão, não importa quem é
você, se você tem periferia no peito você é parte de mais um
capitulo da nossa história.
Direto do campo de extermínio.

Brincando de Marionetes

A trilha sonora é tiro a cena é de terror, o ar é triste tem aglomeração
Sirenes, viaturas, calibres, 12, 38, veja as manchas no chão
O carro preto e branco define atração,
17 caio pelo pionner cd na mão, a arma foi Glock
Fulano sem Ibope, Cinco na cabeça, passaporte pra morte
A sigla IML, define seu caminho
Oitava gaveta na geladeira, um cadáver decomposto
Do estilo que bóia no rio,
Defunto pra pesquisa olha o ponto do legista
Pobre é fundamental pra medicina
Corta o cérebro,arranca o pulmão, abre o peito no meio e come ocoração
É míssil teleguiado, controle remoto,
Marionete do sistema brasileiro de corpos
Sei que os porcos batem palmas pro meu caixão
Que deliram no cemitério, na detenção
Com nosso sangue escorrendo no chão
Querem grampo no meu pulso,
Me ver apodrecendo no X de uma delegacia
Esperando na febre, a quarta feira meu jumbo, a minha visita
Se pá um risco de cocaína, querem ver o meu ódio,
Minha semiautomática jogando na rota
Vela acesa meus pêsames, outro cadáver pá, outra vitima morta
Me querem de quebrada com um na cinta,
Um bolso entupido,roubando um toca fita
E dando 5g pro seu filho
Uma AR15 fodendo o carro forte, uma AR15 num banco, bebendo seu sangue
Em busca do cofre, uma facada no peito do pilantra,
Uma rajada nos playboy filhos da puta de zoomp, forum
Tirando um racha com suas piranhas,
Bomba relógio no seu escritório
Quero ver me olhar com nojo, sem fax, computador, celular, no seu velório,
Não vou estar no chão te estendendo a mão, ou comendo seu lixo
Use seu dinheiro pras puta das boate, pra faculdade do seu inútil filho
Use o dinheiro pra whysk, carro esporte,
Pro buffet do hotel de luxo, não cheiro de sua farinha
Tenho dignidade, não meto os cano na sua raça não vejo futuro
realça lut pala 12, lagosta, caviar
Faça o seu papel, não abre o vidro no farol,
Nem estenda o pulso com rolex, pra 380 não atirar
Ou pra ver não ver o moleque com o nariz escorrendo
Com roupas rasgadas, queimado de cigarro, feridas no corpo,fedendo
Se fodendo mendigando dinheiro,
Pra uma mãe ou pai, filho da puta pra cachaça,cigarro, crack,
Que neurose e desespero
Aí o sangue sobe, tem que ter enterro
Tiro de escopeta na cara, o álcool queimando pelo corpo inteiro
Aí você atrás das grades
Aí você com o ferro, fazendo boy pagar pedágio
Seu BO, no carro forte, assalto a banco
São apenas peças de um jogo
Onde matar ladrão é mais o fácil, é o aceitável
Aqui se joga na cadeia, não é pra se regenerar, é pra ver detento se matar
Se joga crack na favela, e se espera o resultado
Abra-cadabra, chove finado
Já assinei um 12, sei como é lá dentro
Aqui fora descobri que detendo tem rótulo na testa
Tatuagem, carimbo pra sempre detento,
Eterno marionete, cair na armadilha
Faço o contrario fulano, aposente os calibres,
Dispense a farinha, desfaça a quadrilha
Raciocine com o cérebro não com os calibres
O meu caminho eu mesmo traço é Dundum, Facção
Bem longe do crime, é o sistema brincando de marionetes

(Refrão)
Brincando de Marionetes,
É o sistema brincando de marionetes
Brincando de Marionetes
É os sistema brincando de marionetes

De braços abertos sobre a cabeça de outro cadáver está Jesus
Dando como premio a sua benção
E aceitando quem quer que seja sob a sua cruz
Não pede holerite, não olha a cor, não puxa o DVC
Não importa se fez faculdade, se tem curso superior
Ou se derrubou uns três antes de morrer
Nunca li a Bíblia, mal passei em porta de igreja
Nunca botei fé em religião,
Só tenho Deus uma certeza
Que aqui no inferno, até o diabo tem perdão vai pra cima,
Que todo homem merece misericórdia a graça de Nossa Senhora Aparecida
O detento puxando, quatro de ponta revezando seu sono atrás das grades
Enquanto uns dorme outros sonham com a liberdade
O moleque com a mão estendida querendo um pedaço de hot dog
Se contendo, ficando feliz com resto da sua fanta, apenas umgole
O mano HIV positivo na UTI, na cama do hospital
Ou deficiente sem sorriso, que sonha com sua moeda de 5, 10, 25
Qualquer real, se segura na mão de Deus e vai, diz o verso dacanção
Mansão, iate, ouro, dólar, são em vão
Preto ou branco, pobre ou rico, pro buraco só leva o caixão
180 por hora, passou estilo carro de corrida
Pacoteira no bolso, Honda Civic instalado de cocaína
O perfil do jovem de bem, brasileiro do tipo que queima índio comalcool
O santo, o filho do juiz, o bom exemplo
A justiça no Brasil é pro detento na detenção
Que destrói o pavilhão com as mãos
Bota fogo, joga pedra no PM cuzão
Aí o promotor condena
Cola globo, sbt, revista veja querendo a noticia
O nosso sangue é manchete pro empresário que ouve a vida no rádiodo seu carro
Com seu motorista 111 no saco, isso sim que é justiça
Sua raça cheira mata, derrete o cachimbo
Paga o honorário, pa e pum advogado ta lá pra tirar
E o delegado sorrindo, mas se a minha ta na cinta se liga na bronca
Sou assassino confesso sem defesa
Trinca de ponta, se enquadram minha goma, reviram a gaveta, já era o
guarda-roupas
Abrem o som, a TV atrás de flagrante
Vários chutes na boca, desrespeitam a minha mulher, minha filha
Sem mandato um batalhão de gambé na minha sala dando coronhada
Apavorando minha família
Não fui criado nos Jardins nem no Morumbi
Não me hospedo em hotel cinco estrela
Não tenho motorista, uma BMW, esperando por mim
Nasci pra assalto à banco e carro forte
Pra ser o elo da farinha da playboyzada pra favela
O justiceiro que respira morte, o assassino que abre sua cabeça no meio por
dinheiro
Ou o seqüestrador que te queima, te tortura, te esfaqueia nocativeiro
Que pega seu filho pelo pescoço de refém, exige carro, armas
E espalha os miolos dele como se fosse um cachorro papapa como se fosse
ninguém
Só o livro a caneta, o lápis, o caderno evitam que o Eduardo docéu seja o
Eduardo do inferno
Esqueça toda essa porra de BO, fita boa, armamento é tudo ilusão
De um abraço no seu pai, sua mãe, sua mina, isso sim é real nãoda sangue,
não da caixão
Seu trampo, seu estudo brecam o cano do PM,
Pobre informado, engatilhando o raciocínio,
É embaçado qualquer país treme, quando a sirene do carro funerário tocar
Entre as flores lá no caixão,
Quero ver o mano digno não marionete, que morreu na mão da rota
Apenas outro ladrão, aqui diz Facção, Facção.

(Refrão) Brincando de Marionetes, é o sistema brincando demarionetes (2X)

Aí mano aposente seu calibre, dispense a farinha, desfaça a quadrilha, o
nosso sangue o cadáver embaixo do jornal, o moleque fumando crack, é o que
o sistema brasileiro de corpos quer, pobre se matando, pobre trocando tiro
entre si, pobre morrendo na mão da policia, pobre no cemitério,seu trampo e
seu estudo brecam o cano do PM, mano informado, digno se valorizando é
embaçado mano, o Brasil treme, Eduardo Dundum, Erick 12, FacçãoCentral,
1998, Brincando de Marionetes.

Aqui Ela Não Pode Voar

No céu que a pólvora encobre as estrelas,
ela não pode voar,
no chão minado com trincheiras e soldados,
ela não pode pousar,
suas asas estão…,
manchadas de vermelho,
hematomas das correntes do cativeiro,
o olhar do rio de lagrímas,
com navio de desespero,
na sua estrada, estilhaços de granada,
corpos entre quatro velas,
bala perdida da polícia,
outra criança morta na favela,
no campo de exterminío ela não vai fazer seu ninho,
porque suas penas estão enterradas no cemitério clandestino,

No céu do campo de extermínio ela não pode voar,
as nuvens são de gás lacrímogênio,
e as gotas de chuva, balas de HK,

No céu do campo de extermínio ela não pode voar,
as nuvens são de gás lacrímogênio,
e as gotas de chuva, balas de HK,

A cada corpo num caixão de lata,
a cada homem na prisão,
anunciavam-se a contagem,
regressiva para sua extinção,
foi trocada por rosas blindagem e guerrilha,
foi colocada na gaiola,
por ter nascido na periferia,
na selva,

Onde a nota vale mais que o amor,
é impossível vê-la no fio,
no seu lugar estão os passaros,
que comem as vitímas de fuzil,
no lado do arco irís vermelho,
não vejo ela voando,
sua cabeça foi decapitada,
pelas hélices do pelicano,

No céu do campo de extermínio ela não pode voar,
as nuvens são de gás lacrímogênio,
e as gotas de chuva, balas de HK,

No céu do campo de extermínio ela não pode voar,
as nuvens são de gás lacrímogênio,
e as gotas de chuva, balas de HK,

No céu do campo de extermínio ela não pode voar…

Anjo da Guarda VS Lúcifer

Tire a cruz do pescoço
Esqueça igreja religião
Numa m10 está sua nova oração
Chega de terno e gravata
Bíblia embaixo do braço
Dizimo pro pastor
Fé e nada no prato
Não tem carro moto si quer uma bicicleta
Só um cômodo de dois metros na favela
Não mete um b.o
Não trafica uma farinha
Daqui a pouco vai estar rebolando na esquina
Tem rolex no sinal mitsubish
Cata os dólares e busca o que quiser na vitrine
Ninguém tem dó da sua panela cozinhando vento
Honestidade não da jóia nem apartamento
Adicione os ingredientes da receita
Pra dinheiro sempre tem a fórmula perfeita
Entupa o pente
Invada a mansão de glock
Faça uma trilha de sangue a caminho do cofre
Ou enterre crianças vendendo crack na quebrada
É golf gti
É goma mobilizada
Ou faça o gerente cooperar com a quadrilha
Ele te dá o banco se seqüestra a família
Sem dó
Sem pena deixa o sangue escorrer
De dentro de uma mercedes ele cospe em você
Chega de ser o mendigo comendo lixo
Quem quer vencer não espera milagre de um crucifixo
A benção ta numa pt aniquilada 13 tiros
Escute lúcifer seu amigo

(2x) fuja da escola do caderno do livro
Vamos pro crime cometer homicídio
Te dou crack revolver o que você quiser
Quero sua morte
Venha com lúcifer

Na ambulância um corpo diagnóstico hemorragia
Se pá não chega na mesa de cirurgia
Manda flores dá os pêsames pra sua mulher
Veja a metralha de 12 no aliado de lúcifer
Siga o mestre larga o livro
De fuga do caderno
Seja outro ladrão de banco no necrotério
Seja o traficante vendendo seu crack
Tomando rajada do gambé do denarc
No banco dos réus não tem advogado
Lágrima de pobre não comove juiz jurado
Aperta o gatilho não vai ser feliz
B.o. não é vitória solidão no xis
Sua 380 com silenciador
É igual ao seu corpo se retorcendo de dor
Aí maluco sua vida e sua liberdade
Vale mais do que ouro de qualquer kiilate
Não quero seu corpo costurado por legista
Não quero ver seu corpo na blazer da policia
Descarregue o tambor
Venha com o anjo da guarda
O seu protetor

2x vamos pra escola pro caderno pro livro
De fuga do crime
Não é esse o caminho
Te dou paz alegria o que você quiser
Sou seu anjo da guarda contra lúcifer

De ouvidos pro santinho vire crente
O prego de social com fome mas contente
Ajoelhe faça o sinal da cruz
Abençoe o prato com migalha agradeça a jesus
Quando sua mulher tiver na esquina
Não reclama
Ganhando 15 reais por programa
O traficante tem casa e uma s10
Relógio de ouro e vagabunda a seus pés
E você prestando curso pra mendigo
Puxa carroça e morrer sozinho
Se eu to no seu lugar cato logo a quadrada
Entupo e vou pra agencia bancária
Não tem rota alarme vigia na área
Que segure meu ódio minha ação sanguinária
Escute a sirene cortando a tarde
Mão na cabeça pá chama o padre
Só quem vive no fundo de uma cela sabe
O que é ser por sistema outro número na grade
Entupir o tambor e atirar na empresário
Não coloca comida no armário
O valor não ta na etiqueta
Estar vivo é a chave perfeita
Não tente vencer no latrocínio
É vela acesa sangue homicídio
Ai quem escolhe o revolver ao invés do livro
Ganha flor 2/11 ou visita no domingo
Escute o anjo da guarda antes do tiro

2x fuja da escola do caderno dos livros
Vamos pro crime cometer homicídio
Te dou crack revolver o que você quiser
Quero sua morte
Venha com lúcifer

2x vamos pra escola pro caderno pros livros
De fuga do crime
Não é esse o caminho
Te dou paz alegria o que você quiser
Sou seu anjo da guarda contra lúcifer

A Paz É Uma Pomba Branca

E aí Ferrez, a pergunta é uma só mano,

O que é atríade, paz, periferia e guerra?

As respostas que eu tenho, o que a maioria tem, geralmente são ilusões,

Mas eu vou tentar falar de paz, periferia e até de guerra,

Firmão truta to com você, o campo de concentração esta ouvindo,

A paz é uma pomba branca, se uma criança pobre soltar, suas asas não se mexem,

Se um detento a segurar, sentirá seu peso, como se fosse chumbo,

Se uma senhora, aposentada, acolher em seus braços, não sentirá nela o calor,

Se um desempregado olhar bem seus olhos, nela não verá alegria,

Se um professor à estudar, a seus alunos não poderá ensinar,

Se um menino ou menina desse grande Brasil, periferia, a olhar voando,
não saberá o que ela significa,

A paz é uma pomba branca, que apesar de tudo, ainda continua voando,

E todos a vêem, mas só quem merece, realmente, a conhece,
paz, só quem merece, aos que não,… guerra,…

Ai brother to crescendo hein, to crescendo,
em política, depende de como, o bicho vai pegar,
só depende de você, de como vou ficar,
ou de vento ou diferente…

A Minha Voz Está No Ar

A boca só se cala quando o tiro acerta
Eu sou o sangue o defunto no chão da favela
A oração da tia sem comida
O mendigo com a perna cheia de ferida
Eu rimo o ladrão que mata o playboy
O viciado que toma tiro do gambé do gói
O detento que corta o pescoço do refém
O alcoólatra no bar bebendo 51 também
Conto o história do traficante
Do ladrão no banco bebendo seu sangue
Do moleque com a testa no muro da febem
Do nordestino tomando sopa na cetem
Canto o corpo que bóia decomposto no rio
A 12 que entra na mansão a mil
Cadê o dinheiro tio
Não tem então bum vai pra puta que o pariu
O meu assunto é favela farinha detenção
Sou locutor do inferno até a morte facção
É uma gota de sangue em cada depoimento
Infelizmente é rap violento
Eduardo dum dum erick 12 lamento
Versos sangrentos
Pode ligar pode ameaçar
Enquanto a tampa do caixão não fechar
Minha voz ta no ar
4x a boca só se cala quando o tiro acerta-ta
Quando o tiro acerta
Falo do mano com a pt carregada
Que por porra nenhuma te mata
Da criança vendendo seu corpo por nada
Da família que come farinha com água
Ou o humilde brasileiro aqui da periferia
Que usa tênis da barraca camisa da galeria
Canta pro moleque com fome sem conforto
Não roubar seu rolex
Não cortar seu pescoço
Dá os dólares senão vai pro inferno
É isso que eu tento evitar com meu verso
Que defende quem não pode se defender
Que ta do lado de quem assalta pro filho comer
Não aceno bandeira não colo adesivo
Não tenho partido odeio político
A única campanha que eu faço é pelo ensino
E pro meu povo se manter vivo
Não enquadrar o boy de carro importado
Abaixar o revolver procurar um trabalho
É uma gota de sangue em cada depoimento
Infelizmente é rap violento
Eduardo dum dum erick 12 lamento
Versos sangrentos
Pode ligar pode ameaçar
Enquanto a tampa do caixão não fechar
Minha voz ta no ar
4x a boca só se cala quando o tiro acerta-ta
Quando o tiro acerta
Não canto pra maluco rebolar
Meu som é pra pensar pra ladrão raciocinar
Não to na tv nem no rádio
Não faço rap pra cuzão balançar o rabo
Quero minha voz dando luz pro presidiário
Denunciando a podridão do sistema carcerário
Tirando a molecada da farinha
Não quero seu filho na mesa do legista
Eu to do lado da criança com fome desnutrida
Que da bote na burguesa e corre na avenida
Eu sou igual qualquer ladrão
Qualquer assassino
Um revólver um motivo é só o que eu preciso
Pra roubar seu filho meter um latrocínio
Quem viu a mãe pedindo esmola tem sangue no raciocínio
Meu ódio meu verso combinação perfeita
Revolta do meu povo é o veneno da letra
Menos violenta que um prato com migalhas
Ou o ladrão te cortando com a navalha
Eu canto o cortejo o carro funerário
O pai de família sonhando com um salário
É uma gota de sangue em cada depoimento
Infelizmente é rap violento
Eduardo dundum erick 12 lamento
Versos sangrentos
Pode ligar pode ameaçar
Enquanto a tampa do caixão não fechar
Minha voz ta no ar
4x a boca só se cala quando o tiro acerta-ta
Quando o tiro acerta

A Marcha Fúnebre Prossegue

Não queria o moleque com a faca na mão,
Ajoelhando o tio grisalho querendo seu cartão.
Queria só rimar choro de alegria,
Mas na favela não tem piscina armário com comida.
É só gambé gritando deita pro mano de escopeta,
Que na fita do pagamento fuzilou o dono da empresa.
Cuzão que não concorda com o holocausto brasileiro,
Vive no condomínio limpa o rabo com dinheiro.
Quer o sangue do ladrão bebendo seu uísque,
Protegido na ilusão na grade da suíte.
Sua paz está no luto decretado pelo tráfico,
Comércio fechado tipo feriado.
Tá na bala perdida do fuzil varando sua porta,
Explodindo teu mundo rosa te pondo na cadeira de rodas.
Na gravação do circuito interno do Bradesco,
Rouba banco querendo enterro ladrão trocando pra não ser preso.
No céu não tem deus só o helicóptero da polícia,
Descarregando a traca no fugitivo da delegacia.
Aqui o corujão só passa bang-bang,
No fim do arco-íris o dono do jato vomita sangue.
Leva vigia colete e blindagem pra ir pro restaurante,
Senão é viúva chorando e Omega zero no desmanche.
Não vou rimar felicidade no meu rap,
Se aqui filho da puta a marcha fúnebre prossegue.

[refrão 4x]:
A paz tá morta desfigurada no IML,
A marcha fúnebre prossegue.

Tá rindo quer dançar quer se divertir,
Meu relato é sanguinário playboy não vai curtir.
Sou homem pra falar que o moleque do pipa,
Esquecido um dia troca tiro com a polícia.
Não simulo sentimento pra vender CD,
Não vou falar de paz vendo a vítima morrer.
Vendo no DP mano cumprindo pena,
Matando o seguro pra ter transferência.
Vendo a criança no norte comendo caquito,
Gambé desovando mais um corpo no mato.
Não iludo o casal dirigindo feliz a pampa,
Fora da blindagem é um sonho a segurança.
Quando o portão automático da goma subir,
Prepara a senha do cofre pro ladrão abrir.
Que deus deixe ele encontrar madame sua esmeralda,
Senão ele arranca seu coração na faca.
A polícia vai chegar só pra fazer perícia,
Quando alguém se incomodar com o cheiro de carniça.
No balcão toma com limão pra esquecer o desemprego,
E bater na mulher quando chegar a noite bêbado.
Desde às 4 da manhã nem vaga pra lavar privada,
O mano perde a calma mata a família e se mata.
Caixão lacrado não estimula verso alegre,
Aqui filho da puta a marcha fúnebre prossegue.

[refrão 4x]:
A paz tá morta desfigurada no IML,
A marcha fúnebre prossegue.

Queria que a vida fosse igual na novela,
Jet-ski na praia esqui na neve européia.
Sem pai de família gritando assalto ou sendo feito de escravo,
Com 1.5.1. por mês de salário.
Que não enche nem metade de um carrinho no mercado,
Não paga luz e água o aluguel do barraco.
Aqui pro cidadão honesto ter um teto,
Só pondo o fogão na cabeça invadindo o prédio.
Saindo na mão com PM do choque,
Sobrevivendo o tiro da reintegração de posse.
Pergunta pro tio do terreno invadido no escuro,
O que é um trator transformando sua goma em entulho.
Arrombado que me critica me mostra o povo sorrindo,
De carro casa própria churrasco no domingo.
Será que é miragem um mendigo que come osso,
Gambé porco que pela tua cor deforma seu rosto.
O menino com a 3.8.0. que rouba o carro,
E dá fuga deixando a burguesa mutilada sem metade da nuca.
Quem vê violência só na tela da TV,
Só vai ouvir Facção e conseguir entender.
Quando tiver amarrado dentro do porta mala,
Rezando pro ladrão não enfiar bala.
Quando trombar a dor vai enxergar o verdadeiro rap,
Aí o filho da puta vai sentir que a marcha fúnebre prossegue.

[refrão 8x]:
A paz tá morta desfigurada no IML,
A marcha fúnebre prossegue.

A História de um Traficante

Me recordo de uns anos atrás dos tempos de criança
O sonho dos brinquedos
A inocência ingenuidade
A minha infância
O mundo negro
Na ponta do dedo
O futebol na quebrada brincadeiras mil risadas valia mais que qualquer dinheiro nem me liga no desespero que me rondava uma coroa chorando de canto depositando na sua oração a ultima esperança em cada palavra mal me importava np prato dificilmente havia carne salada ou um rango suficiente outro refrigerante era so em festa de vizinho ou na minha mente quando olhar em qualquer bar no copo dos outros como sempre ainda me lembro como a fera da goma era repetitiva todo domingo frutas estragadas tiradas do chão ate apodrecidas uma cama uma tv preto e branco um fogão um quarto dois por dois e uma familia dividindo seus centímetros pelo chão na escola o motivo de risadas olhar de nojo pode crê ladrão eu tinha algo muito engraçado as minhas roupas velhas e humildes ou o meu tênis sola descolada destacando incontáveis inúmeros buracos a lista de material sempre foi um tiro de pt preto maldito um caderno pequeno o lápis é o máximo que eu podia ter era natal e a bicicleta dos meu sonhos não chegou papai noel era um playboy que a gente enquadro no ano novo tava aí o meu presente não desceu pela chaminé
troquei com varias no pente e faz a minha Empapusado daquela goma inundada com agua de esgoto daquele prato só de enfeite ali do meu lado eu mal tinha nascido só que já era hora de fazer do meu futuro ao meu enterro no fim eu ressuscito em lágrimas eu vejo quem chora o cardápio é recheado de caminhos traficantes ladrão viciado mais só um destino outro menino que devia ir pra escola outro menino que devia esta jogando bola não derretendo no caximbo a sua historia nunca mais brinquedo sonhos alegrias o céu agora é inferno tá tipo revolver paranóias gramas e cocaína tênis importado dinheiro relógio uma 9 na fita agora essa é minha vida diantei meu velório o moleque tava ali ninguém olho até correram sangue criaram um demônio e esse é seu inferno esse é sua historia…

A historia de um traficante a historia de um traficante uma historia com morte no fim a historia de um traficante no meu velório reze por mim

É impossível não dizer que to crescendo a olhos vivos me montando no dinheiro nos artigos também nos inimigos minha cabeça esta a premio eu quero o que é meu o moleque cresceu e do cardápio traficante foi o que ele escolheu tomei de assalto a quebrada já faz um tempo sem miséria tem pedra tem do branco a vontade tem do preto vários funcionários um em cada esquina fui encoroado o rei daqui o dono da cocaína mês que vem lança um carro e nem é necessário vídeo cassete tv um som pra mim é tudo descartavel basta estrelar os dedos vem como um ima cai do céu chove noite e dia pra mim só tenho que decidir o valor quanto é em papel eu só o deus e os viciados são meus seguidores só o demônio e os nóias são a minha almas as vadias fazem vila na minha porta um de 5 um de 10 por um foda os meus amigos de infância estão no osso só o pó que triste imagem quantos estão no veneno na cadeia na busca do meu crack semana passada em um velório eu parei pra pensar sem minhas drogas esse moleque que eu vi nasce não estaria la eu fui olhado com ódio nem pode dar meu sentimento uma trágico descarrego sem do por um papel quantos ferimentos chorei por dentro é esse o lado ruim cocaína com bicarbonato dinheiro dobrado mais um triste fim eu enveneno porque fui envenenado só conseqüência de um vidro no farol fechado de migalhas no prato não só o primeiro nem o ultimo do mundo e se não fosse traficante com certeza seria um mendigo morrendo em qualquer viaduto eu preferia envenenar ao invés de comer lixo se eu sou demônio desse inferno tenho vários cúmplices comigo é isso aí eu me levanto fodendo os outros pago acerto pra policia compro minha liberdade e a minha morte aos poucos do moleque estava ali ninguém olho ate escorrer o sangue criaram um demônio e esse é seu inferno essa é sua historia a historia de um traficante

A historia de um traficante a historia de um traficante uma historia com morte no fim a historia de um traficante no meu velório reze por mim

Hoje o dia amanheceu dublado la na esquina mal vejo bem mais tem um carro ontem não foi um bom dia não teve lucro um vacilão não seguro lanço a boca e prenderam tudo pela primeira vez na vida eu Deus viu meu lado eu consegui da fuga eu me joguei pelos muros fuji pelos telhados toda farinha pele e armamento tudo já era destruíram minha goma zuaram minha familia que merda o carro la da esquina da a partida de aproxima e agora vários revolveres na cara engatilhados chegou a hora é um gambé da minha folha de pagamento querendo o seu da semana explicação não conta só lamento ate a meia noite é o prazo sem o dinheiro amanhã tem velório e adivinha quem é o finado só criei inimigos na porra dessa vida agora quem estende a mão pro rei da cocaína será quem vão me envenenar com o meu próprio veneno são 9 horas não vendi nada nem levantei o terço do dinheiro já acendi a minha vela já fiz a minha oração eu não dei fuga da fome pra qualquer prego me manda pro caixão relembro minha familia todo veneno tretas tudo que eu atropelei uma vida no lixo é impossível voltar daqui do lugar que eu cheguei já entopi minha pt ate a boca na hora certa o primeiro tiro na cabeça decine quem segue nessa porra infelizmente já chegou a hora é outra meia noite em ponto comum pra nois e o demônio estende a sua mão em forma de um carango preto com vários fulanos morrer é em uns segundos numa fração vários fulanos detentos de sangue armados de pt oitão jogando varias de 12 um na cabeça um no peito e um no rosto e criança miserável que perdeu na vida foi resumida apenas um outro corpo o sangue escorre pela calçada e a mãe de um moleque que morreu nas drogas com um gesto humano com um jornal cobre minha cara serei mais um inquérito em qualquer defesa mais lembrado nunca apurado esquecido aqui se cria o demônio depois de bate na cadeias nas favela com rajadas de tiros e outra historia de um outro pobre brasileiro não interaja o caminho sempre o mesmo destino caixão policia tiro enterro o rabecão do iml muito tempo depois vem chegando jogado como um lixo pra dentro a ultima folha da historia de um traficante vai se virando

A Cidade é Nossa

Tem catraca eletrônica na escola do seu filho;
Detector de metal pra mantê-lo vivo;
Diamante, rubi, só enfeitam seu cofre;
Presente da mulher que se usar morre;
Trancafiado no seu condomínio acha que é livre;
O alarme da mansão não evita o calibre;
Na televisão compra o artista;
Mas a bomba com a mão é fracasso da mídia;
O estudante boy quer o desarmamento;
Não quer a sua bunda sangrando no cimento;
Quero meu revólver pra mostrar na reportagem;
O herói diminuiu a violência da cidade;
Desarma o pobre que com arma é perigoso;
Sem arma morre de fome, o boy não acaba morto;
Milhões pra se proteger do que adianta isso;
Num restaurante e abaixa do tiro;
Capuz na cara, porta-mala, finado;
Essa é sua proteção fora do blindado;
Com sua filha com minha doze na nuca;
Mostrando que a cidade é nossa filho da puta.

(4x) não adianta chorar, não adianta gritar;
A cidade é nossa, ra-ta-ta-ta-tá.

Mandar um dedo querendo o resgate;
É o resto do seqüestro do seu filho covarde;
Vejo o jogador de futebol com sua ferrari;
Se aparecendo na tv, mas sem liberdade;
Segurança atrás dando proteção;
A ferrari é do otário, a cidade é do ladrão;
Construa fortaleza com vigia, muro alto;
Que mesmo assim vou enfiar seu pit-bull no seu rabo;
Empresário responde, sua missão adianta;
O ladrão na rua, seu filho da grade com lança;
Viagem pra europa, Miami enquanto pode;
Só um fator sorte, evita sua morte;
Seu pm de oitão não dá medo cuzão;
A farda treme pra uso do ladrão;
Seu saldo bancário não te protege do meu tiro;
A playboyzada perdeu a cidade pro bandido.

(4x) não adianta chorar, não adianta gritar;
A cidade é nossa, ra-ta-ta-ta-tá.

Óculos na testa, calça apertada;
Pagode no show e a mãe seqüestrada;
Dupla sertaneja, carro de luxo;
E perde seu roléx na nove de julho;
Microfone, fama, não ilude cantor;
O ladrão não quer autógrafo na agenda morô;
Compra meu cd e vai se foder;
Cuzão quer viver, dá o por cento do cachê;
Meu povo gritador dá audiência na novela;
Que só uma vez por ano aparece um comédia;
No criança esperança pra ganhar ibope;
Rebolando no palco pra fingir que ajuda pobre;
Tem que lutar pela favela é todo dia na globo;
Em vez de mostrar o seu mustang de novo;
Sua casa com piscina bonita;
Seu mergulho com a modelo vadia;
Eu vou mandar o coração do seu pai com um laço;
Ou um vídeo com seu parente torturado;
Quer a paz, mas não dá um real pro seu sucesso;
A cidade é nossa, vou te mandar pro inferno.

(4x) não adianta chorar, não adianta gritar;
A cidade é nossa, ra-ta-ta-ta-tá.

Circuito interno de tv, guarita;
Em vez de escola na periferia;
Alarme última geração na casa;
Em vez do barraco ter uma cesta básica;
Carro blindado, lataría anti-tiro;
Em vez de um curso no presídio;
A faca na sua garganta é resultado;
Do seu dinheiro investido no lugar errado;
Corpo carbonizado no cativeiro;
Pode ser de empresário, jogador, pagodeiro;
Seu jato particular não vai valer;
Quando o legista tiver cortando você;
Se a polícia me prender nem aí ta á salvo;
Pela porta da frente eu pago e saio;
Pode se esconder na bunda do delegado;
A cidade é nossa, mesmo assim eu te mato.

(4x) não adianta chorar, não adianta gritar;
A cidade é nossa, ra-ta-ta-ta-tá.

765 Motivos pra Morrer

Teu sonho de nº1 é como ganhar na loteria
quem mata boy pra usar crack não tem casa com piscina
no morro tem bico demais manuseando a espingarda
achando que é gibi de passatempo virando ração pra vira-lata
O crime é um jogo que poucos chegam ao trono
nao entra pra tomar espaço na cela dos outros
comédia cola pra ser alvo, stand de tiro de gambé
pra na cadeia pôr calcinha, sutiã, virar mulher
No resultado do IBGE na contagem periódica
Nao aparece como habitante só como necrópsia
Vi uma pá de Al Capone, Don Corleone, Tommaso Buscetta
Morrendo roubando maçã na feira
Nao tem franquia da Blockbuster
Se no seu resíduo gráfico consta pólvora
de B.O em mercearia de bairro
No desenho periférico cuzão só vira herói
Soltando teia ou voando igual Super Boy

REFRÃO
765 motivos pra morrer
embalo nasce pra seguro
pedir perdão e sofrer
765 motivos pra morrer
pra no microondas do morro
ver seu corpo derreter
(2x)

Quer ser rei da própria rua aterrorizar morador
cobrar pedágio de aluno dá aqui o apontador
quer meu carro dá minha mina maquiagem
aciona a seta da bússola da crocodilagem
nao tem forte esquema pra te escoltar
ninguém vai enquadrar o comboio pra te resgatar
nasceu pra ser tachado de amador pelo repórter
pra chorar na coletiva não era meu o revólver
o crack fez a revolução do século na periferia
é a desgraça dos fins dos dias que não foi prevista pelo Messias
mesmo sem Vox Populi manjo o fim da pesquisa
de cada dois muleques um quer vencer de carabina
sei do que a perua da chiques & famosos gosta
lava bichera no tiro de 12 nas suas costas
ficar com olho aberto até dormindo
se pá os comerciantes já contrataram seu assassino

REFRÃO

Um dia é especialista em apê do doutor
no outro vira quadradinho na tela e voz de robô
troca identidade, sexo, cep, vida
respira só com proteção da polícia
esse é modus operandi do dublê de bandido
ser testemunha atrás de recompensa no distrito
nao adianta orar pra janela com santo
uma vez na chuva nao tem fuga pra debaixo da cama
polícia que joga nenê pro alto pra testar automática
vai dar perda total na sua cara
só me arrisco pra comer em porcelana fina
não vou me envolver se é pra sorrir só 5 dias
ladrão cata a AR-15 e busca o malote
não é o puto que pula o muro da casa de pobre
é fácil entrar na lotação pra catar o passe
quero ver ‘dibrar’ vigia, cerca elétrica e alarme

REFRÃO

No travesseiro pensa no que sua mãe chorou
e no que isso adiantou o que você lucrou
no seu nome nem um carro, nem uma escritura
só fez rir cuzão de Christian Dior e Lino Villaventura
alta classe aplaude o rato comedor de carniça
que promove no busão Carandiru na rodovia
faz o boy dobrar o joelho mas não de medo
saca o diploma que ele dobra com respeito
qualquer preso dava a vida pra tá livre com quem ama
ajudando o filho na lição brincando com ele de autorama
Crime é sem carro de bombeiro, sem caixão de marfim
sem busto em praça pública com flores no jardim
Ainda é tempo cata a brisa e sai voado
Vai comprar um caderno e terminar o ginásio
Sua família prefere um faxineiro saudável
do que o rei da malandragem
dividido com um machado

REFRÃO

Hoje Deus Anda de Blindado

Se Deus der rolê com cartão magnético,
Nem com marca de nascência reconhece no exame médico.
Pro boy a causa é o código fora de época,
O cuzão quer pena de morte, prisão perpétua.
Acha que com menor cumprindo como adulto
Não vai ter na CNN político do Brasil com furo
Aposta na repressão, na polícia hostil,
Um gambé me torturando num terreno baldio.
Enquanto era pobre disfigurado no caixão preto
Vale o ditado: no cú dos outros é refresco.
Só que o vulcão explodiu, entrou em erupção
E a lava que escorreu foi derreter sua mansão.

Acordou pra vida com cem bolhas no corpo,
Com ladrão apagando na pele dois maços de Marlboro.
O ódio atravessou a fronteira da favela
Pra decretar que paz é só embaixo da terra.
Não sou eu que a impunidade beneficia,
Me diz quantos Nicolau tão na delegacia
Quer o fim do barulho de tiro a noite
Faz abaixo-assinado contra taurus colt
A fabrica de armas tá a mil na produção
Contrabandeando pro Rio, SP, Afeganistão
E a cada bala no defunto, um boy sai no lucro
Na guerra o mais inocente é o favelado de fuzil russo.

Hoje deus anda de blindado, cercado e protegido por dez anjos armados.
Hoje deus anda de blindado, cercado e protegido por dez anjos armados.
A pomba branca tem dois tiros no peito, dois tiros no peito.
A pomba branca tem dois tiros no peito, dois tiros no peito.

Raciocina a arma tá no navio do porto,
A cocaína no táxi aéreo chegando no aeroporto,
Tem erro na pintura da imagem do inimigo,
Perigo não põe camisa na cara no destrito.
É o que tem estilista e usa seda,
Tem curso superior pra matar criança indefesa
No outdoor publicitário deixou falha
Não viu ladrão de terno com a glock engatilhada.
Sequestrador a midia cobra, um mês, ta morto
Diferente de quem rouba com a caneta de ouro
Se por milagre preso fica emocionalmente abalado
E é receitada prisão domiciliar pra arrombado.

O ladrão de seis galinhas tá no presídio,
O banqueiro tá livre por que tem endereço fixo
Sonha que o congresso vai aprovar lei mais severa
É o mesmo que o deputado atirar na própria testa
Com a justiça reformulada não sou eu que estou fudido
É a madame que vai levar jumbo pro marido,
O que me faz roubar não é pena branda
É ver a lata de arroz sem um grama
Eu sou só a consequência que te dá fita amarela
Efeito do prefeito com dólar em Genébra
O sangue do morro é o combustível do jato
Na seguradora até o manto sagrado.

Hoje deus anda de blindado, cercado e protegido por dez anjos armados.
Hoje deus anda de blindado, cercado e protegido por dez anjos armados.
A pomba branca tem dois tiros no peito, dois tiros no peito.
A pomba branca tem dois tiros no peito, dois tiros no peito.

Felicidade não é comer com talher de ouro
Enquanto meu filho brinca no esgoto.
Dinheiro é só papel, não vai pra sepultura,
No fim é só herdeiro brigando por suas indústrias.
Pra cinco mil Jesus dividiu cinco pães e dois peixes,
Atitude igual evita miolo no tapete.
A indiferença que não te deixa pôr a mão no bolso
É a mesma do louco que corta seu rosto.
Eterna vítima de joelhos, refém do medo
Sua pomba branca tem dois tiros no peito.

Por que prefere gastar no abrigo anti-nuclear
No banco, ergou uma blindada, seu novo lar,
Enriquecer a indústria da segurança privada,
Comprar colete a prova de balas do que doar cesta básica.
A pior polícia do mundo não vai te ajudar
Pra um caso resolver catorze da Scotland Yard
Não vejo um puto lutando pra favela ter escola.
Só pra me trancar e jogar a chave fora.
A burguesa tem vergonha de ser brasileira.
Não pelo o pivete com fome mas porque me deu a senha
Pega o passaporte, enfia no rabo e some,
Vai cortar grama no Texas, ser puta em Londres
Invés de mudar a lei faz um transplante de coração
Compra um na funerária com um pouco de compaixão.

Hoje deus anda de blindado, cercado e protegido por 10 anjos armados.
Hoje deus anda de blindado, cercado e protegido por 10 anjos armados.
A pomba branca tem dois tiros no peito, dois tiros no peito.
A pomba branca tem dois tiros no peito, dois tiros no peito.

Hoje deus anda de blindado, cercado e protegido por 10 anjos armados.
Hoje deus anda de blindado, cercado e protegido por 10 anjos armados.
A pomba branca tem dois tiros no peito, dois tiros no peito.
A pomba branca tem dois tiros no peito, dois tiros no peito.

12 de Outubro

Cadê o meu presente, o meu abraço?
A bicicleta que eu sonhei não vem com o laço.
Não tem bolo, nem alegria.
É dia das crianças, mas não pra periferia.
Queria fugir daqui, é impossível,
Eu não queria ver lágrimas, é difícil.
Meus exemplos de vitória estão todos na esquina,
De Tempra, de Golf, vendendo cocaína.
Bem melhores que minha mãe no pé da cruz
Pedindo comida, um milagre pra Jesus
Antes dos doze eu vou estar com o oitão,
Matando alguém, sem compaixão.
Vou ver o filho, a mulher, chorando no corpo.
Vou dar risada, vou dar mais uns quatro no morto.
Eu vou brincar de assassino descarregando um 38.
Legal a cara explodindo, voando um olho.
Hoje é dia das crianças, e daí?
Quem vê sangue não tem motivo pra sorrir.
Não existe presente na caixa com fita.
Só moleque morrendo na mesa de cirurgia.

(2X) Hoje é dia das crianças, e daí?
Quem vê sangue não tem motivo pra sorrir.
Não existe presente, alegria.
Nem dia das crianças na periferia.

Não dá pra ser criança comendo lixo,
Enrolado num cobertor sujo e fedido.
É ”dá esmola pelo amor de Deus” um dia.
No outro ”é assalto! Não reage vadia!”
O que eu vou ser quando crescer?
Quer dizer, se eu crescer, se eu não morrer.
Um assaltante de banco, um assassino,
Descarregando minha pt no seu filho.
Eu vou fazer um rolê e buscar meu presente :
Uma vítima, anel de ouro, corrente.
Vou mostrar minha pureza,
Eu vou matar um cuzão por uma carteira.
Feliz dia das crianças, é 12 de outubro.
Põe um brinquedo, em cima do meu túmulo.
Quem brinca com revólver não conhece a alegria.
Não tem dia das crianças na periferia.

(2X)Hoje é dia das crianças, e daí?
Quem vê sangue não tem motivo pra sorrir.
Não existe presente, alegria.
Nem dia das crianças na periferia.

Posto de saúde, Paz, Grajaú.
Feliz 12 de outubro, zona sul.
Desrespeitam um médico ausente.
O filho do nordestino aqui não é gente.
Depois querem formatura e alegria.
Mas que se foda se eu tô com meningite, pneumonia.
O Brasil não me respeita, quer me ver morrer,
Quer um preso a mais,
Por quê que eu fui nascer?
Pra não ter um carrinho, um danone,
Ou tráfico uma droga, ou morro de fome.
Se eu não meter uma faca nas suas costas,
A minha chance é 1oo% de acabar nessa bosta.
Pra ter um brinquedo, só com latrocínio.
Se não for jogador de futebol vou ser bandido.
Queria ter um video-game, como eu queria.
Mas não tem dia das crianças na periferia

(4X)Hoje é dia das crianças, e daí?
Quem vê sangue não tem motivo pra sorrir.
Não existe presente, alegria.
Nem dia das crianças na periferia.

Ӄ mano,
Queria um video-game.
E de presente, eu ganhei um cano.
Não tem dia das crianças na periferia.”