Casou Maria, com Zé casou
Jogou o bouquet, solteirona Isabel pegou
Isabel, no seu quarto, sozinha e distante da gente
Chorando, desfolha um bouquet, Isabel
Toda vez que uma amiga casava
Comprava um vestido, se empoava pra ver
Se arranjava também casamento
Porque era um tormento viver sem ninguém
Mas o tempo passando esquecia
De dar-lhe algum dia um noivo também
E ela agora já sabe que a vida
Tornou-a esquecida por tudo e por quem
Isabel, diz num olhar esquisito
Num sorriso aflito “pra que o bouquet, pra que?”
E nervosa ela desce o decote
E ajusta um saiote pra forma se ver
E ajeita o cabelo pra frente
Que a faz de repente rejuvenescer
E ao sair olha o quarto calado
Onde fica um passado e pelo chão um bouquet
Acabou solidão de Isabel
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