História de Chico Buarque

Popularmente conhecido simplesmente como Chico Buarque, Francisco Buarque de Hollanda é um cantor e compositor brasileiro, dramaturgo, escritor e poeta. Chico é mais conhecido por suas músicas, que frequentemente incluíam comentários sociais, econômicos e culturais sobre o país.

Buarque, Filho primogênito de Sérgio Buarque de Hollanda, viveu em diversos locais quando criança. Principalmente no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Roma. Escreveu e estudou literatura desde criança e encontrou a música através das composições da bossa nova de Tom Jobim e João Gilberto. Ele se apresentou como cantor na década de 1960, além de escrever uma peça que foi considerada perigosa pela ditadura militar brasileira da época.

Chico, junto com outros músicos tropicalistas e da MPB, foi oprimido pelo governo militar da época. Devido a isso, acabou trocando o Brasil pela Itália em 1969. No entanto, ele voltou ao Brasil em 1970 e continuou a gravar, tocar e escrever. Embora muito de sua o material foi suprimido pelos censores do governo.

Buarque nasceu em 19 de junho de 1944. Sua família era intelectualmente privilegiada – seu pai Sérgio Buarque de Holanda foi um conhecido historiador, sociólogo e jornalista e sua mãe Maria Amélia Cesário Alvim foi pintora e pianista.

Antes de se tornar músico, Chico Buarque decidiu estudar arquitetura na Universidade de São Paulo, porém a escolha não o levou a uma carreira na área. Fez sua estreia pública como músico e compositor em 1964. Construiu rapidamente sua reputação em festivais de música e programas de televisão quando a bossa nova veio à tona e outros cantores também gravaram suas canções.

Seu álbum de estreia homônimo exemplificou seu trabalho futuro, com sambas cativantes caracterizados por jogos de palavras inventivos e uma corrente de tragédia nostálgica. Buarque fez seu primeiro sucesso com “A Banda” em 1966, escreveu sobre uma banda marcial e logo lançou vários outros singles, como “Olê, Olá” e “Sonho de um Carnaval”. 

Apesar disso, Buarque foi criticado por dois dos principais músicos da época, Caetano Veloso e Gilberto Gil por acreditarem que seu estilo musical era excessivamente conservador. 

No entanto, uma peça de temática existencial que Buarque escreveu e compôs em 1968, “Roda Viva”, foi desaprovada pelo governo militar e Buarque cumpriu uma curta pena de prisão por causa disso. 

Trocou o Brasil pela Itália por 18 meses em 1970, retornando para escrever seu primeiro romance em 1972. Nessa período, seu single de protesto, “Apesar de Você” também foi produzido e lançado. “Apesar de você” tornou-se um hino importante no movimento democrático. 

Depois de vender mais de cem mil cópias, a música foi eventualmente censurada e removida do mercado. A certa altura, em 1974, a censura proibiu qualquer canção de autoria de Chico Buarque. 

Sendo assim, Chico criou um pseudônimo, batizando-se de “Julinho da Adelaide”. Com história de vida e entrevistas para jornais, “Julinho da Adelaide” foi autor de canções como “Jorge Maravilha” e “Acorda amor“.

Ocasionalmente referido como Samambaia, o álbum de 1978 gravado pelo cantor e compositor brasileiro Chico Buarque inclui sucessos como “Cálice“, “Pedaço de mim” e “Apesar de você”, e conta com a participação de vários artistas brasileiros de destaque, por exemplo, Milton Nascimento, Elba Ramalho, Marieta Severo e Zizi Possi.

Chico Buarque tocou no Concerto pela Paz em 1983 na Nicarágua, um fórum válido para expressar suas fortes opiniões políticas, o Concerto pela Paz na Nicarágua fez parte de uma série de shows conhecido como “Concerto de Paz da América Central”.

Ao longo da década, utilizou suas canções como veículo para descrever a redemocratização do Brasil. Chico também lançou outros álbuns musicais durante a década de 80. E no total publicou 3 romances nas décadas de 90 e 2000.