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Tempo Amarelo

Amarelo do papel que embrulha a viagem
Amarelo, amarelo
Amarelo como o canário do antigo império
Amarelo, amarelo
Amarelo do cabo da enxada
Vivendo no chão ja cansado e antigo
De cara rachada
Do sorriso encardido
No rosto do povo fudido e sofrido
Com a carapaça cansada
Amarelo, amarelo
Amarelo, amarelo da Oxun
Tempo amarelo, tempo amarelo
Amarelo que todos os dias
Fazem da poeira
O calo do tempo, em vão
Amarelo do fosfato
Que aduba a cana de açúcar no chão
Que até a cegueira enxerga
De longe ou de perto
No claro ou na escuridão
Amarelo, amarelo
Amarelo de Oxun
Amarelo…

Remédios

Tava sentado na pedra fria
O rei dos índios mandou chamar

Caboco índio africano
Caboco índio Tupinambá

Com sua flecha vamo atirar
Caboco Maia
Tupã
Ketua caboco
Ketua
Toca tambor caboco
Toca tambor

Quando a Maré Encher

Fui na rua pra brincar, procurar o que fazer.
Fui na rua cheirar cola, arrumar o que comer.
Fui na rua jogar bola, ver os carros correr.
Tomar banho de canal quando a maré encher.

Quando a maré encher. Quando a maré encher. Tomar banho de canal quando a maré encher.
Quando a maré encher. Quando a maré encher. Tomar banho de canal quando a maré encher.
Tomar banho de canal quando a maré encher.
Tomar banho de canal quando a maré encher.

É pedra que apóia a tábua, madeira que apóia a telha. Saco plástico prego, papelão. Amarra corda, cava buraco, barraco. Moradia popular em propagação. Cachorro, gato, galinha, bicho de pé. E a população real convive em harmonia normal. Faz parte do dia dia banheiro, cama, cozinha no chão. Esperança, fé em Deus, ilusão.

Quando a maré encher. Quando a maré encher. Tomar banho de canal quando a maré encher.
Quando a maré encher. Quando a maré encher. Tomar banho de canal quando a maré encher.
Tomar banho de canal quando a maré encher.
Tomar banho de canal quando a maré encher.

Fui na rua pra brincar, procurar o que fazer.
Fui na rua cheirar cola, arrumar o que comer.
Fui na rua jogar bola, ver os carros correr.
Tomar banho de canal quando a maré encher.

Quando a maré encher. Quando a maré encher. Tomar banho de cana quando a maré encher.
Quando a maré encher. Quando a maré encher. Tomar banho de cana quando a maré encher.
Tomar banho de cana quando a maré encher.
Tomar banho de cana quando a maré encher.

Quando a maré encher. Quando a maré encher.
Quando a maré encher. Quando a maré encher.

Propaganda

Comprando o que parece ser
Procurando o que parece ser
O melhor pra você
Proteja-se do que você
Proteja-se do que você vai querer
Para as poses, lentes, espelhos, retrovisores
Vendo tudo reluzente
Como pingente da vaidade
Enchendo a vista, ardendo os olhos
O poder ainda viciando cofres
Revirando bolsos
Rendendo paraísos nada artificiais
Agitando a feira das vontades
E lançando bombas de efeito imoral
Gás de pimenta para temperar a ordem
Gás de pimenta para temperar
Corro e lanço um vírus no ar
Sua propaganda não vai me enganar
Como pode a propaganda ser a alma do negócio
Se esse negócio que engana não tem alma
Vendam, comprem
Você é a alma do negócio
Necessidades adquiridas na sessão da tarde
A revolução não vai passar na tv, é verdade
Sou a favor da melô do camelô, ambulante
Mas 100% antianúncio alienante
Corro e lanço um vírus no ar
Sua propaganda não vai me enganar
Eu vi a lua sobre a Babilônia
Brilhando mais do que as luzes da Time Square
Como foi visto no mundo de 2020
A carne só será vista num livro empoeirado na estante
Como nesse instante, eu tô tentando lhe dizer
Que é melhor viver do que sobreviver
O tempo todo atento pro otário não ser você
Você é a alma do negócio, a alma do negócio é você
Corro e lanço um vírus no ar
Sua propaganda não vai me enganar

Prato de Flores

Mais perto da essência
O Sentido respira
Mas nem sempre o ar mais puro se tem
Mais perto da essência
O sentido respira
Consumido no perfume que vem
Eu vou lhe dar um prato de flores
E no seu ventre vou fazer o meu jardim
Que vai florir x2
Quando os espinhos lançarem as dores
Do cheiro forte do jardim que não tem fim
Que não tem fim x2
E o seu umbigo ainda em flor
Vai mexer com o tempo vai matar a dor denovo
E o seu umbigo ainda em flor
Vai mexer com o tempo vai matar a dor denovo
E os espinhos são pra quem pensa em enganar a flor
A beleza rédia prosa da dor
E os espinhos são pra quem pensa em enganar a flor
A beleza rédia prosa da dor
E o seu umbigo ainda em flor
Vai mexer com o tempo vai matar a dor denovo
Eu vou lhe dar um prato de flores
E no seu ventre vou fazer o meu jardim

Pela Orla dos Velhos Tempos

Já passei por aqui
Com a vista cansada
E a cabeça lotada

Foi não foi tô esquecido
No frigir já fui passado
Sem imagem e sem som
Vira e mexe tô batido
Bebo, liso e abusado
Já me davam por vencido

Bebo, liso e abusado

Antigamente…

Elas vinham e viam
Sorriam e corriam
Mas nada, nada diziam

Antigamente…

Um barulho estrondoso
Que de tão cabuloso
Os ouvido inchava
Enquanto soava
Segurei o juízo
Levantei toda a vista
Olhei reto na vida
E acabei no sentido
É que os olhos não esquecem
Quando a vida aparece
Com uma saudade danada

Bandeei pro inusitado
Pra ver se driblava o acaso
É como jean paul dizia

Antigamente…

Ogan di Belê

Oià
Minha coroa é de Xangô
Eu vim tocar pra mãe Oxum
Ogan di belê
Os búzios foram jogados
Ogan di belê
Oià
As cartas foram jogadas
Ogan di belê
Oià
Minha coroa é de Xangô
Eu vim tocar pra mãe Oxum
Ogan di belê
O batuque que desarma
O baque é minha alma
A alfazema que exala
É quem manda na sala
Sou do meio
Eu sou do Xangô
No terreiro, aliado do tambor
Que vai contra o sorriso da dor
Brincando no tempo opressor
Os búzios foram jogados
Ogan di belê
As cartas foram jogadas
Ogan di belê

O Fogo Anda Comigo

Wiser
In flamers, in flame
O fogo queima
Sem saber o nome
Sem saber pra onde
Nem de onde veio
O fogo anda comigo
The fire walkswhith me
Speaking though the fire
Thinking in flames
Ever since
Life is on fire
I’ve been living in flames
In the middle of the heat
Fire walks whith me
Ando com o fogo
Fire walks with me
O fogo anda comigo

No Olimpo

Todos os dias nascem deuses
Alguns maiores e outros menores do que você
Todos os dias nascem deuses
Alguns maiores e outros menores do que você

Esse é o alvorecer de tudo que se quer ver
Sem fazer sombra na melhor hora do sol
Eternidade duradoura com sossego então
Melhor que fique assim

Todos os dias nascem deuses
Alguns maiores e outros menores do que você
Todos os dias nascem deuses
Alguns maiores e outros menores do que você

Essa é a janela dos outros em ação
Beijos explodem como bombas ao anoitecer
Brinquedos avançados acendendo o som
Não estaremos dormindo

Todos os dias fazem deuses
Alguns melhores e outros piores do que você
Todos os dias fazem deuses
Alguns melhores e outros piores do que você

Nascedouro

Abrindo os olhos pra tudo que brilha, tudo que brilha
Mas nem só de ouro, nem só de ouro
Acende a vida e inicia o grande drama
Apressado e sem ensaio
Sangrando uma vez por dia e nascendo de novo
Aprendendo no jogo
E ainda digo que
Que nem só de ouro, nem só de ouro
É preciso pra viver
Ladeira descendo e ainda dizer

Quem não vai torcer
Pro coração bater
Dá-lhe viver!
Dá-lhe viver!

E quem não vai torcer
Pro coração bater
Dá-lhe viver!
Dá-lhe viver!

Mormaço

Tá fazendo sol, tá fazendo sol
Vai chover, vai chover
Já nasceu mais um
Pra morrer, pra morrer
Tá fazendo sol
Vai chover, vai chover
Já nasceu mais um
Pra morrer, pra morrer
Toalha nova não enxuga
Que faça sol ou venha a chuva
A vida aqui ainda é dura
Minha sombra me acompanha
Quando chove, me abandona
A chuva disse ao sol, a chuva disse ao sol
Pra esquecer, pra esquecer
Encarei o céu, vai escurecer
A chuva disse ao sol, pra esquecer
Encarei o céu, vai escurecer
Toalha nova não enxuga
Que faça sol ou venha a chuva
E na moleira, só quentura
Não vejo o sol dar trégua
Água aqui é lenda
Secura não é pouca, e o céu desaba em conta-gotas
Acordou com o sol e subiu pra ver a chuva
Já vejo o céu escurecer
Agora o temporal inteiro se aproxima…

Malungo

´tamo aí mandando brasa
´tamo aí mandando brasa

O dia que renova
De sol pra sol
De Malungo pra Malungo
Pra Malungo de Malungo
Pra Malungo ê
Pra Malungo ê

Nosso batuque será sua herança
Assim falou, assim falou
No elétrico lamaçal
Um Malungo pelas peles da Nação Zumbi
Onde tem baque solto
E baque virado inteiro

´tamo aí mandando brasa
´tamo aí mandando brasa

Quanto vale um Malungo
Malungo vale uma vida
Um samba de muitas cores, passos,
Bits, vibrations
Uma rajada de notas viradas,
Equilibradas, partidas

Malungo de baque solto
Malungo das toadas soltas
Do maquinado maracatu de baque virado
Em loas e cirandas
Ouvir o mar em estéreo
E não parar de brilhar

´tamo aí mandando brasa
´tamo aí mandando brasa

A ciência conseguiu juntar
O mangue com o mundo
E de lá saiu
Um Mangue boy Malungo
Antenado, camarada, Malungo
Sangue bom
Francisco de Assis,
Malungo sangue bom

É de Malungo pra Malungo, maluco
Só sangue bom
Emocionado homenageio
Com minha improvisação
E a Nação Zumbi mandando ver
Tô na parada
E de repente tô embolando
Hip hop e batucada (Demorou!)
Fazendo a frente
E nos terrenos da vida
Cantando me faço presente

E nas horas que se passam
Do som ao som
De Malungo pra Malungo
De Malungo ê
De Malungo pra Malungo ê

E nas peles do batuque
Da nossa Nação

Lo-Fi Dream

Mas eu levei uma pernada
De um morto-vivo
Embaixo dum arvoredo
Em cima do limo
Eu tava sem assunto
E eles foram embora
Quando me veio um assunto
Encontrei a caipora
Calculadora na mão
Contando as sugestas
Que aplicava todo dia
Essa era a sua função

Lá, lá, lá

A joyfull noise
Came into my window
Something like a new brazilian style
Bringing this explosion
Around me head
It was a great moment
Fat beats, dry and strong
My room is so high now
Like a nightmare

Lá, lá, lá

E são colagens de imagens vivas
Estou dançando enquanto sonhando
Cheguei numa esquina toda colorida
Estava tudo tão claro
Aceso, tão vivo
Cheirando a tinta fresca
Era coisa nova
Só que no baque arrodeio
Disfarço, reparto, completo, arrumo
Desmancho, recorto e sampleio, sampleio…sampleio

Lá, lá, lá

Somebody makes me favorite beats
Last night what we’re trying to do
Was build a new sound
And now we are hungry for listen this
We are not responsable for damage speakers
Another level, other flavor
Do the androids dreams with eletric tropics?
Baptize the beat
In a brazilian sambadelic excursion

Can you hear me? (4x)

When the beat is side be side of the rhyme
From the underground of the mud
To play your mind, to talk inside
Then I show you what you want to find

When the beat is side be side of the rhyme
From the underground of the mud
To play your mind, to talk inside
Then I show you what you want to find

It’s a frantic situation (4x)

It’s a mad, mad maracatu (2x)

Son Los Sebosos Postizos
Que controlan la radio en el mundo

Lo-Fi dream (3x)

Know Now

Look as wild as hell
You think you’re dead now
But just open your eyes
I feel my skin burning with the fear
Just because I get around
With naked hands
I run, voices roar

Know now…

Slices of vices
High pitched heads
Water after spices
The steaks and the forbidden breads
Slices of days
Best moments like highways
Amnesia for the worst moments
The same for tomorrow presents

My beats ex-machina(e)
My beats are not fugazi
My beats weren’t made in China

Know now…

Look as wild as hell
You think you’re dead now
But just open your eyes
I feel my skin burning with the fear
Just because I get around
With naked hands
I run, voices roar

Know now…

My woman gives me a Tupperware
To take my thinkings and things to everywhere

Know now…

Forbidden places
Forbidden ears
Forbidden eyes
Forbidden ages

Jornal da Morte

Vejam só este jornal
Verdadeiro hospital
Porta voz do bangue-bangue
Da polícia central

Treslocada, semi-nua
Jogou-se do oitavo andar
Porque o noivo não comprava
Maconha pra ela fumar

Sangue, sangue, sangue

Um escândalo amoroso
Com retratos do casal
Um bicheiro assassinado
Em decúbito dorsal

Cada página é um grito
Um homem caiu no mangue
Só falta alguém espremer o
jornal
Para sair

Sangue. sangue, sangue

Futura

Esse pedaço de chão
Esse pedaço de céu
Comendo a imensidão
Tinta nova no papel

Com o sorriso quente na mão
O sol, vassalo do céu
Se anuncia presente
Antigo pra escuridão

Quando o melhor momento chegar
Vai entrar sem bater
E o chão vai tremer
Alto como trovão

E se perguntar ao coração
Quanto o tempo lhe emprestou
E pulsando
Ladeira do limiar do gosto pelo infinito
Já querendo o depois

Fome de Tudo

Sem fastio
Com fome de tudo

Passando por cima de tudo e de todos
A fome universal sempre querendo tudo
E com o tempo inteiro a seu favor
Um pulo nessa imensidão de famintos
Sem leite nem pra pingar no expresso do dia
Não vejo a hora de comer já salivando
O estômago fazendo a festa em alto volume
Daqui da fome dá pra ver o que acontece

A fome tem uma saude de ferro
Forte, forte como quem come

Sem fastio
Com fome de tudo

A única verdade debaixo desse sol
Em carne viva se apresenta
Ninguém quer comer agora
Pro gosto chegar depois
Daqui dá fome dá pra ver

A fome tem uma saude de ferro
Forte, forte como quem come

Faz Tempo

Os anos se passaram em seu devido lugar
Deixando registros outrora jogados no esquecimento
E agora estamos aqui pra lembrar
Que o tempo vai cuidando das horas
e as horas vão matando o tempo

Faz tempo
que eu esqueço das horas
e as horas vão matando o que penso
O tempo traz a história do mundo nas costas
Tudo isso vem no sopro do vento

Tão perto
Tão longe

Hoje o chão passa rápido e perto do futuro
Me distancio daqui
pra lembrar que estarei no amanhã (se precisar)
A memória resiste
ao que o tempo insiste em acabar
Quem se lembra,
quem se lembra onde queria chegar?
Ninguém sabe,
ninguém sabe onde tudo vai dar

Faz tempo
que eu esqueço das horas
e as horas vão matando o que penso
O tempo traz a história do mundo nas costas
Tudo isso vem no sopro do vento

Do Mote do Doutor Charles Zambohead

De novo
O trovão é zuada de escamba
Sou um zumbi com a ciência que veio da lama
De novo
O trovão é zuada de escamba
Sou um zumbi com a ciência que veio da lama
Rádio S.AMB.A, Rádio S.AMB.A…
Do Mote do Doutor Charles Zambohead
Tocaia, Mocambo, Amaro Satélito, Pixel 3000, Fortrex, Djeiki Sandino, Jackson Bandeira
Do Mote do Doutor Charles Zambohead
Rádio S.AMB.A, Rádio S.AMB.A…
Do Mote do Doutor Charles Zambohead

Caminhando alto
Por todo grande subúrbio lá
Lá longe, afastado do centro
Perto daquele vento assim passo o tempo
Mas nesse mundo continuo aceso
Acordado no meu pensamento
Na beira da maré lembro do cheiro do que passou
Lembranças ruindo na minha cabeça
Volto no tempo se quiser

Serra da barriga
Olhando tudo de novo
O grande quilombo tropical
Calções, mantos, camisa de cetim
Tenho também meias compridas
Guarda-peito enfeitado com espelhos
Tenho cores no chapéu
E as alfaias enfeitadas com areias brilhantes

Com esse enfeite se pode até
Entrar no céu

Mas eu não me iludo
Nem faço mal
Mesmo com todo esse carnaval

Caminhando alto, caminhando alto…

Azogado no seu pensamento…
Acordado no seu pensamento…

Côco Dub

Cascos, cascos, cascos
Multicoloridos, cérebros, multicoloridos
Sintonizam, emitem, longe
Cascos, cascos, cascos
Multicoloridos, homens, multicoloridos
Andam, sentem, amam
Acima, embaixo do Mundo
Cascos, caos, cascos, caos
Imprevisibilidade de comportamento
O leito não-linear segue
Pra dentro do universo
Música quântica ?

Caranguejo da Praia das Virtudes

Digo sem receio que conheço esse meio
Entre os balcões onde repousam garrafas
Com mesas servindo pra batucadas
Se responde as batidas com os calcanhares
É sempre aí que não deixo sobrar nada

Pisou macio com leveza gravitacional

A lâmina corria
A vista escurecia
E a multidão nem via
Se espremia toda a cidade
Caranguejo em praia, não faz bondade

Pisou macio com leveza gravitacional
Pisou macio com esperteza…

Sem medo, sem medo, sem medo… (2x)

Pisou macio com esperteza gravitacional
Pisou macio com leveza pra não se dar mal

Os ecos sentavam ao lado dos barracões
E as donas reverberando, virando os olhos
Com opniões

Nas quebradas com sua pastorinha no bolso
O caranguejo da Praia das Virtudes

Sem medo, sem medo, sem medo, sem medo…

Pisou macio com esperteza gravitacional

Caldo de Cana

Eu decido é agora
Feito de caldo de cana
Eu vou admirar
Admiral o mundo novo
Eu vou , eu vou
Eu decido é agora
Feito de caldo de cana
É a cana caiana
Meu destino é agora
Feito de cana
Meu destino é agora
Feito caldo de cana
Eu vou…
Eu nunca fui comprado
Nem tão pouco, vendido
Nunca fui pré-datado
Ainda não to vencido
A ilusão vem de fora
O sujeito se engana
Quando o tempo demora
A saudade lhe chama
Eu nunca fui comprado
Nem tão pouco, vendido
Eu nunca fui pré-datado
Ainda não to vencido
A ilusão vem de fora
O sujeito se engana
A mentira é certeira
E a verdade insana
Eu fui premiada de novo
Meu destino é agora
Feito caldo de cana
Meu destino é agora
Admiral mundo novo

Blunt of Judah

Eu tô bem na minha altura
Onde na fadiga do vento
É que o veneno circula
E o remédio nem deve saber
Que acabou o descanso
Pra encontrar a cura
Fêmea soñadora, seus devaneios
Me faz ver através das portas
E até atravessar espelhos
Tô no caminho do Blunt of Judah
Pra ficar sonhando depois que acordar
Interado com fumaça ativa
Flutuando sem nenhuma esteira
Em plena menção sativa
Escaneando o dia
Revelando a seqüência inteira
Se ligando pelos olhos e ouvidos
Verdadeira Odisséia na cera
Sempre ativo na interzona
Janela viva e acesa
Via erva santa sem amônia
Tô no caminho do Blunt of Judah
Pra ficar sonhando depois que acordar
O vermelho e o amarelo
Na quentura do véu
A fumaça era grande
E sumia no céu
Iluminismo no dubismo dos zumbis
A Babilônia não está tão longe
Pela quantidade que se consome
O paraíso dessa vez vem logo
Como um lugar sem nome
Tô no caminho do Blunt of Judah
Pra ficar sonhando depois que acordar

Arrancando as Tripas

Fico sempre acordado na sambada inteira
Com os olhos vidrados
E ouvidos colados no som
É aí que o elenco não falha
E não cai do chão
Pra desvendar o samba
Maluvido ou não
E sustento nas bases
Já vi muito por aí

(Refrão)
Mandaram arrancar as tripas
Mandaram arrancar as tripas
Mandaram arrancar as tripas
Do SAMBA

(Refrão)

Tá tudo inteirado
Pra segurar esse tom

Então peguei pela beca
No meio da graça
Abri-lhe o bucho
E arranquei-lhe as tripas
Só pra ver que som dava
Se era de bamba, bamba, bamba

(Refrão) (2x)

Ouvi dizer que andaram brincando com fogo
vai se molhar, vai se molhar

(Refrão)

Levou ponto e não desafinou…(3x)

Mandaram arrancar as tripas do SAMBA

Au de Cabeça

Vou rezar aos céus e vou pedir
Não antes de agradecer
A sorte de ter você aqui
Clareando meu viver
E quando sentir não estar bem
Não hesite em sonhar
Em qualquer lugar que exista fé
O amor pode chegar

Anda apaga esse sofrer
Ama e me faz o seu belo rei
Anda acenda a minha luz
Enciende mi luz ea ea ea
Como a brisa que acalma
e quem é do bem seduz

Não de bola às noias da TV
Que só lhe fazem chorar
Não aumente a dor de se perder
Nem o medo de ganhar
Não deixe de lado nosso amor
Ele é lindo de viver
Dez e pouco eu vou sair daqui
Para ir buscar você

Anda apaga esse sofrer
Ama e me faz o seu belo rei
Anda acenda a minha luz
Enciende mi luz ea ea ea
Como a brisa que acalma
e quem é do bem seduz

Auuuuu… Auuuuu
Auuuuuuuuu…. Auuuuuuuuuuuu

Lágrimas não vão mudar
Anda, anda este corazón ya no se achanta
Que canta melodia pa` secar
Las lágrimas que te impiden disfrutar
Negra dame un segundo para entrar en tu mundo
Marcar destino vivir los mundos
Puerto Rico te tengo en mi corazón..aaaa
De Puerto Rico a Brasil un tono sutil
Para ti brasilera mira dice asi:
Con el corazón pega la presión entremos los dos
Como las notas de esta cancion
Con el corazón pega la presión vibremos los dos ea
Brasil Puerto Rico conquistando unidos
distintos en saber lo que digo
Ei tu ven conmigo quiero vibrar contigo
Quero crecer contigo
Quero lutar comigo
Para estar contigo

Manguetown

Estou enfiado na lama
É um bairro sujo
Onde os urubus têm casas
E eu não tenho asas
Mas estou aqui em minha casa
Onde os urubus têm asas
Vou pintando segurando as paredes do mangue do meu quintal
Manguetown
Andando por entre os becos
Andando em coletivos
Ninguém foge ao cheiro sujo
Da lama da Manguetown
Andando por entre os becos
Andando em coletivos
Ninguém foge à vida suja dos dias da Manguetown
Esta noite eu sairei
Vou beber com meus amigos
E com as asas que os urubus me deram ao dia
Eu voarei por toda a periferia
Vou sonhando com a mulher
Que talvez eu possa encontrar
Ela também vai andar
Na lama do meu quintal
Manguetown
Fui no mague catar lixo
Pegar caranguejo, conversar com urubu

A Praieira

No caminho é que se vê
A praia melhor pra ficar
Tenho a hora certa pra beber

Uma cerveja antes do almoço é muito bom pra ficar pensando melhor

E eu piso onde quiser
Você está girando melhor, garota
Na areia onde o mar chegou
A ciranda acabou de começar, e ela é!
E é praieira!!!
Segura bem forte a mão
E é praieira !!!
Vou lembrando a Revolução
Vou lembrando a Revolução
Mas há fronteiras nos jardins da razão

E na praia é que se vê,
A areia melhor pra deitar
Vou dançar uma ciranda pra beber

Uma cerveja antes do almoço é muito bom pra ficar pensando melhor

Você pode pisar onde quer
Que você se sente melhor
Na areia onde o mar chegou
A ciranda acabou de começar, e ela é!
E é praieira!!!
Segura bem forte a mão
E é praieira !!!
Vou lembrando a Revolução
Vou lembrando a Revolução
Mas há fronteiras nos jardins da razão

Vai pisando, ê!
Segurando, ê!
Arrastanto, ê!
É praieira!
É praieira!
É praieira!

E na praia é que se vê,
A areia melhor pra deitar
Vou dançar uma ciranda pra beber

Uma cerveja antes do almoço é muito bom pra ficar pensando melhor
Você pode pisar onde quer
Que você se sente melhor
Na areia onde o mar chegou
A ciranda acabou de começar, e ela é!
E é praieira!!!
Segura bem forte a mão
E é praieira !!!
Vou lembrando a Revolução
Vou lembrando a Revolução
Mas há fronteiras nos jardins da razão

Vai pisando, ê!
Vai girando, ê!
Segurando, ê!
Arrastando, ê!
Arrastando
Arrastando
Arrastando
É praieira!
É praieira!
É praieira!
É praieira!

No caminho é que se vê
A praia melhor pra ficar
Tenho a hora certa pra beber

Uma cerveja antes do almoço é muito bom pra ficar pensando melhor

Da Lama Ao Caos

Posso sair daqui para me organizar
Posso sair daqui para desorganizar
Posso sair daqui para me organizar
Posso sair daqui para desorganizar

Da lama ao caos, do caos à lama
Um homem roubado nunca se engana
Da lama ao caos, do caos à lama
Um homem roubado nunca se engana

O sol queimou, queimou a lama do rio
Eu ví um chié andando devagar
E um aratu pra lá e pra cá
E um carangueijo andando pro sul
Saiu do mangue, virou gabiru

Ô Josué, eu nunca ví tamanha desgraça
Quanto mais miséria tem, mais urubu ameaça

Peguei um baláio, fui na feira roubar tomate e cebola
Ia passando uma véia, pegou a minha cenoura
“Aí minha véia, deixa a cenoura aqui
Com a barriga vazia não consigo dormir”
E com o bucho mais cheio começei a pensar
Que eu me organizando posso desorganizar
Que eu desorganizando posso me organizar
Que eu me organizando posso desorganizar

Da lama ao caos, do caos à lama
Um homem roubado nunca se engana
Da lama ao caos, do caos à lama
Um homem roubado nunca se engana

O sol queimou, queimou a lama do rio
Eu ví um chié andando devagar
E um aratu pra lá e pra cá
E um carangueijo andando pro sul
Saiu do mangue, virou gabiru

Ô Josué, eu nunca ví tamanha desgraça
Quanto mais miséria tem, mais urubu ameaça

Peguei um baláio, fui na feira roubar tomate e cebola
Ia passando uma véia, pegou a minha cenoura
“Aí minha véia, deixa a cenoura aqui
Com a barriga vazia não consigo dormir”
E com o bucho mais cheio começei a pensar
Que eu me organizando posso desorganizar
Que eu desorganizando posso me organizar
Que eu me organizando posso desorganizar

Da lama ao caos, do caos à lama
Um homem roubado nunca se engana
Da lama ao caos, do caos à lama
Um homem roubado nunca se engana

Da lama ao caos, do caos à lama
Um homem roubado nunca se engana
Da lama ao caos, do caos à lama
Um homem roubado nunca se engana

Meu Maracatu Pesa Uma Tonelada

Carrego pr’onde vou
O peso do meu som
Lotando minha bagagem
Meu maracatu pesa uma tonelada de surdez
E pede passagem

Meu maracatu pesa uma tonelada…

Sempre foi atômico
Agora biônico, eletro-soulsônico
Alterando as batidas
No azougue pesado
Em ritmo crônico
Tropa de todos os baques existentes
De longe tremendo e rachando os batentes
Mutante até lá adiante
Pois a zoada se escuta distante
Levando o baque do trovão
Sempre certo na contramão

Carrego pr’onde vou
O peso do meu som
Lotando minha bagagem
Meu maracatu pesa uma tonelada de surdez
E pede passagem

Meu maracatu pesa uma tonelada