Skip to main content

Formosa

Formosa
Não faz assim
Carinho não é ruim
Mulher que nega
Não sabe não
Tem um coisa de menos no seu coração

A gente nasce, a gente cresce
A gente quer amar
Mulher que nega
Nega o que não é para negar
A gente pega, a gente entrega
A gente quer morrer
Ninguém tem nada de bom sem sofrer
Formosa mulher

Tem que rebolar

Moreninha linda, moreninha boa
Quer se casar comigo, ser minha patroa?

Sai fora mulato, vê lá se me passo
Me casar consigo é coisa que eu não faço.

Eu tenho a grana e a minha cor não pega!
– somente a sua grana pode interessar…

Mas pra botar a mão no meu dinheiro
Você tem que rebolar, rebolar, rebolar…

Mulato atrevido, está me maltratando!
O rebolar é novo modo de gingar.

Ai, fique sossegada que não é maltrato
É um ditado novo, é jeito de dançar.

Mas se papai souber disso se zanga
Vai lhe chamar de feio, vai lhe rebentar

Mas pro seu pai bater nesse mulato
Também tem que rebolar, rebolar, rebolar.

Escurinho

O escurinho era um escuro direitinho

Agora tá com a mania de brigão

Parece praga de madrinha ou macumba

De alguma escurinha que lhe fez ingratidão

Saiu de cana ainda não faz uma semana

Já a mulher do Zé Pretinho carregou

Botou embaixo o tabuleiro da baiana

Porque pediu fiado e ela não fiou

Já foi no Morro da Formiga procurar intriga

Já foi no Morro do Macaco e já bateu num bamba

Já foi no Morro dos Cabritos provocar conflito

Já no foi no Morro do Pinto acabar com o samba

Gosto de te ver cantando

Gosto de te ver cantando
Gosto de te ver querida
Cantando, cantando
Deixa de levar a vida
Chorando, chorando

Canta para as tuas mágoas esquecer
Cantar é melhor do que chorar
Cantas se queres viver

Gosto de te ver querida
Cantando, cantando
Deixa de levar a vida
Chorando, chorando

Foi cantando que eu te conheci,meu bem
E por isso vivo a cantar
Canta comigo também

Linda flor da madrugada

Mandei fazer
Um buquê
Para minha amada
Mas sendo ele
De bonina disfarçada
Com o brilho da
Estrela matutina,adeus menina
Linda flor
Da madrugada

Tem cravos
Tem rosas bonitas
De bonina disfarçada.

Mas se minha amada
Não quiser o buquê
Eu faço presente
A você

O bonde de São Januário

Quem trabalha é que tem razão
Eu digo e não tenho medo de errar
O bonde São Januário
Leva mais um operário:
Sou eu que vou trabalhar

Antigamente eu não tinha juízo
Mas resolvi garantir meu futuro
Vejam vocês:

Sou feliz, vivo muito bem
A boemia não dá camisa a ninguém
É, digo bem

Boogie woogie na favela

Chegou o samba minha gente,
Lá na terra do Tio San com novidade,
E ele trouxe uma cadêncioa que eé maluca,
Pra mexer toda a cidade,
O Boogie-Woogie, Boogie-Woogie, Boogie-Woogie,
A nova dança que balança, mas não cansa,
A nova dança que faz parte,
Da política da boa vizinhança.

E lá na favela toda batucada,
Já tem Boogie-Woogie,
Até as cobrochas já dançam,
Já falam do tal Boogie-Woogie,
E o nosso samba foi por isso que aderiu,
Do Amazonas, Rio Grande, São Paulo e o Rio,
Ao Boogie-Woogie, Boogie-Woogie, Boogie-Woogie

Ó Seu Oscar

Cheguei cansado do trabalho
Logo a vizinha me falou:
– Oh! seu Oscar
Tá fazendo meia hora
Que sua mulher foi-se embora
E um bilhete deixou
O bilhete assim dizia:
“Não posso mais
Eu quero é viver na orgia”

Fiz tudo para ter seu bem-estar
Até no cais do porto eu fui parar
Martirizando o meu corpo noite e dia
Mas tudo em vão
Ela é, é da orgia
É… parei!

Falsa baiana

Baiana que entra na roda, só fica parada
Não canta, não samba, não bole nem nada
Não sabe deixar a mocidade louca

Baiana é aquela que entra no samba
De qualquer maneira
Que mexe e remexe, dá nó nas cadeiras
E deixa a moçada com água na boca

A falsa baiana quando cai no samba
Ninguém se incomoda, ninguém bate palma
Ninguém abre a roda, ninguém grita ôba
Salve a Bahia, Senhor

Mas a gente gosta quando uma baiana
Quebra direitinho, de cima embaixo
Revira os olhinhos e diz
Eu sou filha de São Salvador
Eh, eh meu Senhor

Se acaso voce chegasse

Se acaso você chegasse
No meu chateau encontrasse
Aquela mulher que você gostou
Será que tinha coragem de trocar a nossa amizade
Por ela que já lhe abandonou

Eu falo porque essa dona já mora no meu barraco à beira de um regato e de um bosque em flor

De dia me lava a roupa
De noite me beija a boca
E assim nós vamos vivendo de amor