Somos Somente a fotografia.
Dois navegantes perdidos no cais
Distantes demais
Somos instantes, palavras, poesia
Dois delirantes ficando reais
Distantes demais
Noites de sol, loucos de amar,
Quem poderia nos alcançar.
Eu e você, sem perceber,
Fomos ficando iguais,
Longe,
Distantes demais
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Ao meu ver, esta canção se trata do modo em que amar pode ser uma experiência bastante solitária, o modo em que amar consiste amar consiste em imaginar, e que a imaginação de duas pessoas quase nunca se convergem: “Dois delirantes demais/Distantes demais”. Lenine pergunta se desse ato solitário se cria alguma igualdade, mas conclui que a distancia é tudo que o amor produz: Fomos ficando iguais / Longe / Distantes demais”.
O que eu não consigo muito bem entender é a ideia da fotografia, e o que isso poderia significar. Me parece crucial mas não consigo interpretar de maneira satisfatória…
Pra mim, a “fotografia” representa tudo que é superficial, passageiro. Aquele momento incrível em que tudo parece certo, mas dura tão pouco. São “instantes, palavras” que não sobrevivem à realidade. O que traduz isso na minha opinião é o trecho “dois delirantes ficando reais”. Tudo bem enquanto cada um consegue fantasiar sobre o outro, mas e quando o delírio passa e eles finalmente se encontram no real? É quando se veem de verdade que ficam distantes demais. Triste, mas verídico.
Fotografia superficial só existe, ou inexistirá, se você colocou pouco fixador na bandeja… Hê…He…RRe…Rê…HHê…
Brincadeiras consumadas, pareceu-me claro que a referência é em relação a memória, o que passou, ou ficou…
Ou não?