Em uma noite bem suada
Eu acordei de madrugada
Com uma fome de comer
Alguma coisa forte
Fome da porra e que agonia
Não adiantava, eu não esquecia
Eu ia ter que apelar pras comidas do norte
Eu só sabia que
O meu jantar ia ser a parte do animal
Que é mais dura que o meu pau
Com uma catinga assim
Só sendo rango de homem, não fode,
Meta o pau na aranha e coma a cabeça do bode
Vou comer a cabeça do bode
Comida boa é meu prato preferido
E eu não duvido duvido
Que não me faça suar
Me olhe nos olhos, tô sorrindo
Sinto os ouvido entupindo
E não dá pra disfarçar
Dá licença, olha pra lá
Primeiro naco, pela tua careta
Tu é fraco, é chapéu de couro de saco
Olhe o que tem lá no buraco
E não merece
Sem o poder do bicho tu não desce
É preciso relaxar
E como o olho do bode
Pode crê véi a idéia é essa eu digo, é isso aí mesmo
X chegando na área e falando na cara
Tomamos muita porrada no decorrer desses anos
Com o suor de nossos corpos chegamos onde estamos
Espalhando nossas idéias de norte a sul, leste oeste
Só moleque de presa somos do DF
Idéias das mais diversas vindo de nossas entranhas
Pra segurar a onda tem que ter as manha.
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Rodolfo fala de uma iguaria exótica no Brasil, porém mais comum no Nordeste. É prato de cabra macho, pois não é qualquer um que consegue comê-lo sem sentir nojo.
O X chega falando da superação que é fazer rap em sua região, com letras autênticas. Exalta ainda o Distrito Federal e observa que suas ideias são das mais diversas, como o próprio tema do bode.