Não sou escravo de ninguém
Ninguém, senhor do meu domínio!
Sei o que devo defender
E por valor eu tenho
E temo o que agora se desfaz
Viajamos sete léguas
Por entre abismos e florestas
Por Deus nunca me vi tão só
É a própria fé o que destrói
Estes são dias desleais
Eu sou metal
Raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal
Eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal
Quem sabe o sopro do dragão
Reconheço meu pesar
Quando tudo é traição
O que venho encontrar
É a virtude em outras mãos.
Minha terra é a terra que é minha
E sempre será
Minha terra
Tem a lua, tem estrelas
E sempre terá
Quase acreditei na tua promessa
E o que vejo é fome e destruição
Perdi a minha sela e a minha espada
Perdi o meu castelo e minha princesa
Quase acreditei, quase acreditei
E, por honra, se existir verdade
Existem os tolos e existe o ladrão
E há quem se alimente do que é roubo.
Mas vou guardar o meu tesouro
Caso você esteja mentindo.
Olha o sopro do dragão (4x)
É a verdade o que assombra
O descaso que condena
A estupidez o que destrói
Eu vejo tudo que se foi
E o que não existe mais
Tenho os sentidos já dormentes
O corpo quer, a alma entende
Esta é a terra-de-ninguém
Sei que devo resistir
Eu quero a espada em minhas mãos
Eu sou metal: raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal: eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal: quem sabe o sopro do dragão
Não me entrego sem lutar
Tenho ainda coração
Não aprendi a me render
Que caia o inimigo então
Tudo passa
Tudo passará (3x)
E nossa história
Não estará
Pelo avesso assim
Sem final feliz
Teremos coisas bonitas pra contar
E até lá
Vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos
O mundo começa agora, ahh!
Apenas começamos.
Não sou escravo de ninguém
Ninguém senhor do meu domínio
(Os Templários não eram escravos e nem senhores feudais. Eles eram livres e possuiam voto de pobreza.)
Sei o que devo defender
E, por valor eu tenho
E temo o que agora se desfaz.
(Eles dedicavam suas vidas à uma causa, mas viam a Igreja distorcendo esses valores.)
Viajamos sete léguas
Por entre abismos e florestas
(Viajaram uma grande distância, por caminhos difíceis entre Europa e Oriente Médio.)
Por Deus nunca me vi tão só
É a própria fé o que destrói
Estes são dias desleais.
(Os Templários se sentiam sós numa batalha onde os valores eram esquecidos e se matava em nome de Deus.)
Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão.
(Os Templários eram espada, lança, sabedoria e força, detinham a riqueza dos reis. Tinham o reconhecimento do Clero e de sua Inquisição.)
Reconheço meu pesar
Quando tudo é traição,
O que venho encontrar
É a virtude em outras mãos.
(A decepção dos Templários durante as Cruzadas, quando outros soldados cristãos traiam compromissos e agiam covardemente, enquanto os adversários cumpriam com suas palavras e eram misericordiosos.)
Minha terra é a terra que é minha
E sempre será
Minha terra tem a lua, tem estrela
E sempre terá.
(Essa é a voz dos soldados muçulmanos, vitoriosos. A lua crescente com uma estrela é o símbolo do Islam.)
II – O retorno à França e o golpe do Rei.
Quase acreditei na sua promessa
E o que vejo é fome e destruição
Perdi a minha sela e a minha espada
Perdi o meu castelo e minha princesa.
Quase acreditei, quase acreditei
(DeMolay confiou em Felipe, o Belo, o protegeu e em troca o Rei arruinou a França e prendeu os Templários, e DeMolay perdeu seus títulos, os fortes, castelos e viu sua Ordem ser extinta.)
E, por honra, se existir verdade
Existem os tolos e existe o ladrão
E há quem se alimente do que é roubo
Mas vou guardar o meu tesouro
Caso você esteja mentindo.
Olha o sopro do dragão…
(Os tolos são o Clero e o Ladrão é Felipe, o Belo. DeMolay desconfiou do desejo do Rei sobre o tesouro dos Templários, então o escondeu alguns dias antes de sua prisão. O sopro do dragão é a fogueira da inquisição…)
III – O Julgamento e a Fogueira.
É a verdade o que assombra
O descaso que condena,
A estupidez, o que destrói
Eu vejo tudo que se foi
E o que não existe mais
(DeMolay se surpreende com o golpe do Rei e o descaso do Papa com o processo, vê estúpidas acusações destruir a Ordem que tão importante foi e agora não existe mais.)
Tenho os sentidos já dormentes,
O corpo quer, a alma entende.
Esta é a terra-de-ninguém
Sei que devo resistir
Eu quero a espada em minhas mãos.
(O momento da fogueira, em que DeMolay resiste ao fogo e reage pela última vez.)
Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão.
Não me entrego sem lutar
Tenho, ainda, coração
Não aprendi a me render
Que caia o inimigo então.
(Então DeMolay pronuncia suas últimas palavras, convocando os inimigos a comparecerem diante do Juízo Final no prazo de um ano, e sua premonição é confirmada.)
IV – O renascimento: a Ordem DeMolay.
– Tudo passa, tudo passará…
E nossa história não estará pelo avesso
Assim, sem final feliz.
Teremos coisas bonitas pra contar
E até lá, vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos.
O mundo começa agora
Apenas começamos.
(E a história de DeMolay e dos Templários não acabou naquele momento, sem um final feliz. Ela recomeçou, através da Ordem DeMolay, que reconta essa história e tem muito ainda a fazer.)
Escrito por Kennyo Ismail (Sênior DeMolay)
Fonte: http://crs284.blogspot.com.br/2010/12/metal-contra-as-nuvens-ordem-demolay.html
Eu já assisti uma entrevista com Renato, na qual ele fez alguns comentários sobre Metal contra as nuvens. A música fala sobre sua experiência com a heroína, a desilusão do romance que manteve com um americano (acho que era Scott – “Quase acreditei na sua promessa” e “Existem os tolos e existe o ladrão, E há quem se alimente do que é roubo, Mas vou guardar o meu tesouro, Caso você esteja mentindo”) e a sua luta para superar tudo isso.
Quando ele fala em “o sopro do dragão” é a referência a heroína.
“Tenho os sentidos já dormentes, O corpo quer, a alma entende. Esta é a terra-de-ninguém, Sei que devo resistir” – são os efeitos da heroína, a luta entre o vicio e a sua consciência.
“Não me entrego sem lutar, Tenho, ainda, coração, Não aprendi a me render, Que caia o inimigo então” – outro trecho da luta contra o vicio.
“– Tudo passa, tudo passará… E nossa história não estará pelo avesso”, nesse trecho final (um dos mais bonitos), aponta a esperança de sair desse turbilhão.
#SEMPREEMFRENTE
vi q metal contra as nuvens falava sobre o momento do pais sob a administração de Collor…