Não sou escravo de ninguém
Ninguém, senhor do meu domínio!
Sei o que devo defender
E por valor eu tenho
E temo o que agora se desfaz
Viajamos sete léguas
Por entre abismos e florestas
Por Deus nunca me vi tão só
É a própria fé o que destrói
Estes são dias desleais
Eu sou metal
Raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal
Eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal
Quem sabe o sopro do dragão
Reconheço meu pesar
Quando tudo é traição
O que venho encontrar
É a virtude em outras mãos.
Minha terra é a terra que é minha
E sempre será
Minha terra
Tem a lua, tem estrelas
E sempre terá
Quase acreditei na tua promessa
E o que vejo é fome e destruição
Perdi a minha sela e a minha espada
Perdi o meu castelo e minha princesa
Quase acreditei, quase acreditei
E, por honra, se existir verdade
Existem os tolos e existe o ladrão
E há quem se alimente do que é roubo.
Mas vou guardar o meu tesouro
Caso você esteja mentindo.
Olha o sopro do dragão (4x)
É a verdade o que assombra
O descaso que condena
A estupidez o que destrói
Eu vejo tudo que se foi
E o que não existe mais
Tenho os sentidos já dormentes
O corpo quer, a alma entende
Esta é a terra-de-ninguém
Sei que devo resistir
Eu quero a espada em minhas mãos
Eu sou metal: raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal: eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal: quem sabe o sopro do dragão
Não me entrego sem lutar
Tenho ainda coração
Não aprendi a me render
Que caia o inimigo então
Tudo passa
Tudo passará (3x)
E nossa história
Não estará
Pelo avesso assim
Sem final feliz
Teremos coisas bonitas pra contar
E até lá
Vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos
O mundo começa agora, ahh!
Apenas começamos.
Letra Composta por: Dado Villa-Lobos, Marcelo Bonfá, e Renato Russo
Melodia Composta por:
Álbum: V
Ano: 1991
Estilo Musical: Rock Brasileiro
Não sou escravo de ninguém
Ninguém senhor do meu domínio
(Os Templários não eram escravos e nem senhores feudais. Eles eram livres e possuiam voto de pobreza.)
Sei o que devo defender
E, por valor eu tenho
E temo o que agora se desfaz.
(Eles dedicavam suas vidas à uma causa, mas viam a Igreja distorcendo esses valores.)
Viajamos sete léguas
Por entre abismos e florestas
(Viajaram uma grande distância, por caminhos difíceis entre Europa e Oriente Médio.)
Por Deus nunca me vi tão só
É a própria fé o que destrói
Estes são dias desleais.
(Os Templários se sentiam sós numa batalha onde os valores eram esquecidos e se matava em nome de Deus.)
Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão.
(Os Templários eram espada, lança, sabedoria e força, detinham a riqueza dos reis. Tinham o reconhecimento do Clero e de sua Inquisição.)
Reconheço meu pesar
Quando tudo é traição,
O que venho encontrar
É a virtude em outras mãos.
(A decepção dos Templários durante as Cruzadas, quando outros soldados cristãos traiam compromissos e agiam covardemente, enquanto os adversários cumpriam com suas palavras e eram misericordiosos.)
Minha terra é a terra que é minha
E sempre será
Minha terra tem a lua, tem estrela
E sempre terá.
(Essa é a voz dos soldados muçulmanos, vitoriosos. A lua crescente com uma estrela é o símbolo do Islam.)
II – O retorno à França e o golpe do Rei.
Quase acreditei na sua promessa
E o que vejo é fome e destruição
Perdi a minha sela e a minha espada
Perdi o meu castelo e minha princesa.
Quase acreditei, quase acreditei
(DeMolay confiou em Felipe, o Belo, o protegeu e em troca o Rei arruinou a França e prendeu os Templários, e DeMolay perdeu seus títulos, os fortes, castelos e viu sua Ordem ser extinta.)
E, por honra, se existir verdade
Existem os tolos e existe o ladrão
E há quem se alimente do que é roubo
Mas vou guardar o meu tesouro
Caso você esteja mentindo.
Olha o sopro do dragão…
(Os tolos são o Clero e o Ladrão é Felipe, o Belo. DeMolay desconfiou do desejo do Rei sobre o tesouro dos Templários, então o escondeu alguns dias antes de sua prisão. O sopro do dragão é a fogueira da inquisição…)
III – O Julgamento e a Fogueira.
É a verdade o que assombra
O descaso que condena,
A estupidez, o que destrói
Eu vejo tudo que se foi
E o que não existe mais
(DeMolay se surpreende com o golpe do Rei e o descaso do Papa com o processo, vê estúpidas acusações destruir a Ordem que tão importante foi e agora não existe mais.)
Tenho os sentidos já dormentes,
O corpo quer, a alma entende.
Esta é a terra-de-ninguém
Sei que devo resistir
Eu quero a espada em minhas mãos.
(O momento da fogueira, em que DeMolay resiste ao fogo e reage pela última vez.)
Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão.
Não me entrego sem lutar
Tenho, ainda, coração
Não aprendi a me render
Que caia o inimigo então.
(Então DeMolay pronuncia suas últimas palavras, convocando os inimigos a comparecerem diante do Juízo Final no prazo de um ano, e sua premonição é confirmada.)
IV – O renascimento: a Ordem DeMolay.
– Tudo passa, tudo passará…
E nossa história não estará pelo avesso
Assim, sem final feliz.
Teremos coisas bonitas pra contar
E até lá, vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos.
O mundo começa agora
Apenas começamos.
(E a história de DeMolay e dos Templários não acabou naquele momento, sem um final feliz. Ela recomeçou, através da Ordem DeMolay, que reconta essa história e tem muito ainda a fazer.)
Escrito por Kennyo Ismail (Sênior DeMolay)
Fonte: http://crs284.blogspot.com.br/2010/12/metal-contra-as-nuvens-ordem-demolay.html
Quem é vc Bezerra ?
Essa música vcs tem o estudo dela dentro da ordem DeMolay ?
Eu não to sabendo que eles tinham tal ligação…
Legal!
kkkkkkkkkkkk
kkkkk besta
Essa musica é linda a letra é fascinante parece com minha vida amo demais e o renato tava inspirado quando escreveu alias todas mais essa ele caprichou.
…PENSO QUE SE FOR PARA INTERPRETAR (DESVELALNDO) ‘METAL CONTRA AS NUVENS” , O ‘AMIGO’ APRESENTA UM TRABALHO PRECISO E SIGNIFICANTE PARA A APRECIAÇÃO DA CANÇÃO COMO UMA VERDADEIRA OBRA DE ARTE. PARABENS DE VERDADE!
Eu já assisti uma entrevista com Renato, na qual ele fez alguns comentários sobre Metal contra as nuvens. A música fala sobre sua experiência com a heroína, a desilusão do romance que manteve com um americano (acho que era Scott – “Quase acreditei na sua promessa” e “Existem os tolos e existe o ladrão, E há quem se alimente do que é roubo, Mas vou guardar o meu tesouro, Caso você esteja mentindo”) e a sua luta para superar tudo isso.
Quando ele fala em “o sopro do dragão” é a referência a heroína.
“Tenho os sentidos já dormentes, O corpo quer, a alma entende. Esta é a terra-de-ninguém, Sei que devo resistir” – são os efeitos da heroína, a luta entre o vicio e a sua consciência.
“Não me entrego sem lutar, Tenho, ainda, coração, Não aprendi a me render, Que caia o inimigo então” – outro trecho da luta contra o vicio.
“– Tudo passa, tudo passará… E nossa história não estará pelo avesso”, nesse trecho final (um dos mais bonitos), aponta a esperança de sair desse turbilhão.
#SEMPREEMFRENTE
Está confundindo com A Montanha Mágica, essa é um Rock Progressivo, é exatamente temas complexos que são abordados, períodos medievais, crenças, distopias, são temas muitos presentes nas bandas progressivas.
Há várias interpretações para os textos em verso ou prosa. Mas se faz necessário que sejam contextualizados para não deixar dúvidas em quem lê tais interpretações.
vi q metal contra as nuvens falava sobre o momento do pais sob a administração de Collor…
É isso aí…👏👍
A arte é maravilhosa, porque permite diversas interpretações , Renato pode ter escrito sobre a Ordem dos Templários e sobre a dependência da heroína. Renato era demais !
pra mim a melhor do legião. passa uma força fenomenal. ‘não me entrego sem lutar.tenho ainda coração. Não aprendi a me render.qur caia o inimigo então. …sem palavras…a parte mais forte vista em uma música até hoje…utilizo pra mim quase que diariamente e a sequência spos esse refrão. ..e assombrosa mente poderoso. ..perfeita….
Eu particularmente gosto muito disso, cada um postou ai um sentido diferente… e mostra o pq gostamos tanto da Legião..pq suas letras se encaixam em vários enredos… cada um apenas escolhe o seu preferido.
Interpreto uma mensagem subliminar de Renato contra a nova ordem mundial, onde ele se recusa a fazer parte desse plano, usando de experiências pessoais e desilusões junto com o tema da ordem dos templários para gerar essa obra e relatar que não aceita a proposta dos senhores do mundo.
Renato Russo muitas vezes agia como o Coringa, respondia uma mesma pergunta com histórias muito diferentes. Eu confio mais na história dos templários por causa da simbologia associada ao álbum.
A letra foi escrita seguindo uma jornada do herói clássica, então isso explica a facilidade dela se encaixar em vários contextos e permitir que ele associasse a vários contextos diferentes sempre quando questionado (vale lembrar que provavelmente esse tipo de pergunta era o mais recorrente para ele e a banda e isso devia encher o saco e como ele gostava de controlar a narrativa ele direcionava para o que ele queria dizer no momento).
Como sempre o Renato era mestre em uasar metáforas e simbologias nas suas canções, e esta ñ é diferente, trasendo uma alegoria de ponta à ponta. Ele canta um senário medieval sobre os templários e descreve a sua vida pessoal e experiência vivênciadas po ele.
Das análises que li, para mim, a sua é a mais consistente, porém, ao redigir cenário, quis escrever mesmo com S?
Bem isso que sinto nessa música! Achei que só eu pensasse assim!
Concordo. Toda leitura de texto em prosa ou poesia nós leva a várias interpretações. Porém, todas devem estar dentro de certo contexto.
Olá a todos! Penso que s músicas, poesias, obras de arte em geral, a menos que seja num sentido acadêmico, devemos fazer nossas interpretações. Eu comecei com um instagram @o_que_te_diz que era justamente isso. O que esa música, poesia, frase, significa para você. o que ela te diz. É óbvio que é muito bom entender comoo rapaz acima falou o contexto histórico do autor ou dos autores. ou o que e quis contextualizar. e Renato era deveras inteligente. Acredito que os amigos tenham se equivocado na música que ele retrata sua decepção amorosa, não era nem Metal contra as Nuvens e nem A Montanha Mágica, e sim Vento no Litoral. A interpretação da Ordem dos Templários está muito bem feita. Não que essa seja a versão de Renato, mas muito bem feita, sendo que Os Templarios foram abraçados em Portugal, até onde sei, como A Ordem dos Cavaleiros de Cristo. Acredito que DeMolay tem ligação con os maçons, não conheço, vou pesquisar aqui, mas gostei muito do que essa letra disse ao autor dessa interpretação. Vou voltar a postar no Instagram o_que_te_diz, seguem lá.