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Refém da solidão

Quem da solidão fez seu bem
Vai terminar seu refém
E a vida pára também
Não vai nem vem
Vira uma certa paz
Que não faz nem desfaz
Tornando as coisas banais
E o ser humano incapaz de prosseguir
Sem ter pra onde ir
Infelizmente eu nada fiz
Não fui feliz nem infeliz
Eu fui somente um aprendiz
Daquilo que eu não quis
Aprendiz de morrer
Mas pra aprender a morrer
Foi necessário viver
E eu vivi
Mas nunca descobri
Se essa vida existe
Ou essa gente é que insiste
Em dizer que é triste ou que é feliz
Vendo a vida passar
E essa vida é uma atriz
Que corta o bem na raiz
E faz do mal cicatriz
Vai ver até que essa vida é morte
E a morte é
A vida que se quer

Dona Xepa

Tem sido assim minha sorte está marcada
Dou muito de mim em troca recebo nada

A vida é luta, lutarei até o fim
Não aceito ingratidão e nem que falem mal de mim

Cada dia que amanhece agradeço a Deus mesmo 
sofrendo preconceito entre os meus

Eu quero dar amor e receber amor
entregar tudo de bom que há em mim
Eu quero dar amor e receber amor
até minha existência chegar ao fim

Cada dia que amanhece agradeço a Deus mesmo 
sofrendo preconceito entre os meus

Eu quero dar amor e receber amor
entregar tudo de bom que há em mim
Eu quero dar amor e receber amor
até minha existência chegar ao fim(3x)

Rosa de ouro

Ela tem uma rosa de ouro nos cabelos
E outras mais tão graciosas;
Ela tem outras rosas que são os meus desvelos.
E seu olhar faz de mim um cravo ciumento
Em seu jardim de rosas.
Rosa de ouro, que tesouro
Ter essa rosa plantada em meu peito!
Rosa de ouro, que tesouro
Ter essa rosa plantada no fundo do peito!

Essa rosa de ouro que eu trago nos cabelos,
E outras mais tão graciosas,
Floresceu no lindo jardim dos meus desvelos;
Brotou em meu coração e cravos ciumentos
Querem colher – o que? – a rosa.
Rosa de ouro, singela,
Quero ofertar esta rosa tão bela!
Rosa de ouro, singela,
Quero ofertar a você esta rosa tão bela!
Quero ofertar a você esta rosa tão bela!

Mundo melhor

Você que está me escutando
É mesmo com você que estou falando agora
Você que pensa que é bem 
Não pensar em ninguém e que o amor tem hora.

Ouça isto aqui meu ouvinte 
O negócio é o seguinte: a coisa não demora
E se você se retrai
Você vai entrar bem, ora se vai!

Conto com você, um mais um é sempre dois
E depois vou mesmo é amar e cantar junto
Você deve ter muito amor pra oferecer
então pra que não dar o que é melhor em você.

Venha me dê sua mão
porque sou seu irmão na vida e na poesia
Deixe a reserva de lado
eu não estou interessado em sua guerra fria.

Nós ainda vemos de ver 
uma aurora nascer num mundo em harmonia
Onde é que está sua fé?
Com amor é melhor, ora se é!

Melodia sentimental

acorda, vem ver a lua
que dorme na noite escura
que surge tão bela e branca
derramando doçura
clara chama silente
ardendo meu sonhar
As asas da noite que surgem
e correm o espaço profundo
oh, doce amada, desperta
vem dar teu calor ao luar
Quisera saber-te minha
na hora serena e calma
a sombra confia ao vento
o limite da espera
quando dentro da noite
reclama o teu amor
Acorda, vem olhar a lua
que brilha na noite escura
querida, és linda e meiga
sentir meu amor e sonhar

É luxo só

O meu samba não vem sozinho
Traz muito amor, Traz alma e carinho.
Eta samba cai…

* Olha, esta mulata quando dança, É luxo só!
Quando todo seu corpo se balança, É luxo só…

Tem um não sei quê que faz a confusão;
O que ela não tem, meu Deus, é compaixão.
Eta, mulata bamba!

*Repeat

**Porém, seu coração quando se agita
E palpita mais ligeiro:
Nunca vi compasso tão brasileiro!
Eta samba, cai pra lá, cai pra cá, cai pra lá, cai pra cá
Eta samba, cai pra lá, cai pra cá, cai pra lá, cai pra cá

Mexe com as cadeiras, mulata, ai!
No requebrado me maltrata, ai, ai!

Vou partir

Vou partir não sei se voltarei
Tu não me queiras mal
Hoje é carnaval

Partirei para bem longe
Não precisas te preocupar
Só voltarei pra casa
Depois que o carnaval acabar, acabar

Vou partir não sei se voltarei
Tu não me queiras mal
Hoje é carnaval

Hoje é carnaval

A flor e o espinho

Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Hoje, pra você eu sou espinho
Espinho não machuca a flor.

Eu só errei quando juntei minh’alma a tua
O sol não pode viver perto da lua
É no espelho que eu vejo a minha mágoa
A minha dor e os meus olhos rasos d’água
Eu na sua vida já fui uma flor
Hoje sou espinho em seu amor

Chega de saudade

Vai minha tristeza e diz a ele
Que sem ele não pode ser
Diz-lhe numa prece
Que ele regresse
Porque eu não posso mais sofrer!
Chega de saudade
A realidade é que sem ele
Não há paz, não há beleza
É só tristeza e a melancolia
Que não sai de mim, não sai de mim, não sai!

Mas se ele voltar
Se ele voltar que coisa linda
Que coisa louca!
Pois há menos peixinhos a nadar no mar
Do que os beijinhos que eu darei
Na sua boca
Dentro dos meus braços, os abraços
Hão de ser milhões de abraços
Apertado assim, colado assim, calado assim
Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim
Pra acabar com este negócio de jamais viver sem mim

Que é pra acabar com esse negócio
De querer viver sem mim
Vamos deixar desse negócio
De viver longe de mim!

Cidade do interior

Cidade do interior
Tem a sua estação de trem
Um clube, a matriz e o jardim
E um baile mensal familiar
Tem um cinema modesto
E um pequeno jornal
Que sai todo domingo
E quando é feriado nacional

Cidade do interior
Tem um grupo escolar também
E um rio que passa cantando
E esperando o luar
E o ideal que todos têm no interior
É crescer e casar
Pra saber o que é o amor

Doce de côco

Venho implorar pra você repensar em nós dois

Não demolir o que ainda restou pra depois
Sabes que a língua do povo é costumaz traiçoeira
Quer incendiar, desordeira atear fogo ao fogo
Tu sabes bem quantas portas tem meu coração
E os punhais cravados pela ingratidão
Sabes também quanto é passageira nossa desavença
Não destrates o amor
Se o problema é pedir, implorar, vem aqui, fica aqui
Pisa aqui neste meu coração que é só teu, todinho teu
Escorraça e faz dele gato e sapato
E o inferniza, e o ameaça
Pisando, ofendendo, desconsiderando
E o descomposturando com todo rigor
Mas se tal não bastar, o remédio é tocar
Esse barco do jeito que está sem duas vezes se cogitar
Doce de coco, meu bombocado
Meu bom pedaço de fato és o esparadrapo
Que não desgrudou de mim

Naquela mesa

Naquela mesa ele sentava sempre
E me dizia sempre
O que é viver melhor
Naquela mesa ele contava histórias
Que hoje na memória
Eu guardo e sei de cor
Naquela mesa ele juntava gente
E contava contente
O que fez de manhã
E nos seus olhos era tanto brilho
Que mais que seu filho
Eu fiquei seu fã
Eu não sabia que doía tanto
Uma mesa num canto
Uma casa e um jardim
Se eu soubesse o quanto doi a vida
Essa dor tão doída
Não doía assim
Agora resta uma mesa na sala
E hoje ninguém mais fala
No seu bandolim
Naquela mesa tá faltando ele
E a saudade dele
Tá doendo em mim,
Naquela mesa tá faltanto ele
E a saudade dele
Tá doendo em mim.

Guacira

Adeus guacira
Meu pedacinho de terra!
Meu pé-de-serra
Que nem deus sabe onde está

Adeus guacira
Onde a lua pequenina
Não encontra na colina
Nenhum lago prá se olhar!

Eu vou-me embora
Mas eu volto qualquer dia
Virgem maria tudo há de permitir
E se ela não quiser
Eu vou morrer cheio de fé
Pensando em ti

Meiga presença

Quem, ao meu lado, esses passos caminhou?
Esse beijo em meu rosto, quem beijou?
A mão que afaga a minha mão,
Esse sorriso que não vejo, de onde vem?
Quem foi que me voltou?
Vem, de outros tempos tão longe
Que esqueci
Da ternura que nunca mereci!
Quem foste tu, presença e pranto
Eu nunca fui amada tanto!
Amor amigo
Momento antigo
Estás comigo!!!
Se não te importa ser lembrado,
Se não te importa ser amado
Fica comigo
Sempre…
Sempre..

Se eu morrer amanhã

Se eu morrer amanhã
Não levo saudade
Eu fiz o que quis
Na minha mocidade
Amei e fui amado
Beijei e fui beijado
Se eu morrer amanhã
Seu doutor
Morrerei feliz

Se eu morrer amanhã
Não levo saudade
Eu fiz o que quis
Na minha mocidade
Amei e fui amado
Beijei e fui beijado
Se eu morrer amanhã
Seu doutor
Morrerei feliz.

Nossos momentos

Momentos são iguais àqueles
Em que eu te amei
Palavras são iguais àquelas
Que eu te dediquei
Eu escrevi na fria areia
Um nome para amar
O mar chegou, tudo apagou
Palavras leva o mar

Teu coração praia distante
Em meu perdido olhar
Teu coração, mais inconstate
Que a incerteza do mar
Meu castelo de carinhos
Eu nem pude terminar
Momentos meus que foram teus
Agora é recordar..

Modinha

Olho a rosa na janela,
Sonho um sonho pequenino…
Se eu pudesse ser menino
Eu roubava essa rosa
E ofertava, todo prosa,
À primeira namorada.
E nesse pouco ou quase nada
Eu dizia o meu amor,
O meu amor…

Olho o sol findando lento,
Sonho um sonho de adulto…
Minha voz na voz do vento
Indo em busca do teu vulto.
E o meu verso em pedaços
Só querendo o teu perdão;
Eu me perco nos teus passos
e me encontro na canção…

Ai, amor, eu vou morrer
Buscando o teu amor…
Ai, amor, eu vou morrer
Buscando o teu amor…

Canção de amor

Saudade torrente de paixão
Emoção diferente
Que aniquila a vida da gente
Uma dor que não sei de onde vem

Deixaste meu coração vazio
Deixaste a saudade
Ao desprezares aquela amizade
Que nasceu ao chamar-te meu bem

Nas cinzas do meu sonho
Um hino então componho
Sofrendo a desilusão
Que me invade
Canção de amor, saudade !
Saudade

Manhã de carnaval

Manhã tão bonita manhã
De um dia feliz que chegou
O sol no céu surgiu
E em cada cor brilhou
Voltou o sonho, então, ao coração

Depois deste dia feliz
Não sei se outro dia haverá
É nossa manhã, tão bela afinal
Manhã de Carnaval

Canta o meu coração
A alegria voltou
Tão feliz na manhã
Desse amor

Eu bebo sim

Eu bebo sim!
Eu tô vivendo
Tem gente que não bebe
E tá morrendo

Eu bebo sim!
Eu tô vivendo
Tem gente que não bebe
E tá morrendo

Tem gente que já tá com o pé na cova
Não bebeu e isso prova
Que a bebida não faz mal
Uma pro santo,bota o choro,a saidera
Desce toda a prateleira
Diz que a vida tá legal

Eu bebo sim!
Eu bebo sim eu tô vivendo
Tem gente q não bebe
E tá morrendo

Eu bebo sim!
Eu tô vivendo
Tem gente que não bebe e tá morrendo

Tem gente q detesta um pileque
Diz que é coisa de moleque
Cafajeste ou coisa assim

Mas essa gente quando tá com a cara cheia
Vira chave de cadeia
Esvazia o botequim

Eu bebo sim!
Eu bebo sim eu tô vivendo
Tem gente que não bebe e tá morrendo

Eu bebo sim!
Eu tô vivendo
Tem gente que não bebe e tá morrendo

Bebida!
Não faz mal a ninguém
Água faz mal a saúde

Me dá a penúltima

Eu gosto quando alvorece
Porque parece que está anoitecendo
E gost quando anoitece,que só vendo
Porque penso que alvorece
E então parece que eu pude
Mais uma vez,outra noite,
Reviver a juventude.

Todo boêmio é feliz
Porque quanto mais triste,mais se ilude.
Esse é o segredo de quem,como eu,vive na boemia:

Colocar no mesmo barco,realidade e poesia
Rindo da própria agonia,
Vivendo em paz ou sem paz
Pra mim tanto faz,
se é noite ou se é dia.

Consolação

Se não tivesse o amor
Se não tivesse essa dor
E se não tivesse o sofrer
E se não tivesse o chorar
Melhor era tudo se acabar

Eu amei, amei demais
O que eu sofri por causa do amor
Ninguém sofreu
Eu chorei, perdi a paz
Mas o que eu sei
É que ninguém nunca teve mais
Mais do que eu

Canção do amor demais

Quero chorar porque te amei demais
Quero morrer porque me deste a vida

Oh, meu amor, será que nunca hei de ter paz
Será que tudo que há em mim
Só quer sentir saudade

E já nem sei o que vai ser de mim
Tudo me diz que amar será meu fim

Que desespero traz o amor!
Eu nem sabia o que era o amor
Agora sei porque não sou feliz
(mais…)