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1935 – Jacinta Passos

Tenso como rede de nervospressentindo ah! novembrode esperança e precipício.Fruto peco.Novembro de sangue e de heróis.Grito de assombro morto na garganta,soluço seco dor sem nome. Ferido.De morte ferido. Como um animal ferido. Lutade entranhas e dentes. Natal.Sangue. Praia Vermelha.Sangue.Sangue. É quase um fioescorrendosangrentotenazpor dentro dos cárceres,nas ilhase nos corações que a esperança guardaram.– Jacinta Passos, …

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Crepúsculo – Jacinta Passos

Vai lentamente agonizando o dia…O poente onde, há pouco, o sol ardia,se tingiu de cor de ouro, luminosa.Tons desmaiados de lilás e rosalistram o puro azul do firmamento– um poema de luz, neste momento.A sombra de mansinho vem caindoe o contorno das coisas, diluindo.Pesa um grande silêncio, enorme e mudo.Desce suavemente sobre tudo,uma bênção dulcíssima …

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O mar – Jacinta Passos

Múrmuro e lento,o mar ao longe se espraia.Geme e brame, ruge e clamao seu tormento,e, soluçando, vem morrer na praia.O mar imenso…Quando eu escuto o seu rumor soturno,fico a cismar.Pensono destino do mar– ser eterno cantor –cantar a sua dor de eterno insatisfeito,cantar o seu sonho infinito desfeito,cantar o mesmo canto que embaloua infância do …

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