Eu tô bem na minha altura
Onde na fadiga do vento
É que o veneno circula
E o remédio nem deve saber
Que acabou o descanso
Pra encontrar a cura
Fêmea soñadora, seus devaneios
Me faz ver através das portas
E até atravessar espelhos
Tô no caminho do Blunt of Judah
Pra ficar sonhando depois que acordar
Interado com fumaça ativa
Flutuando sem nenhuma esteira
Em plena menção sativa
Escaneando o dia
Revelando a seqüência inteira
Se ligando pelos olhos e ouvidos
Verdadeira Odisséia na cera
Sempre ativo na interzona
Janela viva e acesa
Via erva santa sem amônia
Tô no caminho do Blunt of Judah
Pra ficar sonhando depois que acordar
O vermelho e o amarelo
Na quentura do véu
A fumaça era grande
E sumia no céu
Iluminismo no dubismo dos zumbis
A Babilônia não está tão longe
Pela quantidade que se consome
O paraíso dessa vez vem logo
Como um lugar sem nome
Tô no caminho do Blunt of Judah
Pra ficar sonhando depois que acordar
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Apesar da declaração de dü Peixe no DVD propagando: “Blunt of Judah é o que você quiser”, mas da pra ver sim, referências a maconha.
Eu tô bem na minha altura
-altura, high, em inglês uma gíria pra “alterado” “sob efeito”.
Onde na fadiga do vento
É que o veneno circula
– em geral se o uso da droga é feito escondido, “em casa”, pois a sociedade recrimina o usuário.
Fêmea soñadora, seus devaneios
-Fêmea soñadora, a maconha também é conhecida como Marijuana(espanhol).
Me faz ver através das portas
E até atravessar espelhos
-Me faz ver através das portas…, aqui seria uma citação ao poeta William Blake: “If the doors of perception were cleansed everything would appear to man as it is, infinite.”
Pra ficar sonhando depois que acordar
-Alucinações
bom essa é minha analise, não falei de tudo mas creio que da pra entender o que seria “Blunt of Judah”
Adicionaria como complemento dessa análise o trecho uma parte mais mais “explícita” : “Janela viva e acesa,via erva santa se amônia..” Na quentura do véu a fumaça era grande e sumia no céu..”
“Em plena menção sativa”
Aí fica ainda mais claro… CANNABIS SATIVA… 😉
“Eu tô bem na minha altura”
Alusão a High – alto, alterado.
“Onde na fadiga do vento
É que o veneno circula”
Quando se fuma maconha, prende-se a respiração para que faça mais efeito, ou seja, na fadiga, sem ar “vento”, é que o “veneno” circula, faz mais efeito.
“E o remédio nem deve saber
Que acabou o descanso
Pra encontrar a cura”
A erva, planta, não sabe que é usado para cura.
Fêmea soñadora, seus devaneios
“Marijuana”, fêmea; o Ñ faz alusão ao idioma espanhol (casteliano) onde o ñ tem som de nh.
“Me faz ver através das portas”
O consumo da erva expande os sentidos, audição fica mais aguçada, podendo “enxergar” através das portas.
“E até atravessar espelhos”
Leva à auto análise, o espelho sendo o reflexo daquele que o atravessa.
“Tô no caminho do Blunt of Judah
Blunt- charuto ou envólucro usado para fazer o cigarro de maconha
Judah- tribos de Judah, que além de fazer parte do judaísmo também fazem parte da religião rastafari.
“Pra ficar sonhando depois que acordar”
Não são necessariamente alucinações, mas devaneios, onde o pensamento viaja.
“Interado com fumaça ativa”
Alusão à fumaça da maconha, “fuma sativa”
“Flutuando sem nenhuma esteira”
Sensação de quem faz uso da erva
Em plena menção sativa
A própria música fazendo menções à erva
“Escaneando o dia
Revelando a seqüência inteira
Se ligando pelos olhos e ouvidos”
Fica mais análitico e com hipersensibilidade auditiva e visual.
“Verdadeira Odisséia na cera
Sempre ativo na interzona
Janela viva e acesa
Via erva santa sem amônia”
Odisséia- viagem
sem amônia- in natura, sem aditivos que traficantes usam
Tô no caminho do Blunt of Judah
Pra ficar sonhando depois que acordar
“O vermelho e o amarelo
Na quentura do véu
A fumaça era grande
E sumia no céu”
Cores da brase, fumaça se dissipando
“Iluminismo no dubismo dos zumbis
A Babilônia não está tão longe
Pela quantidade que se consome
O paraíso dessa vez vem logo
Como um lugar sem nome”
Babilônia para os rastafaris é onde vivemos, o sistema, o mundo; com a erva se aproxima do paraíso, mas sem sair do mundo real.
Tô no caminho do Blunt of Judah
Pra ficar sonhando depois que acordar
Em minha opnião, é uma das letras e harmonias mais bem feitas que ouvi. Tenho 40 anos de idade e ouço Chico Science & Nação Zumbi desde 1994, quando foi lançado às lojas o CD Da lama ao caos. Posso chamar essa música de canção ou declaração de amor !
Nem nacionais nem internacionais, sim, não conheço uma música que fale tão elegantemente de Maryjuana e usando essa linguagem tão culta !
Pegue essa letra, sem a música,e cite numa reunião da ONU, numa sessão plenária do Senado, ou na posse de algum presidente…
Parabéns a Jorge Du Peixe !
O Planet Hemp, Cypress Hill, Cone Crew Diretoria têm ótimas canções falando de Maryjuana, mas, BLUNT OF JUDAH está no topo, em 1° lugar no meu ponto de vista !
Tá carecendo de referências hein amigo
Elegante? A música parece que foi escrita no Gerador de Lero Lero!
Ele saiu jogando referências à maconha a letra inteira sendo que tem trechos que soam mega esquisito. Zero sutileza. Falta harmonia e coesão na vocal e na letra.
Black Stone Cherry – Mary Jane fala sobre maconha também mas é muito mais interessante já que o autor faz o paralelo entre um relacionamento com uma garota e com a marijuana
Tool – The Pot faz um paralelo entre as drogas e a hipocrisia de uma forma que faz explodir sua mente.
E isso eu estou falando apenas da letra