Canção do lobisomem

Eu sou inquieto assim pra dar um corte
E no elo entre a satisfação e a morte
Sou o ofício secreto do veneno
Corroeno o amor

  • Deus o tenha!
    Como disse Drummond (mais que epopéia)
    “Essas flores no copo de geléia” me alucinam
    “Essa lua, esse conhaque” e o mar
  • O que mais quero
    Quando não espero é Deus que dá!
    Minhas unhas em garras transformadas
    Rasgam a roupa da virgem apavorada
    Meia-noite e ao romper aquela porta
    Que a separa de mim, ela tá morta!
    Não dá pra entender

Essa angústia é boa companheira
Da conversa entre o Príncipe e a caveira
Deduzi que a esperança
É uma besteira corroeno o amor

  • Deus o tenha!
    Entre amar e matar não sobra espaço:
    Quantas lâminas rente ao meu abraço
    E cristais de arsênico em meu beijo
    Vão matar o que mais quero
    Quando não espero é que Deus dá

Nem a cobra coral, nem mesmo a naja
Dão bote da prata que viaja
Numa bala entre a arma e o meu peito
Acho graça em desgraça
Dito e feito: sou meu matador


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