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Silêncio

Adelino Moreira

Silêncio, respeitem a dor
De um sofredor
Que o mundo magoou
Ele amou na vida e não venceu
É, portanto infeliz como eu
Silêncios não riam eu peço
Do seu insucesso
Seu mal é de amor

Quem carrega no peito a desilusão
Se consegue chorar
Acalma o coração
Respeito a dor alheia
É uma obrigação
O homem que pranteia
Tem sempre uma razão

Homem chorando
Tem o peito de dor a transbordar
Ninguém chora sem razão
Ninguém chora por chorar


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