Raul Seixas
História do artista
Raul Santos Seixas foi um compositor, produtor e cantor brasileiro de rock, conhecido como “Maluco Beleza”. Ele nasceu em Salvador (Bahia), Brasil, e morreu de pancreatite em São Paulo. Todos os anos no aniversário do Seixas, legiões de fãs, incluindo milhares de imitadores, desfilam em sua homenagem no centro de São Paulo.
Seu trabalho consiste em 21 álbuns lançados ao longo de sua carreira em 26 anos. Seu estilo musical era composto principalmente rock, embora tenha escrito canções em muitos estilos diferentes. Incluindo variações de estilos típicos de seu Nordeste brasileiro como Forró e Baião.
De fato muitas vezes usou mais de um estilo na mesma música, como em “Let Me Sing, Let Me Sing“. Seu primeiro disco foi, “Raulzito e os Panteras”, gravado quando fazia parte do grupo que possua esse nome. No entanto, só ganhou destaque e público crítico com as músicas do álbum “Krig-Há, Bandolo!” (1973), como “Ouro de Tolo“, “Mosca na Sopa” e “Metamorfose Ambulante”.
Seixas nasceu em uma família de classe média residente na Avenida Sete de Setembro, Salvador, Bahia e quando criança morava perto do consulado dos Estados Unidos. Raul se tornou fluente em inglês e conheceu aos primeiros discos de rock and roll de artistas como Little Richard e Elvis Presley por meio de seus contatos com filhos de diplomatas americanos por volta de 1956.
A música de Elvis, em particular, teve influência na decisão do jovem Raul de se tornar músico. Aos 19 anos, Seixas formou sua primeira banda, Os Panteras, mas acabou posteriormente mudando o seu nome para Raulzito e os Panteras. Seguindo as promessas de fama e fortuna, a banda mudou-se para o Rio de Janeiro em 1967.
No ano seguinte lançou seu primeiro e único álbum, que trazia uma versão em português dos Beatles “Lucy in the Sky with Diamonds” entre muitos números originais. Sem qualquer publicidade, o disco afundou e a banda acabou.
Em 1971, cansado de compor e produzir discos de brindes artistas comerciais, aproveitou as férias de diretor de uma gravadora e produziu Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das Dez, disco de vanguarda com o cantor Sergio Sampaio, sambista Miriam Batucada e Edy Star.
A mistura de Tropicália, Rock e um estilo surrealista anárquico lançou Raul Seixas como um ícone da contracultura nacional. Nos anos 1970, Seixas se popularizou em centros urbanos como Rio de Janeiro e São Paulo.
As referências contidas nas letras eram amplas. Desde personalidades históricas a fictícias como: Os Beatles, Aleister Crowley, Al Capone, Marlon Brando, Jesus, Júlio César e Shakespeare, por exemplo.
Seixas foi alvo de censura durante o período da ditadura militar no Brasil. Como a música de seus contemporâneos como Chico Buarque e outros, as letras de Seixas escondem mensagens políticas em duplo sentido.
Em 1971 também se deu início sua relação com o autor esotérico Paulo Coelho, começando com “Krig-Há-Bandolo” em 1973. Talvez devido à sua toxicodependência e ao alcoolismo, o ritmo e a qualidade dos lançamentos de Seixas abrandaram no final dos anos 1970 e ao longo dos anos 1980.
Mais tarde, Seixas sofreu de diabetes e pancreatite e em 21 de agosto de 1989, morreu de parada cardíaca, resultado de pancreatite aguda causada por diabetes e por não ter tomado insulina na noite anterior. Seu último álbum, “A Panela do Diabo”, em parceria com o também roqueiro baiano Marcelo Nova foi lançado dois dias antes de sua morte.
Em outubro de 2008, 19 anos após sua morte, Raul Seixas foi colocado na 19ª posição em uma lista dos 100 maiores artistas da música brasileira pela edição brasileira da revista Rolling Stone, superando nomes como Milton Nascimento e outros, demonstrando a influência que a música Seixas continua a ter até hoje.