É o conto do sábio Chinês!
Andei durante dez anos fazendo planos para falar
Com seres vindo do espaço com a resposta para me dar
Porém, quando estava pronto para o contato, minha pequena,
Me disse você vai ver tudo no cinema.
E aonde está a vida?
Aonde está a experiência?
Já te entregam tudo pronto, sempre em nome da ciência, sempre em troca da vivência
E aonde tá a vida?
E a minha independência?
Depois de muita espera quem eu queria quis me encontrar
Tomei um banho descente, escovei meus dentes para lhe beijar
Guardei lugar no motel pra lua de mel que eu sempre esperei
Porém na hora H eu não levantei
Tá na hora do trabalho
Tá na hora de ir para casa
Tá na hora da esposa e enquanto eu vou pra frente toda minha vida atrasa
Eu tenho muita paciência
(ência)
Mas a minha independência
(aonde que tá?)
Durante a vida inteira eu trabalhei pra me aposentar
Paguei seguro de vida para morrer sem me aporrinhar
Depois de tanto esforço patrão me deu caneta de ouro
Dizendo enfia no bolso e vá se virar
Tá na hora da velhice
Tá na hora de deitar
Tá na hora da cadeira de balanço, do pijama, do remédio pra tomar
Oh! divina providência
(ência)
E a minha independência
Ah! e minha vida
e minha vida! Onde é que está?
Onde é?
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A letra diz tudo: como hoje em dia, e também na époa de Raul, as pessoas preferem as coisas sempre prontas, sem lutar pra conseguir o que querem, tudo ” em nome da ciencia” que com os avanços nos deixam cada vez mais acomodados. Aí a vida vai passando e de repente chega a velhice e com elas os problemas de saúde, a dependência das outras pessoas, os remédios. No final ele se pergunta ” E minha vida onde é que está”?, ou seja, a vida inteira já passou sem que a pessoa fosse independente, ou seja, livre.