Mosca na Sopa

Eu sou a mosca
Que pousou em sua sopa
Eu sou a mosca
Que pintou prá lhe abusar…(3x)

Eu sou a mosca
Que perturba o seu sono
Eu sou a mosca
No seu quarto a zumbizar…(2x)

E não adianta
Vir me detetizar
Pois nem o DDT
Pode assim me exterminar
Porque você mata uma
E vem outra em meu lugar…

Eu sou a mosca
Que pousou em sua sopa
Eu sou a mosca
Que pintou prá lhe abusar…(2x)

-“Atenção, eu sou a mosca
A grande mosca
A mosca que perturba o seu sono
Eu sou a mosca no seu quarto
A zum-zum-zumbizar
Observando e abusando
Olha do outro lado agora
Eu tô sempre junto de você
Água mole em pedra dura
Tanto bate até que fura
Quem, quem é?
A mosca, meu irmão!”

Eu sou a mosca
Que posou em sua sopa
Eu sou a mosca
Que pintou prá lhe abusar…(2x)

E não adianta
Vir me detetizar
Pois nem o DDT
Pode assim me exterminar
Porque você mata uma
E vem outra em meu lugar…

Eu sou a mosca
Que pousou em sua sopa
Eu sou a mosca
Que pintou prá lhe abusar…(2x)

Eu sou a mosca
Que perturba o seu sono
Eu sou a mosca
No seu quarto a zumbizar…(2x)

Mas eu sou a mosca
Que pousou em sua sopa
Eu sou a mosca
Que pintou prá lhe abusar…


Letra Composta por: Raul Seixas
Melodia Composta por:
Álbum: KRIG-HA, BANDOLO!
Ano: 1973
Estilo Musical:

25 comentários em “Mosca na Sopa”

  1. Morre o Homem, nasce o mito, não adianta exterminar Raul Seixas, ele incomoda a sociedade Hipocrita, mais a sementinha dele já esta plantada ! A idéia está pairando por ai……..”Você mata uma, e vem outra em meu lugar”.

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  2. “Mosca na Sopa” parece brincadeira de criança. A Mosca, porém, esconde algo sob as asas. Ao pesquisar o pensamento de Schopenhauer, nos deparamos com algo peculiar. O filósofo usou a mosca para ilustrar seu conceito de morte-renascimento: “Se a mosca, que agora zumbe em torno de mim, morre à noite, e na primavera zumbe outra mosca nascida do seu ovo; isso é em si a mesma coisa”.
    Raul cantava: “Você mata uma e vem outra em seu lugar!” É a ideia de morte-renascimento brilhantemente presente na obra do artista: morre o indivíduo, mas a espécie continua. O filósofo alemão foi buscar essa ideia na mitologia indiana. Seu deus primordial, Shiva, trazia em si a essência masculina e feminina – os polos contrários – que era deus e diabo, bem e mal.

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  3. Ele estava incomodando a ditadura …” Que pintou prá lhe abusar…” e não adiantava os militares o matarem porque apareceria outro em seu lugar

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  4. Juliana Sartori

    Achei interessante tds as interpretações acima,Porém me indentifiquei mais com a 3°. Concordo que Raul se referia a ele mesmo , sendo a “Mosca” , e a sociedade a “Sopa” . Ou seja ele se refere a situação que era gerada, “Eu sou a mosca
    Que pousou em sua sopa
    Eu sou a mosca
    Que pintou prá lhe abusar” . Eramos propiedade dos militares, e muito controlados, mas Raul sempre esteve lá nos alertando e tentando nos mostrar a VERDADE , o caminho a que seguir para acabar com aquela situação, assim pertubando o somo dos militares.

    SÓ LAMENTO A SOCIEDADE SER TÃO ACOMODADA E NÃO FAZER NADA PARA MUDAR A SITUAÇÃO ATUAL, ESTÃO NOS ROUBANDO,NOS ENGANANDO, E NÃO FAZEMOS NADA ! já é hora de acordar e tomar um novo rumo (Y.
    Espero que gostem ;p
    meu facebook é:
    facebook.com/Juliana.sartorizinha
    é só se indentificar que eu acc . beijos

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  5. Um adendo: Observem o verbo criado por Raul: ZUMBIZAR, e os tambores africanos… Zumbizar é o movimento, barulho da mosca, e, e….ATO DE ZUMBI, dos Palmares…

    És a luta pela liberdade de todos os revoltados contra esta sociedade assassina, hipópcrita…

    “Nem adianta vir me dedetizar”….

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  6. Aí que povo burro.. Acordem, Raul era da epoca onde algumas musicas eram reprimidas.. Ele fez essa letra para CRITICAR o governo da epoca, e como o governo era “ditatorial” eles matavam quem os pertubavam, mas como Raul falou “quando mata uma mosca, vem outra em seu lugar”

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  7. Viajante de Aquarius

    Nada ver com ditadura, isso é conversa de pseudo intelectual falando merda. Apesar de ter vivido numa época conturbada pela ditadura e ter sido até mesmo vitimado, Raul só pensava em magia, misticismo e ficar doidão. A letra dessa música fala sobre belzebu, eis a seguir uma colação:

    Belzebu é o tenente dos exércitos infernais, estando directamente sob a autoridade de Lúcifer, o imperador do Inferno.

    Belzebu é famoso pelo seu titulo: «Senhor das Moscas»;

    Belzebu é o demónio que por excelência, proporciona os mais famosos e acertados oráculos.

    Belzebu preside á «Ordem da Mosca», e encontra-se entre os mais famosos anjos caídos.

    Dizem alguns Grimórios e estudos demonologistas, que Belzebu é uma das três entidades que constituem profana a trindade dos infernos, aquela que se opõem á santa trindade dos céus.

    A profana trindade seria assim constituída por Lucifer, Astaroth e Belzebu.

    A este ultimo é atribuído o pecado da gula, sendo que se diz que Belzebu habita em Africa.

    O demónio Balzebu preside aos Sabbath das bruxas, pois é senhor de todos os rituais que ali se celebram. A eucaristia das missas negras, é realizada sob o selo de Belzebu.

    Reza a historia, que Belzebu foi o responsável pela famosa possessão demoníaca de uma freira de nome irmã «Madalena de Demandoix», no convento de Aix-en-Provece – França

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    1. nossa, todas as musicas do raul dizem q tem a ver com ditadura, ate judas….tenha paciencia…raul deveria ser politico entao….

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    2. Isto é a arte, companheiro, fazer as pessoas pensarem. Cada vez que alguém vê, ouve ou lê uma obra, ela atribui um sentido, faz uma inferência e a recria. É claro que está nas entrelinhas a questão da ditadura, mas sabemos que a sua teoria é a mais provável pela historia de vida do autor cujo era adorador, confesso, de Satã.

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  8. luzia Izete da silva

    Interessante as interpretações, mas me parece uma crítica a ditadura. Vejo tbm a possibilidade de um culto da umbanda, talvez. Os tambores,a incorporação. Raul era anarquista,vindo de um movimento muito rico. As possibilidades de interpretação são ricas neste fabuloso artista brasileiro.

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  9. nossa, que merda que este “viajante de aquarios” despejou aqui… nunca vi tanta baboseira reunida num só texto… primeiro que falou, falou e não disse nada… depois, provou que não conhece em nada a mitologia do “inferno”, e por último, não provou também que não conhece Raulzito… esta canção vou uma crítica ao regime ditatorial e à censura da época, que era responsável pela proibição de muitas obras musicais de vários músicos brasileiros… como Raul foi produtor musical, funcionário de uma grande gravadora internacional, conhecia bem o que ocorria na época e via isto acontecer de perto… porisso sua indignação, e quando fala “você mata uma e vem outra em seu lugar” quis dizer exatamente que se proíbem uma boa música de ser gravada e apresentada ao público, logo surge outra em seu lugar… QUANTA BURRICE E FALTA DO QUE FALAR!!!

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  10. Carlos Rodrigues

    Gostei mais a interpretação da mensagem subliminar contra a ditadura. Apesar de não ser intelectual, Raul era muito inteligente e todos os detalhes da música são previamente pensados. Tanto a idéia de incomodar a censura da ditadura, quanto os simbolos e mensagens mitologicos, ocultistas e misticos, estão presentes em sua obra.

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  11. Raul foi genial em sua época, outros virão? Duvido. Nem manifestantes, nem composições. Nem Juca Chaves, nem Chico Buarque…reviverão ou serão substituidos. E a nova geração que se contente em receber de nossos geniais compositores apenas isso. Uma saudosa lembrança do que foi ser compositor

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  12. Anna Laryssa

    Raul usou tanto metáforas quanto o humor para fazer uma crítica a censura da época. Na letra, ele diz que nem se utilizarem dos métodos mais cruéis, não vão conseguir calar a voz dos oprimidos.
    A mosca é a representação dos opositores, o homem com o sono perturbado é o Regime Militar e os seus aliados.

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  13. cassiano Santana

    A musica faz analogia ao período da ditadura, pois a mosca e o povo que estava sofrendo e a sopa e os militares. Quando ele diz ” eu sou a mosca que pousou na sua sopa, eu sou a mosca que pintou prá lhe abusar” que dizer que por mais que os militares queiram repreende-los, eles estarão lá para tentar mudar o quadro politico da época. E uma parte da musica ele diz que por mais ele tente matar o povo, o que acontecia muito na época, sempre aparecerá mais gente para continuar a luta.

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  14. Todos os comentários estão no caminho, menos a doida do belzebu, ele fala de ocultismo mais não nesta musica.

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  15. A musica faz analogia ao período da ditadura, pois a mosca e o povo que estava sofrendo e a sopa e os militares. Quando ele diz ” eu sou a mosca que pousou na sua sopa, eu sou a mosca que pintou prá lhe abusar” que dizer que por mais que os militares queiram repreende-los, eles estarão lá para tentar mudar o quadro politico da época. E uma parte da musica ele diz que por mais ele tente matar o povo, o que acontecia muito na época, sempre aparecerá mais gente para continuar a luta.

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  16. Ribeiro Fernandes

    Vou endossar cerca de 70% do comentário de “Viajante de Aquarius”. CALMA! Analise, 1º, o que diz as letras de: “mosca da sopa” e “Gita”. “A mosca da sopa” está em epígrafe. “Gita”, por sua vez, novamente diz: “eu sou a mosca da sopa…não falo de amor quase nada…eu sou a vela que ascende, a luz que se apaga, eu sou as juras de maldição; a letra “A” tem meu nome”… Isso alude, pois, a “algo estranho”, diferente de qualquer crítica pungente ao regime ditatorial. Ademais, se observarmos outras letras, tem-se em “Sociedade Alternativa”: faça o que tu queres pois é tudo da lei. Da lei de quem? Será se a maioria dos comentaristas têm o Raul como, meramente, um “político” opositor à ditadura militar. Ó não! Veja como exemplo de desdém a Cristo “Cowboy fora da lei”, numa letra que intenta destruir a Deidade do Eterno!

    Mamãe, não quero ser prefeito
    Pode ser que eu seja eleito
    E alguém pode querer me assassinar
    Eu não preciso ler jornais
    Mentir sozinho eu sou capaz
    Não quero ir de encontro ao azar
    Papai não quero provar nada
    Eu já servi à Pátria amada
    E todo mundo cobra minha luz ( Lúcifer era, no céu, anjo de luz )
    Oh, coitado, foi tão cedo
    Deus me livre, eu tenho medo
    Morrer dependurado numa cruz
    Eu não sou besta pra tirar onda de herói
    Sou vacinado, eu sou cowboy
    Cowboy fora da lei
    Durango Kid só existe no gibi
    E quem quiser que fique aqui
    E entrar pra história e com vocês

    SEM MAIS!

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  17. Ana Clara Garcia

    Esta música, que foi produzida por Raul Seixas e lançada em 1973, usa a metáfora da mosca para representar a indignação do autor com o regime ditatorial e com a censura que ilegalizou várias músicas de artistas brasileiros. Também retrata a persistência dos grupos opositores por meio das frases “Você mata uma e vem outra em meu lugar’” e “Nem o DDT pode assim me exterminar”. Já o homem incomodado com a mosca é o Regime militar e os seus aliados que não admitiam o “zumbizar” da população.

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