Tu és o MDC da minha vida

Tu és o grande amor
Da minha vida
Pois você é minha querida
E por você eu sinto calor
Aquele seu chaveiro
Escrito “love”
Ainda hoje me comove
Me causando imensa dor
Dor!…

Eu me lembro
Do dia em que você
Entrou num bode
Quebrou minha vitrola
E minha coleção
De Pink Floyd…

Eu sei!
Que eu não vou ficar
Aqui sozinho
Pois eu sei
Que existe um careta
Um careta em meu caminho…

Ah!
Nada me interessa
Nesse instante
Nem o Flávio Cavalcanti
Que ao teu lado
Eu curtia na TV, na TV…

Nessa sala hoje
Eu peço arrêgo
Não tenho paz
Nem tenho sossego
Hoje eu vivo somente
A sofrer! A sofrer!…

E até!
Até o filme
Que eu vejo em cartaz
Conta nossa história
E por isso, e por isso
Eu sofro muito mais…

Eu sei!
Que dia a dia
Aumenta o meu desejo
E não tem Pepsi-cola que sacie
A delícia dos teus beijos…

Ah!
Quando eu me declarava
Você ria
E no auge da minha agonia
Eu citava Shakespeare…

Não posso sentir
Cheiro de lasanha
Me lembro logo
Das casas da banha
Onde íamos nos divertir
Divertir!…

Mas hoje o meu
Sansui-Garrat e Gradiente
Só toca mesmo embalo quente
Prá lembrar do teu calor
Então eu vou ter
Com a moçada lá do Pier
Mas prá eles é careta
Se alguém
Se alguém fala de amor
Ah!…

Na Faculdade de Agronomia
Numa aula de energia
Bem em frente ao professor
Eu tive um chilique desgraçado
Eu vi você surgindo ao meu lado
No caderno do colega Nestor
Nestor!…

É por isso, é por isso
Que de agora em diante
Pelos 5 mil auto-falantes
Eu vou mandar berrar
O dia inteiro
Que você é: O Meu
Máximo Denominador Comum!…


Letra Composta por: Paulo Coelho e Raul Seixas
Melodia Composta por:
Álbum: Novo Aeon
Ano: 1975
Estilo Musical:

48 comentários em “Tu és o MDC da minha vida”

  1. A interpretação da letra é muito fácil e imediata.

    Lembrem que MDC em Matemática, significa o Máximo Divisor Comum. Seria o menor número divisível por outros números que são dados. Por exemplo, o MDC dos números 3, 4 e 5 é 60.

    Então quando ele diz no final da música que a garota pela qual ele está apaixonado surge, na Faculdade de Agronomia, numa aula de Energia, desenhada no caderno do colega Nestor, ele ironicamente diz então que ela é o MDC ou seja que ela tem muitos namorados que dividem o amor dela.

    Pelo comprimento desta composição , Raul Seixas ficou conhecido como o Pai do Rock brasileiro que introduziu pela primeira vez rock com letra kilométrica.

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    1. Joselito de Oliveira

      O próprio Raul diz. “Eu vou berrar o dia inteiro que você é o meu Máximo Denominador Comum!

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    2. Joselito de Oliveira

      Raul está usando uma maneira lúdica de criticar a ammericanizacao das expressões e a valorização de produtos importados e mostrando que se está deixando de lado o que realmente importa ; foco nos estudos das matérias do curso que se está fazendo.

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  2. Não sei se é, mas já me falaram que não é bem de uma menina que ele fala na musica, que ele se refere a cocaína, e que nessa parte da musica que diz “Eu tive um chilique desgraçado
    Eu vi você surgindo ao meu lado
    No caderno do colega Nestor” Ela surge no caderno do colega! E quando diz, “Eu sei!
    Que eu não vou ficar
    Aqui sozinho
    Pois eu sei
    Que existe um careta
    Um careta em meu caminho…” E no caso o “careta” seria aquilo que o separa dela, que poderia ser autoridade, leis…
    Bem foi isso que me esplicaram e fazem bem sentido.. oque acham?

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    1. wilson sá

      Mariana, eu acho q não é bem assim. O texto está mt claro, é uma interpretação de texto mt trivial, ele realmente demonstra ciúme pela garota. Qto as “esplicações”, eis aí o motivo de vc não ter entendido as eXplicações.

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    2. Com todo respeito, achei viagem. A grande dependência dele era o álcool. Nunca o vi, em nenhuma música, fazer alusão à tal fato. Acho que ele não tinha orgulho de suas dependências.

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    3. Fernanda Cadar

      A cocaína entrou num bode e quebrou a vitrola e a coleção de Pink Floyd?
      Outra, ele fala com ciúmes que já sabe que tem um cara careta no caminho pra substituir ele.(e careta nessa música não se trata de cigarro, pq ele fala que a moçada do píer ia achar ele careta falar de amor.
      Ele cita Shakespeare pra cocaína tb?? É a música falando que dedica a música a menina sentada na primeira fila.
      Pra mim é uma música bem óbvia, baladinha..
      Adoro o Raul, nao deixa de ser uma música inteligente..mas fala de amor, briga e ciúmes.

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      1. Perceberam que quem entra em bode é o diabo? Dai ele deu um xilique desgraçado e viu ele do lado. Cara muita mensagem subliminar, e Paulo Coelho q era um bruxo ajudou a compor.

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  3. Artur dos Santos

    cara, creio que ñ seja. Pois na música fica bem explicito de que se trata de uma mulher. Observe:
    “Tú és o grande amor da minha vida, pois vc é minha querida e por vc eu sinto calor, aquele seu chaveiro escrito love ainda hj me comov me causando imensa dor.” Acho que a Coca ñ usa chaveiro, oq vc acha?
    Lembrando tbm que no inicio da música ele oferece-a a uma menina que está na primeira fila.
    quando ele diz que viu a amada surgindo ao lado dele no caderno do colega, ele se refere a uma foto dela que ele vê no caderno do colega de classe e descobre que é o tal Nestor que seduziu sua amada.

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    1. Franciele Santos

      “Boa noite, acredito que ninguém pretende mudar a história de Raul Seixas,(Cantor e compositor)Me considero uma amiga de Raul Seixas, e desconhecia toda essa história contada. Creio que cada uma sabe de si.
      Conheci o Raul, em uma Festa na República,que aconteceu em final de 1971, era a chegada de uma revista informativa, sobre ¨a Maior Feira de Artesanato de todos os tempos¨Eu sou maria aparecida,uma moça muito querida entre os artesãos,frequentava a casa, o atelier, e me juntava á família dos artesões Isso desde 1969.nesta época existia alguns festivais de músicas, e eu sempre fui muito participativa, em vários eventos.
      Mas, no dia da Festa na República,sobre a chegada da revista, em 1971, fui chamada para participar individualmente de uma entrevista, com um produtor musical, Raul Seixas …Era o meu sonho ser artista, pois nos anos de 1964, 1965, e 1966, eu cantava no Orfeon , como primeira voz ao lado da amiga Verinha, que já cantava nas rádios há uns dois anos. E eu já assistia e participava das bandas de garage,rock´n´roll, que se formavam na época.
      O Raul considerou eu a pessoa certa para uma entrevista.E ele tinha razão, porque eu já andava dentro das gravadoras pedindo emprego.
      O Raul se apresentou como produtor, fez a entrevista, e desta entrevista ele faria músicas para mim. hoje eu entendo que era o trabalho dele, no qual me sinto honrada.
      Eu esperava pela música, comparecia no local marcado, as vezes conversando em rodas de amigos, o Raul me chamava para dialogar, e não me falava sobre a vida pessoal dele, isso ocorreu até 1972 á 1973, envolvidos em um romance amoroso, quando o Raul me informou que ia viajar a negócios, e eu o perdi de vista.
      Me casei em 1974, com o Né, voltei a ver o Raul, mas imediatamente eu não o reconheci, depois testando um pouco a memória me lembrei dele, e mostrei á ele um chaveiro no formato de um coração transparente cor de rosa escrito, I Love You, com as chaves de casa pendurada.
      Certamente fui embora um pouco assustada.
      Em 1975,eu estava viúva, voltei a Vê-lo, também em 1976. Em 1977 fui para o Rio de Janeiro, em seguida Bahia. Voltei a vê-lo em 1978,Ele estava bem preocupado, falando pouco, não era o estado normal dele,então perguntei oque se passava, porque estamos juntos sentados um do lado do outro a mais de meia hora, e nenhuma palavra,Me respondeu “Menas” ele estava visivelmente triste.Entrou no Teatro e desapareceu. Eu não havia entendido, mas agora eu entendo como ” Mulheres” Nunca falou sobre assunto de mulher. Apenas em 1973, falou sobre uma filha e uma separação com quem ele estava casado. eu quase Morri, chorei minha vida deste dia.
      Eu me considerava uma amiga dele, das horas difíceis.Queria ajudá-lo, mas eu mesma precisava de ajuda.
      Voltei a vê-lo, andamos lentamente pela cidade, ele contando oque estava produzindo, só não consigo me lembrar o ano. Me convenceu a ir ao apartamento dele, eu fui , cansada dormi no sofá, quando eu acordei, com ele falando delicadamente,me chamando “Si”, acordei assustada, pensando que estava perdendo a hora do trabalho, e que eu já estava incomodando, desde esse dia, vi mais uma vez, em abril ou maio,de 1989, não me lembro o mês, eu estava grávida ,trabalhando puxado em empresa de pesquisa fazendo Ibope, já se passava das onze da noite vi o Raul Seixas acompanhado por dois ou três amigos, e eu quase correndo para pegar o último ônibus. Esse amigo que me fez sonhar muitas vezes,que me ensinou oque é amor e amar,que respeitar nem sempre, que a vida é uma eterna brincadeira séria. 
      Foi só isso, desculpe algum constrangimento.” – Depoimento extraído do blog https://wwwblogtche-auri.blogspot.com/2012/04/as-mulheres-de-raul-seixas.html?showComment=1549644460226&m=1#c3304378893433491180

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  4. Jessika, vc se enganou na definição… O que você falou é o MMC, mínimo multiplo comum… MDC é o máximo divisor comum, então por exemplo, no caso dos números 20, 30 e 40, o máximo divisor comum deles é o 10, por que nenhum número natural maior que ele divide os 3 ao mesmo tempo…

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    1. Joselito de Oliveira

      O próprio Raul diz. “Eu vou berrar o dia inteiro que você é o meu Máximo Denominador Comum! Mmm

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  5. Energia e uma matéria que até hoje existe e é obrigatória em algumas faculdades de agronomia, será que Raul Seixas era agrônomo ou começou a fazer o curço?????

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    1. Sim, o Raul começou a fazer Agronomia. Ele fez dois semestres na UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro). Nunca terminou, foram só dois semestres mesmo. Isso é meio engraçado pq teoricamente ele não chegou no período em que tem Energia. Então ele usou só de exemplo mesmo.

      Ah e ele também fez um semestre de direito e um semestre de filosofia na UFBA.

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  6. Energia e uma matéria que até hoje existe e é obrigatória em algumas faculdades de agronomia, será que Raul Seixas era agrônomo ou começou a fazer o curso?????

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  7. Jimmy Robson

    Flavio Cavalcante era um apresentador de tv tio o Faustão dos anos 80. Ele levantava o dedo pro alto e dizia: Os comerciais por favor!
    Adoro essa musica.
    É uma roedeira muito bem feita!

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  8. Da Bolívia
    Uma outra amiga chegou
    Riu de mim porque
    Eu não “intindi”
    Quis me empurrar
    Um saco daquele pó
    Dizendo que tão puro
    Eu nunca vi…
    VCS, ACHAM QUE QUEM ESCREVE UMA LETRA DESTA PRECISA DE FAZER COM MENSAGEM SUBLIMINAR DO USO DE DROGA.
    acredito que a musica, seja uma satira a musica romantica, de bão singela.

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  9. Raphael Gurian

    Olá. Acho engraçada uma coisa.
    Raul era de fato Fodastico, o verdadeiro cara! Estará eternamente no Hall da Fama do Universo.

    Mas, será que ele não poderia simplesmente fazer uma música de amor, com um toque sarcástico (exemplo o lance do chaveiro escrito ‘love’ – coisa brega hoje em 2012 ou em 1970) sem que tivesse a intenção de criar uma mega estrutura crítica a alguém ou alguma coisa?

    Gente, desculpe-me minha franqueza, mas têm músicas, que são apenas músicas. Formas de diversão e entretenimento. Raul fazia isso. Fez ao cantar Little Richard e Elvis, fez ao cantar marchinhas de carnaval. Ele era foda, mas humano. Ele podia!!! 😀

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  10. Lukas Mile Dias

    vendo os comentarios de Jéssika e de Icaro,agora posso ter uma noção mais clara q no casso a mulher a que Raul se refere,seria o seu Maximo Denominador Comum (avá),ou seja,como o mdc é o maior nºnatural para efetuar uma divisão,ela seria a mulher mais espetacular ,seja por aparencia ou conteudo,e q fizera raul se “dividir”,perder a linha,assim digamos,se comparando as pessoas com os nºs

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  11. Acredito que ele está falando de um divórcio, e quando se separaram ele ficou com o chaveiro escrito love, Sansui-Garrat e Gradiente.
    Por isso ela é o Maximo Divisor Comum.
    Bom minha opinião.
    Muito bom esse site.

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    1. Também acho….entendo como se ele tivesse sofrendo com as lembranças de momentos vividos. Acredito que se trata de uma separação (divórcio) e ele cita alguns momentos de quando estavam juntos.

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  12. Na boa Jéssika, respeito seu comentário, e aproveito pra dizer que adoro Raul e a música em questão, é uma excelente tirada de sarro…mas daí a chamá-la de rock…! E mais, dizer que por causa dela Raul ficou como conhecido como o pai do rock brasileir…É forçar demais…NEM TUDO QUE UM ROCKEIRO GRAVA É ROCK!!!

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  13. Rauzito era um grande tira sarro,deu uma entrevista falando que isso foi uma grande brincadeira

    RAUL é o cara e é o pai do rock brasileiro sim ou como dizia ele um elvis brasileiro

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  14. Num seii, mas a parte que diz
    “Eu me lembro
    Do dia em que você
    Entrou num bode
    Quebrou minha vitrola
    E minha coleção
    De Pink Floyd…”
    é meii sinistro…pra mim quem entra no bode é o capeta.

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  15. ele fala realmente de uma pessoa, e nao da cocaina.. o bode e simplesmente essa pessoa furiosa quebrando algo que ele gostava! “com o capeta no couro” acho a letra obvia, uma simples letra cantada de forma regressiva, ele inicia do fim do relacionamento ate chegar ao momento em que conheceu essa tal pessoa!
    e a questão do MDC e perfeita, ótima interpretação!

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  16. Bom de início eu achava que era uma canção romantica de um fim de relacionamento com som sarcásticos, humor ácidos, mas depois que li algumas coisas e comecei analisar melhor estou em dúvida.

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  17. Sobre entrar num bode, que citaram aí embaixo, é tipo ficar P da vida!! Ela entrou num bode e saiu quebrando tudo!

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  18. RELEMBRANDO O MMDC

    O dia 23 de maio de 1932 ficou marcado na história do país pela sigla MMDC, que são as iniciais dos nomes de quatro estudantes mortos em choque com a polícia getulista e que tornaram-se mártires da revolução constitucionalista, dando origem ao Movimento MMDC. Anos depois, a data foi oficializada como o “Dia da Juventude Constitucionalista”, que lembra a participação dos jovens na revolução.

    Na noite do dia 23, um grupo de populares saiu da Praça do Patriarca e se dirigiu para a sede do Partido Popular Paulista (PPP) e da Legião Revolucionária, um clube de tenentes favorável a Getúlio Vargas, na Praça da República, em São Paulo. Dentro do prédio, os legalistas resistiram. Como os revolucionários não conseguiam entrar, chegaram duas escadas para que populares invadissem. Um jovem subiu e tomou um tiro. Mais três tentativas foram feitas e os jovens foram baleados, resultando em quatro mortos: Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo (MMDC). Um outro jovem, Orlando Oliveira Alvarenga, também foi baleado, mas faleceu meses depois, ficando fora da sigla MMDC. Para homenageá-lo e a outros estudantes anônimos, o governo do Estado criou o Colar Cruz de Alvarenga e dos Heróis Anônimos”.

    No dia seguinte ao tumulto, num jantar no restaurante Posilipo, foi fundado o MMDC, uma organização civil que passou a atuar na clandestinidade e exerceu importante papel na organização, apoio e treinamento aos revolucionários paulistas.

    A morte dos jovens estimulou mais ainda a articulação dos paulistas. Minas Gerais e Rio Grande do Sul acenaram com apoio ao movimento armado em São Paulo. Flores da Cunha, interventor no Rio Grande do Sul, chegou a prometer pegar em armas contra Vargas. A data da revolução foi marcada para o dia 14 de julho, mas os acontecimentos se anteciparam. Bertoldo Klinger, comandante militar do Mato Grosso, que garantira apoio ao movimento, foi destituído do posto e transferido para a reserva. Diante do imprevisto, os paulistas resolveram apressar o início da revolução, que acabou estourando no dia 9 de julho.

    TESTEMUNHA: O jornalista e escritor Silveira Peixoto testemunhou a morte dos estudantes Miragaia, Martins, Dráusio e Camargo, durante o confronto com a Legião Revolucionária em 23 de maio. Durante a Revolução, Peixoto fez a cobertura jornalística pelo Diário Nacional e numa entrevista publicada em julho de 1999 contou o que aconteceu.

    “Na noite do dia 23, alguém lembrou que a Legião Revolucionária, o Partido Popular Paulista, ficava na Praça da República. Uma multidão partiu para lá. Já era noite fechada. Quando chegamos, mais ou menos na esquina da Dom José de Barros, veio uma rajada de metralhadora, dispersando o grupo. Juntamo-nos de novo e fomos correndo para lá, o último prédio à direita de quem vai para a Praça da República, na esquina com a Barão de Itapetininga. Tentamos abrir o portão reforçado e não conseguimos. Arrumamos escadas para subir à sede do PPP na sobreloja. Subiu um, que tenho a impressão que foi o Martins e… teve o peito picotado pela metralhadora. Eu ajudei a socorrê-lo, carregando-o dali mas já devia estar morto. Enquanto isto, subiram outros e aconteceu a mesma coisa. Nisso, a Força Pública, cercou o quarteirão e na base da conversa, conseguiu resolver o problema. Fomos então tratar dos baleados. Quatro estavam mortos e o Alvarenga ainda estava vivo. Imediatamente tratamos de levá-lo ao hospital. Ficou 15 dias internado e morreu. A sigla MMDC aproveitou Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo. Foi fundada antes da morte do Alvarenga, mas mesmo assim, nós o reverenciamos também.”

    – Mário MARTINS de Almeida
    31 anos, solteiro, fazendeiro em Sertãozinho.
    Nascido em São Manoel (SP).

    – Euclydes Bueno MIRAGAIA
    21 anos, solteiro, auxiliar de Cartório em São Paulo.
    Nascido em S. José dos Campos(SP).

    – DRÁUSIO Marcondes de Souza
    14 anos, ajudante de farmácia em S. Paulo.
    Nascido em São Paulo.

    – Antonio Américo de CAMARGO Andrade
    30 anos, casado, 3 filhos, comerciário em S. Paulo.
    Nascido em São Paulo.

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  19. Vixe, como o pessoal viaja. Essa passagem da história politica do Brasil, pra explicar o “Máximo Denominador Comum”- coisa q se aprende na escola aos 5 anos de idade, dá preguiça na gente. Pior q isso, é chamar de “entrar no bode”- (gíria corriqueira na época, q nada mais significa além de estar na fossa, na depressão, ou até estar naquela onda causada pelo pós baseado, se alguns quiserem forçar a barra)- de “estar possuído pelo capeta”. Gente, o povo delira. Foi um rock simples, legal, divertido, de um cara apaixonado…SÓ ISSO, caramba! Essa explicação do MDC me lembra muito uma resposta de Caetano Veloso qdo perguntado sobre o “2 e 2 são 5″, se seria uma alusão ao AI 5…Ele, espertamente respondeu, naquele seu jeito baiano sereno de ser: ” é… de repente…” Ou seja, ele nunca tinha pensado nisso, mas…quem sabe??? kkkkkkkkkkk
    Pessoal quer demonstrar inteligência alem da conta, mas viaja, viu?

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  20. Acho que o foco não é a letra, e sim o ritmo. O ritmo é o brega da época. Ele tirou o maior sarro dos bregas só isso.

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    1. Oliver Livera

      Pra mim essa é a resposta que mais bate! TIrando sarro mesmo, principalmente nas rimas que se tornam chulas, sem nexo. Simplesmente uma forma de ser sarcastico com o “brega”.

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  21. Jean Ferreira

    Queridos, minha leitura é a seguinte:
    Na época existia uma certa tendência ao brega e a música romântica de corno. Raul Seixas então que fazia muito Rock contudo era bastante eclético em suas composições, fez uma sátira, algo que se aproxima de um brega ostentação, que descreve um jovem de classe média universitário que sofre pela companheira infiel.
    A música pode ser interpretada como uma crítica a americanização, ao consumismo, e também às letras batidas do ritmo ie ie ie, e dos bregas da época.

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  22. Gustavo de Oliveira

    No meu entendimento, a letra é uma frustração do eu lírico não encontrar o grande amor da vida. Logo no início ele diz que é a PRIMEIRA garota sentada na fila. Espera desesperadamente que seja. Depois ele se chateia que até o filme no cartaz conta a história que ele queira que fosse sua. Ele tenta a música inteira criar a narrativa de um grande amor, mas sempre esbarra na breguice, no amor mais vulgar, mais ordinário, no amor de qualquer um, no amor na forma mais comercial (uso excessivo de marcas comerciais na letra ,Pepsi, Gradiente, Pier, casas da banha). O final ele parece resignado: de grande amor passa para o MDC, ou seja, “bem, eu sei que você não é o grande amor da minha vida, mas você é a coisa mais próxima do amor que eu estou/estava procurando. Tá bom, é isso que tem pra hoje.”

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  23. Paulo Victor Costa

    Na verdade, o correto seria “Sansui, Garrard e Gradiente”.
    Nesse trecho, ele se refere a seu som modulado, que já apareceu em várias de suas fotos.

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  24. Ele diz tudo das brisas tortas de farinha.
    Não é uma simples homenagem ao brega.
    Falta vivência na rapaziada.

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  25. Samylla Siqueira

    A análise da letra é clara como a luz do sol. Não tem nada a ver com o uso de drogas. A letra se refere ao desespero/agonia de um amor, possivelmente, não correspondido (ao menos não na intensidade que ele esperava/sentia). MDC é um termo matemático que se refere ao maior número que divide dois números a partir de uma fatoração. Com isso, entendo que nesta música ele está elevando a mulher amada, colocando-a numa posição de “máximo”, como se fosse a pessoa que tivesse a maior compatibilidade com ele. Acima dela, mais ninguém. É assim que interpreto esta linda canção.

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