Eu nunca cometo pequenos erros
Enquanto eu posso causar terremoto
E das tempestades já não tenho medo
Acordo mais cedo
Eu nunca me animo de ir ao trabalho
Eu sou o coringa de todo baralho
Sou carta marcada em jogo roubado
A morte ao meu lado
Eu sou o moleque maravilhoso
Num certo sentido o mais perigoso
Moleque da rua, moleque do mundo, moleque do espaço
Quebrando vidraças do velho Ricardo
Nesta vizinhança sou filho bastardo
Com o meu bodoque sempre no pescoço
Eu exijo meu, eu exijo meu, eu exijo meu osso
eu exijomeu osso
eu sou o moleque maravilhoso
Comentários
Kaio
03/02/2013
Ah, e além disso, o nome do moleque é citado na música.
Kaio
03/02/2013
Eu acho que ele faz referência ao livro "O Moleque Ricardo" do autor paraibano José Lins do Rego. O trecho "E das tempestades já não tenho medo, acordo mais cedo" se assemelha ao trabalho de Ricardo na padaria de seu Alexandre, quando tinha que levar os pães nas costas descalço e voltava todo sujo de lama, porém satisfeito com o trabalho. Ele mudou de trabalho diversas vezes, mostrando seu desejo de ascender. O moleque saiu do Engenho de Santa Rosa escondido para trabalhar em Recife, virando um "filho bastardo" na rua onde morava. Ricardo era muito esforçado, e o osso dele era mais do que merecido ("eu exijo meu osso!"). Ainda estou lendo o livro, quando acabar voltarei para uma melhor explicação.
Seu Gaspar
24/08/2012
Raul um louco que viveu numa epoca de muita repressão..hoje ele não teria tanto a dizer e escrever porque a cada dia o povo se conforma mais com as coisas....ele fez a parte dele no tempo dele....Mas os homens vão e as musicas ficam...Graças a Raul
Bruno
31/05/2012
Creio que nesta canção há referência a não ter medo de se fazer ou dizer o que se quer, como a maioria das pessoas têm medo, ele diz que é um bastardo na vizinhança, ou seja um "corajoso" num mundo de "medrosos".
Julio Nunes
03/09/2011
Fala sobre o bandido da luz vermelha, se é que vocês me entendem.