Diamante de Mendigo

Eu tive que perder minha família
Para perceber o benefício que ela me proporcionava
É triste aceitar esse engano
Quando já se esgotaram as
possibilidades
E agora sofro as atitudes que tomei
Por acreditar em verdades ignorantes
Que na época tomei acreditando
Numa moda passageira
Que se foi tal qual fumaça
Não respeitei o sacrifício
Que custa para construir
A fortaleza que se chama família
Acabamos no fim perdendo a
quem nos ama
Só por que o jornaleiro da esquina
Falou que é otário aquele que confia
E é tão difícil confiar em alguém
Quando a gente aceita se mentir, se mentir
Somente conhecendo a beleza da união
É que a gente tem a força
Para não, não se enganar
Eu que me achava um diamante
Nas mãos de mendigos
Só pelo medo de não sê-lo
Não respeitei o sacrifício
Que custa para construir
A fortaleza que se chama família
Acabamos no fim perdendo a quem nos ama
Só porque o jornaleiro da esquina
Falou que é otário aquele que confia
E é tão difícil confiar em alguém
Quando a gente aceita se mentir, se mentir
Somente conhecendo a beleza da união
É que a gente tem a força para
não, não se enganar
Eu que me achava um diamante
Nas mãos de mendigos, pelo
medo de não sê-lo
Eu que me achava um diamante
Nas mãos de mendigos
Pelo medo de não sê-lo…


Letra Composta por: Oscar Rasmussen e Raul Seixas
Melodia Composta por:
Álbum: POR QUEM OS SINOS DOBRAM
Ano: 1979
Estilo Musical:

11 comentários em “Diamante de Mendigo”

  1. manuel ribeiro

    O jornaleiro da esquina é o cara, que nos chama de careta, quando ficamos juntos dos nossos filhos,da nossa esposa, e nos chama de otario por confiar na segurança do lar, e abandonar a vida de farras!

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  2. Raul nessa letra fala um pouco da importância de deve ser dada a pessoas que fazem parte de nossa família e que na maioria das vezes só damos valor depois de perdê-las.

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  3. joão henrique lo

    Eu que me achava um diamante
    Nas mãos de mendigos
    Pelo medo de não sê-lo…
    A letra é uma grande ironia
    A falta de segurança em ser valorizado é que já demonstra todo o não reconhecimento exposto pela família,pois se houvesse reconhecimento não haveria ”o medo de não sê-lo”e no trecho:
    …”Para perceber o benefício que ela me proporcionava,
    É triste aceitar esse engano
    Quando já se esgotaram as
    possibilidades”.Aceitar esse engano é o mesmo que querer se iludir ou seja fingir estar bem e “possibilidade esgotada” é o mesmo que não ter mais o que pensar,não há outra interpretação
    “Aceitar se mentir” é o mesmo que viver se enganando,mentindo pra si mesmo
    Diamante de mendigo é como ouro de tolo,um valor que não existe e em meio a tanto descaso e desrespeito da nova geração da família brasileira esse valor inexiste mais intensamente.A beleza da união não encontrou ainda sua força.

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  4. Caio Fontana

    Do meu ponto de vista essa música não tem nenhum mistério. Ele simplesmente deixa de lado a família e se coloca em foco, como se ele fosse o centro de tudo.
    E depois se arrepende.

    “eu que me achava um diamante nas mãos de mendigo”
    Imagina o valor que tem o diamante na mão de alguém
    que não tem quase nada.

    Depois ele se arrepende quando diz, que não percebeu o sacrifício que custa para construir a fortaleza que se chama “família”. Ou seja, perdeu por que achou que era mais do que era

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  5. Anna Ferreira

    Ao contrário do que falaram, não acredito que seja uma ironia, não. Ela me parece absolutamente despida de ironia e está completamente cheia de arrependimento.
    ‘É triste aceitar esse engano quando já se esgotaram as possibilidades’ trata do engano que o fez perder a família. E as possibilidade que se esgotaram foram as de reconstrui-la.
    Quando Raul se refere à família ele não está se referindo ao casamento, não ao cônjuge, por isso não tem como as possibilidades se esgotarem. Um casamento falido é uma dor que esgota possibilidades, sim, mas filhos? Como esgotar possibilidades de construir convívio amoroso com os filhos?
    Ele deixa bem claro que perdeu a quem o amava e que o que julgava perene foi efêmero e passageiro.
    ‘Eu que me achava um diamante nas mãos de mendigos por medo de não sê-lo’: Se achar especial demais para as pessoas com quem convive, quem nunca? E o medo de não sê-lo consiste em ter medo de admitir que você não é melhor, é igual a pessoas que considera inferiores, que não entendem sua ânsia por grandes horizontes e se contentam com uma vida que você considera pouca. Se você aceitar isso, não será pouco também? Então, melhor achar que você é demais pra essas pessoas. É um diamante entre mendigos.

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    1. MOACYR LUIZ DA SILVA

      Anna Ferreira…você disse tudo. As pessoas são cegas…Não tem o que ANALISAR, a música é bem clara: ARREPENDIMENTO….FAMÍLIA…. ainda tem gente em deturpar até isto (letras claras)..

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    2. Marcos Antônio

      Concordo 100% com sua análise. Da pessoa se achar importante de achar que é quase um privilégio para sua família conviver com ele e depois ele percebe que a família tem sim valor e que é importante.

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    3. A primeira esposa de Raul, sua paixão de adolescência, foi para os EUA com a filha e nunca mais voltou. O “jornaleiro” é Paulo Coelho, que na época estava na onda do “amor livre”, “sociedade alternativa”, etc.

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  6. Raiane Ferreira

    Inclusive ele está falando dele mesmo…
    Que antes escreveu : ” é pena que você pense que eu sou seu escravo”…
    Depois que deixou a família ele viu a merda que fez…
    Se sentia um diamante nas mãos dos mendigos como se ele fosse bom especial pra estar com pessoas tão pouco importantes, e depois percebe que ele era quem precisava delas…
    Pode-se fazer referência ao fato bíblico que a família é projeto de Deus e ele se deu conta tarde de mais…
    Obs: é sobre a vida pessoal dele

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  7. Para uma análise profunda dessa letra é necessário assistir algum documentário da vida do Raul Seixas onde ele perdeu a família pelas drogas e bebidas. Teve várias companheiras que o largaram por não suportarem a vida louca desse grande cantor e compositor. Sugiro que assistam ao documentário: Raul Seixas – “Esse caminho que eu mesmo escolhi”. Alí verão depoimentos e verdades que ele mesmo expôs. É triste. perdeu a família para as drogas e bebidas. Sozinho em seu apartamento, morreu pobre e banguelo. Quem pagava seu aluguel era uma gravadora. A letra reflete exatamente o que ele perdeu por acreditar em verdades ignorantes que ele mesmo foi vítima. E foi por não dar valor “a fortaleza que se chama família” que acabou sozinho. História iguais a essa tem um monte por aí, alguém perdendo a família pelas drogas e bebidas.

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