Catequese do medo
Num buraco negro
No fim do terceiro mundo
Um sorriso assustado
Uma mãe desesperada
Um pai mal pago, operário e mudo
Reuniões oficiais escurecendo outras salas
Onde a tortura faz filho
Na pele de um jovem afro-brasileiro
Na pele de um jovem fudido e sem dinheiro
Por isso…
Podem falar o que for
Que eu sei que não sou culpado
Podem falar o que for
Que eu sei que não sou, sei que não sou
A fome é um esperma
Por entre as pernas da violência
E o egoísmo que excitou
As diferenças em que merece
Um aborto imediato
Um apartheid econômico
Contamina, machuca
E não nos deixa gritar
Quando o carro preto passa
Quando o carro preto passa
Por isso
Podem falar o que for
Que eu sei que não sou culpado
Podem falar o que for
Que eu sei que não sou
Sei que não sou
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Compreende-se como uma narração de como se dá a multiplicação da violencia. Usa figuras de linguagem para explicar como a violencia tem suas “crias”, somada À tortura a jovens, supostamente pela policia, para que confessem um “crime” que não cometeram.
Trata da violência urbana e o negro nesse contexto. A desigualdade social como a principal causa da mazela. Cita apartheid econômico, fome e operariado. Portanto, “podem falar o que for, que eu sei que (eu, o negro, pobre) não sou o culpado”.
Uma música retrato do Rappa.
Fala de um cenário,onde pessoas nascem, são crias da fome e violência, a maioria da população mundial,e só pra saber tem países que a violência e a fome são mais extremas que no Brasil,valeu Marcele Yuka,o Rappa por fazer essas mazelas todas ficar visível