Lá vai nosso herói Dr. Paxeco
Com sua careca inconfundível
A gravata e o paletó
Misturando-se às pessoas da vida
Lá vai Dr. Paxeco
O herói dos dias úteis
Misturando-se às pessoas que o fizeram
Formado, reformado, engomado
Num sorriso fabricado
Pela escola da ilusão
Tem jeito de perfeito
No defeito
Sem ter feito com proveito
Aproveita a ocasião
Dr. Paxeco, vai doutorar
Dr. Paxeco, foi almoçar
Do Do Do Do Do Doutor
Do Do Do Do Do Doutor
Paxeco
Perdido, dividido, dirigido
Carcomido e iludido
Tem nos olhos o cifrão
Disfarça na fumaça
e acha graça
Sem saber que a rua passa
Entre a massa e o caminhão
Dr. Paxeco não vai voltar
Dr. Paxeco foi almoçar
Dr. Paxeco não vai voltar
Dr. Paxeco foi almoçar…
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quando criança Raul costumava criar personagens, un deles foi Dr. paxeco, que muitos anos depois tomou formas humanas e circula entre nós.
Essa música fala exatamente do Sr. José Serra.
“O herói dos dias úteis, Misturando-se às pessoas que o fizeram” (Vejo isso como uma critica aos bancários da época/capitalistas e tal, misturando-se aos próprios chefes que os criaram´- pessoas sem escrúpulos e egoístas, que não medem esforços para lucrar)
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“Formado, reformado, engomado
Num sorriso fabricado
Pela escola da ilusão” (Formado/diplomado, reformado/lavegem cerebral para adentrar ao sistema capitalista – Sorriso fabricado/sorriso amarelo de vendedor picareta)
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“Tem jeito de perfeito
No defeito
Sem ter feito com proveito
Aproveita a ocasião” (Jeito de perfeito no defeito/é a imagem que o capitalismo passa de suas marcas, todas perfeitas que ‘não’ viciam e que ‘necessitamos’ – APROVEITAM A OCASIão/ fecham a venda, ou se aproveitam de tendências ou momentos históricos)
Deboche do estereótipo da figura patética do sujeito alinhado, ajustado, moldado, fabricado, formado, reformado, adaptado, dividido, dirigido, carcomido, iludido. É difícil por em palavras. Aquele robô fabricado pelo sistema que vive em um mundinho medíocre. Disfarça na fumaça e acha graça. Almeja sucesso profissional, reconhecimento e dinheiro. Por aí.
Entendo que o trecho final “sem saber que a rua passa entre a massa e o caminhão” seja uma referência à sua alienação política em um mundo polarizado como aquele.
NOVAMENTE: DROGAS…..
Ná época, Dr. Paxeco existia! Pasmem, a Drograria Pacheco foi fundada ano de 1892 por José Magalhães Pacheco que inaugurou no Centro do Rio, mais especificamente na Rua dos Andradas, a primeira loja daquela que viria a ser uma das maiores redes de drogarias, e nas DROGARIAS É QUE SE VENDIAM AS DROGAS…kkkkkk…. Era muito comum os doidões ficarem brisados duns xaropes que se tomados em gde quantidade, tormnvam-se POTENTES alucinógenos!!!
Portanto, tinha sempre algum Dr. pacheco a ser quetionado pelos preços abusivos, pois só pensavam no $$$ ao invés de dar a ”alegria” alucinógena gratuitamente… E qdo via os loucos, se escondia, tinha ido almoçar e etc.
O ”x” ao invés do ”CH”, é como o ”Kelé” Em super-heróis…
Não se podia sair falando nome explicitamente….tinha q codificar….kkkk
Sem mais.
Rondon Pacheco, conhecido na ditadura como linha dura, um dos colaboradores do Ai 5,depois escolhido para governador pelo presidente Geisel.
Crítica direta aos Psicanalistas,Psicólogos e Psiquiatras.
Pois ele mesmo esteve ,quando jovem,no Divã.
Perfeita,diga-se de passagem.
A música “Dr. Pacheco” de Raul Seixas é uma sátira que critica o médico brasileiro Enéas Ferreira Carneiro, conhecido como Dr. Enéas. Na época em que a música foi lançada, Dr. Enéas era um político controverso e candidato à presidência do Brasil. Raul Seixas usou a música para expressar suas opiniões sobre o médico e suas ideias políticas.