Frevo Mulher

Quantos aqui ouvem
Os olhos eram de fé
Quantos elementos
Amam aquela mulher

Quantos homens eram inverno
Outros verão
Outonos caindo secos
No solo da minha mão

Gemeram entre cabeças
A ponta do esporão
A folha do não-me-toque
E o medo da solidão

Veneno meu companheiro
Desata no cantador
E desemboca no primeiro
Açude do meu amor

É quando o tempo sacode
A cabeleira
A trança toda vermelha
Um olho cego vagueia
Procurando por um

Quantos aqui ouvem
Os olhos eram de fé
Quantos elementos
Amam aquela mulher

Quantos homens eram inverno
Outros verão
Outonos caindo secos
No solo da minha mão

Gemeram entre cabeças
A ponta do esporão
A folha do não-me-toque
E o medo da solidão

Veneno meu companheiro
Desata no cantador
E desemboca no primeiro
Açude do meu amor

É quando o vento sacode
A cabeleira
A trança toda vermelha
Um olho cego vagueia
Procurando por um


Letra Composta por: Zé Ramalho
Melodia Composta por:
Álbum: A peleja do diabo com o dono do céu
Ano: 1979
Estilo Musical:

77 comentários em “Frevo Mulher”

  1. Muito bem, muito se falou de letras de músicas! Os que acreditam estar solucionando todos os parâmetros do autor, mas, esquecem que na verdade o poeta não se prende a dogmas, ou a critérios que a nós, e não a eles nos condenam a restrições! Somos totalmente presos a estes conceitos, e achamos que “todos” estão nesta prisão, mas, eles e somente “eles” não estão presos a nada e exatamente por isso são chamados de “POETAS”. Acredito que teremos de deixar nossas “amarras” para podermos entender como funciona o processo de criação de cada música e letra, ou melhor seria perguntar aos próprios autores! E não usarmos o nosso pobre chutometro para entendelos.

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    1. Você conseguiu dizer nada com tantas palavras… Embora não possamos perscrutar a criatividade em si, que é um dom, o poeta está mais amarrado do que nós ao cânones, a não ser quando ele estabelece um novo. Isso posto, vale lembrar que essa é uma letra de música. Às vezes o sentido das palavras são torturados para privilegiar a música. Zé Ramalho é músico! E bom músico.

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  2. Galera, tenho uma interpretação muito interessante pra tal música.
    Essa música traduz uma masturbação. Se perceberem vários trechos dessa música são muito bem elaborados para que não percebamos:
    “Quantos elementos amam aquela mulher” (trata-se apenas de uma fotografia que vários homens podem tê-la). “Outonos caindo secos no solo da minha mão” (acredito que seja no momento que ele chega ao orgasmo). E por aí vai, “olho cego” é sinomimo de pênis; “açude do meu amor” é sinônimo da vagina.

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    1. Leandra Lima

      Uma interpretação bem ao gosto de Freud (Tudo tem base sexual). Mas me pareceu um tanto convincente.

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  3. Uma vez vi uma matéria em que Zé Ramalho dizia que fez essa música durante uma viagem. Ele estava numa estrada, num hotelzinho, sob efeito de cocaína. Acho que o ritmo vem daí, pela agitação que a droga produz. A ex-mulher dele, Amelinha, gravou, aliás. Talvez ainda estivesse casado com ela na época.

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  4. De boa Marcos se você acha isso, porém você está no lugar errado, pois aqui nós estamos tentando interpretar o que o poeta quis dizer, e é normal ter multiplas interpretações.

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    1. Muito bem, Joel! O trabalho literário admite várias interpretações. O marcos é um grande bôbo e o isac precisa parar de se mastrubar e procurar uma namorada.

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        1. Tenho certeza q assa da masturbação não rola…na entrevista ele diz q está sobre efeito cocaína.
          Cocaína acaba com o libido; difícil transa sobre efeito de coca imagina se masturbar.

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  5. Particularmente sempre vi a personagem da música como uma prostituta.
    “Quantos elementos amam aquela mulher” (entenda como seus clientes)
    “Quantos homens eram inverno outros verão” (cada pessoa tem uma forma distinta de estimulo sexual, é fato que uns se estimulam mais fáceis que outros)
    “Outonos caindo secos no solo da minha mão” (o órgão genital masculino tende a amolecer após o orgasmo) e por ai vai…
    Pode não ser exatamente isso, mas assim como o Isac, eu concordo que o teor da música é altamente sexual. Apenas acho que o termo “olho cego” está mais para o ânus do que para o pênis…

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  6. “Quantos aqui ouvem os olhos eram de fé” – tá fazendo uma chamada para os ouvintes.
    “Quantos elementos amam aquela mulher
    Quantos homens eram inverno outros verão” ralmente é uma prostituta que passa inverno e verão homens de todas as espécies e ela permanece lá.
    “Outonos caindo secos no solo da minha mão” – anos se passam e os viciados na prostituição sempre voltam.
    “Gemeram entre as cabeças a ponta do esporão” são os que chegaram em casa com aidis e dsts de toda a espçie.
    “A folha do não-me-toque e o medo da solidão – são os que acham que só são homens se trairem as famílias.
    “Veneno meu companheiro desata no cantador
    E desemboca no primeiro açude do meu amor” aparcm os convites toda hora at’qu ele cai novamente.
    “É quando o vento sacode a cabeleira
    A trança toda vermelha
    Um olho cego vageia procurando por um…
    “É quando o vento sacode a cabeleira
    A trança toda vermelha
    Um olho cego vageia procurando por um…” ai ele já está perdido na prostituição e fica como cego sem rumo.

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  7. A MÚSICA FOI FEITA PARA A AMELINHA. EM UM RECENTE PROGRAMA NA GLOBO, A AMELINHA DISSE QUE ELA ERA MUITO ASSEDIADA NA ÉPOCA PELOS COMPOSITORES, QUE LHE OFERECIAM MÚSICAS PARA GRAVAR (Quantos elementos amam aquela mulher)
    E QUE O ZÉ RAMALHO FEZ A MÚSICA NESSE SENTIDO.

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  8. Antonio Tavares

    Quantos aqui ouvem os olhos eram de fé (os q viram e ouviram sabem q é verdade o q ele vai falar)
    Quantos elementos amam aquela mulher (a mulher é uma droga, precisamente a maconha como sugere as pistas nas musicas)
    Quantos homens eram inverno outros verão (todos os tipos de pessoas)
    Outonos caindo secos no solo da minha mão ( outono ligado a folhas, tons de cinza, cinzas do cigarro que caem)
    Gemeram entre as cabeças a ponta do esporão(entre a dele e a do cigarro a boca geme de prazer na outra ponta da droga puxando a fumaça)
    A folha do não-me-toque e o medo da solidão ( é o motivo…de um lado a maconha ilegal do outro o medo do vazio existencial, ele fez sua escolha)
    Veneno meu companheiro desata no cantador (ela o inspira abre a mente)
    E desemboca no primeiro açude do meu amor ( a folha onde ele escreve sua composição)
    É quando o vento sacode a cabeleira ( qd o efeito, o vendo, a fumaça da droga sobe pra cabeça)
    A trança toda vermelha(claramente maconha, cigarro entrançado queimando ja quase todo)
    Um olho cego vageia procurando por um… ( final do extase…cego sem rumo)

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    1. Eu nunca havia pensado como tu, mas faz muito sentido… Inclusive pqe um viciado em maconha também é um pervertido oralizado, e daí toda esse duplo sentido com o sexual que citaram acima! Faz muito sentido olhar que esse sutil que ele não chega a citar, pode ser todo e qualquer prazer dominante no humano, e que desata em arte, mas que o domina pelo prazer e satisfação oral!

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    2. Realmente faz muito sentido, já que foi feita por um homem viciado. Se fosse uma mulher a compositora a prostituição faria mais sentido. Embora, na minha opinião, dê no mesmo, pois, a mulher, se prostitui vendendo a castidade, já o homem quando cai en tentações pois demonstra falta de dominio de si. Remete ao arquétipo de Adão e Eva onde eva perde o paraiso por desobediencia e sede de poder e o homem pela falta de resustencia a tentação. Viajei heim!

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  9. Thiago Mello

    Quantos aqui ouvem os olhos eram de fé ( Quantos estao aqui ouvindo a musica eram quantos testemunharam o que ele esta prestes a falar)
    Quantos elementos amam aquela mulher ( Uma mulher poderosa que tinha muitos homens aos seus pés, isso facará cada vez mais nítido)
    Quantos homens eram inverno outros verão ( Tinha homens o ano inteiro do inverno ao veráo)
    Outonos caindo secos no solo da minha mão (Trocadilho de outros com outonos, reforçando a idéia de que nao só elas os tinha durante as 4 estaçoes -ano inteiro, mas os deixava loucos de amor, caindo secos na mao dela, comendo na mao dela)
    Gemeram entre as cabeças a ponta do esporão( Aqui ja visualizo um bordel ou bar, onde um desses homens decide se vingar dela, ele entra armado procurado-a, pois, gemeram entra as cabeças ouviram gemidos entre as pessoas, esporao é uma maneira antiga de chamar uma espingarda de dois canos, à ponta do esporao quer dizer sob a mira da espingarda)
    A folha do não-me-toque e o medo da solidão ( Expressa o sentimento dele)
    Veneno meu companheiro desata no cantador (Veneno meu companheiro é uma arma e desata ou seja atira no cantador, da uma nocao de tiroteio entre ela que tambem esta armada e ele)
    E desemboca no primeiro açude do meu amor (Acertou ele no peito – primeiro açude do meu amor )
    É quando o vento sacode a cabeleira ( Ele atira e o vento é causado pela bala que sacode os cabelos quando acerta)
    A trança toda vermelha(O sangue escorrendo)
    Um olho cego vageia procurando por um… ( A bala acerta um dos olhos da pessoa deixando um olho cego.)

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      1. Anselmo Maciel

        Thiago grande interpretação de texto muito bom… espero que seja essa a verdadeira idéia da música… Já é o roteiro de um filme…

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    1. claudio luiz

      Tambem pensava dessa forma, melhor interpretaçaõ que vi
      Quantos homens eram inverno outros verão (alguns amantes eram frios e outros eram quentes)

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    2. Manu silveira

      Maravilhas!!! Interpreto exatamente assim, exceto na hora do “eram inverno e outros verão” uns eram quentes e outros eram frios…

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    3. Foi a interpretaçao mais com nexo do que as outras eu entendi claramente sem muitas vulgaridades pois a a letra da musica é uma poesia .

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  10. Pessoal, com certeza a música é totalmenta sexual!
    Por exemplo, “quando o vendo sacode a cabeleira, a tranca toda vermelha”, quer dizer o penis ereto quando expoe a glande! “O olho cego vaguei procurando por um”, claramente faz alusao ao anus desejando o orgao genital masculino!

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  11. Pessoal essa musica pra mim é muito intrigante, assim como muitos é de um alto teor sexual, tb vejo a personagem como prostituta que morreu e ninguem sabia de seu passado, porém o narrador, na minha cabeça é tipo um cafetão, e está desmascarando a ideia que muitos tinha dela.

    “Quantos aqui ouvem os olhos eram de fé” – Quantos escutando acreditavam que ela era “pura”..

    “Quantos elementos amam aquela mulher” – Quantos presentes a amam, ou no sentido de quantos “pegam” ou desejam…

    “Quantos homens eram inverno outros verão” – No sentido de quantos dos que tiveram ela, queriam só pelo ato sexual, frio, ou trazia um calor de desejo.

    “Outonos caindo secos no solo da minha mão” – Ainda continuando como metafora as estações do ano por´me num sentido completamente diferente, sendo o dinheiro caindo na palma da mão do cafetão como as folhas que caem no outono.

    “Gemeram entre cabeças a ponta do esporão” – Seus amantes e ela gemeram com cabeças lado a lado na penetração do “esporão” (penis)

    “A folha do não-me-toque e o medo da solidão” – Acredito que é o fato de acordo normalmente onde nem tudo em um programa é aceito, ou ainda que ela não os desejava, e quanto ao medo do solidão fico um pouco perdido se seria dela, ou de seus amantes que a procuravam.

    “Veneno meu companheiro desata no cantador” – seria o cantor que teria alguma dst, ou algo do tipo… ou saindo da ideia que ela morreu o veneno poderia ser que o cantor poderia ter a engravidado, e que acabou com a possibilidade dela continuar ao exercicio da função…

    “E desemboca no primeiro açude do meu amor” – e que contaminou a “kenga”… ou indo com a ideia de que ela esta gravida, o semem desembocou na vagina da mulher.

    “É quando o vento sacode a cabeleira, a trança toda vermelha, um olho cego vagueia procurando por um” – esta é uma parte da musica que se olhar de encontro com o que veio antes ela é separada pelo descompassamento do ritmo, separando da sequencia dos fatos anteriores, voltando para a ideia da morte, este seria um prologo baseado no cenario de seu enterro, do vento batendo na cabeleira do cantor (ruivo) procurando uma nova pessoa para o sexo, onde o olho cego seria de seu penis.

    Sei lá meio loko… mas essa sempre foi minha interpretação…

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  12. Deivid Amorim

    acredito que essa musica representa,o amor de vários homens por uma mesma mulher,ou seja eles estão travando uma guerra por ela!e estes não descansaram enquanto um ainda tiver vivo,acredito que essa musica representa uma guerra entre países ,isso representado por uma disputa entre homens por uma mulher… A parte que mais me toca essa musica :É quando o vento sacode a cabeleira
    A trança toda vermelha
    Um olho cego vageia procurando por um… acho que representa um pouco o que eu falei!só para deixar de passagem, zé é um gênio!

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  13. Ô mentes poluídas!
    Isolando o verso “a folha do não-me-toque e o medo da solidão” fica evidente que a música fala de uma mulher em busca do homem ideal, do príncipe encantado. Embora lhe apareçam muitos pretendentes e, apesar do “medo da solidão”, ela mantém uma atitude de “não-me-toque” enquanto espera pelo amor verdadeiro.
    Quantos aqui ouvem os olhos eram de fé (o narrador quer fazer que os ouvintes acreditem que ele é testemunha ocular da história que vai contar ou que a ouviu de testemunhas fidedignas).
    Quantos elementos amam aquela mulher (a história fala de uma mulher que tinha muitos pretendentes).
    Quantos homens eram inverno outros verão (a tal mulher aparentemente rejeita os pretendentes, talvez por serem muito frios ou quentes demais).
    Outonos caindo secos no solo da minha mão (parece que a mulher rejeitava alguns homens por serem velhos demais. Note-se a história não menciona o homem semelhante à primavera – representando homem ideal, o príncipe encantando tão esperado. É possível ainda que os homens fossem “secos” por serem incapazes de fazer germinar o amor na mulher).
    Gemeram entre as cabeças a ponta do esporão (esse verso fala da dor – semelhante à causada por um esporão – da rejeição amorosa sofrida pelos homens).
    A folha do não-me-toque e o medo da solidão (eis o dilema: permanecer pura à espera do que ela acredita ser o amor ideal ou ceder às investidas dos pretendentes para fugir da solidão?).
    Veneno meu companheiro desata no cantador (a solidão, com o tempo, transforma-se em amargura – o veneno que se torna seu companheiro e que fica tão evidente que é como se cantasse).
    E desemboca no primeiro açude do meu amor (a mulher tinha muito amor guardado mas, com o tempo, a amargura – ou o veneno – contamina o que antes era um reservatório de amor).
    É quando o vento sacode a cabeleira / A trança toda vermelha (esses versos, de imagens fortes de cabelos sacudidos pelo vento e tranças de cor vermelha me sugerem que a amargura da transformou-se em desespero – talvez ela sinta que esperou demais e, conforme sugere o próximo verso, resolveu por si própria sair à procura de seu amor ideal).
    Um olho cego vagueia procurando por um… (para uma visão perfeita são necessários dois olhos, de modo que a mulher procura o outro olho que a complete, porém devido à cegueira, não enxerga que o amor pode bem na sua frente).

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    1. Nossa! A sua interpretação foi fantástica! De fato… deve ser isso, ou, algo muito próximo a isso. Parabéns!

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      1. Concordo com Gabi. Embora todas as interpretações sejam válidas, achei a sua a mais sensata, pois confesso que não vejo na letra elementos suficientes que sugiram drogas ou prostituição.

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    2. Até que enfim leio algo inteligente… O amigo com certeza nunca faltou a aula de Português, mais precisamente redação e interpretação, aquela aulinha que você lê uma história opina e depois tenta traduzir com suas palavras o pensamento do autor, o mais próximo possível. Parabéns dAsIlVa. E não usou erotismo etc.

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    3. Interessante, mas acredito que todos cometam um mesmo erro: Analisar separado “gemeram entre cabeças a ponta do esporão” X “a folha do não me toque e o medo da solidão”; quando na verdade é “gemeram entre cabeças a ponta do esporão, a folha do não me toque e o medo da solidão”, ou seja, esses três itens que gemeram entre as cabeças. Isso pode mudar algo na interpretação e não sai da minha mente kkk

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    4. Com certeza a melhor interpretação. Sempre que ouço essa música uma profunda inquietação e uma ponta de melancolia me atingem. Me sinto diante de um espelho da alma,a vontade de chorar não dá pra explicar,às vezes nem controlar…
      Às vezes eu penso,que só é possível se entregar quando a profundidade é idêntica entre ambos. Mas pensando dessa maneira, lá se vão os anos… sem os momentos… “A folha do não me toque o medo da solidão”
      Aah coração contrariado! Chega de titubear!

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    5. Fernando Magalhaes

      Belíssima interpretacao! É isso mesmo, mesmo lembrando que Zé Ramalho sempre compunha suas letras de forma enigmática, na realidade ele fez esta letra para a sua futura namorada e mulher na época, a própria cantora Amelinha. Ele descreve vários compositores que lhe ofereciam música para gravar, e também vários pretendentes da época.

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  14. Lordinaldo

    Claramente a letra é sobre um herói contando a história de como ele conquistou sua amada.
    Observe:
    “Quantos aqui ouvem os olhos eram de fé”
    É uma pergunta retórica, seus ouvintes antes não acreditavam, não tinham fé que ele conseguiria
    “Quantos elementos amam aquela mulher”
    A amada tinha muitos pretendentes, com os quais o herói teve que lutar
    “Quantos homens eram inverno outros verão”
    Eram homens de extremo,irredutíveis
    “Outonos caindo secos no solo da minha mão”
    Porém, no fim das contas, foram derrotados pelos heróis
    “Gemeram entre as cabeças a ponta do esporão”
    Outro verso sobre os homens sendo derrotados
    “A folha do não-me-toque e o medo da solidão”
    A mulher em questão era difícil de conquistar, mas tinha medo da solidão
    “Veneno meu companheiro desata no cantador
    E desemboca no primeiro açude do meu amor”
    Ele se tornou um homem mortífero na luta pelo seu amor, mas isso fez com que ela fosse conquistada.
    “É quando o vento sacode a cabeleira
    A trança toda vermelha
    Um olho cego vageia procurando por um…”
    Aqui Zé Ramalho constrói a imagem heroica e idealizada do conquistador, com cabelos ao ventos e olhares atentos.

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    1. Luri Barbosa

      Essa é a interpretação que mais se aproxima da minha própria. Bem poética, como só o Zé seria capaz.

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  15. Trata-se de uma música sobre uma roda de amigos fumando maconha. Maconha é a mulher;
    “Outonos caindo secos no solo da minha mão” é o ato de desenchavar a erva: “folha do não-me-toque”.
    “Medo da solidão” é a necessidade de se fumar em grupo, passando o “veneno” para o “companheiro”.
    “O vento que sacode a cabeleira” é a sensação que se tem ao primeiro trago.
    “A trança toda vermelha” é a visão do baseado aceso
    “Um olho cego vagueia procurando por um” é a própria sensação de fumar a erva

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  16. leandromed79@yahoo.com.br

    porra!!! É mais que sabido que essa música foi feita para a mulher do Zé na época. A melhor há. Pronto!!! mas falar que é sobre roda de maconheiro é demais. Mais uma vez drogados em pré contemplação rs

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  17. Elisandra Nig

    Penso que a música trata de uma prostituta.
    Quantos aqui ouvem os olhos eram de fé (trata dos clientes de fé da prosti)
    Quantos elementos amam aquela mulher (que eram muitos clientes)
    Quantos homens eram inverno outros verão (uns eram bons de cama outros não)
    Outonos caindo secos no solo da minha mão (refere-se ao dinheiro fácil caindo na mão da prosti)
    Gemeram entre as cabeças a ponta do esporão
    A folha do não-me-toque e o medo da solidão ( medo de não conseguir um marido)
    Veneno meu companheiro desata no cantador
    E desemboca no primeiro açude do meu amor( fazia no mato também)
    É quando o vento sacode a cabeleira
    A trança toda vermelha
    Um olho cego vageia procurando por um…
    mais ou menos assim….

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  18. Caraca, o jeito é perguntar ao autor da música! Ainda bem que, na maioria das provas de interpretação de texto, as perguntas emnsi dão um certo rumo da ideia que o autor quer passar. Se fosse uma pergunta simples e direta como “qual a ideia principal que o autor de Frevo de Mulher quer passar ?”, veríamos esse monte de idéias das pessoas!

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  19. Pamela Paêbirú

    Quantos aqui ouvem os olhos eram de fé (tantos quantos o ouviam contar a história a olhavam
    Quantos elementos amam aquela mulher (e quantos a amam ainda)
    Quantos homens eram inverno outros verão (indica a passagem do tempo e o tipo de pessoa e de sentimento)
    Outonos caindo secos no solo da minha mão (secaram de tanto esperar)
    Gemeram entre as cabeças a ponta do esporão, (Gemeram entre as cabeças, significa que ela procurou entre muitas pessoas o amor, A ponta do esporão é o olhar dela, que é como um esporão envenenado procurando o amor)
    a folha do não-me-toque e o medo da solidão (a folha do não-me-toque é o receio que ela tem dos homens ao mesmo tempo que tem medo da solidão)
    Veneno, meu companheiro, desata no cantador (momento em que o olhar dela atinge ele, o cantador, como um veneno inoculado pelo esporão)
    É quando o vento sacode a cabeleira (nesse momento ele a olha, como numa cena de filme, já envenenado pelo sentimento)
    A trança toda vermelha
    Um olho cego vagueia procurando por um (o olho em busca do amor é cego, pois não sabe nada sobre o amor e nem sobre as pessoas por quem se apaixona)

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    1. É a primeira vez que vejo esse site.
      Sua interpretação é a mais próxima do que eu vejo ser a realidade.
      Só tenho uma coisa a acrescentar em 2 versos.
      Como se sabe, Zé fez essa música pra Amelinha.
      A primeira estrofe apresenta o Eu Lírico de Zé.
      A Segunda, da mulher.

      Então ela fala:
      Veneno, meu companheiro, desata no cantador.

      Então, o veneno presente na ponta do esporão (verso anterior, referente ao olhar de reprovação aos homens que não conseguiram fazer brotar o amor nela), desata no cantador. Ela “desata” no sentido de que o veneno se desfaz. O olhar de desprezo é quebrado ao ver o cantador, o músico, ou seja, ele.
      E desemboca no primeiro açude do meu amor: águas passadas não movem moinhos. Quer dizer que não voltam.
      O veneno se foi. Se dilui no rio e perde efeito. Acaba totalmente eliminado no primeiro açude do amor Dela. O açude é uma água calma, sem correnteza, que convida alguém pra banhar. Ela achou seu primeiro amor/paixão. Ele está convidado para para adentrar na sua intimidade.

      Daí pra frente, narra a felicidade que a paixão trouxe aos dois.

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  20. Acabei de ver uma matéria sobre a música e o comentário da Amelinha. A música foi composta por Zé Ramalho quando eram um casal. “Quantos elementos amam aquela mulher” é pq ele recebia muitas letras de compositores que queriam que a Amelinha interpretasse suas músicas. Trança vermelha era o modo comum que ela gostava de pentear o cabelo. O restante do conteúdo se deduz. Na minha opinião ele devia estar inspirado após um momento íntimo do casal. Não dá forma tão pesada como alguns colocaram aqui, mas romantizado.. tipo “o tempo sacode a cabeleireira” e “olho cego vagueia procurando por um” um momento de êxtase quando as visões se turvam e os amantes de procuram..

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  21. Vi aqui q a música foi feita para a o inicio do relacionamento do cantos com sua ex-muher, que usava tranças vermelhas, muito cortejada por todos. minha interpretação então:

    Quantos aqui ouvem (falando ao ouvintes q vai contar, como num cordel as vezes acontece)
    Os olhos eram de fé (o cantor da fé que viu oq aconteceu)
    Quantos elementos
    Amam aquela mulher (vários amavama mulher)

    Quantos homens eram inverno
    Outros verão (homens de vários tipos cortejeram a mulher)
    Outonos caindo secos
    No solo da minha mão ( o cantor, q ñ é um extremo nem outro, ñ consegue nada com a mulher)

    Gemeram entre cabeças
    A ponta do esporão
    A folha do não-me-toque
    E o medo da solidão (o problema q incomoda todos os rejeitados: a insatisfação e a solidão)

    Veneno meu companheiro
    Desata no cantador
    E desemboca no primeiro
    Açude do meu amor (o cantor, começa a cantar esse medo, que se mistura ao amor dele pela mulher)

    É quando o tempo sacode
    A cabeleira
    A trança toda vermelha
    Um olho cego vagueia
    Procurando por um (a musica criada pelo medo e amor do cantor faz a amada se perceber dele, mas ele ainda com medo – cego- ainda não acredita – ñ vê – como essa mulher, q esta com ele agora, foi capaz de passar a amá-lo

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  22. luciano letras

    A música não fala dela, nem da masturbação, A música faz referência ao ser “mulher”. Uma epopeia do amor que permeia o caminho da mulher.

    Quantos aqui ouvem os olhos eram de fé (ouvir com olhos – paixão a primeira vista)
    Quantos elementos amam aquela mulher (disputa pelo amor da mulher).
    Quantos homens eram inverno outros verão (qualidade de cada homem, inverno = frio, verão = quente)
    Outonos caindo secos no solo da minha mão (a mulher conquistadora, o homem como fruta de outono caem em sua mão)
    Gemeram entre as cabeças a ponta do esporão ( atingido pela paixão)
    A folha do não-me-toque e o medo da solidão (não me toque é uma planta sensível que encolhe quado é tocada)
    Veneno meu companheiro desata no cantador (paixão sufoca como veneno)
    E desemboca no primeiro açude do meu amor (o amor da mulher é represado como um açude, água, paixão em abundância)
    É quando o vento sacode a cabeleira (liberdade)
    A trança toda vermelha (vermelho cor da paixão e do sexo).
    Um olho cego vagueia procurando por um…(a pessoa carente, cega pelo desejo de amar, procura por um amor)

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  23. A música é sobre um homossexual. Travesti. Cabeleira… olho cego… homens que desejam a “mulher”. Olhem por essa perspectiva

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  24. Eduardo Villa

    Quantos homens eram inverno
    Outros verão outonos
    Caindo secos no solo da minha mão…

    Parecem que nem conhecem o jogo de palavras que o Zé Ramalho usa.
    Larguei…

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  25. Zé Ramalho foi grande admirador das historias em quadrinhos, criou fora verde (Hulk) Kloptônia (superman) e Frevo de mulher (mulher maravilha, cujo autor teve uma vida sexual com duas mulheres e se inspirou nelas pra criar a personagem), apelo sexual é nítido nessa música!

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  26. PATRICIA DE TRISTÃO FERREIRA

    Bem, analisando o contexto da paixão avassaladora entre Zé Ramalho ( um homem rebelde e excêntrico) e Amelinha (para quem a música foi composta e conhecida na época por seu temperamento forte), entendo que a letra fala do medo de Zé Ramalho de apaixonar-se por Amelinha e ser rejeitado. Fala da explosão de sentimentos entre os dois.
    Vejam:
    • Quantos aqui ouvem, os olhos eram de fé (Quantos aqui estão me ouvindo dizer que o olhar dela era de quem acreditou)
    • Quantos elementos amam aquela mulher… (Esta música foi feita para Amelinha que na época era muito jovem e assediada por músicos e autores que queriam que ela gravasse suas músicas, mas também, por chamar bastante a atenção dos homens. Uma mulher brava, conhecida por seu temperamento forte e por falar pouco. Era única, sem o estereótipo da beleza perfeita e com uma voz bastante peculiar.)
    • Quantos homens eram inverno e outros verão (aqui ele fala sobre as opções que ela tinha dentre seus pretendentes, alguns eram inverno, frios demais, outros eram verão, afoitos demais)
    • Outonos caindo secos no solo da minha mão… (outonos, homens decadentes, sendo derrubados pelas mãos de Zé Ramalho, então conclui-se que ela procurava pela primavera, temperatura amena, florida e frutífera)
    • Gemeram entre cabeças a ponta do esporão (Os galos batem as cabeças e se pegam com o esporão a fim de derrubar o inimigo, fala dos homens que brigam por Amelinha),
    • A folha do não-me-toque e o medo da solidão (fala do medo de tocar em algo venenoso, ou seja, envenenar-se com o amor e depois terminar sozinho)
    • Veneno meu companheiro desata no cantador (fala do veneno do amor, já companheiro de Zé Ramalho, que começa na voz do cantor)
    • E desemboca no primeiro açude do meu amor… (e termina no coração)
    • É quando o tempo sacode a cabeleira, a trança toda vermelha (fala de quando os cabelos ruivos de Amelinha balançam e reluzem enquanto dança ao ritmo da música)
    • Um olho cego vagueia procurando por um… (enquanto um olho que não enxerga procura pela companhia de outro olho, ou seja enquanto eles procuram por sua cara metade)(2x)

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  27. Jodie Jordy

    A Netflix poderia produzir um filme baseado nessa música. Com todo respeito, a letra é bem mais profunda, poética, metafórica, que “Bete Balanço”, “Faroeste Caboclo” e “Eduardo e Mônica”.

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  28. Na minha interpretação a música trata de um relacionamento conturbado é que já dava sinais visíveis de desgaste e de ciúmes. Tanto a mulher quanto ele se machucaram bastante. Brotou nela a flor do “não me toque” para ele. Enquanto nele nasce o medo da solidão em ver que a esta perdendo.
    Ela desiludida do amor, passa a ter medo de se entregar e com isso Tem vários relacionamentos passageiros. Homens que não significaram mais do que uma estação (verões e invernos). Enquanto ele, vendo tudo isso, espera o amor dela novamente, durante anos. Ele percebe a perda de tempo em esperar. Quantos anos ele está perdendo esperando ter o amor dela novamente. E os outonos caem secos na palma de sua mão. Os anos que ele perdeu.
    Até se dar conta. Quando o vento sacode a cabeleira.
    Talvez o refrão trate de uma certa libertação, do personagem, dessa espera. E a procura de um novo amor.Um novo ciclo. Uma nova estação. A trança toda vermelha! A cegueira do amor que o reencontra novamente. Espero que dê certo agora para o personagem hehehe. É assim que vejo essa música. Grande abraço.

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  29. Quantos aqui ouvem os olhos eram de fé – (Aqueles que estavam presentes e escutaram o depoimento cantado possuíam boa fé em acreditar no que será dito).
    Quantos elementos amam aquela mulher – (O tema da música é apresentado. Frevo Mulher. A canção foi dedicada a esposa do zé Ramalho que era bastante cobiçada por outros pretendentes).
    Quantos homens eram inverno outros verão – ( As estações geralmente representam diversas fases da vida. Inverno é associado a velhice e verão associado a juventude. A mulher despertava o interesse de homens mais velhos e mais jovens).
    Outonos caindo secos no solo da minha mão. (indica a passagem do tempo. Vários outonos, vários anos se passaram e caíram secos na palma do autor. Sempre dividido entre o amor da mulher amada e a sua liberdade e desejo de individualidade. Sem ficar preso ao ciúme e a prisão de viver para sempre com uma única pessoa cheia de pretendentes).
    Gemeram entre as cabeças a ponta do esporão. (A medida que o relacionamento se aprofunda e a intimidade cresce, entre as cabeças dos dois começam a surgir os conflitos, as cobranças e surge a necessidade da tomada de uma decisão).
    A folha do não-me-toque e o medo da solidão ( O Cantor se sente mais dividido entre perder a sua liberdade e a sua individualidade por um relacionamento sério. Em contrapartida o cantor sabe que conheceu uma pessoa especial e tem medo de perdê-la e ficar para sempre sozinho).
    Veneno meu companheiro desata no cantador. ( Os hábitos do cantor o fazem se afastar a princípio da mulher pelo qual ele está apaixonado e a assumir os velhos hábitos da boemia do cantador).
    E desemboca no primeiro açude do meu amor (O distanciamento do cantor não adianta e o sentimento que ele tem pela mulher, faz com que ele retorne para ela em função do sentimento que ele já desenvolveu).
    É quando o vento sacode a cabeleira
    A trança toda vermelha (O cantor conta o momento em que ele se decide por deixar a vida boemia e se entregar ao seu amor pela esposa. O poeta relaciona a mulher a uma música, uma dança – Frevo Mulher – e relaciona a tomada de decisão de se entregar a um relacionamento sério, como uma dança que sacode a cabeleira e uma trança toda vermelha, vermelho representando vida. paixão. energia)
    Um olho cego vageia procurando por um… (Uma expressão que pode ser interpretada como cada um está procurando o seu par. como sempre há um sapato velho para um pé cansado. Para cada panela existe uma tampa, etc.

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  30. Leandra Lima

    Li que a musica fala de uma mulher com vários pretendentes, e ela se mantém casta, acreditando que nenhum daqueles é o homem certo pra ela.

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