Autor: Casimiro de Abreu
Ri, criança, a vida é curta,
O sonho dura um instante.
Depois… o cipreste esguio
Mostra a cova ao viandante!
A vida é triste – quem nega?
– Nem vale a pena dize-lo .
Deus a parte entre seus dedos
Qual um fio de cabelo!
Como o dia, a nossa vida
Na aurora é – toda venturas,
De tarde – doce tristeza.