Vários Holofotes

Haaaaa heeeee haaaaaa heeeeee
Haaaaa heeeee haaaaaa heeeeee

Vários holofotes ligados aqui
A água do banho já aqueceu
Crianças correm para fora do campinho
Quem sabe aqui dentro o que acontece sou eu

Vários holofotes ligados aqui
A água do banho já aqueceu
Crianças correm para fora do campinho
Quem sabe aqui dentro o que acontece sou eu

É o estado de sítio diário
E o muro é alto e contém a enchente
Um limite de arame farpado
Não acaba com a fome, com a fome da gente
O chão que pinga o teto infiltrado é risco de alerta ligado
Sinto o medo no espaço apertado
É o risco de alerta, de alerta ligado

Vários holofotes ligados aqui
A água do banho já aqueceu
Crianças correm para fora do campinho
Quem sabe aqui dentro o que acontece sou eu

Vários holofotes ligados aqui
A água do banho já aqueceu
Crianças correm para fora do campinho
Quem sabe aqui dentro o que acontece sou eu

Coração, síncope ritmada
Me protege dos meus sentimentos
O santo dorme, o santo Daime
Muita coisa de bom que acontece com a gente
O sol deixou de ser paisagem
E passou a queimar de repente
O sol deixou de ser paisagem
E passou a queimar de repente

Olho a TV e o rádio ligado
Não suportam a imensa gritaria
Já não há mais, já não há mais
O barulho lá fora, o barulho lá fora
Foi selada, foi selada a falsa calmaria

Águas lavam o chão da evidência
Laramassa ela é testemunha
No silêncio não existe flagrante
Foi lavado o asfalto com cunha

Águas lavam o chão da evidência
Laramassa ela é testemunha
No silêncio não existe flagrante
Foi lavado o asfalto com cunha

Haaaaa heeeee haaaaaa heeeeee
Haaaaa heeeee haaaaaa heeeeee

Vários holofotes ligados aqui
A água do banho já aqueceu

Vários holofotes ligados aqui
A água do banho já aqueceu
Crianças correm para fora do campinho
Quem sabe aqui dentro o que acontece sou eu

Vários holofotes ligados aqui
A água do banho já aqueceu
Crianças correm para fora do campinho
Quem sabe aqui dentro o que acontece sou eu


Letra Composta por:
Melodia Composta por:
Álbum: O RAPPA ACÚSTICO OFICINA FRANCISCO
Ano: 2016
Estilo Musical:

30 comentários em “Vários Holofotes”

  1. Fala da realidade vivida na favela, que é bem diferente do que a mídia tenta passar.

    “QUEM SABE O QUE ACONTECE AQUI DENTro SOU EU!”

    0
    1
  2. Julia Beli

    Alguém sabe o que ele quer dizer quando fala Agua do banho ja aqueceu ?? Achei meio sem nexo no meio do contexto…

    0
    0
    1. Ele ilustra o dia a dia da favela,das comunidades. Vários holofotes (Mídia) a água do banho já aqueceu, crianças correm pra fora do Campinho, quem sabe aqui dentro (da comunidade) o que acontece sou eu.

      0
      0
    2. “Agua do banho ja aqueceu” no meu ponto de vista quer dizer que não existem luxos na favela como choveiro elétrico.

      5
      0
    3. João Anderson

      Não tem chuveiro elétrico, mães esquentam água no fogão para os filhos tomarem banho, e ela correm pra fora do campinho de futebol pra irem pra casa

      0
      0
  3. “água do banho já aqueceu” – quando chuveiro elétrico era coisa de rico (e ainda é de quem tem condições de pagar por uma conta cara de luz), a água era (e ainda é) fervida no fogo e derramada em um balde para aquecer a água fria.
    “água do banho já aqueceu” e “crianças correm para fora do campinho” simbolizam coisas simples de uma população sem tanto recurso.

    Mas pode-se ter outros significados. “Água do banho já aqueceu” possa ser usada para lavar a calçada cheia de sangue. Ou ainda, “água” possa significar o sangue que será derramado, e o sangue já aqueceu, no calor de uma confusão/tiroteio. Por isso “crianças correm para fora do campinho”.

    “Olho a tv e o rádio ligado, não suportam a imensa gritaria.
    Já não há mais, já não há mais,
    O barulho lá fora, o barulho lá fora,
    Foi selada, foi selada a falsa calmaria.
    Águas lavam o chão da evidência
    na área mansa ela é testemunha
    no silêncio não existe flagrante
    foi lavado o asfalto com cunha”

    Esse trecho é de entendimento mais fácil. Creio que houve tiros e rojões estourando na comunidade, depois de um certo tempo e muitos mortos, ficou-se um silêncio que a morte traz. Lavou-se depois o chão ensanguentado. E o chão é a testemunha, e no silêncio não há mais ações para serem flagradas.

    3
    0
    1. Essa música trata – se de um lugar para menores infratores que encontra- se em péssimas condições e ambos os adolescentes sofrem abuso de todos os tipos.

      Aonde tem vários holofotes?

      1
      2
      1. Entendi q isso ocorreu dentro da cadeia…tipo num momento de rebelião…
        Na favela não tem muro alto com arames farpado..
        Momento de uma rebelião…com certeza!!!!

        1
        0
        1. “Sol deixou de ser paisagem”
          Só via a sol pela Freitas.
          Passou a queimar…
          A rapaziada no pátio fazendo rebelião.

          2
          0
    2. Ricardo Antonio Alves

      era no seu que eu ia elogiar
      adorei sua analise falou a realidade que a musica tenta transmitir, parabens 🙂

      1
      0
  4. Michel Rootsman

    Esta música forma um cena dentro de minha mente da polícia invadindo a favela enquanto a vida dos moradores estava fluindo normalmente (“Crianças brincando no campinho”, “A água do banho já aqueceu” – alguém aquecendo a água pro banho já que nao tem chuveiro elétrico-.)

    ” Olho a TV e o radio ligado, não suportam a imensa gritaria
    Já não há PAZ, já não há PAZ
    O barulho lá fora, o barulho lá fora,
    Foi selada, foi selada a falsa calmaria.” – Mesmo a TV e o Radio ligado não foram suficientes para abafar o barulho dos tiros e da gritaria das pessoas lá fora e em seguida a falsa calmaria, pois todos se esconderam com medo.

    “Lavam o chão da evidência – Lavam a poça de sangue. “No silencio nao existe flagrante” – Ninguem tem coragem de dizer o que aconteceu com medo.

    Desculpa a brisa aí galera, mas é minha visão desta música. Moh Fyah!

    4
    0
  5. Na minha opinião, essa música explica a vida dentro de um presídio. As formas que tudo acontece. Os assassinatos internos, o campinho, lá nao ha caguetas, por isso o “No silencio não existe flagrante”
    Que viageeem doidoooo

    2
    0
  6. A primeira vez que escutei essa música foi no Acústico O.B , desde então nem sabia que existia no outro CD. Quando escutei, na hora eu pensei que tinha haver com política e até com o processo do impeachment (“foi lavado o asfalto com cunha”).

    Dai pra frente pensei uma porrada de coisa, mais que não sei se essa foi a real ideia deles.

    Alguns trechos que me fazem pensar ainda mais que a música se encaixa no contexto atual:

    “Águas lavam o chão da evidência
    na área mansa ela é testemunha” (Testemunha = Dilma R. ?)

    “Vários holofotes ligados aqui,” (Me lembra algo de IBOPE,Coletivas de Imprensa)

    “É o estado de sítio diário e o muro é alto e contém a inchente.” (Continha?)

    “Crianças correm para fora do campinho,” (Algo relacionado a Brasília, Políticos)

    Não sei, pode ser que esteja viajando, e que a música realmente retrate a realidade na favela. Mas muita coisa veio na minha cabeça e me lembrou questões políticas.

    0
    1
  7. Que música doida… nunca tinha parado pra imaginar…. mas creio que ele esteja falando da vida dentro de um presídio. Imaginei certinho as cenas na minha cabeça hahhaha

    1
    0
  8. na minha concepção essa musica fala da realidade vivida nas favelas
    realidade essa que a mídia manipula impulsionada por um jogo de interesses políticos visando benefícios próprios
    o resultado disso e a corda arrebentando pra o lado dos mais fracos
    e crianças q já não tem como se divertir diante de tanta violência que acaba em impunidade e por ai vai.e o que eu acho.

    0
    0
    1. Leo Bocci Fran Colhassi

      Primeiramente, a música, segundo varias outras fontes, está diferente em um trecho:
      “Coração, SÍNCOPE RITMADA
      Me protege dos meus sentimentos
      O santo dorme, o santo DAI-ME
      Muita coisa de bom que acontece com a gente”

      Bom, o que minha namorada e eu estávamos analisando aqui, a musica pode tratar de mais de um tema, mas em especial sobre questões climáticas, entre elas o desastre de Mariana-MG.

      “Vários holofotes ligados aqui (…) Quem sabe aqui dentro o que acontece sou eu” – A mídia (“holofotes”) mostra os casos, mas quem sabe o que acontece é só quem está vivendo aquela situação – Ex.: O caso do desastre de Mariana foi amplamente mostrado, não só pela mídia nacional, mas também pela internacional, envolvendo ate celebridades, porém as famílias ainda sofrem com o ocorrido e nada mais é mostrado.

      “É um estado de sítio diário” – Estado de sítio é um estado de exceção, instaurado como uma medida provisória de proteção do Estado, quando este está sob uma determinada ameaça, como uma guerra ou uma calamidade pública.

      “O muro é alto e contém a enchente” – – O muro alto que contia a enchente eminente em Mariana.

      “Um limite de arame farpado”-
      Não acaba com a fome, com a fome da gente” – Questão fora do caso de Mariana: podem estar tratando sobre que uma delimitação marcada com muros e arames farpados não acabam com as necessidades da população carente.

      “Sinto medo no espaço apertado
      É o risco de alerta, de alerta ligado” – Seria sobre a maior probabilidade de assalto, arrastões e atentados em locais com maior concentração de pessoas. Ou também sobre aglomerações comuns nas comunidades carentes.

      “O sol deixou de ser paisagem
      E passou a queimar de repente” – O Sol que outrora era visto como algo belo hoje é associado com a preocupação do aquecimento global.

      “Águas lavam o chão da evidência” – Como se desse a entender que limpando os dejetos da mineradora de Mariana a evidencia do acidente teria sido limpa.

      “Na área mansa ela é testemunha” – A água que leva os dejetos do acidente aos rios e mares, mesmo que distantes, é testemunha do ocorrido.

      “No silêncio não existe flagrante” – Silêncio da mídia dando a falsa impressão que tudo está resolvido.

      “Foi lavado o asfalto com cunha” – “Cunha” objeto angular usado para abrir fendas em materiais como pedra, madeira e, por que não, a lama seca de Mariana.

      … e quem sabe o que acontece lá, são só eles.

      Franciele Colhassi & Léo Bocci

      0
      2
      1. Leo Bocci Fran Colhassi

        Vi agora que a musica é de 2008, antes do acidente de Mariana.
        Porém, em 2007, um acidente muito semelhante aconteceu também em MG. Segue trecho de uma reportagem do site G1:

        “Em 10 de janeiro de 2007 houve o rompimento da barragem São Francisco, na zona rural de Miraí, onde havia concentração de resíduos de bauxita. No entanto, o rompimento causou danos ambientais como inundação de trechos de áreas agricultáveis, mortandade de peixes e desabastecimento de água na vizinha Muriaé, na cidade de Laje do Muriaé (RJ) e nos distritos de Retiro e Comendador Venâncio, em Itaperuna (RJ). Meses antes, a barragem havia apresentado vazamento, mas foi controlado.”

        0
        0
  9. Leo Bocci Fran Colhassi

    Primeiramente, a música, segundo varias outras fontes, está diferente em um trecho:
    “Coração, SÍNCOPE RITMADA
    Me protege dos meus sentimentos
    O santo dorme, o santo DAI-ME
    Muita coisa de bom que acontece com a gente”

    Bom, o que minha namorada e eu estávamos analisando aqui, a musica pode tratar de mais de um tema, mas em especial sobre questões climáticas, entre elas o desastre de Mariana-MG.

    “Vários holofotes ligados aqui (…) Quem sabe aqui dentro o que acontece sou eu” – A mídia (“holofotes”) mostra os casos, mas quem sabe o que acontece é só quem está vivendo aquela situação – Ex.: O caso do desastre de Mariana foi amplamente mostrado, não só pela mídia nacional, mas também pela internacional, envolvendo ate celebridades, porém as famílias ainda sofrem com o ocorrido e nada mais é mostrado.

    “É um estado de sítio diário” – Estado de sítio é um estado de exceção, instaurado como uma medida provisória de proteção do Estado, quando este está sob uma determinada ameaça, como uma guerra ou uma calamidade pública.

    “O muro é alto e contém a enchente” – – O muro alto que contia a enchente eminente em Mariana.

    “Um limite de arame farpado”-
    Não acaba com a fome, com a fome da gente” – Questão fora do caso de Mariana: podem estar tratando sobre que uma delimitação marcada com muros e arames farpados não acabam com as necessidades da população carente.

    “Sinto medo no espaço apertado
    É o risco de alerta, de alerta ligado” – Seria sobre a maior probabilidade de assalto, arrastões e atentados em locais com maior concentração de pessoas. Ou também sobre aglomerações comuns nas comunidades carentes.

    “O sol deixou de ser paisagem
    E passou a queimar de repente” – O Sol que outrora era visto como algo belo hoje é associado com a preocupação do aquecimento global.

    “Águas lavam o chão da evidência” – Como se desse a entender que limpando os dejetos da mineradora de Mariana a evidencia do acidente teria sido limpa.

    “Na área mansa ela é testemunha” – A água que leva os dejetos do acidente aos rios e mares, mesmo que distantes, é testemunha do ocorrido.

    “No silêncio não existe flagrante” – Silêncio da mídia dando a falsa impressão que tudo está resolvido.

    “Foi lavado o asfalto com cunha” – “Cunha” objeto angular usado para abrir fendas em materiais como pedra, madeira e, por que não, a lama seca de Mariana.

    … e quem sabe o que acontece lá, são só eles.

    Franciele Colhassi & Léo Bocci

    0
    1
  10. Na verdade essa música “vários holofotes”
    Simboliza o encontro de duas vertentes da arte do paisagismo clássico. Sendo ilustrada na dinâmica presencial de escolas dessa arte. Esse personagem revive momentos lúdicos da sua infância através de representações paralelas paradoxais, bem descritiva entre teoria espiritual e a pratica de cultivar plantas ornamentais. Contudo, leva-se em conta um paralelo entre sua vivência e seus métodos recentes aplicados na Europa Ocidental contemporânea, e por ele aplicada hj.

    0
    1
  11. Sinceramente? Essa música é sobre chuva. As pessoas tentam achar significados profundos demais, como o desastre de Mariana que aconteceu muitos anos depois.

    Vejam bem, ele começa falando dos holofotes (postes) que acenderam (quando escurece) e vai narrando a história de ter barragens para enchente, mas ainda assim temer a infiltração, o espaço apertado e o risco de alagar. É sem dúvida uma favela ou algum lugar bem pobre.

    Segue a música contando sobre a chuva desde o início, dizendo que o sol esquentou de repente, a TV e o rádio ligado nem aguentavam a gritaria (das crianças lá fora), aí começou a chover. Já não há mais o barulho lá fora, foi selada a calmaria. E termina com as águas da chuva lavando as evidências do que acontece naquele lugar.

    0
    1
  12. Alex Lopes

    Analisei e cheguei a uma conclusão sobre essa letra:

    Haaaaa heeeee haaaaaa heeeeee
    Vários holofotes ligados aqui,
    A água do banho já aqueceu,
    Crianças correm para fora do campinho
    Quem sabe aqui dentro o que acontece sou eu

    ((( Nessa parte cita uma mãe solteira de classe baixa que esquenta a água para os filhos dela que deixam o campo após a brincadeira, indo para casa tomar banho. E ainda cita que a unica pessoa que sabe de tudo de dentro da casa dela, das rotinas e dificuldades é ela )))

    É o estado de sítio diário e o muro é alto e contém a inchente.
    Um limite de arame farpado não acaba com a fome, com a fome da gente.
    O chão que trinca o teto infiltrado é risco de alerta ligado
    Sinto o medo no espaço apertado é o risco de alerta, de alerta ligado

    ((( O estado de sítio diário vem das possibilidades de tiroteios, enchentes, barrancos caindo, ainda cita a condição precária da casa que eles vivem )))

    O coração se não pirrite mata me protege dos meus sentimentos
    O santo dorme, o santo daime muita coisa de bom que acontece com a gente
    O sol deixou de ser paisagem e passou a queimar de repente (2x)

    ((( Nessa parte reflete um pouco da religiosidade, levando a entender que o pouco de coisas boas que acontecem na vida dessa família é graças aos santos.
    Já o sol deixar de ser paisagem e começar a queimar é o trabalho duro que ela tem que enfrentar no sol quente, como vendedora ambulante por exemplo )))

    Olho a tv e o rádio ligado, não suportam a imensa gritaria.
    Já não há mais, já não há mais,
    O barulho lá fora, o barulho lá fora,
    Foi selada, foi selada a falsa calmaria.

    ((( essa parte mostra eles em sua rotina, provavelmente a mãe ouvindo radio e as crianças vendo tv, as unicas formas de entretenimento. Quando provavelmente os sons de tiros e parentes desesperados das vitimas interromperam a falsa calmaria. Que logo volta a calmaria que era como se nada tivesse acontecido )))

    Águas lavam o chão da evidência
    na área mansa ela é testemunha
    no silêncio não existe flagrante
    foi lavado o asfalto com cunha

    ((( aqui retrata os moradores lavando o chão que seria a evidencia do crime, no silencio dos moradores da favela que nada sabem e nada viram, não existe flagrante ))))

    2
    0
    1. Alex Lopes

      Lembrando que a letra original é um pouco diferente em alguns pontos dessa que eu copiei deste site aqui. Mas o entendimento é o mesmo.

      0
      0

Deixe sua análise

Escreva aqui o significado, análise, o seu pensamento. O que te faz gostar dessa letra? Seu email não será publicado.

Sair da versão mobile