A Queda

Quantos sonhos em sonhos acordo aterrado
A terrores noturnos minha alma se leva
É um insight soturno é o futuro passando
Na velocidade terrível da queda
Na velocidade terrível da queda
Ante o colapso final a vertigem
próximo ao chào a penúltima descoberta
Que a lógica violenta das cores tinge
A velocidade terrível da queda
A velocidade terrível da queda
Como cair do céu é tão simples
Queda que a tudo e a todos transtorna
Ah! as bombas, a chuva, os anjos e seus loucos
O mundo todo na velocidade terrível da queda
O mundo todo na velocidade terrível da queda
Resvalando em abismos um pôr do sol furioso
Que a sensação de perda ao ver exagera
É o desespero vermelho de um apocalipse luminoso
Ejaculado da velocidade terrível da queda
Ejaculado da velocidade terrível da queda
Diante do medo um sorriso aeróbico
Nas bochecahas a caimbra de uma alegria incompleta
Nada como um sorriso burro e paranóico
Para não perceber a velocidade terrível da queda
Para não perceber a velocidade terrível da queda


Letra Composta por: Lobão
Melodia Composta por:
Álbum: NOSTALGIA DA MODERNIDADE
Ano: 1995
Estilo Musical:

14 comentários em “A Queda”

  1. Parece a descricao do segundo anterior ao vomito de de um bebedao quando chega em casa, entra no banheiro, e se sente a vontade no conforto de casa.

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  2. Tenho a impressão de que a letra retrata a passagem do tempo, metaforizada na forma de uma queda. Gostaria de saber em que ano Lobão escreveu essa letra, pois poderia analisar melhor, levando em consideração o contexto da época e de sua vida. De qualquer forma, é notório que o estado mental está alterado ao escrever a letra, seja uma alteração causada por um estado depressivo, por exemplo. Gostei da sonoridade das palavras e da brincadeira com elas, por exemplo: “(…) aterrado” “A terrores” (no primeiro e segundo verso).

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  3. Creio que ele fala de uma espécie de culpa, culpa essa que carrega o medo e a desesperança do perdão, pois realmente é culpado, e a “queda” é a consequencia do ato que gerou a culpa.
    Parece aquele instante onde tudo fica descoberto, e a culpa é inegável, e o ser entra numa poranóia desesperada entre esperança de se safar, e a certeza da queda, do abismo. E essa reflexão acontece ao mesmo tempo da queda, se reflete enquanto cai…para não perceber a velocidade terrível da queda…

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  4. ALGO RELACIONADO A UMA EVOLUÇÃO SOCIAL QUE NAO ACONTECE.
    O TEMPO PASSA COMETEMOS OS MESMOS ERROS,SOMOS ENGANADOS POR UMA MINORIA DOMINADORA AO QUAL DOMINARAM NOSSOS PAIS E AVÓS E CONTINUAM A NOS ENGANAR…
    VIVEMOS ENGANADOS POR CONSERVADORISMO(SORRISO BURRO E PARANOICO).
    A QUEDA NADA MAIS É DO QUE A PERDA DE VALORES E A FALTA DE OBJETIVOS MOTIVADA POR NOSSOS ”INIMIGOS ”…

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  5. Luciano Soares

    Pessoal, sem complicações.
    É simples, ele está apenas descrevendo a cena de um suicídio.
    É descrito no início o insight soturno que ele teve provocado por uma situação de desespero que ele descreve como tendo tido vários sonhos e depois disso tendo acordado aterrado.
    Como soluçao ele opta por libertar sua alma numa queda livre de um abismo de onde ele voa para libertar seu espírito.
    No decorrer da letra ele fala do medo inicial de saltar, a vertigem ao ver o precipício.
    Em seguida ele fala do tabu do suicídio perante a sociedade que para ele é uma simples queda, mas que é um transtorno incômodo para a maioria.
    O que a sociedade onde ele vive admite que se projete em queda livre?
    Bombas? Chuva? Anjos caídos? Loucos?
    Ele fala da sensação de perda ao abandonar a vida, mas mesmo assim admite essa sensação como exagerada.
    No final ele descreve poeticamente o resultado visual do impacto da queda: “o desespero vermelho de um apocalipse luminoso Ejaculado da velocidade terrível da queda”.
    Para entender o uso da palavra ejaculado na imagem desse “desespero vermelho de um apocalipse luminoso”, imagine a cena de um crânio batendo contra o chão depois de enfrentar a velocidade terivel da queda.
    A imagem que ele deixa na conclusão do texto é a fotografia de um indivíduo que não conseguiu chegar à felicidade cobrada pela sociedade.
    A imagem de um indivíduo que, mesmo diante do medo que sente ao encontrar o abismo, consegue esboçar um sorriso insano ao encarar a única perspectiva de fuga dos seus terrores noturnos.

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    1. alvinegrouco

      Luciano boa noite
      Na minha opinião a sua interpretação foi, simplesmente, PERFEITA.
      PARABÉNS.
      TONINHO
      Falo de Vitória ES

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  6. Alberto Onofre

    Como faz para incluir letras. Tanta letra interessante para analisar, como: Panamericana; O Rock Errou; Pobre Deus; To a Toa Tokio; Cuidado…

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  7. Flávio Ricardo de Almeida

    Baita letra, descreve a brevidade da vida, o quanto todos estamos engajados sem se dar conta que ela está passando, a queda é o fim da vida, e tudo aquilo que você fez só tornou com que a “velocidade da queda” fosse potencializada cada vez mais!! Estamos todos caindo, e quando se cai o fim é certo, não há outro destino!!!

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