Fanatismo

Minh’ alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver
Não és sequer a razão do meu viver
Pois que tu és já toda minha vida
Não vejo nada assim enlouquecida
Passo no mundo, meu amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história, tantas vezes lida!
Tudo no mundo é frágil, tudo passa
Quando me dizem isto, toda a graça
De uma boca divina, fala em mim!
E, olhos postos em ti, digo de rastros
(Ah! Podem voar mundos, morrer astros
Que tu és como um Deus: Princípio e fim!)

Eu já te falei de tudo, mas tudo isso é pouco
Diante do que sinto


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