Quando eu mais precisei
Nunca mais vi você
Foi difícil esquecer
tanto faz, nem pensei
Só o tempo irá dizer
Não tem como entender
Hoje eu tenho que esperar
Mas meu dia vai chegar
O mundo dá voltas
Não posso mais parar
É só correr atrás
Nem tudo mudou
Não quero mais pensar
No que ficou pra trás
E nada faz voltar…
Quando eu estava ali
Sem saber pra onde ir
É melhor nem lembrar
Sempre penso em conseguir
Nunca penso em desistir
Deixo a vida rolar
Hoje eu tenho que esperar
Mas meu dia vai chegar
O mundo dá voltas!!!
Não posso mais parar
É só correr atrás
Nem tudo mudou
Não quero mais pensar
No que ficou pra trás
E nada faz voltar…
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Esta é mais uma crítica do que uma interpretação, até porque não há muito o que se interpretar nessa letra, mas há muito o que se criticar. A mensagem básica é clara, alguém lamenta por perder seu objeto de desejo, provavelmente uma pessoa adorada, e tenta superar a situação. O problema está é na forma dessa mensagem.
A letra é pobre e incoerente. Incoerente porque o cara começa dizendo que foi difícil esquecer o seu objeto de desejo, e logo em seguida diz: “Tanto faz, nem pensei”. Ora, se foi difícil esquecer,ficar sem o seu objeto de desejo, por que ele diz que tanto faz?! Também é incoerente pois no 7º verso da 1ª estrofe se diz o seguinte: “Hoje eu tenho que esperar/ Mas meu dia vai chegar/ O mundo dá voltas” – até aí tudo bem, mas logo em seguida vem: “Não posso mais parar/ É só correr atrás” – como assim?! O cara afirma que tem que esperar e poucos versos depois expressa, veementemente, que não pode parar, que tem que correr atrás?!!! Totalmente contraditório isso!
É pobre principalmente por causa das rimas. Vide, por exemplo, a 3ª estrofe: o autor rima “ali”, com “ir”, com “conseguir”, com “desistir” e “lembrar” “rolar”É pobre porque a letra praticamente não possui figuras de linguagem, como metáforas – não que letras objetivas sejam ruins, mas se for pra ser objetiva que seja coerente. As poucas metáforas que aparecem são puros clichês, como “O mundo dá voltas”, “Só o tempo irá dizer” etc., que não exprimem nada de criativo.