João e Maria

Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy era você além das outras três
Eu enfrentava os batalhões, os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque e ensaiava o rock para as matinês
Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei a gente era obrigado a ser feliz
E você era a princesa que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país
Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião, o seu bicho preferido
Vem, me dê a mão, a gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido
Agora era fatal que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá desse quintal era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim?


Letra Composta por: Chico Buarque e Sivuca
Melodia Composta por:
Álbum: CPD
Ano: 1977
Estilo Musical: MPB

80 comentários em “João e Maria”

    1. A Criatura

      Essa afirmação não é de um todo verdadeira, foi um jogo de Chico Buarque. A música, na realidade, critica a ditadura, mas ele não podia dizer isso na televisão naquela época. Por isso alega que é uma música para crianças, para enganar a censura dos militares.

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      1. Concordo plenamente com você A Criatura. É uma crítica à ditadura, ele não podia expressar seu repúdio ao governo explicitamente.

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      2. Rodrigo Augusto

        Vamos concordar que Chico foi um grande crítico da ditadura, isso não é mistério para mais ninguém. Mas vamos parar com esta ideia fixar de classificar qualquer produção dos anos 60 e 70, principalmente do Chico, Caetano e Gil como crítica ao regime. As composições do Chico iam além disto. E João e Maria é um caso, ele mesmo chegou a explicar que a melodia do Sivuca remetia a ele algo de sua infância e tomou isso como base para escrever a letra sobre duas crianças que viviam em mundo imaginário infantil e, posteriormente, passariam pelo drama de terem de crescer.
        Sim, Chico era, e é até hoje, um crítico político, mas não apenas.
        Vamos abrir a mente, pessoal. Não caiam em velhos e repetidos discursos, tentem analisar as coisas um pouco mais a fundo!

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  1. Maria Luzia

    O Chico se apropria da linguagem infantil para criticar governos autoritarios.”Agora” eu “era” é assim que crianças fantasiam em suas brincadeiras nas quais enfrentam situações com grandes vilões e saem vencedoras.Quando vencem, logo inventam outro vilão para destruir. Chico tinha o nazismo, na Alemanha e a ditadura no Brasil. Faz referencia ao “dedos duros” (bedel, que eram infiltrados nas universidades para vigiar ações subversivas de prof. ou alunos e os juizes que eram grandes servidores da ditadura, nem todos, é lógico).Chico sonha com leis que pare com a censura, proibições em geral, que faz o povo infeliz e com medo.

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      1. Bobão,só uma besta pode por um comentário desse.Apoiador de corruptos e ladrões do sofrido povo brasileiro.Metido ,intelectual de Mérida.

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        1. simone pereira

          bem aplicada sua observação…os lindos olhos de chico..nao sao lindas como suas intençoes…ainda mais politica…é triste crescer e constatar que só contaram historinhas pra ludibriar… um povo que foi acostumado a ficar longe de livros…como se o conhecimento fosse uma arma maldita da Direita…Gramsci que o diga…Pais falido culturamente…Universidade publica feita pra esquerda e so pra esquerda…meritocracia zero.
          e essas porras de 16 anos falam de repressao que e repetem palavras de ódio sem ao menos saber conjugar um verbo no futuro de preterito…

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          1. Eduarda Blezins

            É triste ver que uma pessoa que se intitula tão Articulada pense dessa forma,Só deverá existir meritocracia quando o ponto de partida for o mesmo,os programas do antigo governo ” esquerdista” foram os que trouxeram o mínimo da equidade necessária para que se pudesse talvez daqui a alguns anos cogitar a tão famigerada “meritocracia”

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        2. Sergio Luiz Alves Drago

          Sai daqui, seu fascista. Você, comprovadamente é um apoiador de torturadores. Nada contra o Lula foi provado, mas as falas fascistas do seu presidente estão gravadas.

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  2. Maria Luzia

    No “faz de conta” Chico destroi esses inimigos que tanto impedem o povo de ser feliz. Acho maravilhoso quando ele destroi os alemães, descansa e em seguida destroi a ditadura. Mas o faz de conta acaba e ele percebe que a maldade humana nunca terá fim…

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  3. Déborah Barreiros

    Acredito que quando ele diz “Pois você sumiu no mundo sem me avisar”, ele faz referência aos amigos e artistas exilados pela ditadura…

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    1. Jorge Ricardo da Silva

      Quando Chico gravou a canção o mesmo fez várias alterações foi durante a ditadura em 1976.

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  4. Bárbara Gomes

    bárbara, minha xará… se você prestasse atenção, teria percebido que o mestre Sivuca compôs a melodia em 1947, mas Chico só compôs a letra em 1977.
    Portanto, da próxima esteja mais atenta!!

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  5. Virgínia Ribeiro

    Déborah, neste mesmo trecho eu acredito que ele se refere também aos militantes anti-ditadura que sumiram “de repente” e cujos corpos jamais foram encontrados.

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  6. jhoie araujo

    Poh o Chico nasceu em 1944!
    Ele fez essa musica com 3 anos??SSHAUHSUAUSHUAHSUHAUSHAUHSUAHSUAHSUHASUHAUSHUA

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  7. vitormendes

    Na realidade, Chico fala de uma pessoa amada mas ele não tem essa intenção. A real intenção dele é falar da Liberdade que ele tanto queria, ou seja, da luta contra a ditadura militar.

    No trecho, “Pois você sumiu no mundo sem me avisar
    E agora eu era um louco a perguntar
    O que é que a vida vai fazer de mim?”, há uma clara demonstração de saudade. Mas na realidade, essa é uma saudade da Liberdade que havia acabado.

    Para os Militares da época, uma música como essa parecia totalmente inofensiva para a ditadura, mas, na realidade, Chico Buarque, com toda sua genialidade, consegue esconder dessas pessoas a intenção de sua letra.

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  8. No texto, há uma apologia ao anarquismo proposto por Nietzche(um Estado sem Governo, já que se podia ser ao mesmo tempo bedel,juiz, herói,guerreiro,artista e a mulher princesa, plebeia e meretriz-andava nua pelo meu pais-); há também uma ligação do anarquismo ao Comunismo, já que a vitoria sobre os alemaes na segunda guerra, pode afirmar a hegemonia soviética e dividir o mundo entre as duas potencias mundiais

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  9. Outra curiosidade é o paradoxo usado pelo autor: ” e pela minha lei a gente era OBRIGADO a ser feliz”…

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  10. Dá margem pra muita interpretação. Pra mim marcou minha infância, meus pais ouviam muito. Eu fantasiava a respeito. Tentava adequar ao que vivia.

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  11. Priscila Casonato

    Como a letra foi escrita em 1977,acredito sim que Chico tenha sofrido influência do momento histórico vivido (ditadura). Porém não podemos esquecer q a melodia é de 1947, época em que Chico viveu sua infância. A inspiração vem da literatura de sua infância; Irmãos Grimm. Outra questão que devemos levar em conta é fato de Chico brincar com a conjugação do verbo:”agora eu era”, ele conjuga o verbo no imperfeito usando um tempo no lugar de outro assim como as crianças fazem.

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  12. Acho que o eu-lirico da canção é na verdade a instituição Forças Armadas brasileiras. Considerando que a música é de 47 (logo pós 2a Guerra) e a letra só foi escrita em 77 (como está no site do Chico Buarque) o autor primeiro tenta construir uma certa evolução cronológica da atuação dos militares (o que tem a ver com o tema de canção infantil, como se este estivesse tentando resgatar a infância das Forças Armadas e dos ouvintes a lembrar das impressões da época).

    1) “Agora eu era o herói e o meu cavalo só falava inglês” (Logo após 2a guerra, com a participação ao lado dos norte-americanos, pracinhas são vitoriosos e portanto voltam como heróis)
    2) “A noiva do cowboy era você além das outras três” (Cowboy=EUA e Noiva=Ditadura; além do apoio oficial aos 3 poderes brasileiros, existiria o extra-oficial que sustentava o poder dos militares – principalmente pelo contexto da Guerra Fria)
    3) Eu enfrentava os batalhões, os alemães e seus canhões (Outra referencia à 2a Guerra e a participação brasileira, confirmando o eu-lirico como sendo o militar brasileiro)
    4) Guardava o meu bodoque e ensaiava o rock para as matinês (Fala da influencia norte-americana na juventude do pós-guerra e principalmente nas Forças Armadas do pós-guerra, década de 50)
    5) Agora eu era o rei, era o bedel e era também juiz (Há mudança de tempo – do antes para o agora, presente – e se era rei e também juiz, concentrava os 3 poderes em minhas mãos, ou seja, agora o militar era ditador)
    6) E pela minha lei a gente era obrigada a ser feliz (E pelas leis impostas, não poderia haver discordancia politica, deveria existir um clima de “ordem e progesso”, certamente aquela euforia pós-70 etc)
    7) E você era a princesa que fiz coroar / E era tão linda de se admirar / Que andava nua pelo meu país (O interlocutor, novamente, parece ser a instituição “ditadura”, resultado do projeto e esforço militar – “que fiz coroar”; que causa orgulho aos militares – “era tão linda”; e que não teme represálias mesmo após o uso de torturas e o aumento de restrições do AI5 – “andava nua pelo meu país”)

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  13. Minha interpretação dessa música além da questão da ditadura, é a seguinte
    “agora eu era o herói”
    ele seguia os padrões americanos, as mulheres o amavam, enfrentava armas de fogo fato de q os heróis morrem cedo.

    “agora eu era o rei”
    fato de que havia resgatado a liderança do EU
    que as leis dele, ele mesmo fazia e não era influenciado nem manipulado
    mostrando assim q tinha evoluido e q o amor dele era verdadeiro
    fala tbm q o homem tem o poder da decisão mas as mulheres tem o dominio dos homens

    “agora era fatal que o faz de conta terminasse assim”
    como toda mentira um dia acaba o que é verdadeiro é eterno.

    bom entendi assim, talves não tenha nada a ver, talves tenha visto dessa maneira pelo momento q estou vivendo 😉

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  14. Meu Deus, quanta criatividade, para falar até de Nietzche!
    Nem tudo que o Chico escreveu esta ligada a Ditaruda Militar.
    Parem de tentar demonstrar que são cultos utilizando contextos históricos e filosóficos para explicar uma musica, que como revela o video, é apenas uma conversa de criança.
    Que modinha escrota, que para escutar chico tem que saber falar sobre política e questões sociais, música é música!

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  15. Bem, meu comentário ratifica o do Marcos. Lembrem-se de Fernando Pessoa: “O poeta é um fingidor; finge tão completamente, que chega a fingir que é dor, a dor que deveras sente.”

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  16. Acredito que ele possa ter atribuídos partes consideráveis sobre a Ditadura Militar, mas tudo partilhado com uma simples conversa de criança. E não de forma excepcionalmente ‘militar’.

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  17. ana cristina rezende

    Na minha humilde opinião eu prefiro acreditar na parte mais simples e delicada da música onde o autor se refere a recordações infantis, parte da infãncia de um menino e uma menina onde é intertextualizado o conto João e Maria. Na musica é contada as brincadeiras e as imaginações de criança. Quando o autor diz “agora eu era” refere-se a sua fala quando menino sem a exigência da conjugação correta do verbo. Quando se refere as lutas significa que a imaginação vai longe, basta acreditar pois criança pode brincar de ser tudo! E finalmente quando diz voce sumiu no mundo sem me avisar é porque depois de adulto eles não tem mais contato e agora é vida real… Obrigado pela atenção…

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  18. Chico não era só “O politico” era também “o malandro” , “O poeta” e “o amante” como genialmente lançaram em uma coletania. Essa musica está no disco “O poeta’ concordo que nada tem aver com a ditadura. É um poema lindo, as vezes entendo ele de maneira crua e simples. e as vezes atribuo essa letra a algo mais complexo, de pessoas adultas, crescidas em metafora de crianças.

    “Agora eu era o herói” em contraste com “agora era fatal que o faz de onta terminasse assim” as vezes me faz pensar em um homem que tinha tudo ao ter uma mulher, “Alám das outras 3” um homem infiel, mas com um unico amor “A princesa que eu fiz coroar” Mas de repente esse homem se vê perdendo essa mulher “agora eu era o seu brinquedo”…
    Mas as vezes penso que só se trata de crianças mesmo. embora essa segunda interpretação muitas vezes me seja conveniente usar.

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  19. Vitinho Gouveia

    A gente não tem noção do tamanho da genialidade desse cara…

    Ele fez essa música para as crianças SIM. Mas ele cutucou o regime da época, sem dúvida.

    O comentário de Riobaldo é brilhante. Numa canção de criança, Chico poderia falar de qualquer outra coisa, poderia fazer uma história mais simples, como um conto de fadas, mas não, foi justamente em cima da ditadura.

    Por tanto amigos,Ele escreveu essa musica pra crianças, contra a ditadura e, tendo em vista a genialidade dele, pra mais mil interpretações que venha aarecer aqui.

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  20. ADOREI O COMENTÁRIO DO MARCOS! É ISSO AÍ, MÚSICA É MÚSICA… ACHO QUE ESSA LETRA POUCO TEM A VER COM A DITADURA! É UMA CRIANÇA QUE BRINCA, FANTASIA, E QD ELE DIZ “AGORA ERA FATAL QUE O FAZ DE CONTA TERMINASSE ASSIM…” É PQ A CRIANÇA CRESCEU, É AGORA UM ADULTO E A REALIDADE É OUTRA…

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  21. Thaís Fontenele Prata

    Eu já escutei essa música umas 500 vezes e só chego a uma conclusão. O ” cantor ” no caso, é uma criança relembrando sua infância e em especial, uma pessoa que brincava com ele.

    ” Agora eu era herói.. ” – Ou seja, ele pode ser o que quiser.
    ” A noiva do cowboy era você, além das outras três. ” – ELA, participava das brincadeiras dele.
    ” Eu enfrentava os batalhões, os Alemães e seus canhões. ” – Não tinha noção do perigo das coisas e em suas brincadeiras podia enfrentar o mundo todo, se fosse preciso.
    ” Guardava o meu bodoque e ensaiava um rock para as matinês. ” – No mesmo instante em que enfrentava todos, podia guardar sua arma e ensaiar uma música.
    “‘ Agora eu era o rei, era o bedel e era também juiz. E pela minha lei, a gente era obrigado a ser feliz. ” – Ele poderia ser o que quisesse, contanto que fosse feliz daquela maneira.
    ” E você era a princesa que eu fiz coroar. E era tão linda de se admirar, e andava nua pelo meu país. ” – Da mesma forma que ele era o que queria ser, ela também era o que ele queria que ela fosse.
    ” Não, não fuja não. Finja que agora eu era o seu brinquedo.
    Eu era o seu pião, o seu bicho preferido.. ” – Como se ela começasse a se afastar e ele quisesse inverter as posições das brincadeiras para que ela ficasse.
    ” Vem, me dê a mão, a gente agora já não tinha medo
    No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido. ” – Dizendo que juntos eles poderiam continuar sendo felizes, ao menos em suas brincadeiras.
    ” Agora era fatal que o faz-de-conta terminasse assim. ” – Referindo – se a infância que estava acabando. E agora ele não podia mais ser rei, herói, nem juiz.
    ”Pra lá desse quintal era uma noite que não tem mais fim. Pois você sumiu no mundo sem me avisar. ” – A companheira de brincadeiras foi embora, a infância foi embora, e o quintal (local onde eles brincavam), tornou – se um lugar escuro, sem vida, como uma noite que não tem fim. Tudo isso por que a amiga e a imaginação sumiram aos poucos. ”
    ” E agora eu era um louco a perguntar: o que é que a vida vai fazer de mim? ” – O que vai acontecer agora, já que não pode mais brincar de ser o que quer? Cresceu e terá que assumir apenas um papel.

    Enfim, há quem diga que essa música fala da ditadura, mas eu só consegui analisar assim. É a minha opinião. Cada um entende como quiser.

    – Thaís Fontenele Prata.

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    1. A única referência à ditadura está aqui: No tempo da maldade (ditadura) a gente nem tinha nascido. No demais, refere-se à infância mesmo.

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    2. Mara Ghellere de Mendonça

      Parabéns, Thaís Fontenele Prata!
      Como professora de Língua Portuguesa, trabalhando com crianças de 11 anos, essa a interpretação que fiz.
      Amei!

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  22. George Cidra

    Na minha modesta interpretação também sou levado a crer que o autor procura com a letra remeter-se ao mundo da fantasia infantil. Retratando também a ordem cronológica do ser. Senão vejamos: “agora eu era herói…” refere-se aos filmes de faroeste americanos os quais assistia daí o cavalo falar inglês, e a menina sempre se apaixona pelo mocinho que por sua vez sempre tem várias pretendentes. “Eu enfrentava os batalhões…”
    Lógico que o mesmo brincava de soldadinhos de chumbo onde se travavam batalhas sempre tendo como inimigos em comum os alemães. “guardava meu bodoque…” Já quando ele entra na adolescência deixando o brinquedo e parte-se para o lado musical-instrumental. “agora eu era o rei… “O mundo pós- adolescência onde se imagina ser o dono do próprio nariz e está acima de tudo e todos.” E você era a princesa que fiz coroar…” Ele a desposou e a coroa simbolizava a aliança ela andava à vontade (nua) em sua casa (país). “não fuja não, finja que era…” referência vida do casal, onde ele a convida a emergir e dar asas as suas fantasias. “vem me dê à mão a gente já não tinha medo” No mundo deles já não existia mais tabus e os mesmos eram fiel mutuamente. “agora era fatal que o faz…” Nesta parte ele descreve o final de tudo reverenciando a morte como “uma noite que não tem mais fim” descrevendo a morte da companheira o que o deixou mergulhado num mundo de desatino.

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  23. Emília Elias

    Na minha humilde opinião Chico Buarque foi um dos poetas que mais macaram nesta época por conta de suas criticas e suas musicas de duplo sentido com uma pintadinha de indireta a musica “João e Maria” fala da infância de uma criança,e cutuca a ditadura militar pois naquela época os poetas eram proibidos de falar sobre a ditadura militar era um tempo onde as pessoas eram opremidas.
    Muitos trechos da musica demonstram a presença da ditadura militar!

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  24. Logo no início,na primeira frase já começa com uma certa insatisfação do autor,”Agora eu era o herói” Agora é presente quer dizer algo que ele vive no momento,”eu era” já é pretérito,então ele sente saudade daquilo que o fazia bem,nessa caso o “herói”.O lugar em que há um maior número de heróis é a América do Norte,nos mostra uma enorme influência americana sobre os brasileiros
    ,e isso é logo explicado com a frase ” E o meu cavalo só falava inglês”,não precisa nem explicar.”A noiva do cowboy era você além das outras três” O termo Cowboy ganhou um sentido mais geral devido ao gênero cinematográfico e literário sobre o faroeste,os primeiros Cowboys apareceram no meio do século XVIII,quando os norte-americanos venceram os ingleses e passaram a ser independentes,mas uma vez nos mostra a influência norte americana sobre todos,esse “era você além das outras três” mostra uma certa briga por poderes,onde entra o governo maior no caso o presidente,e logo após os três poderes: Legislativo,Executivo e Judiciário.”Eu enfrentava os batalhões, os alemães e seus canhões” esse termo “EU ENFRENTAVA” mostra um certo receio sobre a atualidade,antigamente ele enfrentava qualquer batalha,hoje em dia apenas as batalhas de seu cotidiano já esta ótimo. “Guardava o meu bodoque e ensaiava o rock para as matinês” bodoque para quem não sabe,é uma arma antiga que lembra muito um estilingue,aqui da pra perceber que mesmo com as perseguições da ditadura e toda aquele “batalha”,ele tentava guardar todo o seu rancor,e esse ensaiar o rock refere-se a curtir um pouco o momento e tentar esquecer se divertindo na noite.”Agora eu era o rei era o bedel e era também juiz” outra vez ele usa do verbo no presente e no pretérito levando a entender que outra vez ele sente saudade de um certo “poder”,essa frase deixa uma certa dúvida,porque o rei é o poder maior em um reino,bedel era como se chamavam os infiltrados nas universidades para vigiar ações subversivas de professores ou alunos,e os juízes eram grandes servidores da ditadura,é claro que nem todos,mas Chico sempre sonhava com leis que parassem com a censura.”E pela minha lei a gente era obrigado a ser feliz” aqui outra vez mostra uma enorme insatisfação,mesmo com toda a censura,as pessoas eram obrigadas a se mostrarem alegres e felizes em relação ao que estava acontecendo,por isso ele diz “obrigado a ser feliz.”E você era a princesa que eu fiz coroar e era tão linda de se admirar que andava nua pelo meu país” essa é a parte que mais me chamou a atenção,primeiramente ele fala” E você era a princesa que eu fiz coroar” a princesa aqui faz o papel de um governador,o uso do “era” quer dizer que aquela “princesa” que ele elejeu não é mais aquela de antes.Ele termina dizendo que era tão linda,ou seja,era tão transparente,que andava sem nada a esconder. “Não, não fuja não finja que agora eu era o seu brinquedo”,nessa parte da música,mostra como éramos tratados,tínhamos que aceitar aquela situação,e ainda deixar que fizessem o que queriam conosco,por isso ele usa “finja que agora eu era seu brinquedo”. “Eu era o seu pião, o seu bicho preferido”,pião é um brinquedo que roda e não sabe quando vai parar,bicho preferido é aquele que todos da casa o tratam na mão,como se fosse um “rei”. “Vem, me dê a mão, a gente agora já não tinha medo no tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido”,nessa frase o “poder” tenta acalmar a situação,o chamando para caminhar e dizendo que tudo é bonito e sem maldade.
    “Agora era fatal que o faz-de-conta terminasse assim” essa frase nos mostra muito bem,que tudo um dia vem a tona,e foi isso que aconteceu,o faz de conta da suposta “liberdade” se mostrou mentirosa.
    “Pra lá desse quintal era uma noite que não tem mais fim” pra lá desse quintal,ou seja,no nosso país a escuridão era longa,era palavras mal ditas e ações escondidas.
    “Pois você sumiu no mundo sem me avisar e agora eu era um louco a perguntar o que é que a vida vai fazer de mim?”Ele termina a composição se mostrando um tanto preocupado com a situação,pois o “poder” sumiu,e tudo continuou como estava antes, nada melhorou,sabe quando acontece uma situação muito ruim e você fala ” O que será que a vida vai fazer de mim agora”?foi isso que ele sentiu,prezo a um mundo onde a influência americana era muito forte,onde a privatização de críticas e opiniões era notória e onde tudo não passava de um faz de conta.

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  25. elci celso cardoso

    minha opinião é que juntou a fome e vontade de comer,pois a grandiosidade da letra vai de encontro a musica, feita pelo sivuca ,onde a riqueza de seus acordes e,sua harmonia somente para genios.

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  26. Ligia Mendes

    bem,eu acho q essa música é um diálogo entre várias crianças comentando sobre as brincadeiras,como por exemplo “agoro eu era o herói…” qr disser que antes eles brincavam de alguma coisa(como por exemplo policia e ladrão) e agora ele queria ser o herói

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    1. Edilberto Vargas

      Fonte no final do texto.
      João e Maria – Chico
      Buarque de Holanda –
      Sivuca.
      História, música ou os
      dois… Seja como for aqui
      está a “Valsinha” que
      durante anos vem
      alimentando nossa
      imaginação. Música
      sempre cantada pela
      minha querida Beatriz
      Quintella que com sua
      graça e alegria muda
      tudo por onde passa,
      deixando tudo um pouco
      mais feliz.
      A Valsinha “João e Maria”
      foi composta por Sivuca
      em 1947, nesta época,
      Chico ainda era criança e
      sequer imaginava se
      tornar um dos maiores
      nomes da MPB. Chico só
      iria colocar a letra na
      música, em 1977,
      portanto, 30 anos após a
      música ser composta por
      Sivuca.
      Chico Buarque colocou
      letra em várias músicas
      de parceiros famosos,
      como: Tom Jobim, Francis
      Hime, Milton Nascimento,
      Edu Lobo , dentre outros.
      Para explicar seu método
      para colocar letras em
      músicas, o compositor
      respondeu, em uma
      entrevista de 1988:
      “Você tem que entrar na
      cabeça do compositor.
      Tentar adivinhar. Se você
      fosse ele, o que você
      estaria dizendo com
      aquela música…” e
      complementou com uma
      frase que repetiu
      algumas vezes – “Cada
      música tem uma
      história.” Cada parceiro
      tem uma história” e citou
      alguns exemplos:
      Para músicas de Milton
      Nascimento, ele
      procurava fazer letras
      com a cara do Milton, Já
      Tom Jobim, este gostava
      de interferir
      constantemente na
      criação da letra, muitas
      vezes o compositor de
      Desafinado já trazia uma
      idéia pronta, o que,
      segundo Chico, criava
      alguma dificuldade para
      compor, afinal, Tom
      também era um grande
      letrista. Francis Hime, ao
      contrário de Tom, nunca
      interferia no processo de
      composição, Chico chega
      a confessar que Hime
      sequer se preocupava em
      dar o título da música.
      Na música João e Maria,
      uma valsinha que Sivuca
      compôs com uma linha
      melódica que prima pela
      singeleza e ingenuidade,
      Chico procurou
      transformar em um belo
      mundo infantil de faz de
      conta, e explicou os
      motivos:
      “Cada música tem uma
      história. Eu tenho uma
      parceria com o Sivuca que
      é engraçada. Ele fez a
      música, que ficou se
      chamando João e Maria.
      Ele mandou uma fita com
      uma música que ele
      compôs em 1944, por aí.
      Eu falei: “Mas isso foi
      quando eu nasci.” A
      música tinha a minha
      idade. Quando eu fui
      fazer, a letra me remeteu
      obrigatoriamente pra um
      tema infantil. A letra saiu
      com cara de música
      infantil porque,
      simplesmente, na fitinha
      ele dizia: “Fiz essa música
      em 47.” Aí pensei: “Mas
      eu criança…” e me levou
      pra aquilo. Cada parceria
      é uma história.”
      João e Maria foi gravada
      por Chico em vários
      discos, uma das
      gravações foi feita com
      Nara Leão no LP “Meus
      amigos” , a música
      também foi um grande
      sucesso como trilha da
      novela “Dancin’ Days”,
      passada na TV Globo, em
      1978.
      Fontes: Site do
      Compositor Chico
      Buarque de Holanda
      Livro 85 anos de Música
      Brasileira Vol. 2, 1ª
      edição, 1997, editora 34
      João e Maria
      Agora eu era o herói
      E o meu cavalo só falava
      inglês
      A noiva do cowboy
      Era você
      Além das outras três
      Eu enfrentava os
      batalhões
      Os alemães e seus
      canhões
      Guardava o meu bodoque
      E ensaiava um rock
      Para as matinês
      Agora eu era o rei
      Era o bedel e era também
      juiz
      E pela minha lei
      A gente era obrigada a
      ser feliz
      E você era a princesa
      Que eu fiz coroar
      E era tão linda de se
      admirar
      Que andava nua pelo
      meu país
      Não, não fuja não
      Finja que agora eu era o
      seu brinquedo
      Eu era o seu pião
      O seu bicho preferido
      Sim, me dê a mão
      A gente agora já não
      tinha medo
      No tempo da maldade
      Acho que a gente nem
      tinha nascido
      Agora era fatal
      Que o faz-de-conta
      terminasse assim
      Pra lá deste quintal
      Era uma noite que não
      tem mais fim
      Pois você sumiu no
      mundo
      Sem me avisar
      E agora eu era um louco a
      perguntar
      O que é que a vida vai
      fazer de mim

      http://historiascomcarlitos.blogspot.in/2012/02/joao-e-maria-chico-buarque-de-holanda.html

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  27. João Humberto

    Natália Morais, você tem a razão, a música é de 1947,inclusive foi Sivuca quem a compôs, mas apenas a música, a letra foi feita bem depois, em 1977 por Chico Buarque.

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  28. Bom, pra mim ele também faz uma grande alusão aos tempos de censura e ditadura militar, além de fazer a menção sobre a segunda guerra mundial. Vou deixar minha interpretação:
    “Agora eu era o herói, e o meu cavalo só falava inglês…” – faz alusão a entrada do Brasil na segunda guerra mundial, em favor dos EUA.
    ” Eu enfrentava os batalhões, os alemães e os seus canhões…” – reforça o comentário anterior, já que o maior inimigo dos aliados era enfim, a Alemanha.
    ” Agora eu era o rei, era o bedel e era também juiz…” – Como foi dito em um comentário anterior, bedel era como um espião. Então, interpretando, na ditadura militar os presidentes eram como rei, pois faziam e desfaziam, mandava em quem quisesse. A prova disso é a AI-5. Além disso com o poder que tinham nas mãos, atuavam como juízes, pois muitas pessoas foram torturadas, e exiladas por acusações fantasiosas de comunismo. Bedel, o governo tinha a permissão de atuar como espião em qualquer situação. Policiais invadiam casas entre outras coisas para apenas, deixar a população intimidada.
    ” E pela minha lei, a gente era obrigado a ser feliz…” – neste verso o autor mostra que o eu-lírico, que na minha interpretação é o Brasil e seus representantes, as pessoas eram obrigadas a ser “felizes”, já que não tinham o direito de demonstrar nenhum tipo de insatisfação.
    ” Pois você sumiu no mundo sem me avisar…” – bom, isso pode parecer fantasioso mas na minha interpretação, a amada do autor se deu por desaparecida. O que faria alusão aos desaparecimentos ocorridos na época de ditadura militar.
    Bom, é isso.

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  29. Concordo com a Tayná. Essa música não tem nada a ver com política. É apenas um poeta falando do amor que se foi.

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  30. Um sonho. Uma utopia. Uma idealização.
    O amor não tinha limitações, vivia-se de tudo que tinham os dois, um para o outro.

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  31. Olha, imagino que muitos nao irão gostar, mas vou postar do que essa musica fala.

    Essa música esta falando apenas de dois espiritos que, se encontrou durante varias encarnaçoes.
    informaçoes importantes:

    Agora eu era = O Sentido verbal da frase se concretiza quando admitimos um médium recebendo um espirito que viveu no passado. “Neste momento eu era”.
    Cavalo = Que Recebe um espírito.
    Quintal = Terreiro Espírita
    (Como na musica do Alceu Valença: “na pluma leve das paixões que vem de dentro, tu vem chegando pra brincar no meu quintal, no teu cavalo peito nú cabelo ao vento…”

    Vidas se passam e em cada uma delas eles voltam de um jeito difetente.
    o resto da letra eh bem clara, se assumirmos essa ideia: “numa vida voltaram com idades difetentes, no final um morre antes do outro.

    Agora, tenham a mente aberta,antes de criticar, tentem ler tudo analisar, eu posso estar errado, claro! entao, nao fiquem bravos, apenas deem educadamente as opinioes de vcs. isso aqui eh soh pra relaxar,nao vai levar ninguem a lugar nenhum. abraço a todos.

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  32. Ana Teresa Matos

    Agora, eu era o herói , depois de ler e me encantar com tantas palavras e lindas interpretações .Penso que existem muitas e diversas letras em João e Maria . Não há ,nem nunca haverá consenso . Vá juntando por conta própria as suas preferências e montando como num quebra cabeça seu jogo .Tem história ,tem alemão ,tem América ,tem ditadura , como não ? ,Tem João e Maria perdidos na floresta ,tem amor lindo e ingênuo e verdadeiro ,tem Princesa nua ,e muita solidão e o grande desamparo tão próximo e próprio de todos nós seres humanos .No final ,parece que o doce sonho acabou e resta um imenso abandono .Mas , até o abandono é lindo . Tenho apenas uma certeza : é preciso cantar João e Maria , sempre.

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  33. Nada a ver co ditadura. Se analisarem bem, a letra está dividida em três partes: infância, adolescência, idade adulta. Logo, três fases da vida. A imaginação infantil com jogos, brinquedos, danças etc. Adolescência: o ego em primeiro lugar, conquistas amorosas, sexualidade à flor da pele, galanteios, ilusões, sentimento de posse. Idade adulta: realidade, vida a dois, separação natural pela morte, saudade produzida pela perda, desespero de se perder a quem se ama.

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    1. Não diga que o comentário é por causa daquele corte em que ele fala que compra músicas de alguém, Ahmed, ou nome parecido? Qualquer google mostra que é uma piada dele com os amigos.
      O problema de ser fanático é ter obsessão pelo que se quer que seja verdade e ser imune a fatos, argumentos válidos, pensamento crítico. Se algum hediondo fascista disse, seja o pastor, o ricaço, o milico etc., então é verdade.
      Que tampa de esgoto que levantamos e não quer fechar. Ouvi que fanatismo não tem cura, mas não creio. Talvez na imensa maioria dos casos, mas desejo a cada pessoa que lê e faz parte da multidão que se liberou no cio fascista iniciado em 2018 que se cuide, se cure, melhore. Nem é preciso admitir em público, basta melhorar.

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  34. Juliano Gomes

    Está obra revela que a Arte é Poesia e vice-versa!

    A subjetividade de tudo o que seu HD acumulou (Conhecimentos, Valores, Sentimentos, Emoções), em anos, o levará a imaginar ou acreditar sobre o que lhe pode dizer esta letra.

    Isto se chama interpretação.

    Degustem a Arte não como Verdade Absoluta, mas como a Verdade que acredita, sem esquecer que a sua Verdade pode não ser a Verdade para o outro.

    E assim vamos vivendo, comendo e amando!

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  35. Jose Brasileiro

    Tempo que Chico conseguia fazer algo de bom , um pessimo cantor mas bom compositor.
    Hoje um idiota que se acha politizado

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  36. HUGO DELEON

    LENDO OS COMENTÁRIOS, NEM TODOS EDUCADOS COMO DEVERIAM, UMA COISA FICA CLARA PRA MIM: O BRASILEIRO NÃO DA VALOR AOS GÊNIOS. VOCÊ PODE SER DE DIREITA OU DE ESQUERDA, MAS NEGAR A GENIALIDADE DO CHICO É UM SINAL PROFUNDO DE ALIENAÇÃO. A CANÇÃO TEM SEU FUNDO POLÍTICO BEM ENQUADRADO NA ÉPOCA. PORÉM, QUALQUER SENHORA ANALFABETA DO SERTÃO IRÁ GOSTAR DA MUSICA PELA PUREZA MELÓDICA E SUA DISFARÇADA LETRA. SÓ GÊNIO É CAPAZ. NUNCA COMPREI UM DISCO DO CHICO POR NÃO SER SIMPATIZANTE DE SUA VOZ, MAS ADMIRO AS CANÇÕES, PRINCIPALMENTE QUANDO OUTROS INTERPRETES GRAVAM. QUANTO AO FATOR POLÍTICO, ESTE VOCÊ PODE GOSTAR OU NÃO, MAS TEM QUE SABER QUE CHICO FOI UMA DAS COLUNAS CONTRA A TORTURA E DITADURA. MAS SE DEFENDEM TORTURAS E DITADURA, DIFICILMENTE IRÁ GOSTAR DE POESIAS. ABRAÇOS, RESPEITOSAMENTE, FIQUEM COM DEUS

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  37. Essa parte torna evidente a crítica à ditadura…
    ” Agora era fatal que o faz-de-conta terminasse assim
    Pra lá desse quintal era uma noite que não tem mais fim
    Pois você sumiu no mundo sem me avisar
    E agora eu era um louco a perguntar
    O que é que a vida vai fazer de mim?”

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  38. Alexandre Lacerda

    Essa música não é só do Chico Buarque, essa música quem fez foi o Mestre Sivuca em 1947, não tem nada haver com ditadura militar. Chico Buarque lançou em 1977; Com linguagem extremamente poética, a música narra o fim de um relacionamento, visto pelos olhos puros de uma criança que não entendia a ida do matriarca à guerra. Fala a respeito de atos de heroísmo, do amor e da dolorosa separação do casal. É mais uma das canções que abordam o fim de um ciclo, que antes era motivo de imensa felicidade, mas por conta da guerra, tiveram que se separarem. João simboliza todos os homens que foram convidados para guerra e a Maria, simboliza as mulheres que tiverem que ver seus maridos, filhos e netos irem a guerra.

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  39. Carla figueiredo

    Eu acho que a letra se refere aos períodos da vida, infância, adolescência e vida adulta e portanto nesses três períodos há referência a guerra, a influência Américana e a ditadura,mas não acho que a música seja uma crítica a ditadura de forma disfarçada e sim citações a períodos que de fato existiram e as crianças da música enfrentaram, e como ele mesmo disse em entrevista, a letra tb foi elaborada se levando em conta a vida do compositor.
    Pra mim a parte em que ele fala, ” guardava o meu bodoque e ensaiava um rock para as matinês” é muito nítido uma transição de criança para adolescente, deixando de brincar de cowboy, pra ser o roqueiro, o rei…assim como o final da música retrata a entrada na vida adulta e o futuro incerto,tudo isso floreado com uma história de amor que começou na infância e não terminou bem, bom é minha visão…kkkk…acho que é amor e poesia sobre a vida, com uma mera menção a ditadura e não a ditadura sendo a tematica.

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  40. ANGELA MARIA BORGES

    Julianos Gomes perfeita sua análise você resumiu tudo a respeito pode ser um delirio ou simplesmente uma verdade ou um mistério.

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  41. Embora uma interpretação possa vir apenas de uma imaginação pitoresca, a letra tem elementos suficientes para interpretar sem “viajar na maionese”. Chico não cita nenhum João e nenhuma Maria na letra, só no título. Quem conhece o conto infantil João e Maria, pense no caráter da “bruxa” que os recebeu tão bondosamente e no que acontece com eles ao longo da história e a intenção final e não concretizada da cruel bruxa.
    Em 1977, Chico já era bem “manjado” pela bruxa cruel. Tão manjado que chegou um ponto em que nenhuma música sua era liberada pela ditadura, pois há pró-ditaduras com inteligência* para entender e fazer chegar ao Departamento de Censura Federal o recado sobre o que realmente diziam as letras liberadas antes (“Cálice”, talvez, a mais emblemática). Os mais velhos devem lembrar do documento que aparecia antes dos programas da tevê, onde se lia o nome do Departamento e a assinatura da dona Solange Hernandes, Solanjão, liberando para exibição. Chico precisou assumir um pseudônimo, Julinho da Adelaide, sob o qual registrou muita música.

    * Sim, há brucutus extremistas com capacidade intelectual, o que não os impede de serem burros, pois a inteligência é cognitiva e a burrice, afetiva – vide a quantidade de médicos contra vacina, contra distanciamento social, a favor do inexistente “tratamento precoce” que fere o princípio Primum non nocere (primeiro, não cause dano) contido em versões antigas do Juramento de Hipócrates. Em “Vai passar”, Chico vaticinou o fim da ditadura, que no entanto veio com uma “anistia ampla, geral e irrestrita” que, para o generalato dominante, “nem fez cócegas”, haja vista sua participação num movimento que usa todos (até onde conheço) os símbolos, lemas e práticas dos regimes extremistas europeus do Século XX e do Supremacismo organizado e atual.

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