A mãe da virgem diz que não
E o anúncio da televisão
E estava escrito no portão
E o maestro ergueu o dedo
E além da porta
Há o porteiro, sim…
E eu digo não
E eu digo não ao não
Eu digo: É!
Proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir…
Me dê um beijo meu amor
Eles estão nos esperando
Os automóveis ardem em chamas
Derrubar as prateleiras
As estantes, as estátuas
As vidraças, louças
Livros, sim…
E eu digo sim
E eu digo não ao não
E eu digo: É!
Proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir…
Me dê um beijo meu amor
Eles estão nos esperando
Os automóveis ardem em chamas
Derrubar as prateleiras
As estátuas, as estantes
As vidraças, louças
Livros, sim…
E eu digo sim
E eu digo não ao não
E eu digo: É!
Proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir…
Letra Composta por: Caetano Veloso
Melodia Composta por:
Álbum: III FESTIVAL INTERNACIONAL DA CANÇÃO POPULAR - RIO - VOL. II
Ano: 1968
Estilo Musical: Tropicália
Em meados dos anos 60, lutava-se contra o stalinismo nas ruas de Praga, na Tchecoslováquia. Nos Estados Unidos, contra o racismo. No Vietnã, enfrentava-se o inimigo ianque. Após o assassinato de Che Guevara, focos guerrilheiros promoviam a Revolução na América Latina.
No Brasil, lutava-se contra a ditadura militar. O golpe de 64, apoiado pelos EUA, teve Castelo Branco como o primeiro de uma série de presidentes ditatoriais. Seu substituto, Costa e Silva, governou o país com mais poder ainda.
Enquanto Roberto Carlos e a Jovem Guarda tocavam ingênuas canções nas tardes de domingo, parte dos artistas fazia parte da resistência ao regime de uma maneira autônoma, fragmentada.
O lema “é proibido proibir” que, para os jovens franceses era um princípio de rebeldia nos protestos contra o conservadorismo e a favor da liberdade, espalhou-se pelo mundo e motivou os jovens no Brasil.
A contracultura inaugurada pelos hippies norte-americanos, emblematizada pela expressão “paz e amor” e pela rebeldia estéril soava no Brasil como pura alienação. Mesmo assim, afrontava a ditadura.
A estética do jeans desbotado, dos cabelos e saias, dos cabelos e saias longas ganharam ressonância com a Tropicália. Mutantes, Caetano Veloso e Gilberto Gil desprezaram referências da Bossa Nova propondo a internacionalização da cultura e uma nova expressão do país, não restrita ao discurso político. Os Festivais da Canção tinham lugar para todos.
Composta por Caetano Veloso, É proibido proibir ficará como um marco de coragem, apesar de todo o ritual de proibições. A frase ganhou mais força na letra do cantor baiano. Caetano foi coerente, não se dobrando às imposições da direção do Festival Internacional da Canção, para que apresentasse a sua canção sem uivos.
Caetano chegou a ser vaiado, não conseguiu levar a música até o fim. Então trocou os versos pelo discurso: “Mas é isso que é a juventude que quer tomar o poder? Nós tivemos coragem de entrar em todas as estruturas e sair de todas. E vocês? Se vocês forem como são em estética, estamos feitos. E, quanto ao júri, é muito simpático, mas é incompetente”.
A concepção inovadora criou polêmica e dividiu a sociedade. Mesmo assim, abriu novos caminhos para o seu próprio desenvolvimento. O elemento alegórico e a ironia estão sempre presentes.
Inspirado no Manifesto Pau-Brasil, do poeta modernista Oswald de Andrade, o Tropicalismo criou uma estética de elementos que incluíam a miséria, o passado, o desenvolvimento, a tecnologia industrial, os movimentos musicais brasileiros, o subdesenvolvimento e a paródia.
Além de estar criticamente atento à interpretação cultural da contemporaneidade, como produto dos veículos de comunicação de massa, incentivou a pesquisa musical em que se fundiram todos esses elementos.
Os movimentos tropicalista e modernista aproximaram-se ainda na crítica que faziam ao desenvolvimento desigual do capitalismo brasileiro. A letra de É proibido proibir discorre sobre esses elementos, agora vistos pelo prisma da contemporaneidade e da estética tropicalista.
Autores: Arielly Kizzy, Natalia Sirna, Patrícia Raymond e Renato Moura
Fonte: http://www.facasper.com.br/cultura/site/ensaio.php?tabela=&id=124
vai a judar nomel trabalho
Essa msc é nossa fioti
As pessoas nem conseguem passar uma informação que preste.
num é…
Essa música cantada/sentida pelo caetano é A alegria e a raiva de 1968. O caê era muito bom em ser influenciado pela atmosfera e pelas pessoas que rodavam esse mini cosmos de 68 no brasil. Então é uma música que expressa perfeitamente essa coisa estudantil, de se jogar suicida contra a ordem, da alegria da liberdade e o prazer de ser jovem. O caetano sente muito bem isso.
A música fica transitando entre um orgaozinho e uma melodia que seria ´´careta´´ mas é reinventada pela guitarra rasgadaça típica dessa época, bem a mutantes, e a voz mais sentimento do que nunca.
Existe mesmo esta questão de a Jovem Guarda não ser engajada. Porém, em um livro de história, do 3° que eu li em 2009, coloca a música “Quero que vá tudo pro inferno”, interpretada por Roberto Carlos, como uma das canções de protesto da época. Na “entrevista” que o Erasmo Carlos cedeu ao Fantástico, da Rede Globo, no dia 6 de janeiro de 2013, o parceiro do Roberto Carlos fala da reação da “linha dura da MPB” contra o movimento Jovem Guarda. Mas ele lembra que o Caetano chegou a dizer a mesma coisa que o meu livro afirmando que é a canção mais explícita de protesto daquela época.
Talvez o descontentamento do Roberto Carlos que ele descreve na música não seja político, mas pode ser.
Muito bom mesmo,era deprimente a época da ditadura!!!!
quero saber sobre essa musica
comentarios da musica é proibido proibir de caetano veloso
A hisotria da musica ja é subversiva, desde de quando ele entro diblando a censura em um festival onde gil e caetano forão espussos, podeconferi+akiô > https://www.youtube.com/watch?v=4xEz2uva_ZE
e fala EXPLICIDAMENTE no golpe né? os automoveis em chamas, as prateleiras estantes, vidraças louças. CREIO EU que a primeira parte dela, a da mãe viger e barala é feita PROPOSITALMENTE sem nexo, exatamente o dible na cintura, ea segunda parte só foi revelada ao vivo no festival.
então é isso. O_ DEUS ESTA A SOLTA
topzera
meczada
coe rapaziadaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
essa musica é meio poimbo
qa
qe
belessssma
oi
Oi meu chapa
turu bao?
tdd
eae men kk
AFINAL POR QUAL MOTIVOS AS PESSOAS CONTINUAM AFIRMANDO QUE NOI BRASIL HOUVE UMA DITADURA MILITAR???
SERIA DESCONHECIMENTO DA DIFERENÇA ENTRE UM REGIME MILITAR E UMA DITADURA, OU SERIA DESONESTA TENDENCIOSIDADE MESMO???
É pq elas estudaram história
A mensagem da letra é algo particular do autor. Caetano cita as inspirações que teve para escrever a canção como exposto no primeiro parágrafo do primeiro comentário (estudantes franceses, luta contra o racismo nos EUA, invasão dos EUA e o movimento hippie) e o contexto político em que ela foi composta. O que cabe a nós são nossas interpretações levando em conta, claro, as inspirações do compositor, o cenário político em que ela foi escrita e movimento o qual o artista está inserido: o tropicalismo.
Salve quebrada