Acordo de Malandro

ai gente boa
se num tem intimidade com caneta
mete o dedão no papel que tá assinado nosso acordo, malandro

mas você manda lá embaixo
aqui em cima quem manda sou eu
eu não piso em seu terreno
nem você pisa no meu

mas você manda lá embaixo
aqui em cima quem manda sou eu
eu não piso em seu terreno
nem você pisa no meu

esse morro é muito grande
vamos fazer um tratado
daqui pra baixo é seu
daqui pra cima é meu lado
e não me quebre esse acordo
senão, malandragem vai virar presunto
a funeraria do morro
tá me cobrando defunto

você manda lá embaixo
aqui em cima quem manda sou eu
eu não piso em seu terreno
nem você pisa no meu

mas você manda lá embaixo
aqui em cima quem manda sou eu
eu não piso em seu terreno
nem você pisa no meu

o seu campo tá muito minado
perigo espreitando por todo lugar
malandro esperto que sou
não piso do lado de lá
porem, você fique sabendo que tá proibido pisar do meu lado
se subir, vem caminhando
mas descer só carregado

mas você manda lá embaixo
aqui em cima quem manda sou eu
eu não piso em seu terreno
nem você pisa no meu

mas você manda lá embaixo
aqui em cima quem manda sou eu
eu não piso em seu terreno
nem você pisa no meu

cada um na sua area
cada macaco em seu galho
cada galo em seu terreiro
cada rei no seu baralho
duas fases positivas quando se encontram só dá explosão
se você quebrar nosso tratado
vai levar eco do meu “três oitão”

mas você manda lá embaixo
aqui em cima quem manda sou eu
eu não piso em seu terreno
nem você pisa no meu

mas você manda lá embaixo
aqui em cima quem manda sou eu
eu não piso em seu terreno
nem você pisa no meu

mas você manda lá embaixo
aqui em cima quem manda sou eu
eu não piso em seu terreno
nem você pisa no meu

mas você manda lá embaixo
aqui em cima quem manda sou eu
eu não piso em seu terreno
nem você pisa no meu


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1 comentário em “Acordo de Malandro”

  1. paula castro

    Para tirar…..meu Brasil dessa baderna
    Para tirar…..meu Brasil dessa baderna

    Só quando o morcego doar sangue
    E o saci cruzar as pernas
    Só quando o morcego doar sangue
    E o saci cruzar as pernas
    Toda nossa esperança é somente lembrança do passado

    A alta cúpula vive contagiada….pelo micróbio da corrupção
    O povo nunca tem razão, estando bom ou ruim o clima
    Somente quem está por cima…..é a tal dívida externa
    E o malandro que faz aquele empréstimo
    E leva os vinte por cento dela……….para tirar!

    Já não há alegria de noite e de dia a tristeza não pára
    A vida custando os olhos da cara
    E não temos dinheiro para comprar
    Quem governa o país é muito feliz, não se preocupa
    Tem tudo de graça, não esquenta a cuca
    E o custo de vida só sabe aumentar

    Antigamente governavam decente, sem sacrilégio
    Hoje são indecentes, cheios de privilégio
    É só caô caô pra cima do povo
    Promessa de um Brasil novo
    E uma política moderna
    Mas só quando o morcego doar sangue

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