Trem das Onze

Quais, quais, quais, quais, quais, quais
Quaiscalingudum
Quaiscalingudum
Quaiscalingudum

Quais, quais, quais, quais, quais, quais,
Quaiscalingudum
Quaiscalingudum
Quaiscalingudum

Não posso ficar
Nem mais um minuto com você
Sinto muito, amor
Mas não pode ser
Moro em Jaçanã
Se eu perder esse trem
Que sai agora às onze horas
Só amanhã de manhã

Não posso ficar
Nem mais um minuto com você
Sinto muito, amor
Mas não pode ser
Moro em Jaçanã
Se eu perder esse trem
Que sai agora às onze horas
Só amanhã de manhã

E além disso, mulher
Tem outra coisa
Minha mãe não dorme
Enquanto eu não chegar

Sou filho único
Tenho minha casa pra olhar

Quais, quais, quais, quais, quais, quais
Quaiscalingudum
Quaiscalingudum
Quaiscalingudum

Quais, quais, quais, quais, quais, quais
Quaiscalingudum
Quaiscalingudum
Quaiscalingudum

Quaisgudum, tchau!


Letra Composta por: Adoniran Barbosa
Melodia Composta por:
Álbum: TREM DAS ONZE
Ano: 1964
Estilo Musical:

9 comentários em “Trem das Onze”

  1. Nilson Adriano

    Como a maioria dos sambas da época, retrata a vida boêmia, que muitos sambistas viviam. É mais um samba que fala do final da festa, onde um pouco de razão chega aos amantes da noite, e passam a refletir sobre os problemas que terão pra e ao chegar em casa.

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  2. Joyce Santos e Raquel Marques

    Música: Trem das onze.
    Compositor: Adoniram Barbosa.
    Intérprete: Demônios da Garoa.

    Letra:
    Não posso ficar
    Nem mais um minuto com você
    Sinto muito amor
    Mas não pode ser.
    Moro em Jaçanã,
    Se eu perder esse trem,
    Que sai agora às onze horas,
    Só amanhã de manhã.

    E, além disso, mulher,
    Tem outra coisa,
    Minha mãe não dorme
    Enquanto eu não chegar.
    Sou filho único,
    Tenho minha casa pra olhar.

    Análise Semiótica
    Na música “Trem das onze” a categoria semântica fundamental é o amor carnal x amor maternal. E pode-se dizer que as oposições manifestam-se nas frases:
    “Sinto muito amor “Minha mãe não dorme
    Mas não pode ser.” Enquanto eu não chegar.”
    Essas categorias podem ser analisadas em positivas ou eufóricas, no qual se insere a vontade do rapaz em ficar com o seu amor carnal, em negativa ou disfórica, que corresponde a obrigação de ficar com a mãe.
    Portanto, como conteúdo mínimo fundamental tem-se a afirmação eufórica de ter a sua liberdade com relação à vida amorosa, como positiva, e a negação disfórica de sempre estar preso a sua mãe, por ser o filho único, como negativa.
    No segundo patamar, trata-se do nível das estruturas narrativas.
    “Trem das onze”, neste patamar é a história do sujeito (homem oculto), que é “preso” por outro sujeito (a mãe), por ser filho único e morar somente os dois, e dessa forma ter a obrigação de protegê-la por ser o homem da casa, este sujeito encontra-se num dilema: em querer ter sua vida pessoal com sua amada, mas que no fim sempre tem que voltar para sua mãe; pois ela como diz a letra da música, “não dorme enquanto ele não chegar”, e ele fica preocupado em perder o “trem das onze”, pois se o perder, só poderá voltar para casa no dia seguinte, deixando assim, sua mãe sozinha; não conseguindo ter sua liberdade pessoal.
    A última etapa do percurso gerativa é o nível das estruturas discursivas. Nesta etapa “Trem das onze” revela-se em sua letra a fugacidade do tempo que está associado ao limite da sua vida, que tudo nela é cronometrado, e que não podemos quebrar este tempo, porque iremos falhar com a obrigação do dia-a-dia.
    Dessa forma, pode-se observar que a letra da música em questão, aborda temáticas do cotidiano, tais como:
    a) Tema da obrigação de estar ligado ao tempo cronológico da sociedade;
    b) Tema da vontade adolescente em querer ficar com o seu parceiro, mas que é freado pela família;
    c) Tema da obrigação humana em ser responsável pela família;
    d) Tema da não liberdade, de sempre estar preso aos preceitos impostos pela sociedade;
    Por fim esta análise mostrou segundo Diana Barros, como se articulam as etapas do processo gerativo do sentido e como a semiótica dele se serve para ler textos.

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    1. Sempre entendi essa música diferente.
      Em minha cabeça, ele está mentindo para a suposta mulher sobre a história da mãe e tudo mais, pois ela é uma amante e ele tem que chegar em casa.

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  3. A vida boêmia da época e a sensação de ingênua malandragem leva a crer que o enamorado tem por intento se desgarrar da amante, para curtir a noite paulista, regada a muito samba e vícios da carne. Para tanto, levanta justificativas irrefragáveis: o horário do trem e o amor do filho único pela mãe.

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  4. Tenho uma visão muito mais simples dessa musica!
    Vejo um homem decidido e que mostra não ser influenciável, nem mesmo por amores passageiros!
    Ele simplesmente começa e termina a musica dizem “Eu não posso ficar!”. Em nenhum instante ele oscila de opinião, é determinado em se despedir e não perder o trem!

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  5. Raissa Braga

    Acho que nessa música o eu lírico é um boêmio mulherengo que inventa esse samba pra se desculpar com a amante por não ficar com ela e voltar pra casa pois não quer nada ‘fixo’

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  6. Aline Barbosa da Silva

    Se se fosse hoje 2019 seria como se em algum dia uma pessoa sai do Extremo da cidade para ir ao centro e que sabe que tem que voltar para casa muito justificado nesta letra quando nega que não pode ficar mas nem um minuto. Imagino quê são milhares de pessoas que têm suas responsabilidades de sair do extrema da cidade até o centro da cidade e sabe que tem sabe que é obrigado a voltar para casa por isso que ele não pode ficar mais nem um minuto com ela porque sabe da dos horários dos trens tanto é que ele não ficou no centro da cidade e seguiu com o seu com a sua linha de com a sua decisão e foi embora de trem porque se não fosse às 11 horas só ia amanhã de manhã

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