Do azul, num soneto – Alphonsus de Guimaraens Filho
Verificar o azul nem sempre é puro.Melhor será revê-lo entre as ramadasE os altos frutos de um pomar escuro— Azul de ténues bocas desoladas. Melhor será sonhá-lo em madrugadas,Claro, inconstante azul sempre imaturo,Azul de claridades sufocadasLatejando nas pedras — nascituro. Não este azul, mas outro e dolorido,Evanescente azul que na orvalhadaFicou, pétala ingênua, torturada. Recupero-o, …
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