A História de Lily Braun

Como num romance
O homem dos meus sonhos
Me apareceu no dancing
Era mais um
Só que num relance
Os seus olhos me chuparam
Feito um zoom

Ele me comia
Com aqueles olhos
De comer fotografia
Eu disse cheese
E de close em close
Fui perdendo a pose
E até sorri, feliz

E voltou
Me ofereceu um drinque
Me chamou de anjo azul
Minha visão
Foi desde então ficando flou

Como no cinema
Me mandava às vezes
Uma rosa e um poema
Foco de luz
Eu, feito uma gema
Me desmilinguindo toda
Ao som do blues

Abusou do scotch
Disse que meu corpo
Era só dele aquela noite
Eu disse please
Xale no decote
Disparei com as faces
Rubras e febris

E voltou
No derradeiro show
Com dez poemas e um buquê
Eu disse adeus
Já vou com os meus
Numa turnê

Como amar esposa
Disse ele que agora
Só me amava como esposa
Não como star
Me amassou as rosas
Me queimou as fotos
Me beijou no altar

Nunca mais romance
Nunca mais cinema
Nunca mais drinque no dancing
Nunca mais cheese
Nunca uma espelunca
Uma rosa nunca
Nunca mais feliz


Letra Composta por: Chico Buarque
Melodia Composta por:
Álbum:
Ano:
Estilo Musical:

34 comentários em “A História de Lily Braun”

  1. “Ele me comia
    Com aqueles olhos
    De comer fotografia”
    Acho que essa era a história que marieta dizia pra ele sobre ela, a vida de star antes de conhecer ele e a vida de esposa depois de se casar, hehehe TEORIA DO ZEZIN NÉ

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  2. Cleber Teixeira

    Mais uma vez Chico Buarque mostra como consegue entender bem o gênero feminino. Em Atrás da Porta e Olhos nos Olhos, entre tantas outras, ele descreve os dramas, anseios e trepidez por que passam as mulheres em nossa cultura. Nesta música ele trata, por esta visão, contada em romances, cinema e nas historinhas bem contadas, como é a promessa de amor para elas. Aquela mesma que tem seu começo, meio e fim. Com um começo brilhante e cheio de expectativas, um meio repleto de trivialidades e um fim como o não contado: aquele em que se acaba o encanto e todos vão viver suas vidas prosaicas. Não desanima, mostra uma realidade de uma promessa de amor mais presente na arte do que na vida real.
    Linda a letra, com todo o encanto de mostrar a vida como ela é, bem ao gosto de nosso estimado compositor.

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  3. José Marques

    essa musica na realidade trata se da conquista que o homem tem para com as mulheres é uma analise interessante pq o homem conquista e depois deixa pra lá casou ja era, enfim e o sentimento q mais tem da mulher nunca mais feliz.

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  4. Alexandre Mesquita

    Eu tinha a Lili como uma cantora; muito paquerada; até que um dia entrou um homem que de tanto olha-la, por fim a conquistou; galante e romantico (poemas, rosas).
    Terminando o contrato ela (fazendo o ultimo show) ele a pediu para ficar, casar com ele; ela aceitou imaginando que a vida seguiria romantica; só que tudo mudou, ela foi abandonada em casa e ele voltou para farra.
    não?

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  5. A música conta a história de uma ex-dançarina noturna, ou cortesã (“O homem dos meus sonhos me apareceu no dancing, ERA MAIS UM”; “Disse que meu corpo era só dele AQUELA noite”) que causa rotineiras paixões nos homens. Até que um dia aparece o “homem dos seus sonhos no dancing” e conquista-a pouco a pouco prometendo o charme e a beleza de uma vida de cinema (“Como no cinema, me mandava às vezes uma rosa e um poema, foco de luz”). Então em certo momento ele declara que a partir dali só amaria ela se fosse como esposa (“Como amar esposa, disse ele que agora só me amava como esposa, não como star”), e então eles se casam (“Me beijou no altar”).
    A partir daí a vida da ex-cortesã perde todo encanto, toda magia, todo brilho e ela cai na mórbida e sem graça rotina comum (“Nunca mais romance, nunca mais cinema, nunca mais drinque no dancing, nunca mais cheese! Nunca uma espelunca, uma rosa nunca, nunca mais feliz”).

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  6. Não tenho certeza que o trecho final
    (“Nunca mais romance, nunca mais cinema, nunca mais drinque no dancing, nunca mais cheese! Nunca uma espelunca, uma rosa nunca, nunca mais feliz”) evoca uma mulher que não está feliz. Na verdade, podemos interpretar que ele a tirou daquela vida, mas que ela nunca esteve mais feliz…

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    1. Alessandra do Carmo

      A princípio também poderia pensar em algo assim, porém, qual a mulher não quer se conquistada frequentemente, ser a protagonista da vida de alguém, continuar recebendo flores, poemas,um drinque, um cinema…..aparentemente parece óbvio que anteriormente (antes do casamento) ela era feliz, mas atualmente na vida de casada ela não é feliz…..

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  7. Sempre imaginei uma linda mulher cantando em um lugar burlesco, fazendo uma temporada naquele lugar, e muito cortejada, mas que no fundo tinha o ideal romantico de encontrar o homem perfeito, talvez resultado dos muitos romances que lia.

    “como num romance o homem dos meus sonhos..”

    Toda música parece provar, que ela está cansada da vida na noite “era mais um” parece que nem esperança ela tinha mais, era śo mais um, que ficava na sua volta cortejando-a, tentando leva-la pra cama talvez… Mas este foi se mostrando diferente a chamou de “anjo azul” e “como no cinema” ele manda rosas e poemas e “foco de luz” (vejo como uma metáfora para a atenção que ele dispensava a Lili) … Tanto que o homem tentou que conseguiu, e ela sucumbiu justo no ultimo show ali naquele lugar … Casou-se, e ele machista, primeiro exigiu que ela apagasse as lembraças (queimou a fotos) desta época nos cabarés da vida, e ele mesmo apagou as lembranças da conquistas (amassou as rosas) pra que? Ele já a conquistou..acabou-se a corte (nunca mais romance, nunca mais cinema, nunca mais drink no dancig..) Então ela se torna uma mulher amarga (uma rosa nunca, nunca mais feliz) e com saudades da velha vida (nunca uma espelunca).

    É o retrato da maioria das mulheres da noite (meretrizes, cantoras e bailarinas de cabaré) que acabam se levando pelo idealismo do amor romântico e dos homens que não resistem a partirem para uma boa conquista destas mulhes, mas que depois o peso do passado causam ciúmes neles e eles a mantém prisioneiras de um casamento enfadonho.

    É como se a Lili fosse a protagonista de “Folhetim” que cansou de descartar os homens após uma noite de prazer e desse oportunidade pra um deles enfim.

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  8. Temos que levar em consideração quem foi lily braun realmente. Ela foi uma feminista alemã, que lutava pela liberdade econômica das mulheres. Na música, trouxe uma idéia de mulher independente (provavelmente uma cantora, atriz ou dançarina) e acostumada ao glamour. Após se apaixonar e se casar com o homem que amava, ela perde totalmente a liberdade e, consequentemente a felicidade. Um típico pensamento feminista qua seria defendido pela verdadeira lily braun.

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  9. Olás,
    Chico é luz, ele traduz coisas que vemos, sentimos e sabemos mas na hora de expressar …
    Enfim, eu li os comentários e gostei bastante, traduziram alguns pensamentos meus … Valeu gente

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  10. É ridículo alguém pensar que a mulher que Chico Buarque menciona na musica era uma meretriz. Vamos analisar diferentemente o valor e a grande riqueza da letra que Chico compôs:
    “Como num romance
    O homem dos meus sonhos
    Me apareceu no dancing
    Era mais um”
    Ou seja: Ela freqüentava um bar chamada dancing, mas como uma meretriz pode dançar blues, é muito para elas, ou seja, ela ia nesse lugar já em busca de um homem perfeito, porém, sabia que talvez naquele lugar ela poderia encontrar vários homens, mas entre todos existe um que se salvasse e encontrou, pois um homem que lhe dá flores e poemas é um verdadeiro príncipe, achava ela por isso diferenciava de todos os outros, e então passou a se apaixonar por aquele Infelizmente ele faz um comentário ridículo “Disse que meu corpo
    era só dele aquela noite” ela se sente ofendida, pois um príncipe nunca diria isso a uma DAMA.
    Se aborrecer e então vai embora mesmo já estando apaixonada, aproveitando, vou lhes falar um grande erro da mulher é achar que um homem muda da noite para o dia, pois ele já se mostra como será uma vida ao seu lado. ”ERA SÓ DELE AQUELA NOITE” e enfim eles se casam, porém, é como eu os disse não mudam tão rápido, pois ele a prende e todo seu cavalheirismo some. Mas, no entanto nunca que uma vida de solteira será igual a uma vida de casada, como uma mulher nunca será igual a um homem ou como uma noite de luar, será igual a um dia de sol.

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  11. Como a maioria das histórias de mulheres casadas. É sempre a mulher quem abre mão de seus prazeres como forma de satisfazer o homem, este permanece com seu círculo de amizades e até frequenta os “Dancings da vida”, já a mulher passa a ser mãe, e dona de casa, amizades só com as mulheres dos amigos dele e nem pensar em Dancing, não é lugar para mulheres casadas. É amiga aproveite enquanto é solteira, depois, nunca mais romance, nunca mais cinema e muito menos drink no dancing.

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  12. ” me chamou de anjo azul” é uma clara referência ao filme alemão O Anjo Azul(Der Blaue Engel)de 1930 onde um professor antiquado se apaixona por uma dançarina de cabaré.

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  13. Comentarios

    Metaforas

    Duplos e triplos sentidos

    Segredos

    Em “A historia de Lily Braun”

    P’ra comecar, esta nao e a verdadeira historia de Lily Braun, como pode sugerir o titulo e sim ao que tudo indica e’ a historia de uma personagem de Lily Braun, ja que Lily Braun foi escritora, esta musica foi escrita para um Ballet. com musica de Edu Lobo.

    A verdadeira LIly Braun, conforme a Wikipedia, participou do movimento feminista alemao, entre o final de 1800 e inicio de 1900 !!!

    Passo a descrever o que consegui deprender da letra. Como normalmalmente Chico nao usa um verso em vão, com certeza deixei escapar outros

    detalhes, se alguem tem alguma informacao a adicionar ou discordar favor mande para mim.

    A personagem como subentendido trata-se de uma prostituta e dancarina de boate. De inicio, notem a facilidade dele “brincar” com as palavras usando varias afins, ligadas ao tema de fotografia, nas aspas:

    Como num romance
    O homem de meus sonhos
    Me apareceu no dancing
    Era mais um
    Só que num relance
    Os seus olhos me chuparam
    Feito um “zoom”

    Ele me comia
    Com aqueles olhos
    De comer “fotografia”
    Eu disse “cheese”
    E de “close em close”
    Fui perdendo a “pose”

    até sorri, feliz

    (Curioso dizer que por fim nao precisava mais dizer “cheese”, ja que “sorri, feliz” pode referir que sorria espontaneamente”

    E voltou
    Me ofereceu um drinque
    Me chamou de anjo azul
    Minha visão foi desde então
    Ficando” flu”

    Esta peguei por acaso, nos sites de letras ninguem colocou “flu”, colocaram “full”, “floo” “flow”, mas como me lembrei que o Chico e’ fluminense doente, deduzi que “flu” significa “colorido”., pois os alcoolizados e os apaixonados vem tudo mais bonito, colorido, aqui um triplo sentido, podendo sugerir que ela estava vendo tudo colorido por estar se apaixonando, ficando bebada, ja que ele ofereceu um drinque, ou as duas coisas, bebada e apaixonada, que e’ a que prefiro. onde:

    flu = fluminense = tricolor = colorido.

    Abusou do scotch
    Disse que meu corpo
    Era só dele aquela noite
    Eu disse please
    Xale no decote
    Disparei com as faces
    Rubras e febris

    Aqui facil, depois de beber um pouco a mais o cara fica animado, chama ela para sairem da boate, passarem a noite juntos em outro lugar, ela topa, coloca so’ um xale, ja sugerindo pressa, dispara com as faces rubras e febris, denunciando excitacao.

    E voltou
    No derradeiro show
    Com dez poemas e um buquê
    Eu disse adeus
    Já vou com os meus
    Numa turnê

    Nao percamos a sutileza: como no cinema, mandava as vezes uma rosa e um poema, aqui para impressionar voltou com dez poemas e um buque…

    Como amar esposa
    Disse ele que agora
    Só me amava como esposa
    Não como star

    “Como amar esposa”, pode soar: “como a mariposa” que e’ sinomimo de prostituta, aqui imaginei o seguinte dialogo:

    – Deixa essa vida e casa comigo.

    – Tudo bem, deixo de fazer programas, continuo so’ como dancarina.

    – Nao, nem prostituta (mariposa), nem dancarina (star), tem que ser so’ esposa.

    Me amassou as rosas
    Me queimou as fotos
    Me beijou no altar

    Metafora para dizer que fez ela romper com o passado e casar com ele.

    Nunca mais romance
    Nunca mais cinema
    Nunca mais drinque no dancing
    Nunca mais cheese
    Nunca uma espelunca
    Uma rosa nunca
    Nunca mais feliz

    Aqui um segredo: Ela confessa que traía ele:

    A palavra espelunca significa “inferninho”, linearmente ela estaria dizendo que nunca mais dancing, nem ao menos um inferninho. Entretanto a expressao: “Nunca uma espelunca!” quer dizer: “Nunca e’ o caramba!”. Na interpretacao do Chico em: http://letras.terra.com.br/chico-buarque/85821/ , fica bastante explicita a entonacao exclamativa que ele da a expressao “Nunca uma espelunca!”, prestem so’ atencao.

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  14. Gostei muito do primeiro comentário, apenas acho que quando Chico fala:
    “Minha visão
    Foi desde então ficando flou”
    Flou = Borrão/ borrado em Francês.

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  15. Laay Freitas

    Imagino que o título da musica o Autor nao queira dizer que essa foi a história de Lily Braun, mas tenha colocado esse título pois foi baseado na história que ela escreveu. “A história de Lily Braun” – não a história que ela viveu, e sim a história que ela escreveu, afinal a história é dela, ou seja, a história é de Lily Braun.

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  16. Aparentemente, uma cantora que frequenta bares noturnos, de festa etc. Mas não necessariamente uma prostituta. Até porque na parte ” Disse que meu corpo era só dele aquela noite, eu disse please. Xale no decote, Disparei com as faces rubras e febris” Que ao meu ver, indica que ela cobriu seu decote, e ficou vermelha de vergonha (coisa que uma prostituta não faria, mesmo que fosse o amor de sua vida, uma prostituta teria uma posição diferente)e não que ela se acendeu de desejo.
    Enfim, ele era mais um a entrar no dancing, porém ele a fitava, a olhava, a comia com os olhos “ele me comia, com aqueles olhos de comer fotografia”. Esse jeito diferente fez ela se interessar nele. Afinal mesmo sendo mais um no dancing, ele a tratou diferente, e é mais ou menos por ai que vem o amor não é pessoal?
    Ele volta ao bar, com declarações rosas e poemas. Ela se entrega ao amor do rapaz, dá adeus em uma turnê, e casa com o moço. Enfim, sua vida muda, não tem mais a noite, e nem os mimos do amante. A vida depois de casada se modifica totalmente. Não mais namorados, mulher do marido.
    Essa foi minha interpretação. E acho que essa interpretação do Rui bem interessante, mas discordo na parte dela ser realmente um prostituta, e que ela tenha topado ir com ele a algum lugar na parte “disparei com as faces rubras e febris”

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  17. Ana Carolina

    Pra mim é o seguinte:
    Lily Braun já é por si um nome tanto quanto artístico. Logo, ela era uma cantora e tinha sua banda.
    Entendo que ela fazia shows, e quando encontrou o amor no Dancing, ela estava á trabalho, num show.
    Se envolveu com ele de uma forma toda intensa e gostosa,cheia de flertes, olhares provocantes, insinuações, flashs de fotos e pelo visto ela estava no tal dancing em uma turnê também, e no último show antes de partir (… E voltou do derradeiro show…) Ele voltou, apaixonado, com 10 poemas e um buquê, e ela, desapegada e conformada, apenas se despede explicando que já está de partida para outra turnê. (…Eu disse Adeus, já vou com os meus, numa turnê.)Ela comoveu-se então, parece que aceitou casar-se com o obsessivo homem, que logo a desiludiu da vida de shows e limitando-a a uma vida quase de “dona de casa”, querendo viver apenas a emoção de um casamento e nada mais (…Como amar a esposa? Disse ele que agora só me amava como esposa, não como Star…) (Só esse “Star” também já indica que ela era uma artista, era cantora.)
    Deixou os encantos e atos românticos do início do flerte, tentou apagar as memórias da anterior vida que ela levava (… me amassou as rosas, me queimou as fotos, me beijou no altar.)
    E após o casamento, a vida divertida e livre, de cantar, fazer shows, flertar, seduzir, ficou lá no passado. Após o “beijo no altar”, “nunca mais romance, nunca mais cinema, nunca mais drink no dancing, nunca mais cheese, nunca uma espelunca, uma rosa nunca, nunca mais feliz.).

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    1. Gostei de seu comentário e sua síntese correta da letra…
      Apenas convém lembrar que o blues era um ritmo meio marginal a época, inclusive com repressão policial em New Orleans…
      A vida da artista retratada na letra poderia tranquilamente ser uma história real, ocorrida com qualquer músico, artista ou frequentador noturno dos bares da vida…
      Chico e Edu viveram isso na época dourada e frequentavam os inferninhos, dancings e espeluncas, tendo cruzado com muitas Lilys por aí…

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  18. No meu entendimento, Lily Braun era uma cantora de cabaré, acostumada a encantar com suas apresentações. O homem em questão, não era importante no começo, mais um de tantos amores, porém, despertou na moça, alguma coisa que a encantou. O romantismo com poemas e flores( toda mulher gosta).A paixão ardente regada à bebida. Sexo sem limites e pudores. Lily seguiu sua carreira, mas numa de suas vindas, se rendeu à esse amor. O conto de fadas, o homem ideal, que já experimentara numa noite de alguns pileques a mais. Mas como casamento não é palco, deixou de brilhar na vida de dona de casa. Saudade, até das espeluncas que passara. Saudade de ter identidade. Saudade do amor desmedido e atrevido. Pensava-se, ou talvez ainda pensem, que esposa não é amante. Há de se ter respeito.Interessante a percepção de um homem dos pensamentos de uma mulher. Só mesmo o Chico para dizer em uma música. A música não profana a mulher, mas deixa claro que mulheres têm desejos. O sexo não é procriação é prazer.

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  19. Vrau produções

    Se você analisar bem a obra, o eu-lirico retrata uma cena onde ocorre um assédio sexual entre o “homem dos sonhos”. Em vez de haver uma visão romântica sobre a situação, há na verdade uma crítica a cerca de todo o problema posto.

    Interpretando com os olhos reais da autora, há uma cena retratante de um estupro. “Me ofereceu um drinque” e “minha visão foi ficando flou” demonstram os reais sentimentos postos em prática diante da situação.

    Se continuarmos com essa análise, existem mais e mais coisas para se observar. “Era só dele essa noite” é só mais um exemplos de como a visão machista do mundo ainda predomina.

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  20. Disco lançado em 83, Grande circo místico,inspirado em uma obra escrita 1938, Lilly era uma cantora de cabaré que foi seduzida por Otto, o herdeiro de um grande circo de família austríaca.
    Esse espetáculo teve a participação de grandes nomes da MPB e a Gal Costa foi a interprete desse ato.
    Adoraria estar la o assistir…

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  21. Como o título diz, a música faz referência a Lili Brau, uma mulher feminista que defendia que as mulheres não deveriam ser obrigadas a casar (como em sua época).

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  22. C. R. Zamana

    De onde surgiu essa interpretação ridícula de que Lily Braun é prostituta ou “frequenta” o dancing? Esta parte da letra deixa muito claro que ela trabalha no local (como cantora/dançarina):

    “Eu disse adeus
    Já vou com os meus
    Numa turnê”

    “Os meus” são seus parceiros(as) de trabalho.

    “Turnê” dispensa explicações.

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