Cazuza


História do artista


Nascido em abril de 1958 Agenor de Miranda Araújo Neto, mais conhecido como Cazuza, foi um cantor e compositor brasileiro, nascido no Rio de Janeiro. 

Ao lado de Raul Seixas, Renato Russo e Os Mutantes, Cazuza se destacou tanto na frente do Barão Vermelho quanto na carreira solo, é considerado um dos melhores expoentes do rock brasileiro. Em sua carreira de 9 anos, vendeu mais de 5 milhões de álbuns e alcançou 11 singles número um e 18 singles no Top 10 do Brasil.

Influenciado desde a infância pelos fortes valores da música brasileira, ele tinha uma preferência especial pelos tons tristes e dramáticos de Cartola, Lupicinio Rodrigues, Dolores Duran e Maysa. 

Começou a escrever letras e poemas por volta de 1965 e, alguns anos depois no final de 1974, de férias em Londres, Inglaterra, conheceu a música de Led Zeppelin, Janis Joplin e The Rolling Stones. 

Cazuza ingressou na faculdade em 1978. Abandonou o curso de jornalismo rapidamente para trabalhar com o pai em uma gravadora, a Som Livre. Mudou-se algum tempo depois para San Francisco. Lá teve contato com a literatura Beat, tornando-se altamente influenciado por ela.

Em 1980 voltou ao Rio, onde trabalhou com o grupo teatral Asdrúbal Trouxe o Trombone. Lá ele foi notado pelo novato cantor/compositor Léo Jaime, que o apresentou a uma banda de rock iniciante que precisava de um vocalista, o Barão Vermelho. E com essa banda de rock dos anos 80 de muito sucesso, que teve seu maior sucesso com “Bete Balanço”, canção que fez parte da trilha sonora de um filme, Cazuza iniciou sua carreira como cantor. 

Em 1985, Cazuza participou do Rock in Rio com Barão Vermelho, e nessa época, Caetano Veloso se dizia o maior poeta brasileiro de sua geração. Foi também neste mesmo ano que Cazuza foi infectado com o vírus da AIDS, precipitando a sua vontade de deixar a banda para obter uma maior liberdade de composição e expressão.

Depois que ele deixou a banda, Cazuza começou a diversificar a música, incorporando elementos do blues em canções como “Blues da Piedade”, “Só as mães são felizes” e “Balada da Esplanada” 

Apresentando letras cada vez mais intimistas, como “Só se for a dois”. Além de se abrir às influências da música pop brasileira criando novas versões para sucessos como: “O Mundo é um Moinho” de Cartola, “Cavalos Calados” de Raul Seixas e “Esse Cara” de Caetano Veloso.

Ao contrário do que costuma acontecer quando um artista deixa uma banda que o tornou famosa, a carreira solo de Cazuza se mostrou mais bem-sucedida do que a de seu grupo anterior. “Exagerado“, “O Tempo não Para” e “Ideologia” foram seus maiores sucessos e provaram ser uma grande influência nos músicos brasileiros subsequentes.

Em 1986, Cazuza foi destaque no álbum beneficente à aids Red Hot + Rio, produzido pela Red Hot Organization, interpretando a música “Preciso Dizer que Te Amo” em dueto com Bebel Gilberto.

Em 1989, ele admitiu publicamente pela primeira vez que tinha AIDS e lançou seu último álbum na vida: Burguesia. Cazuza era abertamente bissexual, mas não era ativo no movimento LGBT. No entanto, sua franqueza sobre ser uma pessoa com AIDS ajudou a mudar as percepções e atitudes públicas sobre a prevenção e o tratamento do HIV/AIDS.


Sair da versão mobile