Poeta: Alphonsus de Guimaraens Filho

Do azul, num soneto – Alphonsus de Guimaraens Filho

Verificar o azul nem sempre é puro.Melhor será revê-lo entre as ramadasE os altos frutos de um pomar escuro— Azul de ténues bocas desoladas. Melhor será sonhá-lo em madrugadas,Claro, inconstante azul sempre imaturo,Azul de claridades sufocadasLatejando nas pedras — nascituro. Não este azul, mas outro e dolorido,Evanescente azul que na orvalhadaFicou, pétala ingênua, torturada. Recupero-o, …

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Nostalgia dos anjos – Alphonsus de Guimaraens Filho

País da sombraVem do olhar do morto,Vem do olhar cerrado,Vem da face extintaSob a noite grave,O gemido suave,Desumanízado. Ah! é a melodiaDos momentos frios,Dos momentos velhos,Desaparecidos.Risos esquecidos,Casarões vazios. Vem do corpo em sombraUma saudade mansa.Voz de outros desterrosPara além de nós.Gritos de criançasE as lembranças doídasPara além de nós.Canta, esquece, sonha.Já nem tenho voz. Ó …

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