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Zum-zum

Chove a chuva como antigamente
Lá fora o vento faz zum zum
Aqui dentro do apartamento
O tormento vence o amor de dois a um

Coço o nariz tão nervosamente
Esperando o telefone tilintar
Mas quando responder, eu sei que vou dizer
É engano, ele não está

Chove a chuva como antigamente
Lá fora o vento faz zum zum
Aqui dentro do apartamento
O tormento vence o amor de três a um

Coço o nariz tão nervosamente
Esperando o telefone tilintar
Mas quando responder, eu sei que vou dizer
É engano, ele não está

Depois ficarei gargalhando
Gargalhadas pelo ar
Podem dizer que isto é loucura
Mas é somente a mais pura
Maneira de se amar

Chove a chuva como antigamente
Lá fora o vento faz zum-zum
Aqui dentro do apartamento
O tormento vence o amor de quatro a um (já é uma goleada)

Coço o nariz tão nervosamente
Esperando o telefone tilintar
Mas quando responder, eu sei que vou dizer
É engano, ele não está

Depois ficarei gargalhando
Gargalhadas pelo ar
Podem dizer que isto é loucura
Mas é somente a mais pura
Maneira de se amar

Rock comendo cereja

Tem desejo de amor
Até mesmo na flor e na planta
E na voz de quem fala
E na voz de quem canta
Seja como seja
É tão bom quando você me beija
Beijo seus olhos caídos
Por entre as latas de cerveja
Piso na sombra às vezes
Quando quero que ninguém me veja
Volto pro meu quarto à meia-noite
Fico sozinho, ouço rock comendo cereja
São pirilampos as luzes
Dentro desse apartamento
Viva a vida querida
Aqui, agora, nesse momento
Adonai hosana saravá axé-kolofé

O vampiro

(Soy soldado revolucionario soy de aquellos de caballería
Si me muere mi guapo en combate
Ay hombre, da-me una tequila! Me sigo en la infantería)

Eu uso óculos escuros
Para as minhas lágrimas esconder
Quando você vem para o meu lado
As lágrimas começam a correr

Sinto aquela coisa no meu peito
Sinto aquela grande confusão
Sei que eu sou um vampiro
Que nunca vai ter paz no coração

Às vezes eu fico pensando
Porque é que eu faço as coisas assim
E a noite de verão ela vai passando
Com aquele cheiro louco de jasmim

E fico embriagado de você
E fico embriagado de paixão
No meu corpo o sangue já não corre
Não, não, corre fogo e lava de vulcão

Eu fiz uma canção cantando
Todo o amor que eu tinha por você
Você ficava escutando impassível
Eu cantando do teu lado a morrer

Ainda teve a cara de pau
De dizer naquele tom tão educado
Oh, pero que letra tan hermosa
Que habla de un corazón apasionado!

Por isso é que eu sou um vampiro
E com meu cavalo negro eu apronto
E vou sugando o sangue dos meninos
E das meninas que eu encontro

Por isso é bom não se aproximar
Muito perto dos meus olhos
Senão eu te dou uma mordida
Que deixa na tua carne aquela ferida

E na minha boca eu sinto
A saliva que já secou
De tanto esperar aquele beijo
Aquele beijo que nunca chegou

Você é uma loucura em minha vida
Você é uma navalha para os meus olhos
Você é o estandarte da agonia
Que tem a lua e o sol do meio-dia

Lágrimas negras

Na frente do cortejo
O meu beijo
Forte como o aço
Meu abraço
São poços de petróleo
A luz negra dos seus olhos
Lágrimas negras caem, saem, dóem

Por entre flores e estrelas
Você usa uma delas como brinco
Pendurada na orelha
Astronauta da saudade
Com a boca toda vermelha
Lágrimas negras caem, saem, dóem
São como pedras de moinhos
Que moem, roem, moem
E você baby vai, vem, vai
E você baby vem, vai, vem

Belezas são coisas acesas por dentro
Tristezas são belezas apagadas pelo sofrimento
Lágrimas negras caem, saem, doem