Zé Ramalho

Absurdo blues (Zé Ramalho e Alceu Valença)

Você já pensou Em me ver mais livre Que um peixe num aquário É um peixe no mar Você já pensou Em me ver mais preso Nas páginas sangrentas De uma coluna policial Você já pensou Em me ver sorrindo Pulando num frevo Ao som desse blues Morrendo de medo De nojo e cansaço Dizendo: […]

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Beira-mar

Eu entendo a noite como um oceano Que banha de sombras o mundo de sol A aurora que luta por um arrebol De cores vibrantes e ar soberano Um olho que mira nunca o engano Durante o instante que vou contemplar Além, muito além onde quero chegar Caindo a noite me lanço no mundo Além

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Mulher Nova, Bonita e Carinhosa Faz o Homem Gemer Sem Sentir Dor

Numa luta de gregos e troianos Por Helena, a mulher de Menelau Conta a história de um cavalo de pau Terminava uma guerra de dez anos Menelau, o maior dos espartanos Venceu Páris, o grande sedutor Humilhando a família de Heitor Em defesa da honra caprichosa Mulher nova, bonita e carinhosa Faz o homem gemer

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Frevo Mulher

Quantos aqui ouvem Os olhos eram de fé Quantos elementos Amam aquela mulher Quantos homens eram inverno Outros verão Outonos caindo secos No solo da minha mão Gemeram entre cabeças A ponta do esporão A folha do não-me-toque E o medo da solidão Veneno meu companheiro Desata no cantador E desemboca no primeiro Açude do

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Batendo Na Porta Do Céu (Knockin’ On Heaven’s Door)

Mãe, tire o distintivo de mim Que eu não posso mais usá-lo Está escuro demais pra ver Me sinto até batendo na porta do céu Bate, bate, bate na porta do céu Bate, bate, bate na porta do céu Bate, bate, bate na porta do céu Bate, bate, bate na porta do céu Mãe, guarde

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Mistérios da Meia-Noite

Mistérios da meia-noiteQue voam longeQue você nuncaNao sabe nuncaSe vão se ficamQuem vai quem foi Impérios de um lobisomemQue fosse um homemDe uma menina tão desgarradaDesamparada se apaixonou Naquele mesmo tempoNo mesmo povoado se entregouAo seu amor porque Não quis ficar como os beatosNem mesmo entre Deus ou o capetaQue viveu na feira Mistérios da

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Avohai

Um velho cruza a soleira De botas longas, de barbas longas De ouro o brilho do seu colar Na laje fria onde coarava Sua camisa e seu alforje de caçador Oh meu velho e invisível Avôhai Oh meu velho e indivisível Avôhai Neblina turva e brilhante em meu cérebro coágulos de sol Amanita matutina e

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Chão de Giz

Eu desço dessa solidão Espalho coisas sobre um chão de giz Há meros devaneios tolos A me torturar Fotografias recortadas em jornais de folhas, amiúde… Eu vou te jogar Num pano de guardar confetes Disparo balas de canhão É inútil pois existe um grão-vizir Há tantas violetas velhas Sem um colibri Queria usar quem sabe

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