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Até amanhã (Adoniran Barbosa e Wilma Camargo)

Até amanhã, durma bem, até amanhã 
Até amanhã, durma bem, até amanhã 
Até amanhã, durma bem, até amanhã 
Até amanhã, durma bem, até amanhã 

Até amanhã, durma bem 
Tenha bom sono 
Não deixe que as amarguras 
Te levem ao abandono 

Por mais que digam os outros 
Ninguém é o nosso retrato 
Cada um sabe melhor 
Onde lhe aperta o sapato 

Até amanhã, durma bem, até amanhã 
Até amanhã, durma bem, até amanhã 
Até amanhã, durma bem, até amanhã 
Até amanhã, durma bem, até amanhã 

Até amanhã, durma bem 
Tenha bom sono 
Não deixe que as amarguras 
Te levem ao abandono 

A amargura foi ontem 
Hoje sobrou só o saldo 
Do fogo da nossa vida 
Amanhã será o rescaldo 

Até amanhã, durma bem, até amanhã 
Até amanhã, durma bem, até amanhã 
Até amanhã, durma bem, até amanhã 
Até amanhã, durma bem, até amanhã

Armistício (Eduardo Gudim e Adoniran Barbosa)

Tem um ditado
Não sei se é inglês ou português
Só sei que o ditado diz
Quem faz uma, faz duas, faz três

Você fez uma, você fez duas
Mas três não vou deixar você fazer
Você fez uma, você fez duas
Mas três não vou deixar você fazer

Agora vem você pedindo acordo
Agora vem você pedindo armistício
Perdi a confiança em você
Pois você é igual a ovelha
Que perde o pêlo mas não perde o vício

Aqui Gerarda (Adoniran Barbosa, Moreno e Joca)

Geralda, saiu de casa
Onde será que Geralda foi parar
Aqui Gerarda, aqui Gerarda
O charutinho está cansado de chorar

Chora negrão na rampa
Chora que eu também já chorei
De noite todas as gatas são parda
Aqui Gerarda, aqui Gerarda

Chora negrão na rampa
Chora que eu também já chorei
Você gosta de salsicha com mostarda
Aqui Gerarda, aqui Gerarda

Agora pode chorar (Adoniran Barbosa e José Nicolini)

Chora, chora…

Quem te ensinou a sofrer não fui eu

Chora, chora…

Porque o nosso amor morreu

Andas por aí, dizendo que a culpa é minha

Nada disso é verdade pois fizeste sua vontade

Perdeste a linha por falta de juízo

Hoje estás arrependida lamentando a própria vida

Chora, chora…

Quem te ensinou a sofrer não fui eu

Chora, chora…

Porque o nosso amor morreu

Fica insistindo para eu te perdoar

Mas meu coração magoado

De sofrer já está cansado

Não há mais nada não adianta reclamar

Me deixaste tão sózinho

Padecendo de carinho

Chora, chora…

Quem te ensinou a sofrer não fui eu

Chora, chora…

Porque o nosso amor morreu

Adeus escola (Adoniran Barbosa, Ari Machado e Nilo Silva)

Enganado eu vou partir
Neste mundo jamais viverá
Adeus minha escola do samba
Eu vou para nunca mais voltar

Adeus companheiros do samba
Perdão, se algum dia te ofendi sem ter razão
Adeus escola
Adeus escola, eu levo você no coração

Enganado eu vou partir
Neste mundo jamais viverá
Adeus minha escola do samba
Eu vou para nunca mais voltar

O meu tamborim respeitado
Eu deixo para quem melhor que eu possa tocar
Adeus escola
Adeus escola, eu vou partir para nunca mais voltar

A canôa virou

A canôa virou, virou…

Deixa ella virar, virar…

Veja o que me acontece,

Toda vez que eu vou remar.

(A canôa virou…)

Meu barco nunca fez água,

Tenha meu bem muita fé,

Venha esquecer tua magua…

Na vazante da maré.

(A canôa virou…)

Vamos fazer a sondagem,

Parece que o mar vae secar,

Tenho medo d’abordagem…

Vae dar muito que falar.

(A canôa virou…)

Trem das Onze

Quais, quais, quais, quais, quais, quais
Quaiscalingudum
Quaiscalingudum
Quaiscalingudum

Quais, quais, quais, quais, quais, quais,
Quaiscalingudum
Quaiscalingudum
Quaiscalingudum

Não posso ficar
Nem mais um minuto com você
Sinto muito, amor
Mas não pode ser
Moro em Jaçanã
Se eu perder esse trem
Que sai agora às onze horas
Só amanhã de manhã

Não posso ficar
Nem mais um minuto com você
Sinto muito, amor
Mas não pode ser
Moro em Jaçanã
Se eu perder esse trem
Que sai agora às onze horas
Só amanhã de manhã

E além disso, mulher
Tem outra coisa
Minha mãe não dorme
Enquanto eu não chegar

Sou filho único
Tenho minha casa pra olhar

Quais, quais, quais, quais, quais, quais
Quaiscalingudum
Quaiscalingudum
Quaiscalingudum

Quais, quais, quais, quais, quais, quais
Quaiscalingudum
Quaiscalingudum
Quaiscalingudum

Quaisgudum, tchau!

Iracema

Iracema, eu nunca mais eu te vi
Iracema meu grande amor foi embora
Chorei, eu chorei de dor porque
Iracema, meu grande amor foi você

Iracema, eu sempre dizia
Cuidado ao travessar essas ruas
Eu falava, mas você não me escutava não
Iracema você travessou contra mão

E hoje ela vive lá no céu
E ela vive bem juntinho de nosso Senhor
De lembranças guardo somente suas meias e seus sapatos
Iracema, eu perdi o seu retrato.

– Iracema, fartavam vinte dias pra o nosso casamento
Que nóis ia se casar
Você atravessou a São João
Veio um carro, te pega e te pincha no chão
Você foi para Assistência, Iracema
O chofer não teve curpa, Iracema
Paciência, Iracema, paciência

E hoje ela vive lá no céu
E ela vive bem juntinho de nosso Senhor
De lembranças guardo somente suas meias e seus sapatos
Iracema, eu perdi o seu retrato