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Amor é isso

Uma alegria de luz, o orgasmo da arte
Um sonho, uma ardência na alma, uma dor, uma sorte
Mais que uma oferta egoísta e possessiva
Uma canção de ninar em carne viva
Um universo inteiro de prazer no céu
A ressonância da paz no coração do seio
Nobre ilusão do horizonte, da febre sem fim
E o som da banda avisando que o show é assim

Pai do afeto
A euforia dos ventos no parto das flores
Um mistério
Oitava cor do arco-íris da selva de horrores
Desde que soube que a vida era um grande feitiço
O cio da terra mostrando serviço
Jura pro mundo que amor é isso

Carrossel
A emoção da entrega, a razão do brinquedo
Um critério
A quinta estação do ano, coragem do medo
Desde que soube que a vida era um grande feitiço
O cio da terra mostrando serviço
Jura pro mundo que amor é isso

Que amor é isso
Que amor é isso

Convite para nascer de novo

Houve um tempo em que eu chorava quase todo dia
Dando linha a uma vida extremamente chata
Com a vontade disponível de não existir
Houve um tempo em que eu morava com minha tristeza
Era amigo e confidente das manhãs sem Sol
Prisioneiro de mim mesmo, sem poder fugir
De repente o infinito de uma coisa boa
Começou devagarinho a orbitar em mim
Como num conto de fadas dos irmãos grimm
Era um universo puro de uma pessoa
Que me viu um mundo morto portador de vida
Como um beija-flor perdido no próprio jardim

Era um momento claro de fazer saudade
Um encontro do destino com a felicidade
Formidáveis primaveras de estações sem dor
Parecia uma chance pra nascer de novo
Uma plenitude mansa que acendeu a chama
De incontáveis alegrias vindas do amor
Foi assim que eu mergulhei no mar daquele afeto
Esquecendo a fé sem rosto do meu peito inquieto
Vendo os seios sobre a mesa que jorravam mel
E ouvindo interjeições de sentimentos puros
Investi na sensações de emoções sem juros
E ganhei um universo pra chamar de céu
Oh, oh

Parecia uma chance pra nascer de novo
Uma plenitude mansa que acendeu a chama
De incontáveis alegrias vindas do amor
Foi assim que eu mergulhei no mar daquele afeto
Esquecendo a fé sem rosto do meu peito inquieto
Vendo os seios sobre a mesa que jorravam mel
E ouvindo interjeições de sentimentos puros
Investi na sensações de emoções sem juros
E ganhei um universo pra chamar de céu

Oh oh oh
Oh oh oh
Ganhei um universo pra chamar de céu
Ganhei um universo pra chamar de céu
Pra chamar de céu
Pra chamar de céu
Ganhei um universo pra chamar de céu
Que jorrava mel

Viagem passageira

O sonho é ter tudo resolvido
Com o passar do tempo pela vida
A casca da ferida se formando
A cicatriz na pele do futuro
A pele do futuro finalmente
Imune ao corte, à lâmina do tempo
O tempo finalmente estilhaçado
E a poeira sumindo no horizonte

O sonho é ter tudo dissolvido
O corpo, a mente, a fonte da lembrança
Enfim, ponto final na esperança
Somente as ondas soltas no oceano
Não mais o esperma e o óvulo da morte
Não mais a incerteza do binário
Um tempo liso sem o fuso horário

Não mais um sim, um não, um sul, um norte
O sonho dessa canção passageira
Mochila da viagem passageira
Passagem nessa vida passageira
Para uma vida ainda passageira

Sublime

Não que eu me iluda
Eu acho até que você gosta de mim
Não que eu me iluda
Eu penso até que você pensa

Mas não o suficiente pra ficar assim
Calado colado sem beijo apressado
Sem olhar pro lado
Sem tomar cuidado com o fim

Não que eu me iluda
Eu sinto até que você sente um frisson
O que não muda
Quando me diz que estar comigo é tão bom

Mas não o suficiente pra vencer o frio
Que a vida põe de frente
Quase que frequentemente
Só um abraço quente preenche o vazio

Meu amor, você vale a luta
Mas por favor, meu amor, me escuta
Viver comigo vive sim
Mas também vive sem mim
E o alguém que a gente tem
Tem que fazer tão bem
Que depois desse alguém é impossível ser sem

Insistir em nós seria um crime
O amor que a gente sente
O amor na vida da gente
Não pode ser menos do que
Sublime

Palavras no corpo

Fomos felizes e felizes fomos
E se já não somos, meu amor
Não se preocupe, não
Aperte a minha mão
Até a luz sumir
Em meio à escuridão
Você vai confiar em mim

Guarde um pedaço de mim
Um cheiro no lado da cama
Seu gosto na ponta do queixo
Meu sangue escorrendo seu peito

Vejo no tato sua pele
Tatuo com dedo o seu gosto
Não sigo mapas, desejo
Segredo e contato

Quero o brilho cortante
Desses cacos de vidro
Palavras no corpo
Respostas ao vento

Você diz pra não falar de amor
E me pede pra fechar os olhos
Esquecer, amor
Poucos versos são precisos

Ninguém diz eu te amo
Ninguém diz eu te amo
Ninguém diz eu te amo
Como eu

Ninguém diz eu te amo
Ninguém diz eu te amo
Ninguém diz eu te amo
Como eu

Ninguém diz eu te amo
Ninguém diz eu te amo
Como eu, como eu

Ninguém diz eu te amo
Ninguém diz eu te amo
Como eu, como eu
Ninguém diz melhor

Ninguém diz eu te amo
Ninguém diz, ninguém diz
Eu te amo como eu, como eu

Todo Homem

O sol, manhã de flor e sal
E areia no batom

Farol, saudades no varal
Vermelho, azul, marrom

Eu sou cordão umbilical
Pra mim nunca tá bom

E o sol queimando o meu jornal
Minha voz, minha luz, meu som

Todo homem precisa de uma mãe
Todo homem precisa de uma mãe

O céu, espuma de maçã
Barriga, dois irmãos

O meu cabelo negra lã
Nariz, e rosto, e mãos

O mel, a prata, o ouro e a rã
Cabeça e coração

E o céu se abre de manhã
Me abrigo em colo, em chão

Todo homem precisa de uma mãe
Todo homem precisa de uma mãe
Todo homem precisa de uma mãe
Todo homem precisa de uma mãe

Iolanda

Esta canção nao é mais que mais uma canção
Quem dera fosse uma declaração de amor
Romântica, sem procurar a justa forma
Do que lhe vem de forma assim tão caudalosa
Te amo,
te amo,
eternamente te amo

Se me faltares, nem por isso eu morro
Se é pra morrer, quero morrer contigo
Minha solidão se sente acompanhada
Por isso às vezes sei que necessito
Teu colo,
teu colo,
eternamente teu colo

Quando te vi, eu bem que estava certo
De que me sentiria descoberto
A minha pele vais despindo aos poucos
Me abres o peito quando me acumulas
De amores,
de amores,
eternamente de amores

Se alguma vez me sinto derrotado
Eu abro mão do sol de cada dia
Rezando o credo que tu me ensinaste
Olho teu rosto e digo à ventania
Iolanda, Iolanda, eternamente Iolanda