Skip to main content

Sobremesa

Walking in the morning sun, my pockets are empty now.
I don’t have anything, only a little black boots.
And little flower in hand, looking to the city.
Cabs, buildings, people, a rocket on the sky, my mind fliiiieeesss.
Borboletas se equilibram no espaço.
Um muro velho em minha face.
Uma cadeira flutua num espiral.
Flores em minha camisa numa tarde do bairro.
E enquanto caminho pelas ruas da cidade, lembro que uma sobremesa me espera em casaaaa.

Eeeee, uma sobremesaa
Eeeee, uma sobremesaa
Eeeee, uma sobremesaa
Eeeee, uma sobremesaa

Wait,

Yeahhh

Manguetown

Estou enfiado na lama
É um bairro sujo
Onde os urubus têm casas
E eu não tenho asas
Mas estou aqui em minha casa
Onde os urubus têm asas
Vou pintando segurando as paredes do mangue do meu quintal
Manguetown
Andando por entre os becos
Andando em coletivos
Ninguém foge ao cheiro sujo
Da lama da Manguetown
Andando por entre os becos
Andando em coletivos
Ninguém foge à vida suja dos dias da Manguetown
Esta noite eu sairei
Vou beber com meus amigos
E com as asas que os urubus me deram ao dia
Eu voarei por toda a periferia
Vou sonhando com a mulher
Que talvez eu possa encontrar
Ela também vai andar
Na lama do meu quintal
Manguetown
Fui no mague catar lixo
Pegar caranguejo, conversar com urubu