Gilberto Gil

Nascido em 26 de junho de 1942. Gilberto Passos Gil Moreira é um cantor, músico e compositor brasileiro, conhecido por sua música e ativismo político. O estilo musical de Gil incorpora uma gama eclética de influências. Incluí rock, gêneros brasileiros como samba, música africana e reggae.

Gilberto GIl começou a tocar música ainda criança e era adolescente quando se juntou à sua primeira banda. Foi protagonista do movimento tropicália dos anos 1960. Esteve ao lado de artistas como Caetano Veloso. 

Gil conheceu Caetano na Universidade Federal da Bahia em 1963. Junto com Maria Bethânia (irmã de Veloso), Gal Costa e Tom Zé, Gil e Veloso tocaram bossa nova e canções tradicionais brasileiras. No início da década de 1960, Gil ganhava a vida com a venda de bananas e compondo jingles para anúncios de televisão.

Seu primeiro sucesso como artista solo foi a canção “Aquele Abraço“, de 1969. Gil também se apresentou em vários programas de televisão ao longo da década de 1960, que muitas vezes incluíam outros membros do movimento Tropicalismo. 

Gil e Veloso foram presos pelo governo militar brasileiro em 1969. Compôs quatro canções durante sua prisão, entre elas “Cérebro Eletrônico“, que apareceu pela primeira vez em seu álbum Gilberto Gil (1969).

Ele foi fortemente influenciado e envolvido com a cena rock da cidade também, tocando com Yes, Pink Floyd e Incredible String Band. Porém, também se apresentou solo, gravando Gilberto Gil (Nêga) em Londres. Além do envolvimento nas cenas de reggae e rock, Gil assistiu a apresentações de artistas de jazz, incluindo Miles Davis e Sun Ra.

Quando voltou para a Bahia em 1972, Gil se concentrou em sua carreira musical e no trabalho de defesa do meio ambiente. Lançou o Expresso 2222 no mesmo ano, do qual foram lançados dois singles populares. Gil viajou pelos Estados Unidos e gravou um álbum em inglês também, continuando a lançar um fluxo constante de álbuns ao longo dos anos 1970, incluindo “Realce e Refazenda.”

No início dos anos 1970, Gil participou de um ressurgimento da tradição afro-brasileira do afoxé no Carnaval, juntando-se ao grupo de performance Filhos de Gandhi que só permitia a participação de negros brasileiros. 

Gil também gravou uma canção intitulada “Patuscada de Gandhi” escrita sobre os Filhos de Gandhi que apareceu em seu álbum Refavela de 1977. Uma atenção maior foi dada aos grupos de afoxé no carnaval por causa da publicidade que Gil havia proporcionado a eles por meio de seu envolvimento; os grupos também aumentaram de tamanho. No final da década de 1970, ele trocou o Brasil pela África e visitou Senegal, Costa do Marfim e Nigéria. 

Em 1996, Gil contribuiu com Refazenda para o Álbum Benefício à AIDS Red Hot + Rio, produzido pela Red Hot Organization. Em 1998, a versão ao vivo de seu álbum Quanta rendeu a Gil o prêmio Grammy de Melhor Álbum de World Music. Em 2005 ganhou o prêmio Grammy de Melhor Álbum de World Music Contemporâneo por Eletracústico

Em maio de 2005, ele foi agraciado com o Polar Music Prize por Carl XVI Gustaf da Suécia em Estocolmo, o primeiro a receber o prêmio na América Latina. Em 2010 lançou o álbum Fé Na Festa, disco dedicado ao forró, estilo musical nordestino

Em 2013, Gilberto Gil desempenhou o seu papel de cantor e promotor da diversidade cultural num documentário de longa-metragem rodado pelo hemisfério sul pelo cineasta suíço Pierre-Yves Borgeaud, Viramundo: uma viagem musical com Gilberto Gil, distribuído mundialmente.

Realce

Não se incomode, o que a gente pode, podeO que a gente não pode, explodiráA força é bruta e a fonte da força é neutraE de repente a gente poderá Realce, realceQuanto mais purpurina, melhorRealce, realceCom a cor do veludoCom amor, com tudo de real teorDe beleza Realce (realce)Realce (realce)Realce (realce)Realce (realce) Não se impaciente, […]

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O seu amor

O seu amorAme-o e deixe-oLivre para amarLivre para amarLivre para amar O seu amorAme-o e deixe-oIr aonde quiserIr aonde quiserIr aonde quiser O seu amorAme-o e deixe-o brincarAme-o e deixe-o correrAme-o e deixe-o cansarAme-o e deixe-o dormir em paz O seu amorAme-o e deixe-oSer o que ele éSer o que ele éSer o que ele

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Chuck berry fields forever

Trazidos d’África pra Américas de Norte e SulTambor de tinto timbre tanto tonto tom tocouE neve, garça branca, valsa do Danúbio AzulTonta de tanto embalo, num estalo desmaiou Vertigem verga, a virgem branca tomba sob o solRachado em mil raios pelo machado de XangôE assim gerados, a rumba, o mambo, o samba, o rhythm’n’bluesTornaram-se os

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Parque industrial

Retocai o céu de anilBandeirolas no cordãoGrande festa em toda a naçãoDespertai com oraçõesO avanço industrialVem trazer nossa redenção Tem garotas propagandaAeromoças e ternura no cartazBasta olhar na paredeMinha alegria num instante se refazPois temos o sorriso engarrafadoJá vem pronto e tabeladoÉ somente requentar e usarÉ somente requentar e usarO que é made, made, madeMade

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Maracatu atômico

Manamaê ôManamaê ôManamaê ôManamaê ô Atrás do arranha-céu temO céu, tem o céuE depois tem outro céu semEstrelasEm cima do guarda-chuva temA chuva, tem a chuvaQue tem gotas tão lindas queAté dá vontade deComê-las Manamaê ôManamaê ôManamaê ôManamaê ô No meio da couve-flor temA flor, tem a florQue além de ser uma flor temSabor Dentro

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Madalena (entra em beco, sai em beco)

Fui passear na roçaEncontrei madalenaSentada numa pedraComendo farinha secaOlhando a produção agrícolaE a pecuáriaMadalena choravaSua mãe consolavaDizendo assimPobre não tem valorPobre é sofredorE quem ajuda é Senhor do Bonfim Entra em beco sai em becoHá um recurso madalenaEntra em beco sai em becoHá uma santa com seu nomeEntra em beco sai em becoVai na próxima

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Bom dia

Madrugou, madrugouA mancha branca do solAcordou o diaE o dia já levantou Acorda meu amor,a usina já tocouAcorda, é horade trabalhar, meu amor Acorda é horao dia veio roubarTeu sono cansadoÉ hora de trabalhar O dia te exigeO suor e o braçoPra usina do donodo teu cansaço Acorda meu amoré hora de trabalharO dia já

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Louvação

Vou fazer a louvação – louvação, louvaçãoDo que deve ser louvado – ser louvado, ser louvadoMeu povo, preste atenção – atenção, atençãoRepare se estou erradoLouvando o que bem mereceDeixo o que é ruim de lado E louvo, pra começarDa vida o que é bem maiorLouvo a esperança da genteNa vida, pra ser melhorQuem espera sempre

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A moreninha

Lá perto de casaTinha uma moreninhaQue toda a tardezinhaIa com a lataNa fonte buscar água. Morena, moreninhaUm dia não passou.Morena, moreninhaQue caminho te levou? Perguntei pela moreninha,Os passos da moreninhaO caminho que andou.Insisti, com muita espera,Toda a tarde na janela,Moreninha não passou.Nunca mais passou. Toda a tardeTá faltando uma lata d’água lá na fonte.Toda a

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Um trem para as estrelas

São 7 horas da manhãVejo Cristo da janelaO sol já apagou sua luzasE o povo lá embaixo esperaNas filas dos pontos de ônibusProcurando aonde irSão todos seus ciceronesCorrem pra não desistirDos seus salários de fomeÉ a esperança que eles temNeste filme como extrasTodos querem se dar bem Num trem pras estrelasDepois dos navios negreirosOutras correntezas

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Metáfora

Uma lata existe para conter algo Mas quando o poeta diz: “Lata” Pode estar querendo dizer o incontível Uma meta existe para ser um alvo Mas quando o poeta diz: “Meta” Pode estar querendo dizer o inatingível Por isso, não se meta a exigir do poeta Que determine o conteúdo em sua lata Na lata

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Rancho da rosa encarnada

Vejam quantas coisas novas vamos contarNas cantigas mais antigasQue o mei Rancho da RosaEncarnada escolheu pra cantarPelas calçadas enfeitadas se vêTanta gente pra nos receberSomos cantoresCantamos as floresCantamos amores Trazemos tambémA notícia da grande alegria que vemPra durar mais que um diaE ficar como antigas cantigasQue não morremQue não passam jamaisComo passam sempre os carnavais.

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Clichê do chiclê (Gilberto Gil e Vinícius Cantuária)

Não vou jogar Meu destino contra o seu Num filme piegas sem sal Não vou chorar Nem fingir que o amor morreu Chega de drama banal Que seja a dor Nosso amor, nossos ardis Teatro nô japonês Onde o ator É ao mesmo tempo atriz Vestes da mesma nudez Eu, Belmondo Como um Pierrot, le

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Ciranda (Gilberto Gil e Moacir Santos)

Vem de um lugar chamado Flores Esta ciranda De tantas cores Vem nos aliviar as dores Os maus olhados Os dissabores Ó, cirandeiro, cirandeiro Que faz ciranda o tempo inteiro Só por folia Só por amor Vem de um lugar chamado Flores Esta ciranda De tantas cores Vem nos falar dos trovadores Dos bem-amados Dos

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Chororô

Tenho pena de quem chora De quem chora tenho dó Quando o choro de quem chora Não é choro, é chororô Quando uma pessoa chora seu choro baixinho De lágrima a correr pelo cantinho do olhar Não se pode duvidar Da razão daquela dor Não se pode atrapalhar Sentindo seja o que for Mas quando

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Canô

desde o tempo do carro de boi da época do trem motriz do auge dos canaviais tens vivido a semear a luz a paz e o amor que tem raiz na índia dos teus ancestrais vida cheia de momentos raros nesta cara santo amaro terra de doces paixões zeca e todas as meninas e os

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Bruxa de mentira (Gilberto Gil e João Donato)

A bruxa de mentira Bombom de rapadura Saborosa figura A bruxa de mentira Não vejo a hora de ir Na barraquinha comprar Rapadoçura bombom Bruxinha gostosura A bruxa de mentira Bombom de rapadura Saborosa figura A bruxa de mentira Bombom de rapadura Exdrúxula figura Bruxinha gostosa Neném rapadoçura

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Barato total

Quando a gente tá contenteTanto faz o quenteTanto faz o frioTanto fazQue eu me esqueça do meu compromissoCom isso e aquiloQue aconteceu dez minutos atrásDez minutos atrás de uma idéiaJá deu pra uma teia de aranhaCrescer e prenderSua vida na cadeia do pensamentoQue de um momento pro outroComeça a doer Quando a gente tá contenteGente

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Banda um

BandaUmBandaUmBandaUmBanda – ô-iê Iê-iê-iê-iê BandaUmBandaUmBandaUmBanda – ô-ô (Iô-iô-iô-iô) Banda Um que toca um balanço parecendo polka UmBandaUmBandaUm Banda Um que toca um balanço parecendo rumba UmBandaUmBandaUm Banda Um que é África, que é Báltica, que é Céltica UmBanda América do Sul Banda Um que evoca um bailado de todo planeta UmBandaUm, Banda Um BandaUmBandaUmBandaUmBanda –

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Balé da bola (copa 98)

Quando meu olhar beijar ParisTerei mais amorSerei mais felizSentirei no ar a emoção, no ar o ardorMeu coração de torcedorEsperou tanto tempo por esta ocasiãoQue um dia o menestrel sonhou Magos da bola na Cidade LuzFazem milagres, transmutaçõesDores e horrores que a vida produzSão transformados no balé da bolaSuor e sangue no balé da bolaCrime

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Balafon

Isso que toca, isso que toca chama-se balafon Em cada lugar tem o nome deve ser outro, qualquer no Camerum Isso que a gente chama marimba tem na África, todo mesmo som Isso que toca bem bem num lugar não lembro bem, chama-se balafon Marim-bajé Iré-xiré Balafonjá Orim-axé Marim-bajé Iré-xiré Balafonjá Orim-axé Isso que toca,

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Bacurizim

De onde nasceráO guri, o bacurizimDe onde nasceráDe onde virá bacurizimQuixeramubimNo metrô de uma capitalNa metrópoleEm lugar do torrão natal De onde nasceráDe que bucho esticadimNascerá meu bacurizimZim de Zezinho, som do zLetra do alfabetoLuz de uma estrela escondidaCruz na memória gravadaRaio de um disco avistadoPousado naquela estradaBacuri me-ni-naMe-ni-noNuzinho no frioZezinho no frio

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Axé, Baba

Meu pai Oxalá Dá-nos a luz do teu dia De noite a estrela-guia Da tua paz Dentro de nós Meu pai Oxalá Dá-nos a felicidade O pão da vitalidade Do teu axé Do teu amor Do teu axé Do teu amor Ô-ô-ô-ô-ô-ô-ô Axé, babá Ô-ô-ô-ô-ô-ô-ô Axé, babá Ô-ô-ô-ô-ô-ô-ô Axé, babá Ô-ô-ô-ô-ô-ô-ô

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Atrás do trio (bomba H)

Tou atrás do trioTou atrás do fio pra ligarO pavio dessa minha bomba H Tou atrás há trêsHoras atrozes sem poder lhe verSerá que eu vou terDe atravessar três dias? Será que eu vou terDe atravessar três diasSem poder, sem poderExplodir a bomba H maiúsculoRelaxar a fibra desse músculoJá cansado de trombarDe dar encontrãoNa esperança

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As pegadas do amor

Nem um bode prá sangrar Nem um bé Uma cabra a espernear Um baé Um porquinho, um bezerrinho Uma pomba, uma preá Animal de sangue quente Atacado a sangue frio  Só ver sangue jorrar Nem um pouco de pesar De pavor Nem um cabra a implorar Por favor Nem um corpo a estrebuchar Ao tremor das minhas mãos Nem uma marca de horror No chão do meu coração

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Aroma

A-a-a-a-aroma A-a-a-a-aroma Vem pelo vento Aroma Fragrância, odor Vem da pitanga Da manga Perfume da flor Vem do estrume Cheiro do gado Vem do pecado (aroma-amor) Do corpo dela (aroma-amor) Todo molhado Aroma Um cheiro de suor Ah, ah, ah, ah, aroma Ah, ah, ah, ah, aroma Vem pelas ventas Aroma Do pobre ou rico

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Alfomega

o analfomegabetismo Somatopsicopneumático o analfomegabetismo Somatopsicopneumático Que também significa Que eu não sei de nada sobre a morte Que também significa Tanto faz no sul como no norte Justamente Que também significa Deus é quem decide minha sorte o analfomegabetismo Justamente Somatopsicopneumático o analfomegabetismo Somatopsicopneumático Que também significa Que eu não sei de nada sobre

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Alapala (the myth of shango) Gilberto Gil – vrs Carol Rogers

Aganju, Shango Alapala, Alapala, Alapala Shango, Aganju A little boy, the age of three He asked about his family tree: “Oh, father, who is my grand papa?” The father said: “My boy, grandpa is dead And right before he died He told me who was my grandpapa “My grandpapa, your grandpapa’s Daddy was born in

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Água de meninos (Gilberto Gil e Capinan

Na minha terra, a BahiaEntre o mar e a poesiaTem um porto, SalvadorAs ladeiras da cidadeDescem das nuvens pro marE num tempo que passou – ô ô ôToda a cidade desciaVinha pra feira comprarÁgua de Meninos, quero morarQuero rede e tangerinaQuero o peixe desse marQuero o vento dessa praiaQuero azul, quero ficarCom a moça que

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Africaner brother Bound (Jean Pierre, Henrique Hermeto e Gilberto Gil)

Africaner brother boundQuanto tempo ainda maisJá durou até demaisO que não devia ser jamais Poeta calou por um dia ou doisBandeira arriada pra descansarO batuque ficou pra depoisQue o coração desenfrear  Africaner brother boundQuanto tempo ainda maisJá durou até demaisO que não devia ser jamais Quem é que no mundo pode impedirO sol de nascer

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Afoxé é

Ê-ô, ê-ôÊ-ô, ê-ôÉ bom pra ioiôÉ bom pra iaiá O afoxé é da genteFoi de quem quisÉ de quem quiserSair do Pé do CabocloAté a Praça da Sé O afoxé é sementePlantou quem quisPlanta quem quiserTem que botar fé no blocoTem que gostar de andar a pé Tem que aguentar sol a pinoTem que passar

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Aboio

Meu povo, tome coragem Se aventure, se levante Na arribação deste boi Se aproxime dos apelos E chamamento Do canto do boiadeiro, oi Levanta, meu companheiro Boi Fulorô e Judeu Levanta, Maracajá Boi Estrela, Boi Espaço Boi da serenidade Da vida que Deus me deu Ecô Levanta, meu Boi Remanso Desencantado e Chuvisco Boi Cigano

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A notícia

Foi a polícia que trouxe a notícia Que o meu amor tinha morrido Teria sido encontrado, coração varado Por flechas de algum cupido Novo bandido talvez contratado Por alguém bem interessado Na minha solidão, minha desilusão Na vaga aberta na minha paixão Tramaram tudo de forma perfeita Aproveitaram a estação insuspeita: o verão rovavelmente um

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A morte

A morte é rainha Que reina sozinha Não precisa do nosso chamado, recado Pra chegar Ociosas assim As rainhas são quase sempre prontas Aos chamados dos súditos Súbito colapso Pode ser a forma da morte chegar Não precisa de muito cuidado Ela mesmo se cuida É rainha que reina sozinha Não precisa do nosso chamado,

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A luta contra a lata ou a falência do café

Alô, mulatas! Alô, alô, mulatas! O barulho que vocês estão ouvindo é um barulho de latas! De latas! Eu disse: “Latas! Latas!” O exército de latas mil do inimigo Tomou de assalto as prateleiras e os balcões Em nome das plebéias chaminés plantadas Em nossos quintais Palavras proferidas por um velho dono De terras roxas

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A gaivota

Gaivota menina De asas paradas Voando no sonho Díaguas da lagoa Gaivota querida Voa numa boa Que o vento segura Voa numa boa Gaivota na ilha Sem noção da milha Ficou longe a terra Gaivota menina Gaivota querida Voa numa boa Que o alento segura Voa numa boa Gaivota, te amo e gaivotaria sempre em

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A ciência em si (Gilberto Gil e Arnaldo Antunes)

Se toda coincidência Tende a que se entenda E toda lenda Quer chegar aqui A ciência não se aprende A ciência apreende A ciência em si Se toda estrela cadente Cai pra fazer sentido E todo mito Quer ter carne aqui A ciência não se ensina A ciência insemina A ciência em si Se o

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A bruxa de mentira (João Donato e Gilberto Gil)

A bruxa de mentira Bombom de rapadura, saborosa figura A bruxa de mentira Não vejo a hora de ir na barraquinha comprar Rapadoçura bombom Bruxinha gostosura A bruxa de mentira Bombom de rapadura Saborosa figura A bruxa de mentira Não vejo a hora de ir na barraquinha comprar Rapadoçura bombom Bruxinha gostosura, gostosura A bruxa

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Beira mar

Na terra em que o mar não bateNão bate o meu coraçãoO mar onde o céu flutuaOnde morre o sol e a luaE acaba o caminho do chão Nasci numa onda verdeNa espuma me batizeiVim trazido numa redeNa areia me enterrareiNa areia me enterrarei Ou então nasci na palmaPalha da palma no chãoTenho a alma

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Haiti

Quando você for convidado pra subir no adro Da fundação casa de Jorge Amado Pra ver do alto a fila de soldados, quase todos pretos Dando porrada na nuca de malandros pretos De ladrões mulatos e outros quase brancos Tratados como pretos Só pra mostrar aos outros quase pretos (E são quase todos pretos) E

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A Coisa Mais Linda Que Existe (Gilberto Gil e Torquato Neto)

Coisa mais linda nesse mundo É sair por um segundo E te encontrar por aí E ficar sem compromisso Pra fazer festa ou comício Com você perto de mim Na cidade em que me perco Na praça em que me resolvo Na noite da noite escura É lindo ter junto ao corpo Ternura de um

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Three Little Birds

Don´t worry about a thingcause every little thing is gonna be alrightdon´t worry about a thingevery little thing is gonna be alrightRise up this morningsmiled with the rising sunthree little birdspitch by my door stepsinging sweet songsof melodies pure and truesaying, this is my message to you:don´t worry about a thingcause every little thing is

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Refazenda

Abacateiro acataremos teu ato Nós também somos do mato como o pato e o leão Aguardaremos brincaremos no regato Até que nos tragam frutos teu amor, teu coração Abacateiro teu recolhimento é justamente O significado da palavra temporão Enquanto o tempo não trouxer teu abacate Amanhecerá tomate e anoitecerá mamão Abacateiro sabes ao que estou

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Palco

Subo nesse palco, minha alma cheira a talco Como bumbum de bebê, de bebê Minha aura clara, só quem é clarividente pode ver Pode ver Trago a minha banda, só quem sabe onde é Luanda Saberá lhe dar valor, dar valor Vale quanto pesa prá quem preza o louco bumbum do tambor Do tambor Fogo

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Pai e Mãe

Eu passei muito tempo aprendendo a beijarOutros homens como beijo o meu paiEu passei muito tempo pra saber que a mulherQue eu amei, que amo, que amarei Será sempre a mulher como é minha mãeComo é, minha mãe? Como vão seus temores?Meu pai, como vai?Diga a ele que não se aborreça comigo Quando me vir

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Drão

Drão o amor da gente é como um grão Uma semente de ilusão Tem que morrer pra germinar Plantar nalgum lugar Ressuscitar no chão nossa semeadura Quem poderá fazer aquele amor morrer! Nossa caminhadura Dura caminhada pela estrada escura Drão não pense na separação Não despedace o coração O verdadeiro amor é vão, estende-se, infinito

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Sítio do Pica-Pau Amarelo

Marmelada de banana, bananada de goiabaGoiabada de marmeloSítio do Pica-Pau amareloSítio do Pica-Pau amarelo Boneca de pano é gente, sabugo de milho é genteO sol nascente é tão beloSítio do Pica-Pau amareloSítio do Pica-Pau amarelo Rios de prata, pirataVôo sideral na mata, universo paraleloSítio do Pica-Pau amareloSítio do Pica-Pau amarelo No país da fantasia, num

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Estrela

Há de surgir Uma estrela no céu Cada vez que ocê sorrir Há de apagar Uma estrela no céu Cada vez que ocê chorar O contrário também Bem que pode acontecer De uma estrela brilhar Quando a lágrima cair Ou então De uma estrela cadente se jogar Só pra ver A flor do seu sorriso

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Aquele Abraço

O Rio de Janeiro Continua lindo O Rio de Janeiro Continua sendo O Rio de Janeiro Fevereiro e março… Alô, alô, Realengo Aquele Abraço! Alô torcida do Flamengo Aquele abraço!…(2x) Chacrinha continua Balançando a pança E buzinando a moça E comandando a massa E continua dando As ordens no terreiro… Alô, alô, seu Chacrinha Velho

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Vamos Fugir

Vamos fugir! Deste lugar Baby! Vamos fugir Tô cansado de esperar Que você me carregue… Vamos fugir! Pr’outro lugar Baby! Vamos fugir Pr’onde quer que você vá Que você me carregue… Pois diga que irá Irajá, Irajá Prá onde eu só veja você Você veja a mim só Marajó, Marajó Qualquer outro lugar comum Outro

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A Paz

A paz invadiu o meu coração De repente, me encheu de paz Como se o vento de um tufão Arrancasse meus pés do chão Onde eu já não me enterro mais A paz fez um mar da revolução Invadir meu destino; A paz Como aquela grande explosão Uma bomba sobre o Japão Fez nascer o

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