Vi o poeta moribundo – Álvares de Azevedo
Poetas! amanhã ao meu cadáverMinha tripa cortai mais sonorosa!…Façam dela uma corda, e cantem nelaOs amores da vida esperançosa! Cantem esse verão que me alentava…O aroma dos currais, o bezerrinho,As aves que na sombra suspiravam,E os sapos que cantavam no caminho! Coração, porque tremes? Se esta liraNas minhas mãos sem força desafina;Enquanto ao cemitério não …