Autor: Orides Fontela
A teia, não
Mágica
Mas arma, armadilha
a teia, não
morta
mas sensitiva, vivente
a teia, não
arte
mas trabalho, tensa
a teia, não
arte
mas trabalho, tensa
a teia, não
virgem
mas intensamente
prenhe:
no
centro
a aranha espera.
– Orides Fontela, em “Rosácea”. São Paulo: Editora Duas Cidades, 1986.