Revoada n’alma – Elizandra Souza

Autor: Elizandra Souza


Aquela sinfonia é a mesma

revoada que tenho n’alma

sabe essa agonia de quem

não sabe para onde vai

e volta para o mesmo lugar

É como subir as escadarias

de um morro nunca visitado

você caminha pé a pé

e não sabe onde finda

Há sempre um condutor

que te leva na morada

dos desejos de uma noite

eu não dormi com ele

mas ele dormiu comigo

seu corpo brasa vulcânica

Da janela de fora

Vem a agonia dos pássaros

Eles cantam por desespero

Não sabem pra que lado vão!

E eu só quero partir…

Elizandra Souza

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