Sertanejo Dançante
A introdução da guitarra elétrica deixo o ritmo sertanejo mais jovem. Uma das principais duplas a modificar o estilo para um ritmo mais dançante foram Leo Canhoto e Robertinho no final dos anos 1960.
Esse foi o ponto de partida para os subgêneros sertanejos dando início a era da música sertaneja moderna. Para contribuir com uma maior disseminação do novo estilo, o cantor Sergio Reis, integrante do movimento musical conhecido como “Jovem Guarda”, passou a adicionais novas músicas em seu repertório nos anos 1970 com um ritmo mais animado.
Outro artista a se destacar nesse ponto, foi cantor Renato Teixeira. Naquele período, os ouvintes da música sertaneja eram originalmente frequentadores de rodeios e, principalmente, ouvintes de rádios AM locais. No início da década de 1980, a disseminação do estilos estendeu-se também as rádios FM, e por fim chegou também à televisão, desde programas de auditório semanais nas tardes de domingo até trilhas sonoras de grandes novelas vistas por milhões de telespectadores.
Na contramão dessa tendência de uma música sertaneja mais popular e comercial, duplas como Pena Branca e Xavantinho ressurgiram, fazendo uma releitura da formula usada nos sucessos da MPB nos violões. Junto com a dupla, também surgiram novos artistas como Almir Sater, que transita entre os estilos de violão elétrico e viola clássica. Dispostos a dar continuidade às tradições caipira, surgiram uma nova geração de artistas sertanejos, incluindo, Ivan Vilela, Roberto Correa e Pereira da Viola.
Após as reformas no gênero, ocorreu a exploração comercial em massa do sertanejo durante a década de 1980. O interesse foi associado, em alguns casos, a releituras de sucessos internacionais e da Jovem Guarda, com um apelo a um público mais jovem.
Nessa nova tendência dançante da música sertaneja surgiram novos artistas, assim como seus antecessores quase sempre em pares. Muitos se inspiravam em astros internacionais, como Elvis Presley. A música country americana teve fortes influencias no gênero sertanejo nesse período, fazendo uma paralelo entre os vaqueiros brasileiros e o grandes cowboys da cultura faroeste americana. Entre os artistas populares do período estão Leandro e Leonardo, João Paulo e Daniel, Chitãozinho e Xororó, além de cantoras femininas como As marcianas. Esse período da música sertaneja produziu sucessos como “Entre Tapas e Beijos” (Leandro e Leonardo) e “O Grito Da Galera” (Rio negro e Solimões).
Após o declínio do gênero nos final dos anos 1990 junto com o sertanejo romântico, a indústria musical lançou um movimento semelhante nos anos 2000. Chamado de sertanejo universitário, o novo gênero possui as mesmas características que seu precursor, porém com uma nova aparência.
O movimento ganhou inúmeros adeptos, e o mercado que era focado nos talentos artísticos de duplas sertanejos em Goiás, hoje possui novos ídolos de diferentes estados. Porém, a região Centro-Oeste não deixou de produzir grandes músicos para o cenário nacional como Jorge & Mateus e João Neto e Frederico.