Funk
O funk brasileiro é uma mistura de inúmeros outros ritmos como música latina, samba, música do candomblé e Hip-hop americano.
Miami era uma parada popular para DJs nos anos 80/90 comprarem discos americanos, e isso gerou um impacto direto no estilo musical que conhecemos hoje. Além disso, religiões africanas, como o candomblé, possuem batidas que deram origem ao estilo. Essas religiões eram predominantes nos morros de maioria negra e com fortes tradições africanas. O estilo latino, que faz parte da receita, também foi importado de músicas semelhantes que podem ser encontrados em países como Cuba, Jamaica, Haiti, Porto Rico, entre outros.
Por motivos históricos, as favelas do Rio de Janeiro são predominantemente constituídas por afro-brasileiros e o funk carioca se popularizou por lá na década de 1980. A partir de meados da década de 1990, se transformou em um fenômeno que dominou o Brasil. O funk carioca é uma expressão artística que aborda questões sociais que afetam os pobres e negros, as músicas discutem temas como injustiça social, pobreza, dignidade, orgulho racial, sexo e violência.
O Funk Carioca, no início era composto, em sua maioria, por loops de bateria eletrônica com um ritmo de Afro de 4 a 6 batidas. O funk carioca sempre usou um catálogo de batidas e samples que são facilmente reconhecidos em quase todas as músicas do estilo. O funk brasileiro possui fortes influências do Rap americano, por isso possui um DJ e um MC, que algumas vezes são acompanhados de um grupo de dançarinos.
O funk carioca é, de muitas formas, diferente do funk americano, possuindo mais diferenças do que semelhanças. A partir dos anos 1970, estilos como shaft, soul e funk americano começaram a surgir no Rio de Janeiro. Em 1998, o DJ Luciano Oliveira revolucionou o funk ao combinar os ritmos e tambores da capoeira e Candomblé com ritmos de Miami, como o Rap norte-americano. Isso resultou no chamado ritmo de ‘Tamborzão’. O Funk nasceu e se desenvolveu de uma forma tipicamente brasileira, integrando elementos musicais e culturais de todos os lugares.
Nos últimos 5 anos, o funk se tornou uma grande indústria. Existem vários subgêneros derivados do funk carioca. Criado no Nordeste do Brasil, O Brega Funk mescla brega, arrocha e funk carioca. Entre os cantores populares do brega funk estão Mc Loma. Dadá Boladão e Felipe Original, e um sucesso atual do gênero Brega Funk é a música “Parabéns” de Pabllo Vittar.
O Funk ostentação, muitas vezes chamado de Funk Paulista, é um subgênero do funk carioca criado em São Paulo que possuí temáticas focadas principalmente em riqueza material, glorificação do estilo de vida urbana, ambições de sair da favela e dirigir carros esportivos velozes. Um dos principais MCs paulistas é o Mc Guimê, que juntamente de outros funkeiros paulistas popularizaram o ritmo na região.
Já em 2018, o Funk carioca intitulado 150 BPM foi criado pelos DJs Polyvox, FP do Trem bala e Rennan da Penha e em 2019, o funk carioca 150 BPM foi adotado atém mesmo por blocos carnavalescos. “Ela é do Tipo”, de Kevin O Chris, é uma das muitas músicas populares do cantor em todo o país.